Por Tim Stratton
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Os ateus costumam apelar para a evolução na tentativa de explicar a complexidade primata que observamos hoje sem a necessidade de um Designer Inteligente — Deus! De fato, muitos dizem que a razão pela qual afirmam o ateísmo é porque acreditam que a evolução é verdadeira. Como sua hipótese não inclui Deus como um projetista, os ateus se sentem justificados em afirmar que Deus não existe e que o cristianismo é falso. Com isso dito, no entanto, se a evolução for verdadeira, ela não faz nada para provar que Deus não existe ou faz qualquer coisa para refutar a ressurreição histórica de Jesus (os dois ingredientes essenciais do “mero cristianismo”). Além disso, o que os ateus não conseguem compreender é que, ao apelar para a evolução na tentativa de “provar” o ateísmo, eles acabam provando demais!
Evolução significa simplesmente mudança ao longo do tempo . A maioria dos evolucionistas e criacionistas da Terra jovem concorda que algumas coisas mudam genuinamente com o tempo (mesmo que discordem sobre o quanto algumas coisas mudam com o tempo). O que é importante notar é que a evolução darwiniana requer uma mudança genuína ao longo do tempo dinâmico – pelo menos se alguém espera explicar a complexidade dos primatas . Com isso em mente, afirmo que se a evolução é verdadeira, então o ateísmo é falso!
Considere o seguinte: acredito que algumas coisas realmente evoluem e mudam com o tempo. Na verdade, atualmente existimos em um mundo em que as coisas estão mudando constantemente diante de nossos olhos! Ou seja, existimos em um estado de coisas em evolução (a mudança acontece)!
O problema, no entanto, é este: é logicamente impossível que um estado de coisas em mudança seja extrapolado para o infinito passado! Em “português”, isso significa que, se atualmente existimos em um estado de mudança e as coisas estão realmente acontecendo um evento após o outro, é impossível que as coisas aconteçam cronologicamente dessa maneira sem uma primeira mudança. Se existimos – agora mesmo – em um estado de coisas em mudança, então é impossível continuar indefinidamente no passado. Logicamente, deve ter havido um começo ou uma primeira mudança.
Se nunca houvesse uma primeira mudança, então o momento presente – “agora” – não existiria. Para ajudar a ilustrar por que o conceito de infinito passado é incoerente, considere dois experimentos mentais.
Pulos e Saltos Infinitos
Primeiro, é possível para alguém, digamos um super-herói com poderes de salto infinitos, pular de um poço sem fundo infinitamente alto? Claro que não. Não há plataforma de lançamento ou base para pular. Quando se trata de coisas que mudam ao longo do tempo (evolução), se o buraco no nível do solo representa o momento presente e a ideia do infinito passado significa que não há fundamento para saltar (uma primeira mudança ao longo do tempo), então o momento presente da mudança nunca poderia ser alcançado. O saltador nunca conseguiu sair do buraco porque não há ponto de partida para ele progredir para cima. Como o momento presente existe e as coisas mudam ao longo do tempo (evolução), segue-se logicamente que existe uma base para a primeira mudança ocorrer levando à evolução (mudança ao longo do tempo) que observamos hoje.
Em segundo lugar, suponha que um homem suba os degraus da sua varanda e toque a campainha. Você atende a porta e pergunta se pode ajudá-lo. Ele afirma: “Acabei de caminhar um número infinito de etapas e finalmente as completei aqui na sua varanda.” Claro, você não acredita nele, mas ele insiste que realizou essa façanha. Você pede uma prova e ele o convida a acompanhá-lo em uma jornada para refazer seus infinitos passos. Ele lhe diz que, uma vez que vocês dois alcancem esse ponto infinito, vocês seguirão os mesmos passos até a porta da frente. Você rejeita veementemente a oferta dele porque percebe que, se refazer uma quantidade infinita de passos, nunca mais voltará para casa! Na verdade, você nunca se virará para começar sua jornada de volta para casa!
Considere as etapas envolvidas. . . você daria um passo, depois um segundo passo, então um terceiro passo. Eventualmente, você daria um milionésimo passo, e eventualmente um bilionésimo passo, e então um trilionésimo passo. Qualquer que seja o passo que você esteja dando no momento, você sempre pode dar mais um e contá-lo – nunca atingindo o infinito real. Sempre que você decidir se virar para voltar para casa, estará em um passo contável. Portanto, se você voltar para casa, seus passos não serão infinitos.
Assim como seria logicamente impossível para você refazer todos os passos que esse pedestre afirma ter feito, é igualmente impossível para esse pedestre percorrer uma quantidade infinita real de degraus que terminam em sua varanda. Uma pessoa racional saberá que aquele que faz tal afirmação é delirante ou enganoso. O “pedestre” deve ter dado um primeiro passo.
A mudança ao longo do tempo (evolução) tem o mesmo problema. Se ocorreu uma primeira mudança, segue-se logicamente que uma primeira mudança resultou de um estado de coisas imutável, eterno e sem começo. Pense nisso como um estado congelado/estático onde nada acontece e nada aconteceu logicamente antes da primeira mudança (eu sei que isso é difícil de imaginar). Isso pode não parecer “grande coisa”, mas as implicações são enormes! Este é o caso porque, se as coisas não estiverem mudando em um estado congelado/estático, nada acontecerá. Isso ocorre porque, se as coisas não estão evoluindo, surgindo, decaindo, crescendo ou se tornando instáveis (que são palavras que implicam mudança ao longo do tempo), essas coisas nunca seriam capazes de causar a primeira mudança. A mudança ao longo do tempo não pode explicar as coisas começando para mudar ao longo do tempo. Ou seja, se nada está acontecendo, nada pode descrever ou explicar a primeira mudança que resultou de um estado estático, congelado e imutável! A MENOS QUE…
… um agente volitivo existia neste estado estático que tinha o poder de agir.
Além de um agente volitivo, o que mais poderia causar uma mudança em um estado de coisas imutável? No mínimo, um agente volitivo com o poder de agir poderia existir em um estado estático e então fazer com que algo acontecesse. Isto é, se nada está acontecendo, mas um agente volitivo com livre arbítrio existe neste estado estático, então este agente volitivo pode escolher livremente agir e causar a primeira mudança. Isso é o que Aristóteles quis dizer com o “Motor Imóvel”.
Agentes volitivos são tipos pessoais de “coisas” ou melhor, “seres”. Se um ser é de natureza pessoal, então esse ser é o tipo de “coisa” com a qual você pode ter um relacionamento pessoal – isto é, pelo menos se você for uma pessoa! Assim, se você é uma pessoa, então é pelo menos possível que você possa ter um relacionamento pessoal com esse motor impassível!
Um argumento da mudança ao longo do tempo
Podemos resumir todo esse argumento em um silogismo passo a passo:
1- As coisas mudam com o tempo (evolução).
2- Um estado de coisas em mudança não pode passar do infinito.
3- Portanto, uma primeira mudança resultou de um estado de coisas imutável.
4- Somente um agente volitivo pode causar uma mudança de um estado de coisas imutável.
5- Agentes volitivos são pessoais.
6- Portanto, esse agente pessoal existia em um estado de coisas imutável.
7- Qualquer coisa existente em um estado de coisas imutável nunca começou a existir e é eterno sem começo.
8- Portanto, a causa da primeira mudança (e, finalmente, a mudança de assuntos em que nos encontramos) é um agente pessoal que é eterno sem começo e estava em um estado imutável de coisas logicamente antes de causar a primeira mudança.
Esta conclusão dedutiva final deve ser reveladora! Por que isso deveria chamar a atenção? Porque esse agente pessoal que fez com que as coisas começassem a evoluir e mudar com o tempo é Deus! A Bíblia não apenas observa a possibilidade de ter um relacionamento pessoal com o Motor Imóvel – Deus – ela explica exatamente como você e eu podemos conhecer Deus pessoalmente por meio de Jesus Cristo!
Resumindo: se você acredita que as coisas realmente evoluem e mudam com o tempo, então você deve rejeitar o ateísmo!
Fique razoável ( Isaías 1:18 ),
Tim Stratton
