Resposta ao Fabio Sabino: Uma AULA ao RODRIGO SILVA!

Neste artigo vou dar algumas respostas a esse vídeo do Fabio Sabino.



Os versículos analisados são:

Jesus lhes disse: “Eu lhes garanto: Na recriação, quando o Filho do Homem se sentar no seu trono glorioso, vocês que me seguiram se sentarão em 12 tronos e julgarão as 12 tribos de Israel. – Mt.19,28

a fim de que vocês comam e bebam à minha mesa, no meu Reino, e se sentem em tronos para julgar as 12 tribos de Israel. – Lc. 22,30

A alegação básica do Sabino é a de que Judas Iscariotes estaria entre os doze mencionados nesses tronos e seu nome estaria aí. Mas é isso mesmo?


Uma exegese não se faz sem interpretação correta do contexto. Não se faz com uma leitura isolada e seca do texto. O palestrante discute o significado das palavras de Jesus em Mateus 19:28, onde ele promete aos apóstolos que eles julgarão as doze tribos de Israel quando o Filho do Homem assumir o seu trono. O orador enfatiza que o uso dos pronomes “vos” e “nos” na passagem indica que Jesus estava falando diretamente aos apóstolos. Ele ressalta também que não há nenhuma condição mencionada na passagem para que essa promessa seja feita a Judas Iscariotes, apesar de algumas pessoas questionarem se Jesus fez alguma promessa a ele. O palestrante incentiva o público a prestar atenção ao contexto e ao uso de pronomes para compreender o significado da passagem.

Importante notar:

  1. Interpretação dos Pronomes: O vídeo argumenta que a promessa de Jesus em Mateus 19:28 é direcionada especificamente aos apóstolos, usando os pronomes “vós” e “nós” para enfatizar esse ponto. No entanto, é importante considerar que os pronomes podem ser interpretados de forma mais ampla, não se limitando apenas aos doze apóstolos, mas também aos seguidores de Jesus em geral.
  2. Contexto Completo: A análise do contexto completo do versículo e do evangelho de Mateus sugere que a promessa de Jesus não está restrita apenas aos doze apóstolos, mas é uma mensagem para todos os que seguem a fé cristã. A ideia de julgar as tribos de Israel pode ser entendida como uma metáfora para a liderança espiritual e a autoridade dos discípulos de Jesus sobre o povo de Deus.
  3. Inclusão de Judas Iscariotes: O vídeo questiona se Judas Iscariotes seria incluído nessa promessa de Jesus, argumentando que não há uma condição explícita para ele. No entanto, é plausível interpretar que Judas, como um dos doze apóstolos na época em que a promessa foi feita, também seria incluído, mesmo que sua traição posterior o tenha excluído do cumprimento completo da promessa.
  4. Promessa Incondicional: O vídeo enfatiza que Jesus não condicionou a promessa para Judas. No entanto, é válido considerar que o contexto geral do ministério de Jesus mostra que suas promessas frequentemente têm implicações condicionais, como a necessidade de fé e fidelidade por parte dos seguidores.
  5. Interpretação Hermenêutica: Uma abordagem hermenêutica cuidadosa e holística é necessária para entender completamente os ensinamentos de Jesus e aplicá-los corretamente. Isso envolve considerar não apenas os versículos isolados, mas também o contexto histórico, cultural e teológico, bem como a coerência com outros ensinamentos bíblicos.

Acho que a frase “vocês que me seguiram” é crítica aqui. Jesus não se refere especificamente às pessoas que eram então contadas como apóstolos.

Isto é crítico em dois aspectos. Primeiro, com base em Atos 1, Matias evidentemente estava presente naquele momento.

Além disso, com base em João 6:70, Jesus estava evidentemente ciente da eventual traição de Judas, então provavelmente não tinha Judas em mente aqui.

A razão é porque Jesus deixou bem claro qual era o destino de Judas: “O Filho do Homem irá, como está escrito a seu respeito; mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! teria sido bom para aquele homem se ele não tivesse nascido.” ( Mateus 26:24 ).

Em segundo lugar, também notamos que quando os discípulos escolhem um novo apóstolo, eles entregam todos os seus direitos de herança a Matias ( Atos 1:15-26 ). Então, tudo que seria de Judas é repassado para outro.

Então perguntamos: “Jesus é mentiroso?” Pois ele não faz a promessa em Mateus 19:28 de que eles se sentariam em tronos? Não, a promessa não é feita especificamente aos doze presentes, mas sim uma promessa de que aqueles que ocupam esses doze cargos herdarão os tronos. Sem contar que a passagem também pode ser interpretada como se referindo aos futuros discípulos, já que o lugar de ninguém está garantido apenas por felizmente ter nascido no tempo certo com Jesus ( Marcos 10:35-40 ).

Esta promessa é semelhante a Deus prometendo a restauração de Israel ( Oséias 11:1-12 ; Jeremias 30 ; Joel 2:18-32 ), mas encontramos em Apocalipse 7:4-8 que nem todas as tribos estão presentes, nomeadamente Dã e Efraim. . No entanto, Joseph foi misteriosamente incluído novamente. A promessa de Deus não foi cumprida? Não, pelo contrário, o significado não pode ser determinado até um certo momento, observe que a profecia de nosso próprio Salvador teve um duplo cumprimento: Isaías 7:1-15 (Cumprido em Isaías 8:1-4 ) e em Mateus 1:23 .

Concluindo, a promessa não foi necessariamente feita às pessoas presentes, mas àqueles para quem os tronos foram preparados. Suas identidades não foram necessariamente reveladas, Jesus provoca pessoas assim o tempo todo. Não deveria ser nenhuma surpresa, mas como afirma claramente em Atos a promessa pertence a Matias e a glória de Israel não é um homem que Ele mudaria de idéia ( 1 Samuel 15:29 ), então sempre foi destinado a Matias e não Judas. Deus abençoe, é complicado.

Contexto de Mateus 19:28:

  • O versículo 28 se refere à promessa de Jesus aos seus doze discípulos fiéis de que se sentariam em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel na Nova Era (Mateus 19:28).
  • Judas já havia traído Jesus no momento dessa promessa, conspirando para entregá-lo aos líderes judaicos (Mateus 26:14-16).
  • A promessa de Jesus era para aqueles que permanecessem fiéis até o fim, o que Judas não fez.

2. Morte e Suicídio de Judas:

  • A narrativa dos Evangelhos registra que Judas se arrependeu de sua traição e devolveu o dinheiro aos sacerdotes (Mateus 27:3-5).
  • Dominado pelo remorso, Judas se enforcou, tirando sua própria vida (Mateus 27:5).
  • A teologia cristã tradicional não considera o suicídio um caminho para a salvação.

3. Substituição de Judas por Matias:

  • Após a morte de Judas, os demais apóstolos escolheram Matias para ocupar seu lugar entre os doze (Atos 1:15-26).
  • A escolha de Matias demonstra que Judas não estava mais entre os doze e que sua posição foi preenchida por outro apóstolo.

4. Ensinamentos de Jesus sobre o Juízo Final:

  • Jesus ensinou que o Juízo Final seria um momento de separação entre justos e injustos (Mateus 25:31-46).
  • As ações e escolhas de cada indivíduo determinariam seu destino final, céu ou inferno.
  • Judas, ao trair Jesus e tirar sua própria vida, cometeu um ato grave que o coloca em contradição com os ensinamentos de Jesus sobre o arrependimento e a salvação.

Conclusão:

A afirmação de Fábio Sabino sobre a presença de Judas entre os doze em Mateus 19:28 e a promessa de Jesus de um lugar no céu para ele é incompatível com os relatos bíblicos e a teologia cristã tradicional.

É importante interpretar os textos bíblicos em seu contexto completo, considerando as diferentes narrativas e ensinamentos. A teologia cristã oferece uma visão mais complexa e justa sobre a vida de Judas, reconhecendo seus erros e seu fim trágico, mas sem negar as consequências de suas ações.

Para uma compreensão mais profunda da teologia cristã e da vida de Judas, recomendo consultar recursos confiáveis como:

“É importante notar que Jesus não faz nenhuma promessa individual a Judas nesse momento. A promessa é feita aos doze como um grupo, e Judas já havia se afastado do grupo por meio de sua traição.” (Craig Keener, “Comentário do Novo Testamento: Mateus,” 1999)

“A promessa de Jesus não é incondicional. Ela é para aqueles que permanecerão fiéis até o fim, e Judas não o fez.” (John F. MacArthur, “Comentário do Novo Testamento: Mateus,” 2005)

“A regeneração = a criação de todas as coisas novas. A restauração de Atos 3:21 = o ‘quando’ da próxima cláusula. Em Marcos 10:30, temos a expressão sinônima ‘a era vindoura’: referindo-se, assim, ao tempo futuro de recompensa, e não ao tempo presente de seus seguidores; a palavra palingenésia ocorre apenas aqui, e em Tito 3:5.” – Comentário de E.W. Bullinger1.

Primeiro, pergunto-me se ajuda notar que, embora Jesus mencione doze tronos, Ele não diz: “Certamente, na ressurreição, vocês, doze específicos, sentar-se-ão nesses doze tronos”. Parece-me que ele é muito cuidadoso ao falar apenas de “vocês que me seguiram” (o que, é claro, Judas não fez). É interessante que, numa passagem semelhante (Lucas 22:28-30); Jesus fala com palavras semelhantes depois de ter tido a sua última ceia com os discípulos e depois de Judas ter partido para o trair. Naquela ocasião, Ele disse: “Mas vocês são aqueles que continuaram comigo em minhas provações, e eu lhes concedo um reino, assim como meu Pai me concedeu um, para que vocês possam comer e beber à minha mesa no meu reino”. , e sentar-se em tronos para julgar as doze tribos de Israel.”

Com tudo isso dito, entendemos que quando Jesus falou de 12 homens sentados em 12 tronos julgando as 12 tribos de Israel em Seu reino terreno, havia mais de 12 pessoas presentes na audiência de Mateus 19:27-28. Na verdade, lemos no versículo 26 que os “discípulos” de Jesus estão presentes – isso incluiria mais do que apenas os Seus “apóstolos”. Matias estaria entre a multidão quando Jesus falou dos 12 tronos de Israel e dos 12 príncipes sentados nesses tronos. É minha convicção que Jesus estava falando com Matias, Pedro e os 10, e não com Judas, quando proferiu as palavras de Mateus 19:27-28 e Lucas 22:30.

Lc. 22,30

Na passagem de Lucas 22:30, Jesus diz aos discípulos durante a Última Ceia: “para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel”. Fabio Sabino argumenta que esta passagem sugere que Judas Iscariotes estava destinado a participar do Reino de Jesus e, portanto, sua traição não poderia ter sido um fato consumado.

Entretanto, essa interpretação ignora o contexto mais amplo da passagem e do Novo Testamento como um todo. Jesus frequentemente falava em termos simbólicos e proféticos, e as promessas feitas aos discípulos durante a Última Ceia eram para aqueles que permaneceriam fiéis a ele até o fim. Em outras passagens, como João 6:70-71, Jesus faz referência à traição de Judas, indicando que ele era conhecido por sua futura ação traidora.

Além disso, após a traição de Judas, os apóstolos reuniram-se e escolheram Matias para substituí-lo (Atos 1:15-26), indicando que a posição de apóstolo de Judas foi considerada vaga devido à sua traição.

Portanto, embora Lucas 22:30 possa indicar a participação dos discípulos no Reino de Jesus, não é uma garantia absoluta de que Judas permaneceria fiel, especialmente à luz de outras passagens que indicam sua traição.

1. Natureza da Divindade de Jesus:

Embora Jesus seja Deus encarnado, a natureza divina de Cristo não o obriga a salvar aqueles que o rejeitam. A salvação é um dom de Deus concedido àqueles que creem em Jesus e o aceitam como Senhor e Salvador ([2: https://www.respostas.com.br/jesus-e-deus/][4: https://www.gotquestions.org/Portugues/Jesus-e-Deus.html]). Judas, ao trair Jesus, conscientemente o rejeitou e se recusou a arrepender-se, demonstrando falta de fé e rebeldia contra Deus.

2. Interpretação de Marcos 10:40:

A promessa feita por Jesus em Marcos 10:40 não se refere necessariamente à salvação eterna, mas sim a posições de honra no Reino de Deus. No contexto da época, a mão direita era um lugar de honra e poder. Jesus estava respondendo aos pedidos ambiciosos de Tiago e João, e não a Judas, que ainda não havia demonstrado traição ([3: https://www.worldchallenge.org/pt/verdade-sobre-judas-o-traidor-de-cristo]).

3. Livre Arbítrio e Predestinação:

A afirmação de que Judas estava predestinado a trair Jesus nega o livre arbítrio humano, um conceito fundamental na teologia cristã. Deus, em sua soberania, concedeu aos seres humanos a capacidade de escolher entre o bem e o mal. Judas, por sua própria vontade, escolheu trair Jesus, mesmo ciente das consequências ([5: [URL inválido removido]]).

4. Conhecimento Prévio de Jesus e a Traição de Judas:

O conhecimento prévio que Jesus possuía sobre a traição de Judas não anula a responsabilidade de Judas por suas ações. Jesus, em sua onisciência, sabia que Judas o trairia, mas não o forçou a fazê-lo. A traição continuou sendo uma escolha livre de Judas, movida por ganância e ressentimento ([1: https://franciscanos.org.br/vidacrista/judas-iscariotes-e-jesus-o-encontro-com-o-traidor-que-come-no-mesmo-prato-e-a-culpa-dos-judeus-mt-2614-25/]).

5. Marcos 14 e a Reação de Judas:

A narrativa em Marcos 14, onde Jesus prevê sua traição e morte, não fornece detalhes conclusivos sobre a reação de Judas. O texto sugere que Judas ficou perturbado com a profecia, mas não demonstra arrependimento ou mudança de atitude. É possível que Judas tenha interpretado a profecia de Jesus de acordo com suas próprias ambições, acreditando que a morte de Jesus o levaria a uma posição de poder ([1: https://franciscanos.org.br/vidacrista/judas-iscariotes-e-jesus-o-encontro-com-o-traidor-que-come-no-mesmo-prato-e-a-culpa-dos-judeus-mt-2614-25/]).

Em resumo, a afirmação do Fabio Sabino apresenta falhas teológicas e contradições com os textos bíblicos. A natureza divina de Jesus não o obriga a salvar aqueles que o rejeitam, a promessa de Marcos 10:40 não garante a salvação eterna, o livre arbítrio garante que as decisões de Judas foram suas, e o conhecimento prévio de Jesus não anula a responsabilidade de Judas por seus atos. A reação de Judas à profecia de Jesus em Marcos 14 permanece incerta.

É importante analisar as Escrituras com cuidado e considerar diferentes perspectivas teológicas, mas sempre levando em conta a coerência interna da Bíblia e os ensinamentos centrais do cristianismo.tunesharemore_vert

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