A PERGUNTA QUE TRAVOU O ATEU ANTÔNIO MIRANDA – A farsa do ateísmo exposta.

Muito boa a resposta do amigo João Pedro ao “Tonho”, um ateísta que fica fazendo vídeos antirreligiosos no Youtube.

Já respondi a esse sujeito várias vezes, assim como a outros ateístas. Meu canal não é só pra isso mas acho importante dar uma resposta para que não enganem mais pessoas. Muitas pessoas desinformadas e fracas vêm esses canais de ateus e por isso ficam com dúvidas desnecessárias.

Quero tecer neste artigo alguns comentários e complementar o vídeo do João.

Para receber as atualizações do blog inscreva-se. Sigam meus outros canais

O texto em questão é 1 Sm. 15, 3, que reza:

3 Agora vá, golpeie os amalequitas e entregue-os à destruição, junto com tudo o que eles têm. Não os poupe; mate homens e mulheres, crianças e bebês, bois e ovelhas, camelos e jumentos.’

Só quero acrescentar algumas coisas ao vídeo. Não quero com isso dar palco a esses ateístas como o Tonho ou dar a impressão que seus argumentos são sérios. Seus vídeos são rasos, simplistas, cheios de superficialidade e sarcasmo. Por isso não estou querendo dizer que estou preocupado com seus vídeos e sim com o efeito que fazem nas pessoas.

Essa questão do massacre dos amalecitas e outras acusações de genocídios na Bíblia são importantes. Já respondi isso aqui.

Uma questão que o João levantou é sobre Deus estar protegendo Seu povo, por isso a ordem dada. Mas a questão é que também estava protegendo a descendência do Messias. Temos que lembrar que todo o objetivo da Bíblia é mostrar a história da redenção. Quando o João Pedro pediu ao Tonho para se comportar como Deus, o Tonho não sabe que Deus é onisciente e, portanto, saberia o que aquelas crianças iriam fazer e poderiam perseguir o povo de Deus.

Mas Tonho e outros ateus superficiais e com raciocínio de pires não sabem disso. Deus é onisciente. Tonho não. Portanto, com que critério ateus têm para julgar que determinado ato é mau ou não?

Dito isto, o genocídio não descreve com precisão esse comando. A tradição judaica é bastante clara de que membros da tribo Amalek poderiam ser aceitos como convertidos ao judaísmo e que termos de paz poderiam ser firmados com eles.

Deus já tinha mandado avisos à séculos. Mas não atenderam.

De acordo com o Talmud, quando os israelitas entraram na Terra Prometida, eles enviaram termos a todas as tribos que ali habitavam. Os termos eram que essas tribos deveriam abandonar seus caminhos e seguir as Leis de Noé (não negar a Deus, não blasfemar contra Deus, não matar, não se envolver em relações sexuais ilícitas, não roubar, não comer de um animal vivo , e um sistema legal para a lei). Portanto, havia uma maneira de as tribos evitarem a aniquilação. Eruditos judeus também indicam que, ao sitiar uma cidade, os soldados judeus recebiam a ordem de sempre deixar um caminho livre para os habitantes fugirem, tornando assim qualquer pessoa na cidade um apoiador definitivo do exército adversário.

A tribo de Amaleque não apenas recusou os termos de paz, mas buscou ativamente aniquilar os israelitas (Dt 25:17-18). Enquanto a Bíblia apenas menciona em geral que os amalequitas atacaram os judeus, o Talmude e o Midrash afirmam que os amalequitas estupraram, castraram e assassinaram os judeus que conquistaram. De acordo com o midrash, Amalek era neto de Esaú, que tentou matar Jacó. Em seu leito de morte, diz-se que Esaú ordenou a Amaleque e seus descendentes que exterminassem os descendentes de Jacó (os israelitas).

Assim foi dito que enquanto um descendente de Amaleque estiver vivo, ele tentará aniquilar o povo judeu. Séculos depois, no Livro de Ester (3:5-6), isso quase se concretiza na pessoa do rei Hamã, descendente de Amaleque. Portanto, não se tratava de uma simples disputa de território, mas de uma luta pela própria sobrevivência da raça judaica.

Pegue a popular questão moral hipotética: “se você pudesse viajar no tempo e matar [insira o nome de uma pessoa má] quando ele era um bebê, você faria isso?” Mesmo que achemos que não conseguiríamos, podemos entender por que outra pessoa diria que sim. Nós entendemos porque sabemos o mal que eles infligirão mais tarde, e Deus certamente conhece as ações futuras de cada pessoa.

A tradição judaica sempre se incomodou com esse comando, e alguns segmentos da tradição viram o comando como um reflexo simbólico em vez de um comando literal na história. A tribo de Amaleque é vista como símbolo de todas as coisas opostas a Deus e suas leis, tanto no mundo quanto em nossos próprios corações. Eles dizem que Amalek é um jeito de ser, não um traço genético. Como tal, Maimônides ensinou que o mandamento não é necessariamente cumprido por meio do assassinato; ela pode ser realizada por meio da influência moral e da educação.

Esta tradição vê o mandamento não como um evento histórico, mas uma reflexão usando esta história como um exemplo de que os fiéis devem estar sempre atentos para expurgar a infidelidade à aliança, por menor que seja, de seu meio e de seus corações.

Depois o Tonho pergunta por que Deus não matou o bebê Hitler. Ora, nós sabemos o que Hitler e outros genocidas fizeram mas se Tonho vivesse quando Hitler nasceu não poderia adivinhar o que ele iria fazer. Mas a questão é diferente. No contexto de 1 Sm. 15,3, mesmo que isso seja literal ou uma figura de linguagem de retórica, significa que Deus estava protegendo a descendência do Messias. Um desses povos poderia matar a linhagem. No contexto da Segunda Guerra é outro. Claro que foi errado o que os judeus passaram mas os contextos são diferentes. Se Hitler tivesse seguido o caminho de ser cristão nunca faria o que fez.

Literalmente, ‘destrua [observe o plural] completamente’. A responsabilidade de cumprir o edito referente às posses dos amalequitas recaía sobre os mesmos componentes do exército. Mas a forma verbal “ferir” no comando “ferir Amaleque” está na segunda pessoa do singular, colocando a responsabilidade pelo extermínio dos amalequitas pessoalmente em Saul como rei de Israel. A palavra hebraica haram, traduzida como “destrói”, significa “anatematizar”, “dedicar” e, portanto, “exterminar”. Quando um país era anatematizado, tudo o que pertencia à nação era considerado amaldiçoado. As pessoas deveriam ser mortas, também o gado e outros seres vivos, mas coisas como prata e ouro deveriam ser levadas ao tesouro do Senhor (ver Jos_6:17-19). Um costume semelhante existia entre outras nações do Oriente Próximo nos tempos antigos.

Engraçado é ver ateu tentar dizer o que é mal sendo que pra ele a moral é relativa. O argumento do Tonho é tão tosco que chega a dizer que para acabar com o problema colocaria todos no céu com uma festa e acabaria o problema. Claro que numa “lójica” superficial. Deus poderia mas não quis violar o livre-arbítrio dos amalecitas. Deus não quer robôs. Deus quer pessoas com livre vontade.

Combo Acadêmico de Teologia – CLIQUE AQUI

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.