Detonando Antonio Miranda: a farsa do Novo Testamento

Não gosto de dar palco e publicidade a esses simplistas aqui mas é bom responder para que não enganem mais pessoas. Desta feita, o tal Miranda vem com uma alegação mais bizarra que a outra: que os evangelhos foram escritos pelos egípcios em Alexandria! Acredite. É isso o que alega.

Vamos responder cada alegação.

Logo após o histrionismo falso de se chamar de “teologia reversa” (sic) já começam as alegações. Basicamente, a alegação do sujeito, completamente desinformado, é a de que os escritores do Novo Testamento deveriam ter escrito o NT em hebraico ou aramaico e não em grego (!) dado que eram hebreus. E no final fala o absurdo que que os evangelhos foram escritos no Egito (!). A desinformação desse cara é suprema.

Aos 3:41 alega “eram para estarem escritos em hebraico”. Mas quem é esse cara pra alegar isso? É impressionante esses ateístas que mal sabem o que comeram ontem alegar coisas que nem sabem. Os evangelhos e epístolas do Novo Testamento eram apenas parte de uma cultura judaica helenista no Império Romano , onde Alexandria tinha uma população judaica maior do que Jerusalém e o grego era falado por mais judeus do que hebraico ( Joseph Mélèze-Modrzejewski The Jews of Egypt: from Rameses II to Emperor Hadrian). Mas no mundo de loucura e fantasia desse cara deveria ser do “jeito que ele quer”.

Basicamente, O Novo Testamento foi escrito em uma forma de grego koiné , [1] [2] que era a língua comum do Mediterrâneo Oriental [3] [4] [5] [6] a partir das conquistas de Alexandre, o Grande (335-323 AC) até a evolução do grego bizantino (c. 600).

As principais línguas faladas por judeus e gregos na Terra Santa na época de Jesus eram o aramaico e o grego koiné , e também um dialeto coloquial do hebraico mishnaico . É geralmente aceito pela maioria dos estudiosos que o Jesus histórico falava principalmente aramaico , [110] talvez também um pouco de hebraico e grego coinê . A opinião da maioria é que todos os livros que eventualmente formariam o Novo Testamento foram escritos na língua grega coinê. [111] [112]

À medida que o cristianismo se espalhou , esses livros foram posteriormente traduzidos para outras línguas, principalmente latim , siríaco e copta egípcio . No entanto, alguns dos Padres da Igreja [113] sugerem ou afirmam que Mateus foi originalmente escrito em hebraico ou aramaico , e logo depois foi escrito em grego coinê. No entanto, alguns estudiosos acreditam que o Evangelho de Mateus conhecido hoje foi composto em grego e não depende diretamente nem é uma tradução de um texto em uma língua semítica.

Há várias razões para se crer que Mateus escreveu seu Evangelho primeiro em hebraico. Uma coisa é certa, não podemos asseverar que o hebraico era língua morta, conforme indica G. Ernest Wright em sua obra Biblical Archaeology (Pág. 240): “Os soldados e os oficiais romanos talvez poderiam ser ouvidos conversando em latim, ao passo que se poderia dizer que os judeus ortodoxos falavam uns com os outros uma posterior variedade de hebraico, língua que sabemos não se tratar nem do hebraico clássico, nem do aramaico, apesar das semelhanças a ambos.” Também, no livro Daily Life in Bible Times, Albert Edward Bailey fornece um quadro do treinamento dos jovens judeus na época de Tiago, filho de Zebedeu:


“Os meninos eram treinados na piedade desde os seus primeiros dias. Isto significava que os meninos adquiriam conhecimento da Lei, que demonstravam por poderem lê-la, escrevê-la e explicar seu sentido óbvio. . . . Os meninos se sentavam no chão, num semicírculo, encarando o mestre. Ali Tiago aprendeu a ler a Lei em hebraico, começando com o Livro de Levítico, cujo conteúdo era necessário para todo judeu saber, se é que regularia sua vida aceitavelmente para com Deus; e ele tinha de pronunciar as palavras com correção e reverência. O hebraico era para ele língua estranha, pois em casa e ao brincar falavam aramaico, e, mais tarde, quando começasse a negociar, teria de falar grego. O hebraico era apenas para a sinagoga. . . . Depois de se aprender a ler, vinha a escrita, provavelmente em hebraico e certamente em aramaico.” — Págs. 248, 249.


Quanto ao testemunho de que Mateus escreveu seu Evangelho primeiro em hebraico, há considerável série de declarações por parte de escritores do segundo século até ao quarto, E. C. Alguns deles são fornecidos aqui: “Mateus ajuntou os oráculos [do Senhor] na língua hebraica.” (The Ante-Nicene Fathers, Vol. I, pág. 155) Orígenes, do segundo e terceiro séculos, escreveu que o Evangelho de Mateus foi “publicado para os Crentes judeus, e escrito em letras hebraicas”. (Cyclopædia de M’Clintock e Strong, Vol. 5, pág. 890) Citadas na mesma obra acham-se as palavras de Eusébio, do terceiro e quarto séculos, que declara: “O evangelista Mateus proferiu seu Evangelho na língua hebraica.”
Então, há Jerônimo, do quarto e quinto séculos, que disse em seu Catálogo de Escritores Eclesiásticos que Mateus “escreveu um Evangelho de Cristo na Judéia, na língua e nos caracteres hebraicos, para o beneficio dos da circuncisão que haviam crido. . . . Ademais, o próprio hebraico acha-se preservado até estes dias na biblioteca de Cesaréia, que o Mártir Panfílio ajuntou tão diligentemente.”
É também de interesse a declaração feita pelo moderno erudito bíblico, Hugh G. Schonfield. Escreve na página 11 de An Old Hebrew Text of St. Matthew’s Gospel: “Já há tanto tempo quanto o quarto século, ouvimos falar dum Mateus hebraico, preservado nos arquivos judaicos em Tiberíades.”
Motivo adicional de crermos que Mateus escreveu seu Evangelho primeiro em hebraico se baseia em que cuidadoso exame de suas citações do Velho Testamento mostra que citou diretamente do hebraico e não da Versão dos Setenta. Se Mateus tivesse escrito seu Evangelho primeiramente em grego, é provável que ele teria citado da Versão dos Setenta.
Em vista do testemunho dos escritores primitivos, do uso do hebraico nas sinagogas e das citações feitas por Mateus do hebraico, chegamos à seguinte conclusão: Parece razoável crer que Mateus escreveu primeiramente seu Evangelho em hebraico, e, mais tarde, ele mesmo bem provavelmente traduziu-o para o grego koiné.

Aos 5:38 alega que Eusébio “forjou”. Mas que provas tem disso? Nenhuma. É só um mentiroso de Youtube. Miranda não prova as alegações sobre Eusébio. Eusébio citou Pápias como tendo dito: “Mateus compôs sua história no dialeto hebraico.” [The Ecclesiastical History of Eusebius Pamphilus (História Eclesiástica de Eusébio Pânfilo), Livro III, cap. 39] No início do terceiro século, Orígenes fez referência ao relato de Mateus e, ao considerar os Evangelhos, é citado por Eusébio como dizendo: “O primeiro acha-se escrito segundo Mateus, o mesmo que outrora era publicano, mas posteriormente se tornou um apóstolo de Jesus Cristo, que tendo-o publicado para os conversos judeus, escreveu-o em hebraico.” (The Ecclesiastical History of Eusebius Pamphilus, Livro VI, cap. 25) O douto Jerônimo (do quarto e quinto séculos) escreveu em seu Catalogue of Ecclesiastical Writers (Catálogo de Escritores Eclesiásticos) que Mateus “compôs um Evangelho de Cristo, na Judéia, na língua e nos caracteres hebraicos, para o benefício dos da circuncisão que tinham crido. . . . Ademais, o próprio hebraico acha-se preservado até os dias de hoje na biblioteca de Cesaréia, que o mártir Pânfilo tão diligentemente coletou”.

E Jerônimo (do quarto e quinto séculos) declara na sua obra De viris inlustribus (A Respeito de Homens Ilustres), capítulo III: “Mateus, também chamado Levi, e que de publicano se tornou apóstolo, primeiro de tudo produziu um Evangelho de Cristo na Judeia, na língua e nos caracteres hebraicos, para o benefício dos da circuncisão que haviam crido. . . . Ademais, o próprio em hebraico está preservado até hoje na biblioteca de Cesareia, que o mártir Pânfilo ajuntou tão diligentemente.” (Tradução do texto latino editado por E. C. Richardson e publicado na série “Texte und Untersuchungen zur Geschichte der altchristlichen Literatur”, Leipzig, 1896, Vol. 14, pp. 8, 9.) Portanto, Jesus Cristo, como homem na terra, podia muito bem ter usado uma forma de hebraico e um dialeto de aramaico. — Veja

Ou seja, longe de ser consenso acadêmico, há evidências de que Mateus pode ter escrito uma primeira versão em hebraico e depois traduziu em grego. Completamente normal. Miranda tenta passar a ideia de que há um “consenso acadêmico” em torno de suas alegações (Bart Ehrman e Carrier não são consenso acadêmico). Não vi nenhum historiador ou estudioso duvidar dessas citações de Eusébio. Miranda é um fanático que mente.

Carrier não é uma fraude, mas como a maioria dos teóricos da conspiração, ele deliberadamente retém informações de seus leitores a fim de enganá-los para que aceitem uma teoria marginal que é rejeitada pela maioria da comunidade acadêmica.

Um excelente exemplo dessa tática é quando Carrier afirma que os romanos mantinham registros extensos e excepcionalmente detalhados, fornece vários exemplos desses registros e, em seguida, aponta que não há um único documento imperial romano que menciona Jesus de Nazaré. O que Carrier deixa de mencionar é que todos os seus exemplos são do Egito, porque não há um único documento romano do Levante durante a época de Jesus.

Sim, Richard Carrier é uma fraude. Ele é um teórico da conspiração como todos aqueles que negam a existência de Jesus. Para citar outro usuário de outro site:

“Você literalmente tem que aceitar as teorias da conspiração para argumentar contra a existência histórica de Jesus.

Isso inclui:

• Acreditar que as menções bíblicas extras de Jesus por contemporâneos são falsificações, apesar das evidências mostrando que são autênticas. Por que são falsificações? 

É possível que Jesus e seus primeiros discípulos, tais como o apóstolo Pedro, pelo menos às vezes falassem o aramaico galileu, dizendo-se a Pedro, na noite em que Cristo foi preso: “Tu certamente és também um deles, pois, de fato, o teu dialeto te trai.” (Mt 26:73) Talvez se dissesse isto porque o apóstolo usava na ocasião o aramaico galileu, embora não haja certeza disso, ou talvez falasse em hebraico galileu, num dialeto diferente do usado em Jerusalém ou em outras partes da Judeia. Anteriormente, quando Jesus veio a Nazaré, na Galileia, e entrou na sinagoga ali, ele leu da profecia de Isaías, evidentemente conforme escrita em hebraico, e então disse: “Hoje se cumpriu esta escritura que acabais de ouvir.” Não se diz nada sobre Jesus traduzir este trecho para o aramaico. De modo que é provável que, nesta ocasião, os presentes podiam prontamente entender o hebraico bíblico. (Lu 4:16-21) Pode-se também notar que Atos 6:1, referindo-se a uma ocasião pouco depois de Pentecostes de 33, menciona judeus de língua grega e judeus de língua hebraica em Jerusalém.

O Professor Harris Birkeland (The Language of Jesus [A Língua de Jesus], Oslo, 1954, pp. 10, 11) salienta que ser o aramaico a língua escrita da Palestina quando Jesus estava na terra não significa, necessariamente, que fosse falado pelas massas. Também, o fato de os Papiros Elefantinos pertencentes a uma colônia judaica no Egito terem sido escritos em aramaico tampouco prova que esta era a língua principal ou comum na sua pátria, porque o aramaico era então uma língua literária internacional. Naturalmente, o Novo Testamento contêm vários aramaísmos; por exemplo, Jesus usou algumas palavras aramaicas. Todavia, conforme Birkeland argumenta, talvez comumente Jesus falasse o hebraico popular, ocasionalmente usando expressões aramaicas.


Embora talvez não seja possível provar, conforme Birkeland contende, que o povo comum era iletrado no que se referia ao aramaico, deveras parece que, quando Lucas, médico instruído, registra que Paulo falou aos judeus ‘em hebraico’, e que, quando o apóstolo disse que a voz do céu falou-lhe ‘em hebraico’, realmente se referisse a uma forma do hebraico (embora talvez não ao hebraico antigo) e não ao aramaico. — At 22:2; 26:14.

A partir do 5:58 tenta alegar sobre a Septuaginta. Como já demonstrei, há evidências de que alguns autores do NT podem ter escrito algumas partes em hebraico e Jerônimo demonstrou que havia sido preservado na biblioteca de Cesareia. Mas o sujeito não fala isso. A questão é: por que os escritores do NT escreveram em grego e não em hebraico?

A razão básica pela qual o grego foi escolhido para o Novo Testamento em vez do aramaico ou hebraico foi que os escritores desejavam atingir um público amplo de gentios (não israelitas), não apenas um público judeu . A língua falada usada tanto pelos discípulos quanto por Cristo era muito provavelmente o aramaico, embora essa língua semítica não fosse a original usada pelos judeus.

O grego era a principal língua escrita e falada do mundo mediterrâneo oriental quando Roma governava o mundo durante o período do Novo Testamento. Na verdade, permaneceu como a língua dominante, especialmente nas grandes cidades de Alexandria, Antioquia, etc., até depois da conquista árabe muçulmana, muito depois da queda do Império Romano Ocidental em 476 DC

Uma análise cuidadosa das citações do NT do AT revela que praticamente toda citação tem pelo menos variantes menores das Septuagintas (ou maiores) e nunca é literal. Isso é significativo. Ou os escritores do NT estavam usando manuscritos gregos diferentes das versões existentes das Septuagintas ou algo mais estava acontecendo. Se as Escrituras Judaicas Gregas foram consideradas tão altamente pelos escritores do NT, por que eles parecem ser tão descuidados em citá-las (se de fato as estavam citando) de modo a ter tantas variantes? Não há uma única citação em todo o Novo Testamento que cite literalmente qualquer manuscrito da Septuaginta que tenhamos. Acho que o consenso acadêmico atual é que, pelo menos durante os primeiros dois séculos do cristianismo, a igreja usou uma variedade de traduções gregas, bem como manuscritos hebraicos.

Na época da igreja do Novo Testamento no primeiro século DC, o helenismo havia influenciado e mudado muito o povo e a cultura da Judéia. O grego, não o hebraico, era a língua comumente usada na Palestina durante o governo do Império Romano.

A habilidade de falar a língua grega, especialmente durante a época do Novo Testamento, era uma habilidade necessária, pois era usada como a forma padrão de comunicação, realização de negócios e assim por diante.

A língua foi escrita e usada durante o período da igreja primitiva para se comunicar entre pessoas que cresceram em diferentes áreas do mundo e cujas línguas nativas eram bastante diferentes.

O conhecido historiador judeu do período do Novo Testamento, Josefo, afirmou que a habilidade de falar grego era muito comum não apenas entre a população em geral, mas também entre servos e escravos.

Algumas evidências de que Cristo falou a língua existem no Novo Testamento. Jesus utilizou pelo menos duas palavras gregas para amor em sua conhecida conversa pós-ressurreição com Pedro sobre o quanto ele o amava. Ele usou a palavra ágape , que é um amor profundo e phileo , que é o amor fraternal por alguém de quem gostamos (ver João 21: 15-17). Essas palavras não têm uma palavra correspondente exata no hebraico do Antigo Testamento ou no aramaico.

O jogo de Jesus com as palavras para “pedra” e “rocha”, enquanto falava com Pedro em Mateus 16:18, também usa palavras gregas que não podem ser reproduzidas em outro idioma.

“E eu também digo a você que você é Peter ( Petros , Concordância de Strong # G4074, que literalmente significa uma pedra), e nesta rocha ( Petra , Strong’s # G4073, que literalmente significa uma rocha enorme) Eu construirei Minha igreja. .. ” (Mateus 16:18).

Marcos 7 registra a história de uma mulher gentia que pediu a Jesus que curasse sua filha . Depois de ser inicialmente rejeitada, ela persistiu em seu pedido. Jesus respondeu que foi enviado para salvar e servir aos israelitas e que: “Não é certo pegar a comida dos filhos e jogá-la nos cachorros” (Marcos 7:27).

A palavra do Novo Testamento que Jesus usou para ‘cachorros’ era o grego Kunarion (Concordância de Strong # G2952), comumente usada em referência a animais de estimação. Ele poderia ter, mas não usou, o termo hebraico muito mais severo para cães comumente usado pelos judeus em seu ódio e desprezo pelos gentios.

Além disso, Pôncio Pilatos poderia muito bem ter questionado Jesus em grego, visto que poucos não romanos na Judéia falavam latim. É altamente improvável que Pilatos conhecesse as línguas locais dos povos “desprezados” e conquistados que governou em nome do poderoso Império Romano.

Jesus, condizente com um judeu criado na ‘Galiléia dos gentios’ (Isaías 9: 1), podia conversar com pessoas de origem judia e gentia.

Visto que os apóstolos e evangelistas da igreja primitiva do Novo Testamento desejavam atingir o maior público possível, eles escolheram escrever suas palavras inspiradas em grego e não em aramaico, hebraico ou alguma outra língua. Sua escolha, visto que a Bíblia é o livro mais popular já impresso, mostrou-se realmente sábia.

O autor, Joseph A. Fitzmyer, ressalta que não há dúvida de que Jesus falava aramaico. Ele mostra que embora uma forma de aramaico fosse “a língua dominante, não era a única língua falada na Palestina naquela época”. Ele continua:

“Os rolos do Mar Morto revelam que EXISTIU UM TRILINGUALISMO NA PALESTINA no primeiro e no segundo século da era cristã. Além do aramaico, alguns judeus também falavam hebraico ou grego – ou ambos. Diferentes níveis da sociedade judaica, diferentes tipos de religião o treinamento e outros fatores podem ter determinado quem falava o quê “(” Did Jesus Speak Greek? “, mesma edição da BAR , p.58).

Por incrível que pareça, no entanto, pedaços de papiro em uma biblioteca da Universidade de Oxford desmentem as teorias acalentadas de estudiosos descrentes e céticos! Acredita-se que três fragmentos de texto do evangelho de Mateus, inscritos em grego, foram tradicionalmente escritos no final do segundo século. Mas o especialista alemão em papiros, Carsten Thiede, publicou um artigo argumentando que esses fragmentos mantidos no Magdalen College de Oxford muito provavelmente representam um relato real da TESTEMUNHA OCULAR da vida de Jesus!

Alguns estudiosos questionaram a exatidão do Novo Testamento como histórico, acreditando que os primeiros textos foram escritos muito depois dos eventos reais descritos. No entanto, uma nova análise cuidadosa do Professor Thiede datou os fragmentos para meados do primeiro século, indicando assim que eles são evidências de que o Evangelho de Mateus foi escrito apenas uma geração após a crucificação, ou mesmo antes! Diz William Tuohy do Los Angeles Times : “Partes do Novo Testamento podem ter sido escritas por homens que realmente conheceram a Cristo, em vez de autores que relatam uma versão do século 2 de uma tradição oral.”

Os fragmentos de Magdalen estão na faculdade de Oxford desde 1901. Pouco trabalho foi feito sobre eles desde 1953, quando foram editados pela última vez por estudiosos da Bíblia. Mas no início deste ano, Thiede visitou Oxford e inspecionou o papiro. Ele concluiu,

As linhas nos fragmentos são de Mateus 26 e incluem a referência escrita mais antiga a Maria Madalena e a traição de Cristo por Judas. Esse fragmento, escrito logo após a morte de Cristo, no primeiro século, está escrito na língua grega, colocando no lixo compactador de uma vez por todas a noção de que os apóstolos não falavam nem escreviam grego!

O grego foi a língua de estudo durante os anos de composição do Novo Testamento de 50 a 100 DC. O fato é que muitos judeus nem sabiam mais ler hebraico, e isso perturbou muito os líderes judeus! Então, por volta de 300 aC, uma tradução do Antigo Testamento do hebraico para o grego foi realizada, e foi concluída por volta de 200 aC. Gradualmente, essa tradução grega do Antigo Testamento, chamada de Septuaginta, foi amplamente aceita e até usada em muitas sinagogas. Também se tornou uma ferramenta missionária maravilhosa para os primeiros cristãos, pois agora os gregos podiam ler a Palavra de Deus em sua própria língua.

Aos 8:18 tenta a mentira de que “os autores eram analfabetos”. Pura mentira.

Já Lucas, o discípulo que escreveu um dos Evangelhos, bem como o livro de Atos, era mais instruído. Ele era médico. (Colossenses 4:14) Seus conhecimentos médicos dão um toque distintivo aos seus escritos inspirados. — Veja Lucas 4:38; 5:12; Atos 28:8.
Antes de se tornar cristão, o apóstolo Paulo estudou direito judaico, e seu instrutor foi Gamaliel, um dos mais brilhantes eruditos da época. (Atos 22:3) A instrução de Paulo pode ser comparada à instrução universitária atual. Ademais, na sociedade judaica considerava-se dignificante um jovem aprender um ofício, mesmo que depois fizesse um curso superior. Evidentemente Paulo aprendeu o ofício de fabricar tendas quando jovem. Com esse ofício, ele se sustentou no ministério de tempo integral.

Assim, os autores do Novo Testamento escreveram em grego. Eles não usavam, entretanto, grego realmente de alta classe ou clássico, mas um tipo de grego muito comum e cotidiano. Por muitos anos, alguns estudiosos ridicularizaram o grego do Novo Testamento porque muitas de suas palavras eram estranhas para aqueles que liam os escritos de grandes autores clássicos gregos como Platão e Aristóteles. Mais tarde, porém, foram descobertos muitos registros de pessoas comuns e, surpreendentemente, havia os mesmos termos comuns usados ​​na fala do dia-a-dia! O ridículo secou de acordo.

As primeiras cópias de partes do Antigo Testamento hebraico foram descobertas em 1947. Elas fazem parte dos famosos Manuscritos do Mar Morto e, na verdade, datam do primeiro século aC. Embora sejam pelo menos 900 anos mais velhos do que quaisquer partes da Bíblia que tínhamos antes, eles não são os originais. Eles são cópias. Todos os originais foram perdidos ou destruídos. Mas isso não é motivo para desânimo. Temos quase certeza do que dizia o texto original. A cópia pelos escribas era feita com muito cuidado naquela época e, como o texto era considerado sagrado, os copistas eram extremamente meticulosos. Hoje existem cerca de 5.000 documentos copiados à mão de toda ou parte da Bíblia, e eles concordam em 98% do texto! Nenhum outro escrito antigo tem essa quantidade de suporte subjacente com uma concordância tão surpreendente quanto ao texto.

Sim, temos o que Deus queria que tivéssemos! Por meio de tradução, agora temos Sua revelação em nosso próprio idioma e em 2300 outros idiomas também. Hoje temos a própria Bíblia que nos chega das três línguas usadas no original. Na verdade, podemos dizer: “Deus fala minha língua também!”

Aos 10:09 tenta usar Bart Ehrman ao alegar que os escritos do NT não foram escritos por testemunhas oculares que que foram escritos por “pessoas altamente educadas e fora da Palestina”, levando à sua ideia louca de que os evangelhos foram escritos por egípcios.

Nenhum estudioso sério alega isso. Os livros do Novo Testamento foram todos ou quase todos escritos por cristãos judeus – isto é, discípulos judeus de Cristo, que viveram no Império Romano e sob ocupação romana .[51] 

Os estudiosos estimam que a taxa de alfabetização entre os judeus do primeiro século em torno de 10%, mas esse número é uma estimativa grosseira que recentemente foi questionada.

Os judeus na época de Jesus davam grande valor à educação, pois levavam a sério os mandamentos da Torá. Mesmo se a alfabetização fosse de 5 a 10%, ainda haveria muitos judeus comuns e comuns capazes de escrever. Evidentemente, os autores dos Evangelhos foram alguns deles.

Compartilha o professor de Apologética Mikel Del Rosario :

“Curiosamente, quatro dos discípulos de Jesus tinham nomes gregos: Filipe, André (irmão de Pedro), Tadeu e Bartolomeu. Por que seus pais lhes dariam nomes gregos se o grego não tivesse algum tipo de influência em suas famílias? Quer você seja judeu ou não, você aprendeu grego por morar perto de falantes nativos de grego. ”

Acredita-se que Pedro , João e possivelmente Mateus tenham escrito livros da Bíblia pessoalmente. João escreveu um dos Evangelhos. Acredita-se que o próprio irmão de Jesus, Tiago, escreveu o Livro de Tiago. Como um coletor de impostos galileu, Mateus teria que coletar e registrar informações, provavelmente em vários idiomas. Claramente, ele sabia ler e escrever. Os historiadores sabem que os cobradores de impostos muitas vezes carregavam tabuletas de madeira revestidas de cera espessa. Eles usaram estiletes para marcar notas na cera, que mais tarde foram transcritas e escritas em papiros ou peles de animais. Se Mateus fez a transcrição pessoalmente não é o ponto importante aqui.

Em sua postagem de blog intitulada Common Objection # 14 – “Os discípulos de Jesus eram iletrados e iletrados”,  Truth Bomb Apologetics  nos lembra que alguns membros do conselho governante da Judéia apontaram que Pedro e João eram  agrammotoi  ou “não escolarizados” ( Atos 4:13 ) Mas que a palavra não implica necessariamente que Pedro e João eram analfabetos. No contexto do conselho judaico,  agrammatos  provavelmente significava “não treinado na lei judaica”. Os membros do conselho estavam apenas apontando que Pedro e João não haviam sido educados como rabinos.

Apenas para argumentar, vamos continuar com a afirmação de que os discípulos não sabiam ler nem escrever. Isso se traduz automaticamente em serem “simples” ou incultos? Não. Significa simplesmente que eles precisavam de ajuda para escrever sua mensagem.

Sem problemas! Escribas profissionais capazes de transformar o aramaico em grego polido estariam prontamente disponíveis para os discípulos do primeiro século. Os estudiosos sabem que esses escribas ajudavam a registrar de tudo, desde recibos a documentos legais e cartas, para pessoas tanto abastadas quanto pobres. Sabemos, por exemplo, que o apóstolo Paulo, a quem se atribui grande parte do Novo Testamento, era capaz de escrever grego. Mesmo assim, ele usou escribas para registrar suas cartas.

Ehrman está certo neste ponto: Nenhum dos evangelhos vem “assinado” por seu autor. Isso é verdade. No entanto, no caso de Lucas e João, podemos estar muito confiantes (mas não temos certeza) de que Lucas e João realmente escreveram esses livros, como explicarei a seguir. No entanto, no caso de Marcos e Mateus, o nível de confiança de que o verdadeiro Marcos e o verdadeiro Mateus escreveram esses evangelhos é um pouco menor. Em suma, eu diria que é um pouco provável que o verdadeiro Marcos e o verdadeiro Mateus tenham escrito isso, mas eu definitivamente não apostaria muito nisso. Em outras palavras, embora seja absolutamente verdade que os autores do evangelho não assinaram esses livros, a implicação que Ehrman dá a este fato é mera distorção e é enganosa.

Mas … Ehrman estaria certo neste caso, que Luke não foi escrito por uma testemunha ocular. Na verdade, Lucas foi uma testemunha ocular de muitas coisas no livro de Atos, mas certamente não dos eventos da vida de Jesus. Verdade, mas aqui está a minha pergunta. Isso significa que Lucas é um mentiroso ou que não é um repórter cuidadoso do que aconteceu? Ehrman pode estar parcialmente certo neste caso, mas se Lucas é inspirado por Deus (e é!), Então qual é o problema aqui? Eu digo que, neste caso, o que Ehrman diz pode ser parcialmente verdade, mas não tem nenhum efeito em nossa fé cristã.

Como já disse, temos evidências menos convincentes de que Marcos escreveu Marcos ou que Mateus escreveu Mateus. Isto é verdade. No entanto, não é como se não houvesse evidências de sua autoria. Além disso, desde que esses livros sejam inspirados por Deus (e são!), Como isso afeta nossa fé cristã? Eu digo que não.

O fato é que foi o consentimento inequívoco das igrejas em meados do século II que Marcos foi escrito por Marcos e Mateus foi escrito por Mateus. Irineu conhecia Policarpo e Policarpo conhecia João. Irineu, que acreditava que Marcos escreveu Marcos e Mateus escreveu Mateus, era amigo pessoal de um amigo pessoal do apóstolo João. É possível que Irineu esteja errado? Suponho que sim, mas o fato é que havia muitos crentes vivos no segundo século que também estavam vivos no primeiro século, e foi o consenso dessas pessoas que Marcos escreveu a Marcos e Mateus escreveu a Mateus. Portanto, pessoalmente, acredito que Marcos escreveu Marcos e Mateus escreveu Mateus. Dado que Irineu conhecia Policarpo que conhecia João, a probabilidade de que ele esteja errado sobre quem escreveu João é realmente minúscula. No entanto, Ehrman, que tem esse preconceito anticristão, tenta distorcer a informação (enganosamente, na minha opinião) de modo a implicar que os crentes do segundo século desonestamente a atribuíram a João.

Mas esta afirmação não é tão certa quanto Ehrman sugere. Por um lado, existem sérios desafios para datar todos os quatro Evangelhos após 70 DC. Um caso forte pode ser feito (que não podemos repetir aqui) que o Evangelho de Marcos foi escrito na década de 50, o que reduziria enormemente essa assim chamada lacuna de tempo entre a vida de Jesus e a produção dos Evangelhos.

Ele insiste que o testemunho de Papias a Marcos e Mateus deve ser rejeitado, visto que ele “não conhece nenhuma testemunha ocular” (112), apesar do trabalho acadêmico sério que sugere que Papias conhecia o apóstolo João.

E para evitar as implicações da uniformidade dos títulos dos Evangelhos no segundo século, Ehrman oferece a surpreendente, e até certo ponto nova, proposta de que “algum tipo de edição autorizada e influente dos quatro Evangelhos foi publicada e circulada em Roma ”(124).

Desnecessário dizer, fica-se com a impressão de que Ehrman está trabalhando duro para evitar uma quantidade substancial de evidências que sugerem que os nomes Mateus, Marcos, Lucas e João foram anexados a esses livros desde o início.

 

5 thoughts on “Detonando Antonio Miranda: a farsa do Novo Testamento”

  1. Meu amigo e irmão em Cristo, louvo ao Senhor pela sua vida e dedicação com a verdade do reino, Deus usa pessoas como você para nos ajudar a termos raízes profundas naquilo em que cremos, que o Senhor continue te usando poderosamente na defesa do evangelho, conte sempre com as nossas orações, paz e graça.

  2. Emerson, mas por que a maioria dos papiros do novo testamento foram encontrados no Egito? Os apóstolos escreveram por lá? Ou foram trazidos pelos tradutores? Tem algo haver com alexandria?

    1. Creio que o próprio José Ferreira explicou isso. Óbvio que era por causa da expansão da Igreja e no Egito foi uma das primeiras comunidades

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