Detonando o vídeo: As maiores MENTIRAS sobre Paulo de Tarso (APÓSTOLO)

  1. Classificação dos Atos dos Apóstolos como não histórico: A afirmação de que os Atos dos Apóstolos não são um livro de história é parcialmente verdadeira, já que o autor utiliza o termo “Praxis” em grego, que remete a feitos heróicos. Entretanto, isso não exclui a possibilidade de que elementos históricos estejam presentes no texto. A maioria dos estudiosos concorda que os Atos são uma obra histórica teológica, contendo relatos baseados em eventos reais, mas com uma ênfase teológica particular.
  2. Contradições entre as cartas de Paulo e os Atos: Embora haja diferenças entre os relatos das cartas de Paulo e os Atos dos Apóstolos, isso não implica necessariamente em mentiras. As cartas de Paulo e os Atos têm objetivos diferentes: as cartas são comunicações diretas para comunidades cristãs específicas, enquanto os Atos são uma narrativa histórica mais ampla. Além disso, é comum que diferentes perspectivas e ênfases sejam encontradas em diferentes fontes históricas.
  3. Datação e gênero literário dos Atos: A argumentação sobre a datação e o gênero literário dos Atos não invalida sua historicidade. Embora seja verdade que os Atos tenham sido escritos no século I e pertençam ao gênero literário de “feitos heróicos”, isso não exclui a possibilidade de que os eventos descritos tenham ocorrido. Muitas obras históricas da antiguidade seguem padrões literários específicos, mas isso não as torna automaticamente ficcionais.
  4. Ausência de informações sobre Paulo em suas cartas: A ausência de certas informações sobre Paulo em suas cartas não é necessariamente uma prova de invenção nos Atos. As cartas de Paulo foram escritas com propósitos específicos, muitas vezes abordando questões teológicas e pastorais, e não necessariamente oferecendo uma biografia detalhada do apóstolo.
  5. Paulo como um fariseu e a relação com o cristianismo primitivo: A argumentação sobre a identidade de Paulo como fariseu e sua relação com o cristianismo primitivo não contradiz necessariamente os relatos dos Atos. Embora Paulo tenha sido um fariseu e suas cartas mostrem influências farisaicas, isso não exclui a possibilidade de sua conversão ao cristianismo e sua posterior atuação como apóstolo.

Ao refutar esses pontos, é importante reconhecer que a análise crítica das fontes históricas é fundamental para uma compreensão precisa do passado. No entanto, é igualmente importante evitar conclusões precipitadas ou generalizações excessivas, buscando sempre considerar todas as evidências disponíveis de forma equilibrada e contextualizada.

Atos é uma história extremamente confiável. Todo historiador tem um ponto de vista, e o fato de Lucas ter escrito de um ponto de vista cristão não significa que ele estivesse errado.

O livro de Atos é baseado no depoimento de testemunhas oculares, como o Evangelho de Lucas (Lucas 1:2).

É fácil dizer quem foram as testemunhas oculares em Atos: Pedro é uma fonte importante para os capítulos 1 a 12, Paulo para os capítulos 13 a 28, Filipe para o capítulo 8, e Priscila e Áquila para o capítulo 18. O próprio Lucas foi uma testemunha ocular. para o que os estudiosos chamam de passagens “nós”, onde a narração muda da terceira para a primeira pessoa, descrevendo o que “nós” fizemos (16:10–17, 20:5–15, 21:1–18, 27:1 –28:16).

A atenção de Lucas aos detalhes é demonstrada de várias maneiras. Por exemplo, ao narrar as viagens de Paulo, ele dá informações específicas sobre o tempo que levou para chegar a diferentes locais. Esta informação é exata e não poderia simplesmente ter sido consultada numa obra de referência do mundo antigo. Isso sugere que Lucas ou alguém do círculo de Paulo mantinha um diário de viagem. O fato de Lucas não fornecer informações paralelas sobre os tempos de viagem na primeira parte do livro, quando Pedro domina a narrativa, mostra que Lucas foi fiel às suas fontes. Ele usou as informações fornecidas e não inventou tais detalhes.

O arqueólogo Sir William Ramsay, inicialmente um cético em relação a Atos, revisou as evidências e concluiu:

Lucas é um historiador de primeira linha; não apenas suas declarações factuais são confiáveis; ele possui o verdadeiro sentido histórico; ele fixa sua mente na ideia e no plano que rege a evolução da história; e proporciona a escala do seu tratamento à importância de cada incidente. Ele aproveita os eventos importantes e críticos e mostra sua verdadeira natureza mais detalhadamente, enquanto toca levianamente ou omite inteiramente muitas coisas que não tinham valor para seu propósito. Em suma, este autor deve ser colocado ao lado dos maiores historiadores (The Bearing of Recent Discovery on the Trustworthiness of the New Testament, capítulo 18).

O Novo Testamento é frequentemente alvo de críticas por parte dos céticos que buscam minar a credibilidade histórica do cristianismo. Um dos livros que tem sido questionado recentemente é o livro de Atos dos Apóstolos. Como podemos saber se o livro de Atos é historicamente confiável? Para responder a essa pergunta, contamos com a ajuda do Dr. Travis Campbell, um estudioso cristão.

Se pudermos demonstrar que Atos é realmente um bom documento histórico, geralmente confiável em tudo o que afirma sobre a história, então acredito que estamos dando um passo mais próximo para aceitar a confiabilidade geral do Novo Testamento como um todo e também fortalecemos o caso para coisas como a ressurreição, afirma Campbell.

O autor de Atos também escreveu o Evangelho segundo Lucas, o que significa que Atos é uma continuação do Evangelho de Lucas. Em termos de datação, é razoavelmente claro que Atos foi escrito antes do ano 70 d.C. O autor não menciona a morte de Pedro, Paulo e Tiago, o que é uma omissão significativa, dado o papel central desses personagens no livro. A queda de Jerusalém em 70 d.C. também não é mencionada, o que seria altamente relevante para a narrativa se o livro fosse escrito após esse evento.

A confiabilidade histórica de Atos é corroborada por evidências internas e externas. Colin Hemer, em seu livro “O Livro de Atos e o Contexto da História Helenística”, e Craig Keener, em seu comentário em quatro volumes sobre Atos, destacam repetidamente como Atos é confirmado pela arqueologia. Um exemplo favorito é a menção de Priscila e Áquila em Atos 18, que é corroborada por Suetônio, que relata uma expulsão de judeus de Roma durante o reinado de Cláudio. Além disso, uma descoberta arqueológica menciona que Galio era procônsul durante o tempo em que Paulo estava em Corinto, como mencionado em Atos 18.

A precisão de Lucas em Atos, mesmo em eventos não corroborados, inspira confiança em sua narrativa. E se Lucas foi tão meticuloso ao registrar eventos menos importantes, quanto mais podemos confiar nele ao falar sobre a vida e os ensinamentos de Jesus? Concluímos, portanto, que há boas razões para considerar o livro de Atos dos Apóstolos como um documento historicamente confiável, o que fortalece ainda mais a base histórica do cristianismo.

DICA

Veja também o livro de Ramsay, São Paulo, o Viajante e Cidadão Romano.

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