Uma resposta cristã ao “nada” de Lawrence Krauss

s-LAWRENCE-KRAUSS-CREAITIONISM-TALIBAN-large300Se você me der apenas alguns minutos do seu tempo, eu gostaria de falar sobre o nada. Agora, eu sei que você pode estar pensando: “Bem, se você for falar sobre nada, então por que você está falando de algo?” Mas eu não quero falar sobre algo. Se eu quisesse falar alguma coisa, eu praticamente não poderia falar nada, porque tudo o que existe é uma coisa. No entanto, quero falar sobre o nada. Ou seja, eu quero falar sobre o conceito de nada, não dizer nada, pois claramente eu estou dizendo alguma coisa! Confuso? Parece um monte muito como o vídeo “Quem veio primeiro? de Abbott e Costello, não é mesmo?

No início deste ano, o físico teórico Lawrence Krauss, lançou um livro intitulado Um universo a partir do nada: por que existe algo em vez de nada. Ele tenta promover a ideia de que o universo poderia ter se expandido a partir do nada, eliminando assim a necessidade de um Criador ou Causa Primeira. Muitas pessoas têm se interessado pelo título. Krauss tem atraído muita atenção nos últimos tempos. Na verdade, ele tornou-se onipresente, muitos que não sabia o nome dele agora o conhecem. Ele até apareceu no Colbert Report, o que foi muito divertido.

O proeminente porta-voz do ateísmo, Richard Dawkins, parece pensar que o livro de Krauss é o último prego no caixão do teísta. Ele escreve:

Até o último trunfo restante do teólogo: ‘Por que existe algo em vez de nada?’, perde efeito diante de seus olhos, enquanto você lê estas páginas. Se ‘A origem das espécies’ foi o golpe mortal da biologia no supernaturalismo, podemos dizer que ‘Um universo a partir do nada’, é o equivalente da cosmologia. O título significa exatamente o que diz. E o que ele diz é devastador.

Não sei por que Dawkins sente a necessidade de exagerar sobre este título, porque o livro não responde a nenhuma pergunta.

O problema reside numa pequena palavrinha travessa: “nada”. Krauss afirma que o universo surgiu do nada, mas o nada de onde ele diz que o universo surgiu é o vácuo quântico. Dá para entender o problema? Ele renomeou alguma coisa (o vácuo quântico) como nada, quando claramente é alguma coisa. O vácuo quântico é essencialmente o espaço vazio, mas é repleto de energia, e também pesa alguma coisa. Então o que temos aqui ainda é alguma coisa. Krauss não responde à pergunta de por que existe algo onde não deve haver nada. Ele simplesmente sabota a questão. Ele não lida com o fato de que é preciso explicar de onde veio a matéria, a energia e as leis físicas que regem nosso universo. Ele simplesmente redefine o termo “nada” para se encaixar com os seus próprios pressupostos naturalistas de que Deus não existe.

Então isso nos deixa com o nosso tema original para discutir: nada. O que exatamente é nada? Aristóteles ponderou que: “nada é aquilo com o que as rochas sonham.” Ou seja, nada é a ausência completa de qualquer coisa. É um termo de negação universal. A física não consigue descrever nada, porque o nada tem zero de propriedades a ser descrita.

O cristianismo sempre afirmou que Deus criou o universo ex nihilo, literalmente do nada. Quando se retira o universo, vemos que algo sempre existiu. É algo que sempre existiu necessariamente. Os cristãos dirão que este é Deus, enquanto Krauss deve apelar para um multiverso (um número infinito de universos). A cosmologia moderna aponta para um começo específico do universo que parece ser melhor explicada por um agente externo necessário: Deus.

Então, vemos que o título do livro de Krauss é enganoso, mas tenho a certeza que isto ajudou o livro a circular.  Foi a maior coisa (ironicamente) que tornou Krauss conhecido por algumas pessoas. No entanto, é possível que alguns leigos serão ludibriados por sua falaciosa definição de “nada”, quando na  verdade seu “nada” é realmente algo.

Como se vê, o nada de nada ainda não é nada, porque nada é nada.

“No princípio Deus criou os céus e a terra.”- Gênesis 1,1

Ande bem. Viva sabiamente. Seja abençoado.
Josh

Fonte: http://joshfults.com/tag/christian-response-to-lawrence-krauss/
Tradução: Emerson de Oliveira

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