Respondendo às Testemunhas de Jeová no Novo Testamento


Por: David A. Reed
Tradução:
Emerson de Oliveira

Mt. 5:5: “Bem-aventurados os mansos pois eles herdarão a Terra”

“Este versículo prova que haverá uma classe de cristãos que irão morar na Terra em vez de ir para o céu”, dirá uma Testemunha de Jeová. Um leitor de Illinois, quando ouviu este agumento de uma TJ, logo escreveu perguntando como responder, já que ele não viu a resposta para Mt.5.5 em meu primeiro livro “As Testemunhas de Jeová Respondidas Verso por Verso”. Precisei lhe dizer que o versículo não estava lá porque a organização da Torre de Vigia não interpreta isto daquele jeito. Seu amigo tinha contradito a interpretação da organização que diz que: “Jesus é o principal herdeiro da Terra” e que “os heredeiros de Cristo irão herdar a Terra” (Watchtower 1 de fevereiro de 1978, página 29). Assim, até mesmo a liderança das TJ admite que Mt. 5:5 se aplica principalmente a pessoas que vão para o céu. Porém, alguns membros da seita usam este versículo de forma errada, como fez esta Testemunha em Illinois.

Um rei terrestre pode governar seu reino mesmo que não esteja residindo nele. Por exemplo, no auge do Império britânico, um soberano herdou o governo das colônias do Canadá, Índia e das colônias africanas, mas os governou de um trono na Inglaterra. Da mesma forma, o “os mansos herdarão a Terra” serão herdeiros com Cristo em Sua monarquia divina.

As TJ quem entendem desta forma ainda podem tentar dizer sobre Mt. 5.5: “mas como poderia Cristo e seus herdeiros divinos governarem um planeta vazio? Deve haver habitantes humanos que ficarão para semrpe na Terra” . Para responder a este argumento, não precisamos saber todos os detalhes dos planos futuros de Deus para este planeta–só a clara mensagem do Novo Testamento que os cristãos estarão com Cristo onde Ele está, vendo Sua glória (Jo. 17:24) O Cristo ressuscitado e glorificado apareceu muitas vezes na Terra e até mesmo comeu um pexie cozido. Por isto, os cristãos salvos podem esperar que aconteça o mesmo no reino terrestre do Reino divino.

Assim, Mt. 5:5 não dá nenhuma base bíblica para as afirmações das TJ que os seguidores de Cristo seriam divididos em classes com duas esperanças diferentes–uma terrestre e uma divina. A Bíblia fala de “uma esperança para os crentes” (Ef. 4:4).

Mt. 6: 7: “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos”

Tomando este versículo como um comando para evitar repetir as mesmas palavras na oração, as TJ evitam orar a oração do Pai Nosso nos versos 9-13. Quando os cristãos fazem esta oração nas igrejas e em casa, as TJ os condenam como violadores das instruções de Jesus em Mt. 6:7.

Porém, se você se tornar um freqüentador das reuniões no Salão do Reino e prestar atenção às orações que eles fazem ali – quase sempre à abertura e no fim das reuniões, já que eles nem mesmo usam as orações no meio do serviço — notará que alguns dos homens também repetem as mesmas palavras que os outros oram. Eles evitam a Oração do Pai Nosso, mas suas prórprias palavras são repetitivas. A maioria daqueles que oram publicamente no Salão do Reino fazem um esforço consciente para variar as expressões, mas eles permitem que haja repetições, já que alguém que repetir a oração do Senhor seria reprovado.

É errado usar as palavras “Pai-Nosso que estais no céu, santificado seja teu nome” e assim por diante? Não, porque Jesus introduziu essas palavras dizendo “Portanto, vós orareis assim” (Mt.6.9). Ele não nos deu essas palavras para mostrar como não orar, mas para nos mostrar como deveríamos orar.

Vemos ainda orações nos Salmos, que eram usadas de formas repetidas inúmeras vezes. E Jesus, no jardim do Getsemani “deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras” (Mt. 26:44). Assim, não há nenhuma base nas Escrituras para a condenação das TJ de recitar a oração do Pai-Nosso.

Mc. 13.32: “Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai”

As Testemunhas dizem que Jesus não podia ser Deus se só o Pai sabia a hora do retorno de Cristo e não o Filho. Porém, este argumento é falso.

Em primeiro lugar, a Escritura claramente mostra que, como o Pai, Jesus sabia “de todas as coisas” também. (Jo. 16:30; 21:17 TNM) Assim, ele não é inferior ao Pai em conhecimento.

Segundo, se concordarmos ou não com as Testemunhas, eles ensinam que o Pai, voluntariamente, escolhe não saber certos eventos futuros. (“conhecimentos selecionados significam aquilo que Deus poderia escolher deixar de saber todos os atos futuros de Suas criaturas”–Estudo Perspicaz das Escrituras, pág. 853) Se o que as TJ dizem é verdade, então isto também quer dizer que Jesus poderia escolher não saber o tempo exato de Sua vinda – sem ser inferior ao Pai. Assim, a Testemunha não pode usar Mc. 13:32 como um argumento contra a divindade de Cristo sem contradizer os próprios ensinos sobre o Pai.

Jo. 4.34: “Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”

Ao falar sobre a divindade de Cristo, as Testemunhas dirão que Ele foi mandado pelo Pai. Obviamente, quem é enviado é menor do que quem envia, eles dizem, e por isto Cristo deve ser inferior a Deus, o Pai. Este argumento é especioso, porém, porque a mesma linha de raciocínio pode ser usada para “provar” que Jesus era inferior ao rei Herodes e seus soldados: “e Herodes e seus soldados o desprezaram. E quando ele tinha sido escarnecido, eles o vestiram com uma túnica purpúrea, e o enviaram a Pilatos” (Lc. 23:11 siríaco) Eles, também, tinham enviado a Cristo. O fato é que Cristo, em sua humanidade, era seu igual.  Assim, o fato que Jesus foi enviado pelo Pai de forma alguma tira sua igualdade com Ele.

Jo. 6.68-69: “Simão Pedro respondeu-lhe: Senhor, para quem havemos de ir? Tu tens declarações de vida eterna; e nós cremos e viemos a saber que tu és o Santo de Deus” (TNM)

A Sociedade da Torre de Vigia aplica livremente esta passagem para si mesma, interpretando as Escrituras como dizendo que as TJ não devem ousar deixar sua organização do Brooklyn:
Os relatos que a organização ‘do escravo file e discreto’ fez nos mais de 100 anos nos forçam para a conclusão que Pedro expressou quando Jesus perguntou se os apóstolos também queriam deixá-lo, isto é, ‘para quem havemos de ir?’ (Jo. 6:66-69) Não há dúvida. Todos precisamos de ajuda para entender a Bíblia, e não podemos achar a direção bíblica fora da organização do ‘escravo fiel e discreto’. – Sentinela, 15 de fevereiro de 1981, página 19,

‘Para quem havemos de ir?’ Ninguém! é a resposta da Sociedade, repetitida por toda Testemunha. Nossa organização é o único meio, a única verdade, a única vida. Esta idéia das coisas faz muito difícil uma Testemunha deixar a organização – e muito confuso e assustador até mesmo para aqueles que a deixaram.

Os versos que a Sociedade usam de fato se referem a Jesus Cristo, o Filho de Deus. Jesus era Aquele de quem os discípulos falavam quando disseram: “Senhor, para quem havemos de ir? Tu tens declarações de vida eterna; e nós cremos e viemos a saber que tu és o Santo de Deus” (Jo. 6:68-69 TNM) Eles não estavam falando de uma organização. E “a Verdade” não é uma organização. As Escrituras identificam o próprio Jesus como “o caminho, a verdade e a vida” (Jo. 14:6)

Como Testemunhas, fomos ensinados que as pessoas “tinham que ir à organização de Jeová para salvação” (Sentinela, 15 de novembro de 1981, página 21) mas Jesus na verdade disse: “ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo. 14:6) A Sociedade nos ensinou que o “conhecimento correto” era a chave, mas Jesus disse aos fariseus: “pesquisais as Escrituras, porque pensais que por meio delas tereis vida eterna; e estas mesmas são as que dão testemunho de mim. Contudo, vós não quereis vir á mim para ter vida” (Jo.5:39-40 TNM)

Assim, qual é ponto? Isto: O meio de salvação que Jesus proclamou não foi que devêssemos pertencer a uma organização ou que tivéssemos perfeito conhecimentos das Escrituras – apesar de ambas entrarem nisto. Para ganhar vida, as pessoas tinham que ir pessoalmente a Jesus. Na Nova Aliança não haveria nenhum outro meio de ir ao Pai, exceto por Jesus.

Compare a Antiga Aliança com a Sociedade da Torre de Vigia de hoje. Os judeus tinham  uma relação especial com Deus por serem membros da nação de Israel. Da mesma forma, ensinam às Testemunhas que eles têm uma relação especial com Deus em virtude de pertencerem à Sociedade. A Sociedade continua agindo da mesma forma como na Antiga Aliança e ignora o novo meio de se aproximar de Deus por Jesus Cristo.

Deus enviou Seu Filho para a Terra para cumprir a “Nova Aliança” prometida em Jeremias, cap. 31. Sob esta Nova Aliança “‘todos me conhecerão, do menor até o maior’ é a pronunciação de Jeová. ‘Porque eu perdoarei seus erros, e dos seus pecados não me lembrarei mais'” (v. 34 TNM)

É um privilégio de cada cristão “conhecer” Deus através de uma relação íntima e pessoal com Jesus Cristo. Nenhuma organização humana tem qualquer gabarito para se colocar nesta relação entre o crente e Deus. As TJ não precisam temer deixar a organização da Watchtower, já que elas estão abandonando um falso ensino e indo para o verdadeiro, Jesus Cristo. Ele convida todas estas pessoas: “vinde a Mim, todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu os aliviarei”. (Mt. 11:28) “Todo aquele que vier a Mim, de maneira nenhuma o lançarei fora” (Jo. 6:37)

Jo. 10.17-18: “Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai”

Esta é a melhor passagem para falar a uma TJ quando eles negam a ressurreição corporal de Cristo dizendo que ele não poderia levar de volta o valor do sacrifício que levou nossos pecados–quer dizer, o corpo que Ele colocou em sacrifício.

A Torre de Vigia ensina: “tendo deixado Sua carne para a vida do mundo, Cristo nunca poderia levá-lo de volta e se tornar um homem de novo. Por esta razão básica, Seu retorno nunca poderia acontece no corpo humano que ele sacrificou por todos nós” (Você Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 143)

Só que na passagem citada, porém, o próprio Cristo diz que foi Sua vida que ele colocou como um sacrifício de resgate para pagar o pecado do ser humano e que ele tinha  “autoridade para entregálo e também para reavê-lo”.

Jo. 20.17: “Jesus disse a ela: Não me toques; pois eu ainda não subi a meu Pai. Mas vá para meus irmãos, e diga a eles: Eu ascendo a meu Pai e seu Pai, e para meu Deus e seu Deus”

Como Jesus pode ser Deus, já que Ele chama o Pai de “meu Deus”? Segundo as TJ, este uso da expressão “meu Deus”, por Jesus, em referência para o Pai, significa que Jesus não é Deus. Para respondê-los, primeiro diga que pode haver relações entre líderes iguais.  Peça para o TJ ler Êx. 4:16 (na Tradução do Novo Mundo – TNM – a bíblia deles), onde diz que Moisés “serviria como Deus” a seu irmão Aarão. A atitude de Moisés a Aarão não mudou o fato que Moisés e Aarão eram iguais em sua humanidade. Semelhantemente, o Pai e o Filho podem ser iguais sobre Sua divindade, com o Pai que servindo como Cabeça ou Deus ao Filho.

Agora olhe Hb. 1:10, onde o Pai chama o Filho “Senhor”. Se o Pai pode chamar o Filho “Senhor” sem perder o estado de ser o próprio Senhor, o Filho pode chamar o Pai “Deus” sem perder o estado de ser o próprio Deus.

Finalmente, você pode querer mostrar para o TJ para o que o Tomé chamou Jesus em
Jo. 20:28: “Tomé lhe disse: ‘Meu Senhor e meu Deus'” (TNM). Assim Jesus, também, é chamado “meu Deus”. Mesmo se não pudermos completamente entender a relação de Cristo com o Pai, podemos saber que estamos na mesma relação que Cristo tinha com Tomé e assim nós podemos Lhe chamar de nosso Deus também.

At. 2.24: “Mas Deus o ressuscitou, soltando as cordas do sepulcro; porque não poderia acontecer ele ficar preso no sepulcro”

As TJ foram treinadas para perguntarem aos cristãos: “se Jesus é Deus, então como ele poderia estar morto e ser Deus vivo ao mesmo tempo?” A simples lógica mostra que  Jesus não poderia ser Deus, como as Testemunhas dizem. De fato, entretanto, a seita chega a esta errada conclusão por uma mistura muito complexa de ensinos errados sobre a natureza da morte, o significado da ressurreição e a identidade de Cristo.

Para a TJ (1) Jesus foi uma encarnação humana do arcanjo Miguel, (2) na morte ele  desapareceu na não-existência: corpo, alma e espírito entraram em um nada sem fragmento de vida (“Deus dispôs do corpo de Jesus”Watchtower – 15 de novembro de 1991, página 31–e na teologia das Testemunhas não há nenhuma parte invisível do homem que se mantém viva depois da morte), e (3) a ressurreição de Cristo foi uma perfeita duplicata pelo Pai do arcanjo Miguel, visto que antes ele foi o mesmo arcanjo. Obviamente a idéia de Jesus ser Deus não se enquadra neste contexto. Alguém que não existe mais não poderia tirar a si mesmo da morte.

Para o cristão, por outro lado, (1) Jesus foi uma encarnação humana do Deus Todo-poderoso (“nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade” – Cl. 2:9), (2) foi Seu corpo que morreu na Cruz (“sendo morto na carne, mas vivificado no espírito” – 1 Pd. 3:18 TNM), e (3) na ressurreição, Seu próprio corpo foi levado também, deixando a tumba vazia como uma testemunha de sua completa ressurreição.

Qual se ajusta melhor com as Escrituras –  a versão dos eventos pelas TJ ou a versão cristã? Jesus prometeu em Jo. 2:19-21 fazer algo que um Cristo inexistente não podia fazer: prometeu elevar Seu próprio corpo: “Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás? Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo”. Note que Jesus disse que Ele o reconstruiria. Assim, ele não poderia ter deixado de existir entre a morte e ressurreição como as Testemunhas acreditam. Portanto, o uso que as TJ fazem deste versículo para negar a ressurreição corporal de Cristo é insensata. Ele tinha morrido na carne mas estava vivo no espírito.

Também, note que os versículos citados acima nos falam que em um lugar que Jesus ressuscitou Seu corpo e em outro lugar que Deus ressuscitou Seu corpo. Já que a Bíblia não se contradiz, isto nos mostra claramente quem Jesus é!

At. 8.30-31: “Correndo Filipe, ouviu-o ler o profeta Isaías e perguntou: Compreendes o que vens lendo? Ele respondeu: Como poderei entender, se alguém não me explicar? E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele”

Esta é uma passagem favorita das TJ para explicar a necessidade de sua organização,  com seu império de publicações e o muitos livros e revistas. “Como podemos entender a Bíblia”, vai dizer um TJ, “a menos que alguém nos explique?” O resultado deste modo de pensar é que as TJ permanecem dependentes da Torre de Vigia para sua compreensão das Escrituras.

Mas qual é o padrão bíblico? O eunuco etíope ficou dependente de Filipe? O versículo 39 diz: “Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, não o vendo mais o eunuco; e este foi seguindo o seu caminho, cheio de júbilo.” Depois de ser batizado, o eunuco não viu mais Filipe. Ele não ficou dependente de outra pessoa em sua compreensão da Bíblia. Ele tinha entrado na mesma relação com Deus que Filipe tinha – não uma posição subordinada como as TJ ensinam.

Deus usou Filipe para trazer a mensagem do Evangelho para o etíope, mas Deus não pôs Filipe como um “canal de comunicação” permanente. A Sociedade da Torre de Vigia abusa deste texto bíblico quando é usado para justificar a dominação da organização sobre as Testemunhas.

Rm.10.9: “E se confessares com tua boca  nosso Senhor Jesus, e em teu coração acreditar que Deus o levantou dos mortos, terás vida” 

Se as Testemunhas usarem este versículo numa conversa com os cristãos, provavelmente é para mostrar que “Deus ressuscitou”, o que, segundo eles, prova que Jesus não é Deus. Afinal de contas, como Jesus poderia se ressuscitar do morto? Porém, ao fazer este argumento, a Testemunha ignora o fato que isto é justamente o que Jesus disse que ele faria: levantaria seu próprio corpo dos mortos. Até mesmo a TNM diz sobre Jesus: “eu o levantarei” em referência ao próprio corpo (Jo. 2:19-21). Isto parece ser uma impossibilidade do ponto de vista da Testemunha, porque sua organização ensina que Jesus ficou inconsciente e até mesmo inexistente durante o intervalo entre a morte e a ressurreição, precisando do Pai para fazê-lo voltar à existência. Por outro lado, os cristãos sabem que o espírito de Cristo não deixou de existir quando seu corpo morreu, podendo Ele mesmo realizar o que prometeu: “eu o levantarei”.

Rm.10.11-13: “Pois a Escritura diz: Todo o que nele crê, não será envergonhado. E nisto, não há discriminação entre judeus nem gentios. Pois só há um Senhor sobre todos, que é rico para todos os que o invocam. Pois todo o que invocar o nome do Senhor, terá vida”

A TNM traduz a última parte deste versículo assim: “pois todo o que invocar o nome de Jeová será salvo”. Veja, você precisa usar o nome de Jeová, dirá uma Testemunha. O versículo 13 aqui cita Joel 2:32 (numerado 3:5 em algumas versões) que realmente tem o tetragramama hebraico YHWH, Yahweh ou Jeová. A TJ ansiosa para mostrar isto, no entanto, pode não perceber todas as implicações: que os versículos anteriores em Romanos tinham falado da necessidade de confessar que Jesus é o Senhor (vs. 9) e mostrou que é “o mesmo Senhor” sobre todos, que abençoa todos os que o invocam, quer dizer, quem invoca “no nome de Jeová” identifica Jesus com Jeová–uma idéia detestável às TJ.

ICo. 11.24: “e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim”

O Tradução do Novo Mundo das TJ diz “isto significa meu corpo” (grifo nosso) e as TJ às vezes usarão este versículo para refutar a doutrina católica da transubstanciação. “Veja! Jesus não disse ‘Este é meu corpo'” – as TJ podem falar aos católicos – “mas Ele disse: ‘Isto significa meu corpo'” O problema, porém, é que Cristo realmente disse é em vez de significa. (é claro que Ele disse isto em um sentido simbólico, porque Seu corpo ainda estava vivo e inteiro quando ele identificou o pão da Páscoa com ele horas antes de sua morte.)

O versículo é citado aqui, não para debater a interpretação católica, mas demonstrar o preconceito visto na versão da Bíblia das TJ. Os protestantes e católicos geralmente estão de acordo em traduzir o versículo literalmente e então interpretá-lo, enquanto os líderes da Torre de Vigia mudam o próprio versículo para apoiar suas idéias. Apesar de afirmarem a todo momento que a Tradução do Novo Mundo não é uma “paráfrase” mas “uma tradução tão literal quanto possível”, eles tomam muitas liberdades com a Bíblia (veja o prefácio da segunda edição, de1 de maio de 1951). Alguns destes são discutido no livro As testemunhas de Joevá Respondidas Versículo por Versículo, mas pode-se ver em maior detalhes em The Jehovah’s Witnesses’ New Testament de Robert Countess (Phillipsburg, NJ: Presbyterian and Reformed Publishing Co., 1982).

ICo. 15.23-28: “Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos”

As Testemunhas interpretam esta passagem como uma negação da divindade de Cristo. Porém, isso é uma interpretação forçada; não é o que as Escrituras dizem. O ponto-chave para a Testemunha é que o Filho se torna “sujeito” ao Pai – como se isto também significasse que Ele está num grau mais baixo que o Pai. Mas não está. Segundo a própria Tradução do Novo Mundo, Jesus, quando homem, esteve “sujeito” a José e Maria. (Lc. 2:51) Isto não significou que ele era uma forma de vida mais baixa que seus pais humanos dele. Não, os três eram iguais em sua humanidade, mas Jesus respeitou a hierarquia familiar, onde os filhos são sujeitos aos pais e o marido é o cabeça da esposa. Assim, se  Jesus ainda pudesse estar sujeito a seus pais e ser igual em sua humanidade, poderia estar igualmente sujeito ao Pai divino e ser igual em divindade.

ICo. 15.45: “Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante’

Este é o versículo favorito das TJ para negar a ressurreição completa de Jesus Cristo, “o último Adão”. Eles dizem que as Escrituras aqui diz que ele se tornou um “espírito” na ressurreição. “Deus dispôs do corpo de Jesus” diz a Sentinela (15 de novembro de 1991, página 31), “dissolvendo-o em seus elementos constituintes ou átomos”. (1 de setembro de 1953, página 518)

Por outro lado, a Bíblia fala que o sepulcro estava vazio na manhã da Páscoa como evidência da ressurreição de Cristo, não como prova que seu corpo estava decomposto. (Mt. 28:6; Mc. 16:6) “Ele não está aqui; ele ressuscitou”! (Lc. 24:6). Foram os inimigos do Cristianismo que imaginaram a “decepção” que iria acontecer se alguém roubasse o corpo de Cristo e afirmasse que ele ressuscitou. (Mt. 27:62-64 NIV)

Apesar dele poder ter existido como um espírito desencarnado durante os dias e noites enquanto seu corpo estava no sepulcro, no terceiro dia Cristo fez com “seu o corpo” o que ele tinha prometido quando disse: “em três dias o levantarei” (Jo. 2:19-21 Tradução do Novo Mundo). Assim, ele não era mais um espírito desencarnado quando apareceu aos discípulos e convidou Tomé a tocar nas as feridas (Jo. 20:27). Em outra ocasião, quando os discípulos confundiram Cristo ressuscitado com um espírito, ele respondeu com uma resposta que deveria ter encerrado as dúvidas para eles e aos inquisidores futuros: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho”. (Lc. 24:39 ARA)

Ef. 1.3: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo”

Se o Pai é o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, como pode Jesus ser Deus? Este é o argumento que as Testemunhas tentam tirar deste versículo. Para responder, veja a discussão sobre Jo.20.27 acima. O Jamiesson, Fausset and Brown Commentary (JFB) diz de Ef. 1.3: “Deus é ‘o Deus’ do homem Jesus e ‘Pai’ do Divino Logos”. O William Burkitt’s NT Notes diz: “Ele é um Deus a Cristo, em relação a sua humanidade. Cristo foi dedicado antes da fundação do mundo, para agir como Mediador (1Pd. 1:20) e o Pai lhe fez uma aliança eterna como Mediador.

Ele é um Pai a Cristo, que é Deus e homem. Um pai para ele como Deus, por geração eterna, um sendo Deus gignens, outro sendo Deus genitus. Ele foi o único Filho gerado do Pai. E por o Pai ser seu Pai na humanidade, em virtude da união pessoal das duas naturezas em Cristo, Cristo foi chamado Filho de Deus (Lu 1:32)”.

Fl.2.9-10: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra”

“Se Cristo fosse Deus ele já ocuparia o lugar mais alto e já possuiria o nome que é sobre todo nome”, diria uma TJ, “assim, essa posição que o Pai lhe deu prova que ele não é Deus”. O problema, porém, é que a TJ ignorou o contexto. Até mesmo na Tradução do Novo Mundo o versículo 6 diz que Cristo “estava existindo na forma de Deus”. Certamente, ele não poderia ser mais exaltado que isso. Entretanto “ele se esvaziou e tomou a forma de um escravo” segundo o versículo 7, onde ele “se humilhou”, segundo o versículo 8. Assim, foi nesta posição que o Pai lhe exaltou.

Fl.2.5: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”

“Um mediador entre dois partidos fica no meio deles e não pode ser um deles”, diz uma Testemunha, “por isso se Cristo é o mediador entre Deus e o homem ele não pode ser Deus”. Se o argumento das TJ fosse verdade, porém, Cristo não podia ser homem. As  Escrituras chamam o homem Cristo Jesus. Podemos concordar que, na maioria dos casos, um mediador entre dois partidos não pode ser um dos partidos, mas este caso é diferente. A própria Tradução do Novo Mundo revela que Cristo começou na “forma de Deus” e “tomou semelhança de escravo dos homens” (Fl. 2:6-7). Então, enquanto a maioria dos mediadores pode estar no meio entre os partidos por serem imparciais, Cristo pode ficar no meio porque ele está em ambos os lados, em virtude de ser Deus e homem.

Hb. 12.2: “olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus”

A idéia das Testemunhas de Jeová, que Cristo morreu em uma estaca vertical sem uma haste horizontal, em vez de na cruz tradicional, é debatida na discussão de Jo. 20:25 em Jehovah’s Witnesses Answered Verse by Verse e Answering Jehovah’s Witnesses Subject by Subject. Porém, as TJ usam o pensamento de Hb. 12:2 para critica o uso cristão da cruz na arquitetura e nas artes como um símbolo que representa Cristo ou o cristianismo. Seu argumento é que o instrumento que matou Jesus foi uma coisa vergonhosa–algo muito repulsivo para usar como ornamento em capas de livros ou edifícios de igreja:

“Como você se sentiria se um de seus amigos mais queridos fosse executado com falsas acusações? Você faria elogios ao instrumento de execução, quer dizer, da corda da forca ou da cadeira elétrica?
Para os judeus e os romanos, a forma que Jesus morreu foi vergonhosa. Ele foi executado como um ladrão do mais baixo nível e teve morte lamentável. Aos cristãos, o instrumento de execução teria sido muito repulsivo.

Assim, se desejamos a aprovação de Deus, nós não deveríamos evitar a cruz e obedecer o as ordens de Deus “fugi da idolatria”?

Despertai! revista, 8 de novembro de 1972, páginas 27-28,

Certamente, dar poder a um objeto como se fosse Deus é idolatria, mas e a maioria dos cristãos que simplesmente usam a cruz como um símbolo de cristianismo? Estão errados? Nós deveríamos ver a cruz como algo repulsivo a ser evitado?

O apóstolo Paulo não deste modo. Ele disse que ele “se gloriava na cruz”. (Gl. 6:14) O evangelho que ele trouxe às nações era a “pregação da cruz” ou “a mensagem da cruz”. Ele resumiu toda sua mensagem como “nós pregamos o Cristo crucificado” (ICo. 1:18, 21-23 KJV, NIV). Não temos nenhuma evidência se Paulo usou ou não um crucifixo como um símbolo do Cristianismo, mas ele usou muito esta palavra em seus escritos.

Cristo mesmo falou que seus fiéis deveriam carregar a cruz  (Mt. 10:38; 16:24; Mc. 8:34; Lc. 9:23; 4:27)

Os líderes da Torre de Vigia que acham repulsivo o instrumento no qual Cristo morreu devem reexaminar seus ensinos, para que não eles acabem entre aqueles que Paulo falou simbolicamente como “inimigos da cruz de Cristo”. (Fl. 3:18)

IPd. 3.18: “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito”

A Tradução do Novo Mundo diz: “sendo posto a morte na carne, mas sendo vivificado no espírito” (algumas outras traduções também traduzem assim) A Sociedade da Torre de Vigia interpreta “no espírito” como significando “em sua ressurreição dos morto, Jesus foi recebeu um corpo espiritual” não o corpo que morreu na cruz. (Raciocínio à Base das Escrituras, página 334) Assim a seita nega a completa ressurreição de Cristo.

O corpo que morreu na cruz “foi descartado por Jeová Deus” segundo a Torre de Vigia, “dissolvido em seus elementos ou átomos constituintes”. (1 de setembro de 1953, página 518) “Deus dispôs do corpo de Jesus, não permitindo-o ver a corrupção, evitando ser uma epdra de tropeço para a fé” (15 de novembro de 1991, página 31) tendo deixado a carne para a vida do mundo, Cristo nunca poderia ter um corpo e ser homem de novo” (Você Pode Viver Para Sempre no Paraíso Terrestre, página 143) Isso significa que ele levou de volta o que ele tomou como sacrifício, vai explicar a Testemunha.

É o que o próprio Cristo ensinou? Longe disto! Jesus disse: “eu dou minha vida pelas ovelhas. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la” (Jo. 10:14-18 NIV). Seu corpo seria dispensado? Não! Falando sobre “seu corpo”  Jesus disse: “eu o levantarei” (Jo. 2:19-21 RSV) Até mesmo a Tradução do Novo Mundo das TJ em Jo. 2:19 diz: “eu o levantarei”.

Em certa ocasião, os discípulos erradamente pensaram queo Cristo ressuscitado fosse “um espírito”, mas ele respondeu: “Veja minhas mãos e meus pés que sou eu; sinta-me e veja, porque um espírito não tem carne e ossos da mesma forma que você vê que eu tenho”. (Lc. 24:37-39 Tradução do Novo Mundo).

Ap. 1.6: “e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”

As TJ usam este versículo para falarem que Jesus não é Deus pois “seu Deus” é o Pai. Só que esta é só mais uma das expressões de Jesus “meu Deus”. Veja discussão sobre Jo.20.17 acima.

 

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