7 dicas para a conversão de céticos como Paulo fez em Atenas

apostle-paul-in-athensDicas de conversão cultural

Meus estudos no Seminário Teológico de Dallas me desafiaram a pensar sobre lições práticas que podemos aprender sobre as conversões de Paulo em Atos 17. Recentemente tive uma conversa sobre esta passagem com meu mentor, Dr. Darrell Bock, e eu descobri algumas dicas de conversão cultural que todo defensor da fé deveria saber.

Então hoje, estou iniciando uma nova série de postagens chamada “7 dicas para a conversão de céticos como Paulo fez em Atenas”. Nesta postagem, iniciaremos com um pequeno cenário, então você saberá aonde Paulo estava entrando. Então, vamos apenas olhar para duas simples lições que podemos tirar deste encontro em Atos 17.

O apóstolo Paulo em Atenas – Cenário

Junto à religião, muitas pessoas eram adeptas à filosofia também. Atenas era a casa de Sócrates, Platão e Aristóteles – Basicamente o centro da filosofia grega. Então o quê os defensores da fé podem aprender diariamente através encontro de Paulo em Atenas ?

Naquele tempo, Atenas era um centro intelectual de peso. Todos os que estiveram na cidade não puderam deixar de notar todas as estátuas, templos, altares e inscrições para variadas divindades. O politeísmo – a crença em vários deuses – estava em todos os lugares. Por exemplo, havia um templo honrando Heféstion, o deus dos artesãos. O Partenon que os turistas visitam atualmente era na verdade um grande templo honrando Atena – A deusa patrona de toda a cidade.

O apóstolo Paulo em Atenas: Lições

Aqui estão duas lições de vida do tempo de Paulo em Atenas, escrito por Lucas em Atos 17:

1 – Importar-se com os outros 

O apóstolo Paulo se importou com as pessoas. Nós deveríamos também. Eu digo, se importar de verdade – Mesmo se seus estilos de vida ou crenças religiosas te repulsem de alguma forma. Enquanto Paulo estava em Atenas, “ele se chateou, porque viu que a cidade era cheia de ídolos” (v. 16). Como um judeu devoto, isso provavelmente chegou a fazê-lo sentir-se mal até fisicamente. Como um fariseu, ele sabia o quão sério foi Deus com Israel em relação à idolatria no passado.

Mas Paulo não manifestou-se agressivamente nas ruas, nem tentou mostrar superioridade espiritual, como se de alguma forma ele fosse melhor que os outros. Sua reação à cultura local foi totalmente motivada por profunda compaixão pelas pessoas escravizadas pela idolatria. De alguma forma me lembra da compaixão que Jesus teve pelas multidões que não criam. (Mateus 9:36)

Aqui está o ponto: Nossa conversação e reação deve ser totalmente motivada por compaixão. É sempre bom realizar um auto-exame emocional antes de se relacionar com audiências céticas. Ponha-se no lugar deles por um momento e pense em como você estaria. Então, pergunte a si mesmo: “Estou fazendo isso por amor e compaixão ?”

2 – Prepare-se para insultos e interesse

“De sorte que disputava na sinagoga com os judeus e religiosos, e todos os dias na praça com os que se apresentavam. E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro ? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos. Porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição.” (v. 17 e 18)

Aqui, Paulo começa a ver sinais de rejeição. Alguns basicamente o chamaram de “ignorante exibido” ou “charlatão” que estava tirando vantagem sobre outras filosofias. Eu já fui ofendido de formas piores. Talvez você também.

Mas o próprio Jesus, na verdade, advertiu aos crentes que eles seriam rejeitados – Assim como ele foi (João 15.18-25). Mas isso não significa que todos iriam rejeitar a mensagem. Por exemplo, a mensagem de Paulo foi aceita por “um pequeno grupo de homens, entre os quais foi Dionísio, areopagita, e uma mulher por nome Dâmaris, e com eles outros” (v. 34). Simplesmente não há como saber quem realmente foi persuadido pelo cristianismo.

Apesar da maioria dos cristãos que conheci não dizerem que a apologética foi a maior parte na conversão dessas pessoas, aqueles que dizem normalmente são usados por Deus para o avanço de Seu Reino. Pense no impacto causado por pessoas como C. S. Lewis, Josh McDowell, Lee Strobel, e até mesmo ex-ateus menos conhecidos, como a Dra. Holly Ordway, que está agora comandando um novo M.A. em um programa de apologética cristã na Universidade Batista de Houston.

Que coisa triste imaginar um irmão ou irmã cristão pensando sobre um amigo cético: “Por que me incomodar em falar sobre coisas espirituais ? Ele provavelmente irá fazer piada de mim e rejeitar o cristianismo, de qualquer forma.”

Alguém me disse uma vez que eu “tinha um escudo contra insultos e críticas”. Eu realmente nunca tive. Mas quando as coisas chegam a mim, eu me lembro que isso é tudo pelo nosso Senhor. As palavras do próprio Apóstolo Paulo me encorajam neste verso:

Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.” (1 Cor 15,58)

De volta a Atenas. Aqui, as pessoas que não rejeitaram a mensagem de Paulo por completo queriam ter outra conversa com ele. De fato, elas foram até Paulo e o perguntaram: “Podemos saber sobre o quê se trata este novo ensinamento que você proclama ? Você está trazendo algumas coisas surpreendentes aos nossos ouvidos, então queremos saber o quê são.” (Todos os atenienses e estrangeiros que viveram lá costumavam fazer nada mais do que dizer ou ouvir algo novo.)

Aqui está o ponto: Interesse e insultos vêm com o local. Sem surpresas. Mas não esqueça que a persuasão pode acontecer ocasionalmente. Mesmo despertando o interesse de um cético ou um curioso, é um passo na direção certa.

No próximo artigo

Isso é tudo por agora. Na próxima, eu mostrarei 3 dicas do que Dr. Bock gosta de chamar de “O discurso subversivo do apóstolo”. Fique ligado para o próximo artigo da série.

Original: http://www.apologeticsguy.com/2013/05/acts-17-bible-study-apostle-paul-athens-1/
Tradução: Lucas Lourenço

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