Respostas a mais um poster simplista ateu: Filo de Alexandria e Josefo

aMais uma vez, a entidade de desmiolados da ATEA promulga um postereca que só engana adolescente com massa cerebral de menos de 1g. Vamos falar sobre Filo de Alexandria?

Com bastante regularidade, vemos céticos mencionar o silêncio de Filo sobre Jesus como sendo devastador sobre as afirmações sobre o Jesus histórico. Se Jesus realmente viveu, então certamente Filo o teria mencionado.

A verdade é que, além do Novo Testamento, os principais escritos de qualquer comprimento que temos são os de Filo e Josefo. Desses dois, Josefo menciona Jesus. Mas os céticos são rápidos a responder que a referência a Jesus em Josefo é uma adição cristã. Josefo foi copiado e repassado pelos cristãos e por isso eles inventaram um testemunho sobre Jesus e inseriram em Josefo.

Sério? Você sabia que foram cristãos e não judeus que copiaram e repassam os escritos de Filo? Por que os cristãos não adicionaram um pouco sobre Jesus em Filo se estivessem tão dispostos a fazer isso com Josefo? Um cético poderia responder e dizer que era natural que os cristãos inserissem em Josefo porque ele estava escrevendo sobre história, mas uma seção inventado em Jesus não teria se encaixado com propósitos filosóficos de Filo.

Você vê o que acontece aqui? Um cético pode dizer que a menção de Jesus em Josefo é falsa e que não há nenhuma razão para ter essa seção em Filo. Ou um cético pode dizer que Josefo tinha um testemunho original do Jesus, mais tarde expandido pelos cristãos, e que Fílon deveria ter dito algo sobre Jesus também. Mas eles não podem ter as duas coisas.

A interpretação de senso comum da evidência textual é que Filo não disse nada a respeito de Jesus, porque ele não se encaixava com a sua agenda filosófica e que Josefo disse algo sobre Jesus (embora menos do que os cristãos expandiram), porque ele estava escrevendo a história. O fato de que Fílon não mencionar Jesus não faz mal a evidência do Jesus histórico, que realmente fortalece o argumento de que Josefo tinha uma menção originais de Jesus, e que não foi uma invenção cristã completa. Estudiosos críticos reconhecem que é muito provável que Josefo escreveu algo que foi posteriormente ampliado por cristãos. Leiam alguns bons livros sobre isso, que demonstram de forma contundente que Josefo mencionou sim Jesus e mesmo que haja um trecho que possa ter sido estendido por cristãos, no original ele menciona Jesus.

Um pseudo-historiador muito comum usado pelos ateístas chinfrim é o tal Alfredo Bernacchi, alguém com tanta catedrática em história quanto o Edir Macedo de física quântica. Ele é mais um simplista que alega que Jesus foi um mero mito, mesmo sem base alguma. Esta afirmação dele (sobre Filo) só poderia vir de alguém que nunca acompanhou a história. qualquer um sabe que Filo não era o único historiador ou escritor da época de Cristo. Existem aproximadamente quinze fontes não-cristãs, do primeiro e segundo século, que confirmam a sua existência histórica por testemunhos não-cristãos. La sagesse (o pseudônimo do pseudo-historiador Bernacchi) já deveria saber que com Tibério César, que era nada a mais nada a menos que o próprio imperador romano daquela época, só existem seis fontes históricas não-cristãs neste mesmo período para atestar a sua existência. Aposto que La Sagesse não se importa também em diminuir, contestar ou menosprezar também a existência de Tibério César (assim como ele fez com Jesus), pois me parece que a única intenção dele consiste em enganar os ingênuos como se no primeiro século d.C. todo mundo escrevesse sobre todo mundo e apenas Jesus Cristo ficou “de fora”. Para a total infelicidade deste autor, Jesus Cristo é muito mais confirmado historicamente do que Tibério Cesar, Alexandre o grande, Sócrates, Platão, Aristóteles, etc. o autor “La Sagesse”, se tivesse o intuito de ser honesto ou sincero (o que tenho total certeza de que não) com certeza teria também que avisar os seus leitores que todos os listados acima (e muitíssimos outros) igualmente jamais existiram. na verdade, para ser honesto, La Sagesse deveria duvidar de absolutamente toda a história antiga! A baixa escolaridade e intelectualidade são predominantes entre os ateístas e neo-ateus.

Por exemplo, considere o testemunho de Flávio Josefo, historiador judeu do primeiro século, que era fariseu. Ele menciona Jesus Cristo no seu livro Antiguidades Judaicas. Embora alguns duvidem da autenticidade da primeira menção em que Josefo se refere a Jesus como o Messias, o Professor Louis H. Feldman, da Universidade Yeshiva, diz que poucos duvidam da genuinidade da segunda menção. Ali Josefo diz: “[Anano, o sumo sacerdote,] aproveitou  . . . para reunir um conselho [o Sinédrio], diante do qual fez comparecer Tiago, irmão de Jesus, chamado Cristo.” (História dos Hebreus, Antiguidades Judaicas, XX, 856) De fato, um dos fariseus, seita cujos adeptos em grande parte eram inimigos declarados de Jesus, reconheceu a existência de “Tiago, irmão de Jesus”.

JOSEFO NÃO APENAS FALOU DE JESUS CRISTO (Antiguidades,20.9.1; Antiguidades,8.3) COMO TAMBÉM DO PRÓPRIO JOÃO BATISTA:

“Vários julgaram que aquela derrota do exército de Herodes era um castigo de Deus, por causa de João, cognominado Batista. Era um homem de grande piedade, que exortava os judeus a abraçar a virtude, a praticar a justiça e a receber o batismo, depois de se terem tornado agradáveis a Deus, não se contentando em só não cometer pecados, mas unindo a pureza do corpo à pureza da alma. Assim como uma grande multidão de povo o seguia para ouvir a sua doutrina, Herodes, temendo que o poder que ele tinha sobre eles viesse a suscitar alguma rebelião, porque eles estavam sempre prontos a fazer o que ele lhes ordenasse, julgou dever prevenir o mal para não ter motivo de se arrepender por ter esperado muito para remediá-lo. Por esse motivo mandou prendê-lo numa fortaleza de Maquera, de que acabamos de falar, e os judeus atribuíram essa derrota de seu exército a um castigo de Deus por um ato tão injusto” (Antiguidades Judaicas. Livro XVIII. Capítulo VII. Parágrafo 781)

A influência da existência de Jesus foi sentida através das atividades dos seus seguidores. Quando o apóstolo Paulo estava preso em Roma, por volta de 59 d.C., os homens de destaque entre os judeus lhe disseram: “Quanto a esta seita, é sabido por nós que em toda a parte se fala contra ela.” (Atos 28,17-22) Chamaram os discípulos de Jesus de “esta seita”. Se em toda a parte se falava contra eles, os historiadores seculares certamente iam mencioná-los, não é verdade?
Tácito, nascido por volta de 55 d.C. e considerado um dos maiores historiadores do mundo, mencionou os cristãos nos seus Anais. No seu relato sobre Nero culpá-los pelo grande incêndio de Roma, em 64 EC, ele escreveu: “Nero, para desviar as suspeitas, procurou achar culpados, e castigou com as penas mais horrorosas a certos homens que, já dantes odiados por seus crimes, o vulgo chamava cristãos. O autor deste seu nome foi Cristo, que no governo de Tibério foi condenado ao último suplício pelo procurador Pôncio Pilatos.” Os pormenores desse relato combinam com a informação a respeito do Jesus da Bíblia.
Outro escritor que comentou sobre os seguidores de Jesus foi Plínio, o Moço, governador da Bitínia. Por volta do ano 111 d.C., Plínio escreveu ao Imperador Trajano, perguntando como devia lidar com os cristãos. Os falsamente acusados de serem cristãos, escreveu Plínio, aceitavam repetir uma invocação aos deuses e adorar a estátua de Trajano, só para provar que não eram cristãos. Plínio prosseguiu: “Não há nada que obrigue, segundo se diz, os que são realmente cristãos a obedecer a quaisquer destas ordens.” Isso atesta a realidade da existência de Cristo, cujos seguidores estavam preparados para dar a vida pela sua crença nele.
Após resumir as referências a Jesus Cristo e aos seus seguidores, feitas pelos historiadores dos dois primeiros séculos, The Encyclopædia Britannica (edição de 2002) chega à conclusão: “Estes relatos independentes provam que nos tempos antigos nem os oponentes do cristianismo jamais duvidaram da historicidade de Jesus, que foi questionada pela primeira vez e em bases inadequadas em fins do século 18, durante o século 19 e no início do século 20.”

Frequentemente, publicamos evidências de que muitas das coisas preditas por Jesus neste mesmo discurso (tais como guerras, terremotos e fomes) se cumpriram entre o tempo em que proferiu a profecia e a destruição de Jerusalém em 70 d.C.. Muitas, mas nem todas. Por exemplo, não há nenhuma evidência de que, depois de os romanos terem atacado Jerusalém (66-70 d.C.), tenha aparecido “o sinal do Filho do homem”, fazendo com que “todas as tribos da terra” batessem em si mesmas. (Mateus 24,30) Portanto, tal cumprimento entre 33 e 70 d.C. deve ter sido apenas inicial, não o cumprimento pleno ou em grande escala, também indicado por Jesus.
Na introdução da sua tradução para o inglês da obra de Josefo, A Guerra Judaica, G. A. Williamson escreve: “Os discípulos, diz-nos Mateus, haviam feito [a Jesus] uma pergunta dupla — sobre a destruição do Templo e sobre a Sua própria vinda final — e Ele lhes deu uma resposta dupla, cuja primeira parte predisse bem vividamente as ocorrências destinadas a serem descritas tão plenamente por Josefo.”
Deveras, no cumprimento inicial, “esta geração” referia-se evidentemente à mesma que em outras ocasiões — a geração contemporânea de judeus descrentes. Esta “geração” não passaria sem sofrer tudo o que Jesus predisse. Conforme Williamson comentou, foi assim nas décadas que antecederam à destruição de Jerusalém, conforme descrito por uma testemunha ocular, o historiador Josefo.

Outro ponto interessante é que Jesus predisse a vinda de falsos messias.  “Olhai para que ninguém vos desencaminhe; pois muitos virão à base do meu nome, dizendo: ‘Eu sou o Cristo’, e desencaminharão a muitos. Ouvireis falar de guerras e relatos de guerras; vede que não fiqueis apavorados. Pois estas coisas têm de acontecer, mas ainda não é o fim.” — Mat. 24,4-6.
Tais homens enganadores não viriam dizendo: ‘Eu sou Jesus’, mas usariam o título de Messias e diriam: “Eu sou o Cristo.” Para os judeus, aqueles messias professos teriam de ser judeus, não gentios. Em vista da ameaça da destruição de Jerusalém, viriam como Libertadores, Preservadores da Cidade Santa, razão pela qual agradariam muito aos judeus e desencaminhariam a muitos. Levariam uma mensagem exatamente oposta à que Jesus, o verdadeiro “Messias, o Líder”, havia proclamado, a saber, a destruição de Jerusalém e do seu templo. Por meio deste aviso, os discípulos de Jesus poderiam saber que aqueles pretensos cristos, que não possuíam a unção do espírito de Deus, eram falsos.
Jesus não fez ali uma predição falsa, pois Flávio Josefo, na sua história chamada “Guerras dos Judeus”, Livro 6, parágrafo 54 (em inglês), fala de três falsos messias como sendo uma das razões da revolta contra a Roma Imperial que levou à destruição de Jerusalém. Portanto, o próprio historiador Flávio Josefo testemunhou de uma predição de Jesus.

Mesmo Bart Ehrman afirmou que agora praticamente todos os estudiosos sobre a Antiguidade concordam que Jesus existiu, e Robert M. Price concorda que esta perspectiva negativa vai contra a opinião da maioria dos estudiosos. O teórico de mito GA Wells também abrandou sua posição sobre a questão de não-existência. Van Voorst e separadamente Michael Grant afirmam que os estudiosos bíblicos e os historiadores clássicos agora consideram as teorias da não-existência de Jesus como efetivamente refutada. Na realidade, as fontes sobre Jesus são espantosamente numerosas se comparadas com as da maioria das personalidades da Antigüidade. Basta comparar o caso de Apolônio de Tiana com o de Jesus: apesar de ter tido sua vida registrada por Filóstrato na década de 220, a trajetória desse filósofo do século 1 d.C. permanece em grande parte uma incógnita para os historiadores, apesar dos relatos de viagens e milagres narrados em sua biografia.  A prova mais clara da existência de Jesus não vem dos textos, mas da atitude de seus opositores. Os pagãos e os judeus, mesmo tendo combatido o cristianismo, nunca colocaram em dúvida a existência de Jesus. É por isso que nenhum historiador sério questiona o fato de Cristo ter vivido na Palestina do século I, apesar da dificuldade de interpretação das fontes.

Muitos tem encarado Jesus, assim como ele é descrito na Bíblia, como ficção inventada. Mas o historiador Michael Grant observa: “Se aplicamos ao Novo Testamento, conforme devemos, o mesmo critério que devemos aplicar a outros escritos antigos que contêm matéria histórica, não podemos rejeitar a existência de Jesus assim como tampouco podemos rejeitar a existência duma multidão de personagens pagãos, cuja realidade como figuras históricas nunca é questionada.”
Não somente a existência de Jesus, mas também a sua personalidade se manifesta na Bíblia com um decidido tom de verdade. Não é fácil inventar um personagem incomum e depois apresentar um retrato coerente dele em todo um livro. É quase que impossível quatro escritores diferentes escreverem sobre um mesmo personagem e coerentemente apresentarem o mesmo quadro dele, se esse personagem realmente nunca existiu. O fato de que o Jesus descrito em todos os quatro Evangelhos é obviamente a mesma pessoa é evidência persuasiva da veracidade dos Evangelhos.
Michael Grant cita uma pergunta bem apropriada: “Como é que, em todas as tradições evangélicas, sem exceção, surge um quadro de traços notavelmente firmes de um atraente jovem, que andava livremente no meio de todo tipo de mulheres, inclusive as decididamente mal-afamadas, sem qualquer traço de sentimentalismo, falta de naturalidade, ou melindre, e que, no entanto, em todo momento, mantinha uma integridade simples de caráter?” A única resposta é que tal homem realmente existiu e agiu assim como a Bíblia diz.

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