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Resposta ao vídeo: MOISÉS: FATO OU FICÇÃO?

Moisés existiu?

É muito engraçado que esses vídeos cético e que colocam dúvidas sobre a Bíblia têm visualizações enquanto os nossos que falam a verdade lutam por visualizações.

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Eu não conhecia muito esse canal. De novo esses vídeos vêm apresentando dúvidas sobre a Bíblia mas nunca apresentam o outro lado e autores e historiadores que desmentem suas alegações.

Desta feita esse autor tenta alegar sobre a existência de Moisés, deixando de falar muita coisa.

Já respondemos sobre a existência de Moisés aqui. Engraçado que esses céticos simplistas não utilizam o mesmo critério para alegar que outros personagens históricos, com muito menos evidências, não existiram, como Homero e Alexandre, cujas fontes sobre este vieram séculos depois de sua existência.

Ele alega:

Moisés conforme apresentado na Bíblia como um profeta que liderou mais de 2 milhões de israelitas escravidão egípcia abriu o mar vermelho recebeu a lei Divina no Monte Sinai e ainda realizou vários outros feitos grandiosos sendo inclusive considerado pelos judeus Como o maior profeta que já existiu. Esse personagem bíblico com todos esses feitos e descrições ele é considerado pelos historiadores como personagem amplamente mítico

Peraí. Que “historiadores”? Ele não fala nenhum. Esse é o problema desses vídeos sensacionalistas e simplistas de Youtube. Muita gente não quer pensar e ver vídeos profundos e por isso chavões como esse de mítico são vistos sem critério.

Todas as informações contidas no livro de Gênesis se relacionam com eventos que ocorreram antes do nascimento de Moisés. Podem ter sido recebidas diretamente por revelação divina. É óbvio que alguém, quer Moisés, quer outro antes dele, teve de obter desta forma as informações sobre os acontecimentos anteriores à criação do homem. (Gên 1:1-27; 2:7, 8) Estas informações, bem como os pormenores restantes, porém, podem ter sido transmitidas a Moisés por meio de tradição oral. Por causa da longevidade dos homens daquele período, as informações podem ter sido transmitidas por Adão a Moisés através de apenas cinco elos humanos, a saber, Metusalém, Sem, Isaque, Levi e Anrão. Uma terceira possibilidade é que Moisés obteve grande parte das informações relativas a Gênesis de escritos ou documentos já existentes. Já no século 18, o erudito holandês Campegius Vitringa sustentava este conceito baseando sua conclusão nas frequentes ocorrências, em Gênesis (dez vezes), da expressão (em KJ; Tr) “estas são as gerações de”, e uma vez “este é o livro das gerações de”. (Gên 2:4; 5:1; 6:9; 10:1; 11:10, 27; 25:12, 19; 36:1, 9; 37:2) Nesta expressão, a palavra hebraica para “gerações” é toh·le·dhóhth, melhor traduzida por “histórias” ou “origens”. Por exemplo, “gerações dos céus e da terra” dificilmente se enquadraria aqui, ao passo que “história dos céus e da terra” tem sentido. (Gên 2:4) Em harmonia com isso, a versão alemã Elberfelder, a francesa Crampon e a espanhola Bover-Cantera são versões que usam o termo “história”, assim como faz a Tradução do Novo Mundo. Não há dúvida de que, assim como os homens estão hoje interessados num registro histórico exato, assim também estiveram desde o começo.

Apesar de não ter provas bíblicas, Vitringa e outros entenderam que a palavra toh·le·dhóhth em Gênesis se referia a um documento histórico escrito já existente, que Moisés tinha em seu poder e em que ele se baseou para obter a maior parte das informações registradas em Gênesis. Eles acreditavam que as pessoas mencionadas em conexão direta com essas ‘histórias’ (Adão, Noé, os filhos de Noé, Sem, Tera, Ismael, Isaque, Esaú e Jacó) ou eram os escritores, ou eram os donos originais destes documentos escritos. Naturalmente, isto ainda deixa sem explicação como todos estes documentos vieram a estar no poder de Moisés. Também deixa sem explicação por que documentos obtidos de homens que não se distinguiram como adoradores fiéis de Jeová (tais como Ismael e Esaú) devessem ser a fonte de muitas das informações usadas. É inteiramente possível que a expressão: “Esta é a história de”, seja simplesmente uma frase introdutória que serve convenientemente para separar as diversas seções da longa história geral. Compare isso com o uso duma expressão similar por Mateus, na introdução do seu Evangelho. — Mt 1:1;

porque a história de Moisés conforme é registrada no pentateu ela foi desenvolvida apenas durante o período persa entre o século 6 4 antes era comum

Que “antes da era comum”? É antes de Cristo. Essa visão secularista só usam quando é para personagens bíblicos. Não utilizam o mesmo critério para outros personagens. Já respondemos sobre a Hipótese Documental aqui e ela tem muitas críticas.

O Pentateuco afirma ter sido escrito por Moisés no século 15 AC . Mas essa visão crítica sustenta que o livro foi costurado por várias comunidades religiosas durante séculos e não foi concluído até cerca de 400 aC. Além disso, os autores do AT e NT afirmam que o Pentateuco foi escrito por Moisés. Essas declarações incluiriam as afirmações dadas pelo próprio Jesus de que Moisés era o autor. Se a teoria JEDP for verdadeira, então muito está em jogo em relação à veracidade das Escrituras e à confiabilidade de Jesus e dos apóstolos.

Muitos, muitos outros aspectos da história do Pentateuco poderiam ser listados. Faz sentido que os profetas estivessem reunindo várias partes do Pentateuco – mesmo que essa escrita não fosse solidificada? Ou faz mais sentido sustentar que o Pentateuco já era bem estabelecido e conhecido por muito tempo antes que os profetas o escrevessem? Todas essas alusões descartáveis ​​ao Pentateuco parecem afirmar que esses livros precederam os profetas por muito tempo.

então quase mil anos depois de um possível Êxodo do Egito que se aconteceu seria um evento tratado ali Por volta do século 15 a 13 antes e também nós não temos certeza se possui Fundos históricos porque é uma tradição que não contém nenhuma evidência Extra bíblica ou ainda qualquer vestígio Arqueológico

Como assim nenhuma evidência? Já publicamos sobre isso aqui e também os documentários que postamos em nosso canal dão evidências arqueológicas do Êxodo. E arqueólogos como Israel Finkelstein não são unanimidade e outros com o mesmo cabedal respondem a ele.

E além disso também um outro ponto importante é que muitas dessas histórias que nós encontramos no pentateuco elas foram inspiradas na mitologia Síria como é o caso por exemplo do nascimento de Moisés sendo colocado ali em um sexto e resgatado das águas que é uma história muito semelhante a lenda do nascimento de estragão de arcade teria governado a maior parte da Mesopotâmia durante os séculos 24 23 antes era comum o que indica que a lenda do nascimento de sargão

Errado. Isso é um mito. Críticos afirmam que o salvamento de Moisés do rio Nilo gera certas suspeitas porque se parece com a lenda antiga do Rei Sargão de Acade, uma história que se diz preceder à de Moisés. Trata-se da história de um bebê num cesto que também foi salvo dum rio.
No entanto, a História está cheia de coincidências e colocar um bebê num rio não era tão incomum quanto possa parecer. A revista Biblical Archaelogy Review observa: “Não devemos nos esquecer de que tanto a Babilônia quanto o Egito tinham culturas ribeirinhas. Colocar um bebê num cesto à prova d’água pode ser considerado uma maneira um pouquinho mais satisfatória de livrar-se duma criança do que jogá-la num aterro sanitário, o que era mais comum. . .  . A história da criança rejeitada pelos pais, mas que depois alcança a fama, pode ser uma boa temática para o folclore, e na verdade o é porque isso é algo comum no cotidiano.”
Em seu livro Exploring Exodus (Explorando o Êxodo), Nahum M. Sarna observa que, embora haja semelhanças, a história do nascimento de Moisés é diferente de “A Lenda de Sargão” em “diversos aspectos significativos”. Alegar que o relato bíblico originou-se duma lenda pagã carece de credibilidade.

A etimologia desse nome é muito discutida pelos eruditos. Em hebraico, Moisés significa “Retirado; Salvo da Água”. O historiador Flávio Josefo argumentou que Moisés era um composto de duas palavras egípcias que significavam “água” e “salvo”. Atualmente, alguns eruditos também acreditam que o nome Moisés tenha origem egípcia, mas acham que é muito provável que signifique “Filho”. Esse argumento, contudo, está baseado no som parecido da palavra “Moisés” com nomes egípcios. Por outro lado, todas essas teorias são especulativas, visto que ninguém sabe como eram pronunciados os idiomas hebraico e egípcio da antiguidade.

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Além disso a história de Sargão veio muitos séculos após Moisés. O livro Israel in Egypt diz: “A própria idéia de Moisés ser criado na corte egípcia parece lenda. Mas se examinarmos mais a fundo a corte real do Novo Império, vamos nos deparar com outra coisa. Tutmés III . . . inaugurou a prática de trazer príncipes de reis subjugados da Ásia ocidental para serem treinados segundo os moldes egípcios . . . Portanto, era comum a presença de príncipes e princesas estrangeiros na corte egípcia.”

Em segundo lugar, a história do nascimento de Moisés não se encaixa nesse padrão convencional, porque Moisés não foi deixado para morrer por sua mãe. Como discutimos em outro lugar, ele não foi jogado no rio Nilo. Ele foi colocado entre os juncos em uma “arca” para protegê-lo.

Em terceiro lugar, a linguagem se encaixa nos paralelos egípcio e hebraico – não na linguagem acadiana. [2]

Muito provavelmente ela serviu como uma referência para o desenvolvimento da história de Moisés especialmente a partir do exílio babilônico quando o judaítas estiveram então em maior contato com todas essas histórias

De novo a alegação de que foi escrito no período do exílio. Há críticas sobre isso. O livro Introduction to the Bible (Introdução à Bíblia), de John Laux, explica: “A Teoria Documental baseia-se em declarações que são arbitrárias ou absolutamente falsas.  . . . Se a derradeira Teoria Documental fosse verdade, os israelitas teriam sido vítimas duma fraude grosseira ao permitir que o fardo pesado da Lei lhes fosse imposto. Teria sido o maior embuste já praticado na História da humanidade.”

Céticos afirmavam que outros personagens bíblicos, como o rei babilônio Belsazar e o rei assírio Sargão, eram igualmente mitos — até que a arqueologia confirmou mais tarde a historicidade deles.

Alguns assumem que a história bíblica do nascimento de Moisés foi baseada na lenda do nascimento de Sargão, mas isso é improvável. Embora os antigos relatos sumérios de Sargão, o Grande, remontem a sua vida, o relato lendário de seu nascimento é conhecido por apenas quatro tabuinhas fragmentárias – três do período neo-assírio (934-605 aC) e uma do período neobabilônico ( 626-539 aC). Durante o período neo-assírio, um rei assírio adotou o nome de Sargão II e provavelmente ordenou que as lendas fossem escritas sobre seu homônimo (722-705 aC). Ao fazer isso, ele teria se ligado ao antigo herói e se glorificado como uma figura de “Sargão revivido”. Isso sugere que a lenda do nascimento foi composta para fins de propaganda bem depois da história bíblica de Moisés.

Como o conhecido egiptólogo Kenneth Kitchen observa, “Infância lendária ou não, Sargão de Akkad era um rei real… então uma ‘lenda de nascimento’ não confere automaticamente status mítico.” Além disso, se a história do nascimento de Moisés é meramente uma cópia da “Lenda de Sargão”, então é de se perguntar por que Hoffmeier é capaz de encontrar seis palavras emprestadas do Egito nos poucos versos curtos que constituem o nascimento de Moisés. Uma cópia de um texto acadiano deve ter palavras de empréstimo acadianas, não egípcias, especialmente se escritas na Babilônia. Finalmente, o motivo da “criança exposta” era comum no antigo Oriente Próximo, refletindo a antiga prática de confiar o destino de um bebê à providência. Em suma, a historicidade de Moisés não sofre apenas pela notável história de seu nascimento e milagrosa viagem.

e também ainda um outro detalhe bem interessante é que se nós observarmos as menções mais antigas sobre a tradição do Êxodo do Egito que são encontradas no livro do profeta Amós no também Oseias no capítulo 12 verso 10 que provavelmente foram desenvolvidos ali Por volta do século 8º antes da era comum então mais ou menos dois a quatro séculos antes do exílio babilônico

A historicidade do Êxodo tem muito mais fundamentações. H. H. Rowley considera Ramsés II como o Faraó da Opressão, e o Êxodo como tendo ocorrido sob seu sucessor, Marnipta [Mernepta] por volta de 1225 a.C.” (Archaeology and the Old Testament, p. 164, n. 15) Ao passo que argumenta a favor da fidedignidade do processo e da análise arqueológicos modernos, o Professor Albright reconhece que “ainda é dificílimo para o não especialista achar seu caminho por entre as datas e as conclusões conflitantes dos arqueólogos”. — The Archaeology of Palestine, p. 253.

Nos tempos bíblicos, a fabricação de tijolos secos ao sol era uma atividade importante no vale do Nilo. No Egito, ainda existem antigos monumentos construídos com esse material. Na tumba de Rekhmiré, em Tebas, há um mural que ilustra esse processo. A tumba data do século 15 a.C., próximo à época dos eventos registrados no livro de Êxodo.

Quanto à alegação de que os relatos do Êxodo são mnemo-história ou invenção de hebreus que viveram séculos após o evento, mesmo que um grupo de sacerdotes vivendo muito mais tarde tenha compilado o texto, isso não torna ipso facto o relato a- histórico . Finalmente, se o Êxodo é apenas uma história de origem, então não tem precedentes. Os israelitas começaram como escravos de um povo mais poderoso, escaparam dramaticamente, mas falharam imediatamente em cumprir a aliança inaugurada por Deus e lamentaram continuamente sobre Suas provisões antes de finalmente serem forçados a esperar para entrar na Terra Prometida até que uma geração inteira morresse. Este dificilmente é o passado heróico e glorioso que as sociedades gostam de imaginar para si mesmas.

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Êxodo 2:10 observa a adoção de Moisés pela filha de um faraó, o que implica que Moisés cresceu como um jovem privilegiado no sistema educacional egípcio. Se assim for, isso está de acordo com a política externa egípcia durante o Novo Império. Tutmés III (reinou de 1457 a 1425 aC) inaugurou uma estratégia inteligente capturando os filhos de governantes estrangeiros, trazendo-os ao Egito para serem treinados nas práticas de governo egípcio e devolvendo-os para governar suas terras natais como vassalos leais. 

Como dissemos, o outro fato que conta contra o fato de a história de Moisés ser emprestada da história de Sargão é que o relato do Êxodo possui vocabulário egípcio. Isso não seria esperado se a história tivesse sido emprestada dos acadianos e depois ambientada no Egito. Por exemplo, o nome Moisés compartilha uma raiz com a palavra egípcia mse, que significa “dar à luz”. A raiz pode ser vista no nome de vários faraós, incluindo Thut mose e Ramesses . Além disso, a palavra hebraica para rio no relato do Êxodo não é a palavra usual nahar , mas a palavra hayeor , que é uma transliteração hebraica da palavra egípcia para Nilo.

e também do desenvolvimento das histórias de Moisés que nós encontramos no pentateuco é que em nenhum desses textos mais antigos nós encontramos a figura bíblica de Moisés é vinculada ao Êxodo do Egito o que talvez indique e que a tradição do Êxodo do Egito poderia não estar Originalmente vinculada a liderança de Moisés mas que ele pode ter sido um personagem que foi então anexado posteriormente e junto a tradição do Êxodo

Novamente, alegações que precisam de provas. Onde estão essas evidências? São meras conjecturas.

 Concedido, estudiosos críticos provavelmente datam a autoria de Êxodo muito mais tarde, até mesmo o século VII aC, mas também provavelmente dirão que os milagres em Êxodo não poderiam, mesmo em princípio, ter acontecido. Há muito que pode ser dito sobre essa abordagem crítica do Antigo Testamento que precisaria ser abordada em posts separados, então não vou abordá-la aqui.

Mike Robinson escreveu um excelente livro (em inglês): Exodus: God And The King of Kings: The Case For God, Moses, And The Exodus (Historical Apologetics Volume III The Exodus Book 3)

Da mesma forma, quando olhamos para os registros egípcios, vemos desenhos rupestres mostrando escravos asiáticos, escravos semitas, estabelecendo-se na região do Delta do Nilo no Goshen, sendo forçados a trabalhar. Agora, as pessoas dirão: “Bem, onde está a evidência arqueológica para os hebreus, os israelitas que vivem em Gósen?” Bem, o Goshen era uma área que fica no delta do rio Nilo, por isso inundava constantemente e, com o passar dos anos, o solo superficial é substituído repetidamente. Não é um ótimo lugar para preservar artefatos arqueológicos. E se você encontrou artefatos, pode ter pertencido aos hebreus, mas não tinha seus nomes neles, então não é algo que necessariamente notamos.

Agora eu concordo, acho que um milhão é um número muito grande. Acho que os textos bíblicos, acho que é Êxodo 12:37, menciona isso e fala sobre… Muitas traduções dizem que 600.000 hebreus partiram, e depois mulheres e crianças com eles. A palavra é a palavra hebraica lá. Isso provavelmente não se refere a milhares, mas também pode se referir a clãs ou tribos ou guerreiros ou famílias. Portanto, provavelmente não há 600.000 pessoas, mas 600 clãs, 600 famílias, e a palavra é usada posteriormente na Bíblia hebraica para se referir a unidades de combate, clãs, coisas assim. Esse é um número mais gerenciável e compreensível para dar sentido ao relato.

Assim, na Estela de Merneptah, um grande monumento de granito com hieróglifos egípcios, datado de cerca de 1207 aC E as pessoas que dizem que Israel era algo que a Bíblia é completamente inventado, bem, em 1207 aC, sabemos que um grupo de pessoas chamado Israel existia porque na Estela diz que o rei Merneptah “destruiu Israel. Sua semente não existe.” E este nem é um estudioso moderado, alguém como William Dever, que não é tão minimalista quanto Thomas Thompson, mas também não é conservador. Ele não acredita na maior parte do relato do Êxodo, mas acredita que há um núcleo histórico da tradição de José que pode ser rastreado até o Egito.

Por exemplo, as teorias da alta crítica originalmente assumiram que a escrita não era usada nos dias dos patriarcas. Conseqüentemente, eles concluíram que Moisés não poderia ter escrito o Pentateuco porque a escrita não havia sido inventada naquela época. Agora sabemos que a escrita era praticada séculos antes da época de Moisés e que ele certamente tinha a capacidade de escrever os cinco primeiros livros do Antigo Testamento.

no entanto os historiadores eles ainda levantam como hipótese de que talvez pode ter existido algum Moisés histórico que deu origem a sua própria tradição que nós encontramos ali na Bíblia

Que “historiadores” e evidências disso?

Em 27 de junho de 1906, a Pontifícia Comissão Bíblica abordou uma série de questões relativas à autoria de Moisés em reação à erudição atual, muitos dos quais negaram a autoria de Moisés completamente. Lembre-se primeiro de que a tradição católica nunca adotou a postura rígida de que Moisés escreveu todas as letras do Pentateuco como se encontra hoje ou que a obra foi transmitida inalterada. Por exemplo, o cardeal São Roberto Belarmino (falecido em 1621) afirmou que, sob inspiração divina, Esdras, o sacerdote que viveu c. 450 aC, coletou, retrabalhou e corrigiu as partes dispersas do Pentateuco após o exílio babilônico e fez os acréscimos necessários para completar sua história.

A Comissão afirmou que os argumentos dos estudiosos não levam à conclusão definitiva de que Moisés não foi o autor, mesmo que se ignore totalmente as referências contidas no próprio Pentateuco, o testemunho dos outros livros da Bíblia, o consenso do povo judeu, e a tradição da Igreja. Além disso, a Comissão afirmou que a autoria do mosaico não implica que ele tenha escrito tudo de próprio punho ou ditado palavra por palavra; ao contrário, pode-se sustentar que Moisés, como autor principal e inspirado pelo Espírito Santo, concebeu a obra, confiou a composição desses livros, talvez parcialmente, a outros que escreveram de acordo com sua mente e depois aprovaram a obra final. Moisés, novamente sob inspiração divina, pode ter emprestado e adaptado tradições orais ou documentos existentes e os incorporado ao Pentateuco. Finalmente, a Comissão admitiu que o Pentateuco pode ter sofrido algumas modificações ao longo dos séculos, como a inserção de explicações de outro autor inspirado como Esdras ou a reformulação de frases ou palavras arcaicas. Ao todo, a Comissão queria equilibrar a pesquisa tradicional com a nova pesquisa. Simplificando, a Comissão não queria “jogar fora o bebê junto com a água do banho”.

Em segundo lugar, existem claras diferenças historiográficas entre a Torá e os escritos bíblicos posteriores (isto é, 1-2 Reis, c. 560-538 aC). Por exemplo, o livro de Êxodo não menciona nenhum dos reis egípcios (Faraós, Êxodo 1:8 , 2:15 , 10:28 , cf. Gênesis 47:7 ). A razão para isso não é teológica, mas historiográfica. Na época em que Moisés escreveu a Torá, era prática padrão entre os escribas egípcios não escrever os nomes de reis estrangeiros. 9Moisés, que foi educado no Egito, seguiu a convenção histórica de sua época ao não nomear os reis estrangeiros do Egito, o inimigo de Israel. No entanto, como os escritores bíblicos posteriores seguiram diferentes convenções historiográficas, eles registraram os nomes dos reis egípcios (ver 1 Reis 11:40 ; 2 Reis 23:29 ). As convenções historiográficas usadas na Torá não podem ser explicadas pela teoria de sua composição em tempos pós-exílicos.

mas todas essas hipóteses a respeito de Moisés histórico elas carecem principalmente de evidências externas evidências fora da Bíblia e nós simplesmente não temos como saber então com certeza se realmente existiu Moisés histórico ou não então

Engraçado que ele não menciona nenhuma evidência a priori para descartar o texto bíblico como histórico. Muitos personagens históricos são aceitos como históricos mesmo sendo mencionados séculos depois, como é o caso de Plutarco mencionando Alexandre, que viveu três séculos depois de Alexandre.

O fato é que há muita deixada de fora ou mencionada por esses vídeos céticos de Youtube. Por isso sugerimos que façam nossos cursos acadêmicos e leiam os livros na referência.

em resumo o Moisés do bíblico é um personagem amplamente fictício que talvez pode ter sido inspirado em Moisés histórico mas que se este Moisés histórico realmente existiu ele obviamente seria um personagem bem diferente do que é o que nós encontramos ali na Bíblia

Por que seria? Quais as evidências disso?

Saiba mais
BR Foster, “The Birth Legend of Sargon of Akkad (1.133),” em Context of Scripture , vol. 1, ed. K. Lawson Younger e WW Hallo (Boston: Brill, 2003),461.

Kenneth A. Kitchen, On the Reliability of the Old Testament Record (Grand Rapids: Eerdmans, 2003), 241–313.

Poderá ver o vídeo no youtube Aqui

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