No vídeo intitulado “WLC Reacts! to Why I’m an Atheist”, William Lane Craig analisa os argumentos apresentados por uma jovem ateia que expõe três razões principais para sua descrença em Deus. Craig se propõe a responder a cada uma dessas razões, defendendo a crença na existência de Deus e convidando a uma reflexão mais profunda sobre as questões levantadas.
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1. Influência Religiosa dos Pais
A jovem começa seu discurso afirmando que a maioria das pessoas segue a religião de seus pais. Ela argumenta que, se existisse uma religião verdadeira e clara, todos teriam se convertido a ela ao invés de permanecer nas tradições familiares.
Resposta de Craig: Craig reconhece que a afirmação tem um fundo de verdade, mas a contesta como um argumento válido contra a existência de Deus. Ele argumenta que a adesão à religião familiar pode ser mais um reflexo da socialização cultural do que uma prova de que não existe uma verdade absoluta. Para Craig, essa observação não é um argumento contra a crença em Deus, mas, na verdade, sugere que o conhecimento de Deus é acessível de diversas maneiras em diferentes culturas. Ele propõe que essa questão é um debate interno entre os teístas sobre como o conhecimento de Deus se manifesta nas várias tradições religiosas.
2. A Questão do Sofrimento e da Injustiça
A jovem também levanta a questão do sofrimento, afirmando que um Deus benevolente não permitiria a morte de crianças em extrema pobreza, enquanto outros são salvos em circunstâncias similares. Ela se pergunta por que Deus aparentemente favorece aqueles que já vivem em sociedades afluentes.
Resposta de Craig: Craig considera essa reclamação uma crítica comum entre os ateus, mas também a considera uma falha na argumentação. Ele sugere que essa crítica implica uma expectativa de que Deus deveria intervir em cada situação de sofrimento. Para Craig, a expressão de gratidão de alguém cujo filho foi salvo em um acidente é totalmente apropriada, mesmo que outras crianças tenham morrido. Ele argumenta que, se Deus existe, a confiança em Sua bondade deve prevalecer, mesmo quando não conseguimos entender o porquê do sofrimento. Craig ressalta que, se houver boas razões para acreditar em Deus, a dificuldade em compreender o sofrimento humano não deve ser vista como uma prova de que Deus não existe. Ele coloca a carga da prova sobre o ateísmo, afirmando que cabe ao ateu provar que o sofrimento é impossível ou altamente improvável, dadas as crenças em um Deus benevolente.
3. A Falta de Evidências para a Existência de Deus
O ponto que Craig considera mais crucial é a afirmação da jovem de que não há evidências da existência de Deus. Ele critica sua falta de familiaridade com os argumentos filosóficos que defendem a crença em Deus, como:
- O Argumento Cosmológico: A ideia de que tudo que começa a existir tem uma causa, e como o universo começou a existir, deve haver uma causa não causada, que é Deus.
- O Argumento Moral: A noção de que valores morais objetivos existem, sugerindo a necessidade de um legislador moral, que seria Deus.
- O Argumento do Ajuste Fino: A observação de que as constantes físicas do universo estão ajustadas de maneira tão precisa que é improvável que isso tenha ocorrido por acaso.
Craig encoraja a jovem a explorar esses argumentos e a se engajar com debates onde essas questões são discutidas, como os que ele teve com ateus proeminentes. Ele sugere que, se existir uma boa evidência para a existência de Deus, então as questões sobre religião e sofrimento não se sustentam como argumentos convincentes contra Deus, mas sim como dificuldades que necessitam de exploração.
Conclusão
Ao final de sua análise, Craig conclui que a jovem não forneceu um argumento forte ou positivo para o ateísmo, mas apenas deixou questões desafiadoras. Essas perguntas, embora relevantes, não fornecem motivos suficientes para rejeitar a crença em Deus. Ele reforça que a evidência a favor da existência de Deus deve ser examinada com seriedade e que a compreensão do sofrimento e da injustiça no mundo deve ser considerada no contexto de uma relação com um Deus que, embora misterioso, pode ser confiável.
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