A intrigante manchete diz “Mega igrejas ateístas aparecem no mundo”. A matéria da AP descreve isto como Assembleia de domingo, uma congregação semanal de ateus que começou no Reino Unido, e acaba de lançar novas congregações em várias grandes cidades de todo Estados Unidos. Sua visão, de acordo com seu site é dar uma experiência comum aos ateus, o que lhes permite “celebrar a vida” e “ser um força para o bem”, com o apoio mútuo dos outros ateus. Seu lema, proclamado claramente em seu site é “viver bem, ajudar e se maravilhar.”
A história atraiu muita atenção online e as mídias sociais e blogosfera foram imediatamente inundadas com links para variações da história do Huffington Post, CBS News, ou outros jornais. Claro, algumas eram mais propaganda do que fatos. Por exemplo, utilizar o termo “mega-igreja”, para descrever seus locais de encontro é terrivelmente enganoso. Uma mega-igreja é definida pelo Instituto Hartford de Pesquisa Religiosa como “uma congregação protestante de 2.000 ou mais pessoas presentes na adoração semanal”. A reunião inicial da Assembleia de domingo, em Los Angeles atraiu “várias centenas” de participantes de acordo com a história. Tendo em conta que Sanderson Jones, o fundador da Assembleia de Domingo, foi o convidado especial, ele acha que a média de frequência vai aumentar, mas estão muito longe de números típicos de mega-igrejas.
No entanto, há outras questões além da hipérbole enganadora do AP. Uma é por que aqueles que não admitem nenhuma autoridade superior poderiam ter qualquer objetivo em chamar-se de “ser uma força para o bem”. O que é “bom” para eles, dado que para eles não há nada para fundamentar o seu entendimento moral? O que significa “viver melhor?” Vive-se melhor honestamente adquirindo riqueza ou vivendo em condições modestas para que se possa ter mais para doar aos outros? Age-se bem promovendo os melhores e os mais brilhantes ou por tentando dar as mesmas chances para os ignorantes, para que todas as pessoas tenham igual oportunidade de ser ouvidas? Talvez ser uma ideia de se “agir bem” é seguir os conselhos de Richard Dawkins de que ensinar ideias religiosas às crianças é pior do que o abuso sexual. Deve-se, portanto, procurar retirar todas as crianças dessas casas, como qualquer pessoa seria propriamente fazer com os filhos de um pedófilo.
O problema fundamental com a Assembleia de domingo é o fato de que não há fundamentação para essa encontros, outro que os sentimentos subjetivos dos participantes. Sem autoridade transcendente, ou seja, sem um Deus objetivo que fornece significado à vida e à moralidade, você só fica com uma falsa noção de que é igreja. Tais ações ocos e vazias podem fazer os adeptos se sentir bem, mas eu acho que estão fadados ao fracasso como qualquer falsificação seria. Ian Dodd, o organizador da “Assembleia de Domingo” disse que explicitamente a Salon Magazine: “O que estamos tentando fazer é segurar a água do banho, enquanto jogamos fora o bebê Jesus.”
Sim, e quem pensa que a água do banho tem algum valor quando se tira o bebê, tem as suas prioridades de cabeça para baixo.
Jones não esconde o fato de que ele tenta copiar muito do que ele gosta sobre a experiência da igreja cristã. No artigo da AP ele diz, “Se você pensar em igreja, há muito pouco que é ruim. Canta-se boas canções, ouve-se conversas interessantes, pensa-se em melhorar a si mesmo e ajudar outras pessoas – e se faz isso em uma comunidade com relacionamentos maravilhosos. Que parte não se iria gostar?” Nenhuma, a não ser pela falta, na “igreja ateísta, da cola que mantém a igreja em conjunto e permite que todas as pessoas incrivelmente diferentes ser um corpo, que é O próprio Jesus. Os cristãos são chamados para serem conformes imagem de Jesus. Temos uma ideia objetiva do que significa o amor e auto-sacrifício porque Ele nos modelou para nós. E nós, como seguidores de Cristo, temos um motivo para amar os nossos inimigos e perdoar uns aos outros. Sem Jesus, tudo seria sobre quem gosta do que, mas sem motivação convincente para seguir os ensinamentos que você realmente não gosta. É fazer aquelas coisas difíceis que dão muito mais sentido para a vida do que simplesmente cantar canções cativantes ou ouvir um orador interessante.
Quando era criança, eu costumava pegar um pedaço de chiclete de hortelã do bolso, removendo com cuidado a embalagem e, em seguida, dobrava a embalagem e a colocava de volta no pacote de papel e de volta para o bolso. A pegadinha que fazia com os coleguinhas era a de oferecer um chiclete para os meus amigos e assistir a alegria de vê-los pegando um pacote vazio. Era uma brincadeira e coisa de criança onde ríamos porque éramos infantis em nossa perspectiva. As “igrejas” de ateus oferecem uma promessa de satisfação real, mas temo que a única coisa que eles podem oferecer é um pacote que contém nada mais do que um fraco cheiro do que realmente significa viver melhor.
Fonte: http://apologetics-notes.comereason.org/2013/11/what-to-think-about-atheist-church.html
Tradução: Emerson de Oliveira