O amigo João Antonio do grupo Logos Apologética traz à baila uma questão recorrente dos ateus militantes que visa desde muito tempo na história rebater a racionalidade da existência de Deus. Essa pergunta, versada no latim “Unde Malum”, “por que o mal existe”, é clássica. A questão jamais deve abalar um mínimo que seja aquele a quem ela é dirigida, isso porque não se trata de novidade e muito menos de uma questão formulada pelos ateus. Estes simplesmente se apropriam de uma questão já estudada pela Teologia mais clássica há muitos séculos e a apresentam como se fosse uma grande novidade, uma espécie de “pegadinha” (sic) intelectual ou “cheque – mate” num jogo dialético. Mas, mais relevante que isso é o fato de que tal questão vindo da boca de um ateu é insustentável.
O ateu por definição não pode indagar nada sobre o “mal” ou mesmo sobre o “bem”. Será isso um preconceito? Claro que não! Trata-se de simples coerência. Por quê? Respondo: porque o pensamento ateu tende ao relativismo tal qual um rio corre para o mar. Ora, se Deus é inexistente, então se nega concomitantemente qualquer espécie de conceito, ideia ou pensamento que leve em conta o “absoluto”. Daí segue que o relativismo é conatural ao ateísmo. Portanto, dizer que um ateu é, por questão de coerência, impedido de formular uma questão sobre “bem” e “mal” é uma afirmação mais que notória. Ela tem de ser feita porque essas incoerências teimam em se apresentar por aqueles que não pretendem discutir uma questão em busca da verdade (verdade esta, aliás, que sequer existe para uma mentalidade relativista). Na realidade para o ateu normalmente e naturalmente afeto ao relativismo moral e ao relativismo geral, as ideias de “verdade”, “bem”, “mal”, “falsidade” são meras criações humanas, fazem parte de uma conformação cultural variável. Ora, então a primeira resposta a essa espécie de questão que merece receber um ateu é a denúncia de sua conduta incoerente, contraditória e inclusive traiçoeira, usando de uma retórica em seu mal sentido (porque a retórica, desde Aristóteles, passando modernamente por Chaïm Perelman e Lucie Olbrechts – Tyteca, pode e deve ser um instrumento para a discussão argumentativa).
Por que há neste caso uma retórica de má fé? Porque claramente se o indivíduo não crê num conceito seguro de “bem” ou “mal”, como ele pode pretender questionar qualquer coisa, seja Deus ou lá o que for, com base exatamente nesses conceitos que ele mesmo afirma não existirem? Se o mal nem existe, segundo sua concepção, que sentido que não seja de má fé retórica, tem a questão sobre a razão pela qual Deus existindo permite a existência concomitante do “mal”. Indague-se: Que mal? Se seu pressuposto é que Deus não existe e que tudo é relativo; se seu pressuposto é que não há “mal” nem “bem”, não há “verdade” nem “falsidade”, mas meras construções sócio – culturais, então por que motivo vem com essa indagação? Essa pergunta, saindo da boca de um ateu equivale mais ou menos ao seguinte: “Por que não existem ovos de coelho, se o coelhinho da Páscoa existe”? Isso vindo de alguém que não crê nem em Coelho da Páscoa, nem em ovos de coelho!!! É claro que essa questão sobre a origem do mal e sua relação ou não relação com Deus somente pode ser formulada com coerência por alguém que crê em Deus, aceita o conceito de verdade e falsidade e, especialmente, de bem e de mal. Fora disso, somente resta retórica ruim e má fé. Pode ser também uma limitação intelectual profunda, de modo que o indivíduo nem cheque a se dar conta do quanto sua indagação é absurda em relação às suas “ideias” (poucas e confusas). Tanto isso é verdadeiro que uma simples olhadela, sem necessidade de muito aprofundamento, na história da Teologia e em específico da chamada “Ponerologia” (do grego “ponerós”, mal, estudo do mal), vai-nos indicar que se trata de um esforço levado a efeito por teólogos há muito, muito tempo. Desse estudo, vem a chamada “Pisteodiceia” (do grego “pistis”, fé, onde se busca uma cosmovisão orientada pela fé, inclusive diante da realidade do mal), que se converte na chamada “Teodiceia”, que é mais propriamente a “Pisteodiceia Cristã”.
Chegamos então a outra denúncia, a qual na verdade já foi exposta, mas vale reiterar: o ateu que formula a questão do mal em relação a Deus, simplesmente se apropria de uma questão da Teologia Cristã e a apresenta como algo novo, de sua lavra, algo que deve chocar ou paralisar um crente, quando isso é uma das discussões mais antigas e profícuas da Teologia ao longo dos séculos. Novamente ou o sujeito atua de má fé ou é muito limitado em seus conhecimentos e, note-se, pensar que se sabe o que não se sabe é o lado mais deletério da ignorância, considerando que é nele que brota a chamada “ignorância arrogante”. Tentar encurralar ou assustar um crente com a questão do mal equivale a pretender intimidar um peixe com água limpa. A Teologia nada nessas águas há séculos! Mas, quem sabe ao ateu contemporâneo possa ser reconhecida ao menos a originalidade nessa apropriação espúria de uma questão teológica? Será? Não, nem isso. A verdade é que essa oposição entre a existência de Deus e do mal nada mais é do que uma questão tormentosa que atravessa a história da humanidade. A Religião desde sempre intuiu e constatou uma evidente tensão intelectual entre a fé em um Deus enquanto poder criador, sustentador e salvador de todo o real de um lado e a evidência da presença do mal no mundo de outro. As tentativas de conciliação e compreensão desse enigma desde sempre existiram.
Da mesma forma, desde sempre aqueles que rejeitam o divino, o transcendente, se apropriam dessa problemática como se sua fosse e como se fosse algo estranho ao estudo da fé e o esforço de sua compreensão por via da racionalidade. O Deus Judaico – Cristão (e o monoteísmo), portanto, diversamente do que também se alardeia a quatro ventos sem qualquer base histórico – teológica, não foi a fonte dessas indagações, não “inventou a questão”, nem a oportunizou, mas obviamente a agudizou. Se diante de um politeísmo ou ao menos de um dualismo divino se poderia pensar em entidades maléficas e benéficas dividindo o panteão, cada qual com sua função. Diante do fenômeno do monoteísmo essa solução para a origem do mal se torna totalmente inviável. Não é possível falar em um deus bom e um deus mau ou vários deuses bons e vários maus (pense-se nos deuses gregos, romanos, nos milhares de deuses hindus, nas energias do Yn e Yang do Taoísmo etc.). Certamente não a primeira formatação do problema, mas uma das mais tradicionais e divulgadas é o conhecido “Dilema de Epicuro”, exposto nos seguintes termos já nos Séculos IV e III a.C.: “Ou Deus quer tirar o mal do mundo, mas não pode; ou pode, mas não o quer tirar; ou não pode nem quer. Se quer e não pode, é impotente; se pode e não quer, não nos ama; se não quer nem pode, não é o Deus bom e, além disso, é impotente; se pode e quer – e isto é o mais seguro -, então de onde vem o mal real e por que não o elimina”?
Epicuro é um filósofo grego que viveu entre 342 a.C. e 241 ou 240 a.C. Ele não acreditava numa alma perene. Foi discípulo de Demócrito de Abdera e sofreu grande influência do atomismo desse filósofo, de modo que acreditava na busca do prazer na vida e na morte como fim do corpo e da alma, os quais se diluiriam em átomos e passariam a compor outros seres. Ele não acreditava então na “aniquilação” (de “nihil”, nada), mas numa transformação, numa transfiguração com a eliminação definitiva do sujeito. Epicuro, porém, não poderia ser chamado propriamente de “ateu”, já que acreditava nos deuses de sua época. Apenas os considerava totalmente apartados da humanidade, vivendo sua bem aventurança e não tendo qualquer participação no bem ou no mal da humanidade, seja na vida, seja no pós – morte, já que após a morte não haverá mais homem ou mulher e sim apenas átomos espalhados. Portanto, a filosofia de Epicuro está longe de ser ateia, mas é absolutamente “deísta”, ou seja, recusa a tese “teísta” de que os deuses ou um deus atue como demiurgo, sustentador e salvador, que ele interfira nas questões humanas. Há uma nítida separação entre deuses e homens, de modo que os primeiros em nada se importam com a vida ou a morte dos segundos.Numa postura deísta pode até ser admitido um deus demiurgo, ou seja, um criador do universo. Mas, um demiurgo que abandona esse mesmo universo e seus componentes, inclusive humanos, à própria sorte logo após o ato de criação. Note-se então que a primeira formulação mais conhecida do questionamento da ponerologia advém de um filósofo grego deísta e não de um pensamento original ateu.
É claro que as premissas e conclusões de Epicuro não são aceitáveis pela Teologia Cristã que é eminentemente teísta, bem como apresenta a fé em uma vida perene da alma após a morte do corpo. Isso significa simplesmente que as soluções para o problema do mal apontadas pelas tradições politeístas ou por um epicurismo deísta não podem ser acatadas pela Teologia Cristã. No entanto, está mais do que demonstrado que desde o paganismo já se discutia a questão do bem, do mal e dos deuses. A originalidade do ateu contemporâneo e sua capacidade de surpreender é absolutamente nula! Isso torna sua postura ridícula. Mais modernamente Paul Ricoeur vai afirmar que a chamada “Teodiceia” tem origem no filósofo, teólogo e matemático Leibniz. No entanto, nunca é demais lembrar que o surgimento do que se denomina de “Teologia Especulativa”, onde se procura harmonizar fé e razão, conforme bem descreve o famoso aforismo de Santo Anselmo, “Fides Quaerens Intellectum”, é uma tradição da Igreja Católica que tem suas raízes já nos séculos IV com Santo Agostinho e XIII com São Tomás de Aquino e sua monumental Suma Teológica. Portanto, mesmo afirmações um pouco menos pueris do que a formulação da questão do mal como se fosse obra do ateísmo ou como se fosse algo originalíssimo e surpreendente, não encontram base de sustentação. Ateus como Georg Büchner que certamente suplantam em muito os neoateus ultralimitados da contemporaneidade (basta citar o vergonhoso Richard Dawkins, afora outros anões ou seres liliputianos encontráveis nas redes) , estão enganados ao afirmar que “o mal é a rocha do ateísmo”. Isso porque se esta é a “rocha do ateísmo” ela já vem sendo dissolvida há séculos pela Teologia. Não passa de pó ou, no máximo, cascalho.
Um dos grandes capítulos dessa discussão, que, frise-se mais uma vez, se dá no âmbito interno da Teologia, foi o diálogo Leibniz (Gottifried Wilhelm Leibniz) – Bayle (Pierre Bayle). Note-se: não há fuga da questão, como querem fazer parecer os ateus (e aqui nova denúncia sobre um procedimento sórdido). Trata-se de um tema explorado e discutido com abertura e interesse na Teologia. Em um resumo apertado da questão que poderá ser aprofundada por quem tenha interesse, inclusive por aqueles ateus que pretendam realmente discutir com conhecimento de causa, para os quais recomendo a leitura das obras de Santo Agostinho, da Suma de São Tomás de Aquino, das obras de Leibniz e Bayle, só para começar. Dá trabalho estudar seriamente um tema como tem feito a Teologia ao longo dos séculos. Só a Suma Teológica tem em suas publicações normalmente mais de 4 mil páginas. Pois então, em um resumo apertado, fato é que se chega à conclusão de que não existe possibilidade objetiva de um mundo sem mal. O mundo, porque criado, não pode ser perfeito, o que não significa nada em relação à onipotência ou à bondade divinas. Fato é que se Deus criasse um mundo perfeito, desprovido de mal, então não criaria um mundo, mas outro Deus. Dessa forma a indagação sobre por que Deus não fez um mundo sem mal se torna inviável, absurda. Isso porque “só partindo da convicção de que um mundo sem mal seja possível faz sentido tornar Deus responsável por tal mundo não existir”.
É por isso que Leibniz fala que Deus criou o “melhor dos mundos possíveis”. Essa frase de Leibniz é posteriormente distorcida, mediante a retirada da última palavra, colocando em sua boca a afirmação não feita de que Deus criou o “melhor dos mundos”. Ora, isso seria o mesmo que dizer que este mundo não é mundano, mas paradisíaco. Leibniz nunca disse isso. Ele afirmou que Deus criou o “melhor dos mundos possíveis”, confirmando a tese de que um mundo livre de mal é objetivamente impossível. Com base nessas deturpações do pensamento de Leibniz é que um Voltaire, tratado como filósofo muito ao gosto do ateísmo, mas que, na verdade, nunca foi um filósofo, mas sim um literato burlesco (uma espécie de “Porta dos Fundos” bem mais inteligente do Século XVIII), tanto que escrevia por pseudônimo, já que seu nome real é François – Marie Arouet, foi capaz de engendrar uma paródia sobre a Teodiceia de Leibniz, retratando-o como um “otimista” ingênuo em seu “Cândido ou o Otimismo”. Novamente é muito comum o encontro de neoateus apontando Voltaire como um “grande” (sic) filósofo, ao passo que se tratava de um literato talentoso sim, mas altamente histriônico e inconsequente.
Apontar Voltaire como “filósofo” (sic) é mais uma das demonstrações da alta ignorância arrogante do neoateísmo militante. Entretanto, antes mesmo de Leibniz ou Bayle, já tratava do problema enfocado William King em seu clássico “De origene Mali” (1702), obra esta muitas vezes citada no trabalho de Leibniz. A discussão entre Leibniz e Bayle sobre o mal, inicia com o segundo. Bayle explora a questão do mal em face da existência de Deus como demiurgo. Conclui pela incompatibilidade racional entre o mal e um Deus bom e onipotente. Não obstante, não cai num dualismo (um deus bom e um deus mau), nem no ateísmo. Aqui outra interessante informação que dá conta da montanha de informação falseada pelo neoateísmo. É outro fato comuníssimo ver Bayle ser apontado como um grande “promotor do ateísmo”. Não obstante, todo seu pensamento se move no campo religioso. Muito ao contrário de ser um “exemplo” de ateu militante, Bayle soluciona o problema do mau, incidindo num “fideísmo radical”. Ele afirma que a razão não pode solucionar o problema da compatibilização entre o mal e Deus, o que só pode ser feito por algo acima da razão, ou seja, pela fé.
Parece que Bayle atua como uma espécie de preâmbulo para outro fideísta que abalaria também as bases da harmonização entre fé e razão que orientam a Teologia mais esclarecida. Nada mais, nada menos do que o “pietista” Immanuel Kant, o qual, em sua “Crítica da Razão Pura”, vem a afirmar que nossa razão opera simplesmente por “categorias” e não é capaz de atingir o “ser em si”, mas apenas os chamados “fenômenos”. Por isso Kant afirma que teve “de suspender o saber para dar lugar à fé”. Tudo isso pode parecer muito “piedoso” (no sentido etimológico da palavra, “pietas”, fé, devoção), mas o rompimento entre fé e razão, laço este que já vinha construído por Santo Agostinho e pavimentado magistralmente por Santo Tomás de Aquino constitui, isto sim, um germe interno (porque oriundo de crentes) que tem o poder de corroer a Religião. Ocorre que a partir da separação entre fé e razão, quando esses mundos são considerados senão opostos ao menos incompatíveis, a fé passa a ser um mero sentimento, algo irracional. E a fé não pode ser irracional, mesmo porque se trata de uma manifestação que somente se dá dentre seres racionais, mais apropriadamente, entre os seres humanos. Não há animais irracionais praticando religião pelas ruas, praças ou templos, ou há? É como um esforço de recuperação do enlace entre fé e razão que Leibniz não se deixa resignar pela “solução” de Bayle. E Leibniz constroi um edifício muito bem estruturado, tendo em seu auxílio não somente a obra anterior acima citada de William King, mas toda a tradição da Teologia Cristã alicerçada nos ensinamentos de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.
As brincadeiras e gozações de um Voltaire em torno de uma obra séria sob o ponto de vista epistemológico, filosófico, científico e teológico, atrai as mentes superficiais e levianas porque em geral a sátira agrada muito mais do que a resposta racional e séria a ela. O riso é bom, a alegria é um bem, mas em certos momentos pode ser o caminho para um abismo intelectual, moral ou até mesmo físico. É dessa forma que o ateísmo militante informado pela “ignorância arrogante” ri de tudo, pensa que pode apresentar questões insuperáveis e nada mais faz do que o papel de um verdadeiro “bobo alegre”. Leibniz responde à pergunta de onde vem o mal, apontando para a “limitação essencial da criatura”, à sua “autonomia mundana” que teria de ser concedida por Deus como um Criador que não produz outro Deus e nem um “autômato”, mas seres e coisas livres, embora condicionadas pela “legalidade” de uma “natureza” criada e ordenada. Enfim, um mundo sem mal é uma “impossibilidade essencial e constitutiva”, uma “limitação original que a criatura não podia deixar de receber com o primeiro início do seu ser”, de modo que “Deus não lhe poderia ter dado tudo sem fazer um Deus”. Está aí a chave da formulação de Leibniz em resposta a Bayle.
A razão pode e precisa se compor com a fé, mesmo porque a fé busca a razão: “O pressuposto tradicional, que tanto atormentou a Bayle, já não tem mais lugar porque carece de sentido: Deus não podia fazer um mundo sem mal, pela singela razão de que essa formulação é absurda. Parece correta, porém, corresponde a uma autêntica ‘enfermidade da linguagem’, pois se o conceito ‘mundo-sem-mal’ é impossível, não faz nenhum sentido perguntar por que Deus não o quis fazer: poderia não ter criado, porém, se criou, o resultado é um mundo finito, e o mal não pode ser evitado. Dito na linguagem essencialista: ‘Deus pode criar a matéria, um homem, um círculo, ou não tirá-los do nada; porém não pode produzi-los sem dar a eles as suas propriedades essenciais”. Finalmente se pode afirmar que a questão proposta pelo ateu militante é contraditória com sua postura intelectual, somente podendo ser denunciada como uma sórdida manobra retórica de má fé. Ademais, ao reverso do que pretende demonstrar, novamente com a má fé de um indivíduo que quer parecer mais forte do que é somente para intimidar os outros, a questão proposta não é novidade e é objeto de estudo secular da Teologia, especialmente da Cristã. É preciso, contudo, aprender que essas manobras retóricas e mal intencionadas ou, no mínimo, produzidas por uma “ignorância arrogante”, são muito comuns, constituem praticamente um verdadeiro “modus operandi” de uma esquerda avessa ao estudo sério e ao debate honesto. Uma esquerda que se apresenta sempre e invariavelmente como uma hidra de muitas cabeças, como um ser proteico que vai se adaptando e mudando suas posições de acordo com as conveniências de momento, o que é, aliás, bem típico do relativismo que prega e nisso é até coerente.
Por Eduardo Cabette