Minha resposta:
Quando elaborei meu pensamento, eu foquei muito o que falei sobre o que é a guilda medieval, em essência. O empresário é mais do que um prestador de serviço: como um líder, ele se faz às vezes de professor – e nesse aspecto ocorre o que você falou: ele às vezes assume o trabalho de uma governanta, no sentido de vigiar a disciplina na empresa, de modo a ver se o empregado está fazendo as coisas de modo direito e se não vai causar prejuízo ao patrimônio da empresa. Não é de todo ruim esse aspecto. A supervisão do trabalho, o controle de qualidade é necessário, de modo a que a organização seja bem produtiva e eficiente.
A empresa é um centro de formação também e não só um centro de produção somente. Uma empresa sem valores não tem alma, nem identidade – logo sem marca, sem tradição, sem filosofia. A marca, como se sabe, é um dos principais ativos de uma empresa. Mais do que um produto, a empresa expõe sua alma, os seus valores. Claro, a empresa é uma pessoa (jurídica), mas é uma pessoa, e é uma criação humana. Mais do que a espinha dorsal da economia, uma empresa é uma organização social e ela tem valores, uma filosofia, uma visão de mundo. Esse aspecto cultural não pode ser negligenciado.
O empresário possui alguns aspectos próprios da liderança da mãe: o de ensinar capacitando para a vida. E o empresário, para a vida, possui alguns aspectos da figura da mãe e alguns aspectos da figura do pai. Não é à toa que os perfis de empresário diferem muito se o responsável pela empresa é homem ou mulher. A figura do empresário é uma zona cinzenta, que só pode ser preenchida pela essência de quem cuida da empresa, não como um tirano, mas como um professor e um empreendedor ao mesmo tempo.
É essencialmente importante tomar o lugar de trabalho como um lar, pois é no trabalho que a pessoa enobrece. Esse é o aspecto microeconômico da nacionalidade, no tocante à ação humana.