A teoria de Roman Piso é uma teoria pseudo histórica das origens da cristandade. Afirma que uma conspiração de romanos bem-educados – a família Pisão – escreveu o Novo Testamento, e particularmente os Evangelhos, como um mecanismo de controle social. Seus defensores a chamam de “a nova erudição clássica”. Ninguém leva isso a sério.[1]
A teoria se originou com Bruno Bauer, de Christus und Caesaren (Cristo e os Césares), de 1877, que afirmava que os romanos foram os autores do Novo Testamento e que Flávio Josefo foi o inventor de Jesus.[2]
Os Pisões alegadamente também inventaram o calendário cristão,[3] ao invés dele ter sido proposto em torno de 525 e adotado nos anos 800.[4]
Joseph Atwill,[5] em O Messias de César: a Conspiração Romana para Inventar Jesus, afirma que os eventos do ministério de Jesus nos Evangelhos eram paralelos as campanhas militares de Tito Flávio Josefo em ‘ Guerra dos Judeus‘. A teoria de Atwill se baseia no estilo de pareidolia do Código da Bíblia, aplicado aos quatro evangelhos canônicos (ignorando os mais de quarenta outros) e, aparentemente, apenas na tradução em inglês. Os que estão familiarizados com as teorias de conspiração irá gostar da explicação de Atwill:
Como isso pôde passar despercebido nos livros mais examinados de todos os tempos? Muitos dos paralelos são conceituais ou poéticos, não são todos imediatamente óbvios. Afinal, os autores não queriam que o crente comum visse o que eles estavam fazendo, mas queriam que o leitor de olhos abertos percebesse. Um romano educado na classe dominante provavelmente teria reconhecido o jogo literário que está sendo jogado.
Outros defensores incluem Abelard Reuchlin (da “Abelard Reuchlin Foundation”, usada para vender seu panfleto 1979, A Verdadeira Autoria do Novo Testamento, sobre o assunto nos pequenos anúncios de jornal; ele inventou o suposto chefão da conspiração, Arrius Calpurnius Piso), James Ballantyne Hannay e Jay Gallus, e um autor que se descreve como “Roman Piso” (John Duran, que costumava defender essa teoria na Usenet).[7]
Uma refutação completa deste absurdo é encontrada aqui, uma mais longo aqui, e Richard Carrier praticamente aniquila esta bizarrice aqui.
São pessoas como esta que dão aos mitologistas de Jesus um mau nome.
Na vida real
Caio Calpúrnio Pisão [wp] foi um senador romano do século 1, que deu seu nome à verdadeira Conspiração de Pisão [wp], um plano para usurpar Nero. Isso não teve nada a ver com obras religiosas ao longo da Judeia.
Notas
- ↑ Nem mesmo Acharya S (a malograda autora do pseudo documentário “Zeitgeist”) aceita essa teoria.
- ↑ Christ and the Caesars, tradução inglesa do original alemão
- ↑ http://www.fargonasphere.com/piso/
- ↑ http://www.theatlantic.com/past/docs/issues/97jul/zero.htm
- ↑ Veja blog.
- ↑ http://uk.prweb.com/releases/2013/10/prweb11201273.htm
- ↑ http://www.amazon.co.uk/Piso-Christ-Book-Classical-Scholarship/dp/142692996X
Fonte: http://rationalwiki.org/wiki/Roman_Piso
Tradução: Emerson de Oliveira
É delicioso ver ateus refutando outros céticos. Aqui, o site Rational Wiki (ateísta) destrói as ideias e lorotas de Joseph Atwill e outros. Interessante que a ATEA e Paulo Lopes, os crédulos de sempre e como não era de se impressionar, já divulgaram a teoria bizarra de Atwill como verdadeira.
ninguém nega a existência do Criador sem que haja por trás deste proceder um interesse !