Stephen Hawking tem atraído muita admiração e respeito como um brilhante físico e cosmólogo. Seu livro, Uma Breve História do Tempo, é um bestseller pela sua capacidade de traduzir a física e a cosmologia em termos que um leigo pode entender. Então, quando saiu recentemente promovendo seu novo livro afirmando: “Há uma explicação científica sólida para a realização de nossa mundo – Deus não é necessário”, um monte de gente tomou conhecimento. Será que nosso entendimento da física realmente é suficiente para concluir que sabemos tudo o necessário para explicar a existência de tudo?
Que nova teoria?
Em seu novo livro, Hawking afirma que a razão pela qual o universo não precisa de criador deve-se a uma “nova teoria” chamado teoria-M (onde “M” significa “membrana”, ou apenas “m” ou “obscuro” ou “ausente”, dependendo sua versão particular da teoria). Originalmente anunciado como teoria das “supercordas”, há 20 anos, evoluiu de “cordas” para “membranas”, embora todos formas da teoria propusessem dimensões extras (11, na verdade). No entanto, a teoria-M não é nenhuma teoria mas, sim, uma série de teorias através das quais se pode obter apenas sobre qualquer coisa que se queira. Como se pode testar um conjunto tão nebuloso de teorias, que “prevê” qualquer coisa e tudo, parece ser um problema.
Teoria-M: ciência ou fé?
A natureza do universo requer que as membranas a partir da teoria-M, se é que existem, devem ser da ordem do comprimento de Planck (10-35 m). Esse tamanho é menos que microscópico ou mesmo muito abaixo do tamanho de partículas subatômicas. Para confirmar tais objetos, seria necessário um acelerador da ordem de 6.000.000.000.000.000 quilômetros de circunferência. Parece provável, portanto, que a confirmação da teoria M, baseada em dados observáveis, é impossível. Como pode um conjunto de teorias que preveem tudo e qualquer coisa e não são testáveis através de dados observacionais se encaixar no reino da ciência?
De onde vieram as leis da física?
De acordo com Stephen Hawking, “como existe uma lei como a gravidade, o universo pode e vai criar a si mesmo do nada. A criação espontânea é a razão pela qual existe algo em vez de nada, por que o universo existe, porque nós existimos”. No entanto, nem a gravidade, nem qualquer outra lei da física fornece um mecanismo pelo qual o universo pode ser criado espontaneamente. A questão que Hawking nunca respondeu foi porque existem as leis da física? Embora seja possível que coisas como tais partículas venham à existência do “nada”, nunca foi demonstrado que objetos de tamanho quântico podem realizar tais proezas. Mesmo se fosse possível, por que deveríamos esperar que as leis da física que permitem que tais eventos realmente existissem? Por que um verdadeiro nada não deveria consistir de nenhuma lei física e nenhuma possibilidade de qualquer coisa vier a existir?
Conclusão
Então, Stephen Hawking quer que acreditemos que um conjunto nebuloso de teorias, às quais não podem ser confirmadas através de dados observacionais, estabelece absolutamente que um número infinito de universos diferentes existiram, tendo sido criados a partir de leis de física que só existem para permitir isso. John Horgan, um amigo ateu, diz que a popularidade da teoria-M é o resultado da “recusa teimosa de entusiastas em abandonar sua fé”. Não é mais provável que um Ser super-inteligente e poderoso inventou as leis da física que produziram o universo? Os céticos sempre perguntam: “Quem criou Deus?” Talvez eles já têm a resposta para essa pergunta: nada! Afinal de contas, parece que eles acham que o nada é uma força poderosa para a criação das coisas!
Fonte: http://www.godandscience.org/apologetics/hawking_no_gods_necessary.html
Tradução: Emerson de Oliveira