Não acho que vale a pena perder meu tempo com o Antonio mas é bom dar respostas para informar mais pessoas.
Os vídeos desses ateístas fazem um estrago na cabeça das pessoas.
Minuto 0:00 – 0:36: A onisciência de Deus na Bíblia
Fala do vídeo:
“Se eu te perguntasse que, segundo a Bíblia, Deus é onisciente ou não, o que você me diria? Provavelmente que sim, Deus é onisciente. Afinal de contas, se ele não souber de tudo, então os atributos de perfeição divina ficam um pouco prejudicados, não é mesmo? Provavelmente vai me citar passagens como Salmo 139, do 1 ao 4: ‘Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me sento e quando me levanto. De longe percebes os meus pensamentos. Sabes muito bem quando trabalho e quando descanso. Todos os meus caminhos são bem conhecidos por ti. Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu já a conheces inteiramente, Senhor.'”
Resposta:
A onisciência de Deus é um tema central na teologia cristã. O Salmo 139 é um dos textos mais claros sobre esse atributo divino. A onisciência não significa que Deus interfere em todas as ações humanas, mas que Ele conhece todas as coisas, incluindo as escolhas humanas. A teologia cristã distingue entre conhecimento prévio (Deus sabe o que acontecerá) e causalidade (Deus não força as escolhas humanas). Portanto, a onisciência divina não anula o livre-arbítrio humano.
A onisciência de Deus é um tema central na teologia cristã. Salmo 139 e Isaías 46:9-10 são textos que reforçam a ideia de que Deus conhece todas as coisas, incluindo o futuro. No entanto, a onisciência divina não implica determinismo. Deus conhece todas as possibilidades e escolhas humanas, mas isso não anula o livre-arbítrio. A teologia cristã clássica distingue entre “conhecimento prévio” (Deus sabe o que acontecerá) e “causalidade” (Deus não força as escolhas humanas). Portanto, a onisciência divina não é incompatível com a liberdade humana.
Minuto 0:36 – 1:13: Isaías 46:9-10 e o conhecimento do futuro
Fala do vídeo:
“Vão ter aqueles que ainda vão além, vão citar passagens como Isaías 46:9-10: ‘Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro. Eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim. Que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam.’ Então, Deus aqui está dizendo que ele sabe do futuro, sabe das coisas que ainda não aconteceram e que irão acontecer.”
Resposta:
Isaías 46:9-10 reforça a onisciência e a soberania de Deus. O texto não apenas afirma que Deus conhece o futuro, mas também que Ele o anuncia, demonstrando Seu controle sobre a história. A teologia cristã entende que Deus conhece todas as possibilidades e escolhas humanas, mas isso não significa que Ele determine todas as ações. O conhecimento prévio de Deus é compatível com a liberdade humana.
Minuto 1:13 – 1:47: Onipresença e onisciência
Fala do vídeo:
“Em Hebreus 4:13, vai trazer uma questão que é compatível não só com a onisciência de Deus, mas também com a sua onipresença: ‘E não há criatura que não seja manifesta na sua presença. Pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas.’ Ou seja, Deus está observando tudo. Segundo Mateus 10:29-30, nenhum pardal vai cair no chão sem o consentimento de Deus, e todos os fios de seu cabelo já estão contados pelo Senhor.”
Resposta:
Hebreus 4:13 e Mateus 10:29-30 confirmam a onipresença e a onisciência de Deus. Esses textos mostram que nada escapa ao conhecimento e ao controle de Deus. No entanto, isso não significa que Deus seja o autor do mal ou do sofrimento. A teologia cristã distingue entre permissão divina (Deus permite o mal por razões maiores) e causação divina (Deus não é a causa do mal).
Esses textos confirmam a onipresença e onisciência de Deus. No entanto, a crítica do vídeo parece ignorar a distinção entre o conhecimento de Deus e a ação de Deus. O fato de Deus saber tudo não significa que Ele interfira em todas as ações humanas. A onisciência divina é um atributo que sustenta a soberania de Deus, mas não elimina a responsabilidade humana.
Minuto 3:07 – 3:41: Jeremias 3:6-7 e a suposta falta de conhecimento de Deus
Fala do vídeo:
“Jeremias 3:6-7 vai dizer o seguinte: ‘Disse mais o Senhor: Viste o que fez a pérfida Israel? Foi a todo monte alto e debaixo de toda árvore frondosa e se ali em prostituição. Eu dizia: Depois de fazer tudo isso, ela voltará para mim. Mas ela não voltou.’ Ou seja, ele traz aqui uma adversativa, uma oração adversativa para a ideia que Deus tinha de que Israel voltaria para ele. Então, isso é claramente uma passagem que vai depor contra a onisciência de Deus.”
Resposta:
Jeremias 3:6-7 não nega a onisciência de Deus. A linguagem usada é uma forma de expressar o desejo de Deus de que Israel se arrependesse, mas isso não significa que Deus não soubesse o resultado final. A teologia cristã entende que Deus conhece todas as possibilidades, mas age de acordo com Sua vontade soberana. A expressão “eu dizia” reflete a paciência e a misericórdia de Deus, que dá espaço para o arrependimento.
Esse texto não nega a onisciência de Deus. Em vez disso, ele reflete a paciência e a misericórdia de Deus, que dá espaço para o arrependimento. A linguagem usada é uma forma de expressar o desejo de Deus de que Israel se arrependesse, mas isso não significa que Deus não soubesse o resultado final. A teologia cristã entende que Deus conhece todas as possibilidades, mas age de acordo com Sua vontade soberana.
Minuto 4:21 – 4:57: Gênesis 11:5 e a Torre de Babel
Fala do vídeo:
“Quando você abre a sua Bíblia em Gênesis 11:5, você vai ver que Deus tinha que descer para verificar o que as pessoas estavam fazendo. Essa é a famosa passagem da Torre de Babel. Então, se Deus não descesse para verificar, ele não saberia.”
Resposta:
A linguagem de Deus “descendo” é antropomórfica, uma forma de descrever a intervenção divina de maneira compreensível aos seres humanos. Isso não implica uma falta de conhecimento, mas sim uma maneira de enfatizar a ação de Deus na história. A onisciência divina não é negada por essa linguagem.
Minuto 4:57 – 5:31: O teste de Abraão e a onisciência de Deus
Fala do vídeo:
“Deus testa o seu servo Abraão pedindo que ele mate o seu filho Isaque, e na hora H ele interrompe o sacrifício e diz: ‘Agora eu sei que você é fiel a mim. Eu sei que és verdadeiramente o meu servo.’ Ou seja, ele não sabia disso antes. Então, para que testar?”
Resposta:
A expressão “agora eu sei” não indica uma falta de conhecimento, mas sim uma confirmação pública da fé de Abraão. O teste não era para Deus descobrir algo, mas para revelar a fé de Abraão a ele mesmo e aos outros. A onisciência de Deus não é questionada aqui, mas sim a manifestação da fé humana.
Minuto 5:31 – 6:05: A questão do sofrimento e a onisciência de Deus
Fala do vídeo:
“Outra coisa que você tem que parar para analisar é a história da salvação. Pois, se Deus já sabe quem é o vaso de honra, pois ele próprio criou o vaso de honra, e quem é o vaso de desonra, por que a gente tem que passar por todo esse teste, por toda essa dor e sofrimento desnecessário? Isso não faz o menor sentido.”
Resposta:
O sofrimento e os testes não são para Deus descobrir algo, mas para o desenvolvimento espiritual e moral dos seres humanos. A teologia cristã entende que o sofrimento tem um propósito maior, como o crescimento do caráter e a manifestação da glória de Deus (Romanos 8:28). A onisciência de Deus não elimina a necessidade de experiências humanas.
Minuto 6:05 – 6:43: Números 14:11-12 e Isaías 5:4
Fala do vídeo:
“Em Números 14:11-12, Deus não sabe até quando o povo vai permanecer incrédulo e diz que vai matar o povo, punir o povo, destruir o povo por causa disso. Já em Isaías 5:4, Deus diz que esperava que sua vinha produzisse uvas boas, mas ela produziu uvas más, mostrando aqui novamente uma falta de conhecimento de Deus sobre certas coisas.”
Resposta:
Esses textos usam linguagem antropomórfica para expressar a paciência e a justiça de Deus. Eles não negam a onisciência divina, mas destacam a responsabilidade humana e a resposta de Deus ao pecado. A expectativa de Deus por uvas boas é uma metáfora para a expectativa de obediência e frutos espirituais.
Minuto 6:43 – 7:22: O teste de Jó e o Jardim do Éden
Fala do vídeo:
“Outra coisa que não faz sentido é Deus fazer o teste com Satanás sobre Jó, porque Deus já sabia que Jó era seu servo fiel. E mesmo assim, ele o testa. O mesmo se aplica à questão do Jardim do Éden. Se Deus já sabia que o homem iria pecar, porque ele estava testando a obediência de Adão e Eva?”
Resposta:
O teste de Jó e o Jardim do Éden não são para Deus descobrir algo, mas para revelar verdades sobre a natureza humana, a fidelidade e a soberania de Deus. Esses eventos têm um propósito pedagógico e teológico, não uma função de “descoberta” para Deus.
Minuto 7:22 – 7:54: Profecias não cumpridas
Fala do vídeo:
“Tem profecias que não se cumpriram. Jesus diz que o Filho do Homem voltaria antes daquela geração terminar, em Mateus 24:34. Porém, a geração passou e não voltou. Paulo também diz em 1 Tessalonicenses que eles estariam vivos para a vinda do Senhor nas nuvens, com os anjos, com a ressurreição dos mortos, com todo mundo sendo julgado. Também não aconteceu.”
Resposta:
As profecias bíblicas devem ser interpretadas em seu contexto literário e histórico. Muitas profecias têm cumprimentos parciais ou simbólicos, e algumas ainda aguardam cumprimento futuro. A teologia cristã entende que o tempo de Deus não é o mesmo que o tempo humano (2 Pedro 3:8).
Conclusão:
O vídeo levanta questões importantes, mas muitas das críticas baseiam-se em uma leitura superficial ou descontextualizada dos textos bíblicos. A onisciência de Deus é um atributo central na teologia cristã, e as aparentes contradições podem ser resolvidas através de uma interpretação cuidadosa e contextualizada das Escrituras. A linguagem antropomórfica e os propósitos pedagógicos dos testes e profecias não negam a onisciência divina, mas revelam a complexidade da relação entre Deus e a humanidade.
Poderá ver o vídeo no youtube Aqui