Técnica de altíssimo potencial ofensivo, embora geralmente utilizada por pessoas incapazes ou que não estão aptas a um debate sério.
Com essa técnica, o neo-ateu tenta ofender diretamente o religioso, pois afirmaria que Deus seria similar a um amigo imaginário.
Com isso, a idéia é tentar comparar o religioso a uma criança de 3 a 6 anos, idade que os psicólogos reputam como a fase em que se possui amigos imaginários.
Deve-se lembrar, no entanto, que a técnica só pode ser aplicada pelo neo-ateu com eficiência se do outro lado o teísta não tiver a mínima noção do que significam as expressões:
- (a) Deus
- (b) amigo
Apenas com o conhecimento desses dois termos, é possível, refutar o neo-ateu.
Abaixo há um exemplo da aplicação desta técnica por um neo-ateu:
- NEO-ATEU: Quer dizer então que você tem amigos imaginários?
- RELIGIOSO: Eu não afirmei isso.
- NEO-ATEU: Claro que é. Se você reza e não tem ninguém lá, é um amigo imaginário!
- RELIGIOSO: Mas não é nesse sentido que você está pensando.
- NEO-ATEU: É sim! É amigo imaginário! É amigo imaginário! É amigo imaginário! AMIGUINHO imaginário!
Geralmente, a aplicação da técnica é desse jeito mesmo, até com doses de histeria.
Refutação:
Segue um exemplo de como refutar essa técnica:
- NEO-ATEU: Quer dizer então que você tem amigos imaginários?
- RELIGIOSO: Eu não.
- NEO-ATEU: Mas você acredita em Deus!
- RELIGIOSO: Sim. Mas não em amigo imaginário.
- NEO-ATEU: Se é Deus, é amigo imaginário!!!
- RELIGIOSO: Claro que não. A definição de amigo implica em um indivíduo unido a outro por amizade. Eu nunca chamei Deus de indivíduo. Também não chamei de “pessoa ligada a mim”. Um amigo imaginário refere-se a seres que estariam escondidos embaixo da cama da criança, ou dentro do armário. A existência alegada é física. Eu jamais disse isso de Deus.
- NEO-ATEU: Não importa, não quero saber, é amigo imaginário! É amigo imaginário! É amigo imaginário! AMIGUINHO imaginário!
- RELIGIOSO: Você está louco(a), e histérico(a). Enquanto você não estudar as definições de “amigo” e “Deus” não há o mínimo de noção nisso que você afirma.
[A partir daí, se for em um debate virtual, o neo-ateu só conseguirá se safar se estiver postando em maioria junto com um grupo de neo-ateus. Mas é recomendável não participar em comunidades onde neo-ateus sejam maioria, pois eles atacam em bando. Em um território neutro, o neo-ateu é facilmente refutado ao tentar aplicar a técnica]
Conclusão:
Técnica que ao mesmo tempo é altamente ofensiva, mas ao mesmo tempo é altamente estúpida. Em debates mais acirrados, um religioso pode não prestar atenção e se sentir fortemente ofendido. Com apenas o entendimento dos conceitos “amigo” e “Deus”, já é possível refutar de primeira o neo-ateu que tentar tal ofensa.