Mais uma vez vamos aqui responder a um ateísta (e a resposta vale a todos os que utilizam de tal sofisma). É o tal “Alberto Martyn”, o qual tenta, alegadamente, responder às vias de S. Tomás de Aquino (!).
Aqui, o sujeito alega, sobre a Primeira Via:
O decaimento radioativo acontece sem causa aleatóriamente. As partículas virtuais aparecem sem causa aparente, ou seja, existem coisas que se movem sem causa.
O ateísta Victor Stenger (tipo um neo-ateu anabolizado), tem algo a dizer de forma semelhante (mas bem mais elaborada). A inacreditável alegação de Stenger é que nem todas as coisas que começaram a existir tem uma causa:
Mais uma vez, isto ignora a mecânica quântica, na qual os eventos ocorrem geralmente sem causa. Este é o caso das transições atômicas que nos dão luz e os decaimentos nucleares que nos dão a radiação nuclear. Todos eles acontecem espontaneamente, sem causa.
A causa “não-causada” do decaimento radioativo é que certos átomos contem muitos ou poucos nêutrons em relação a prótons, o que resulta em instabilidade nuclear. Quando faço um experimento utilizando um marcador radioativo, eu me preocupo se algumas partida de probabilidade quântica e a força nuclear fraca arruinará minha experiência? Não! No mundo macro em que vivemos, não há desvios significativos que separam a causa do efeito, simplesmente porque a mecânica quântica está agindo sobre o sistema no nível quântico. Embora não seja possível prever exatamente quando um determinado átomo irá decair, podemos prever com bastante precisão uma taxa média de decadência para qualquer amostra macroscópica desses átomos. A ideia de que o decaimento nuclear e as transições químicas são desprovidas de causa é uma pura superstição anticientífica. A alegação de que a mecânica quântica não é a causa de qualquer coisa é ridícula. Stenger quer que você acredite que, uma vez que não podemos prever eventos quânticos individuais, tais regras se aplicam a aparência de universos – a antítese final das partículas quânticas.
Assim, só porque os cientistas não veem uma causa não significa que não exista. Significa apenas que a ciência não descobriu ainda. Talvez um dia descobrirá. Mas aí vai ter que ter uma nova causa para explicar isso. E assim por diante e assim por diante. Mas a ciência nunca vai encontrar a primeira causa. Isso não é atribuição da ciência. Significa simplesmente que a primeira causa está fora do âmbito da ciência.
Outra maneira de explicar o argumento de Aquino é que tudo o que começa deve ter uma causa. Nada pode vir do nada. Então, se não há causa primeira, não pode haver causas secundárias – ou nada. Em outras palavras, se não há nenhum Criador, não pode haver um universo.
Mas e se o universo fosse infinitamente velho, você pode perguntar. Bem, todos os cientistas hoje concordam que o universo não é infinitamente velho – que teve um começo, no big bang. Se o universo teve um começo, então ele não tinha que existir. E as coisas que não têm a existir devem ter uma causa.