O espiritismo é bem conhecido por distorcer a Bíblia para se adequar à sua visão liberal e eisegética. Desta feita vamos responder a esse vídeo do Morel Felipe Wilkon, onde é muito usado por críticos da Bíblia para tentar desmerecer ou alterar o ponto de vista bíblico para suas ideias.
Levíticos e homossexualidade – Os espíritas geralmente são incongruentes. Alegam “seguir” e “falar” sobre o Evangelho (Novo Testamento) mas têm uma certa antipatia pelo Antigo Testamento. Nada de novo aqui. O duro é usarem de tamanha eisegese para tentar promover suas ideias distorcidas.
A lei de Moisés não tem nada de ambígua. Duas vezes, no livro de Levítico, declara-se precisamente a proibição contra o homossexualismo (e, no mesmo contexto, contra o incesto e a bestialidade). A tradução de Levítico 18,22 na New English Bible (Nova Bíblia Inglesa) é: “Não deves deitar-te com um homem como se fosse mulher: isso é abominação.” Em sua paráfrase deste mesmo versículo, The Living Bible (A Bíblia Viva) assim se expressa: “O homossexualismo é absolutamente proibido, pois é um pecado enorme.”
Qual era a sanção então imposta por tal ofensa? Novamente, a paráfrase de The Living Bible reza: “A penalidade por atos homossexuais é a morte de ambas as partes. Elas a trouxeram sobre si mesmas.” Lev. 20,13″. Explanando a palavra “abominação” amiúde usada numa tradução literal deste versículo, The Amplified Bible fornece como alternativas “— perverso, desnatural, execrável e detestável”.
Destas duas referências torna-se evidente que o homossexualismo era plenamente entendido e praticado há quase 4.000 anos atrás. Também, que Deus tomou posição firme contra isso, no que dizia respeito à adoração verdadeira. Jamais foi um modo de vida aprovado por Deus. Ou seja, ao contrário do que o simplório Morel tenta alegar, não era um mero assunto sócio-político resolvido no tempo e na época mas sim algo moral e que tange à todas as épocas.
Havia abominações que se aplicavam apenas aos judeus, como comer mariscos, coelho e carne de porco, coisas que eram tipologicamente representantes da pureza diante do Senhor. Deus diz: “Fala aos filhos de Israel dizendo… “. Deus, em seguida, lista as criaturas que podem comer e não comer e menciona o camelo, o texugo, coelho, porco, etc., Deus aborda especificamente as leis dietéticas. “Para os filhos de Israel”(Lev. 11,2) e o povo que Ele escolheu, dentre todas as nações sobre a terra (Dt. 14,2) – e não o resto das nações.
A terra tornou-se contaminada devido às abominações da homossexualidade e bestialidade de quem vivia na terra antes dos judeus, por isso não é apenas um problema para os judeus sob a lei (Lev. 18,22-29). Deus considerou sua homossexualidade uma abominação para todos. Assim, o argumento de que nós cristãos não estamos sob a lei não funciona porque os não-judeus dos tempos antigos não estavam sob a lei judaica, e sua homossexualidade foi chamada de uma abominação.
Se, como alguns defendem, não estamos sob a Lei e para que possamos descartar Levítico – juntamente com a sua clara condenação da homossexualidade -, então não devemos também descartar os ensinamentos levitas que alertam contra a mentira (Lev 19,11), roubo (Lev. 19,13), falso testemunho (19,16), odiar seu próximo (Lev. 19,17), exigir vingança (Lev. 19,18 ), evitar saldos injustos (Lev. 19,36) , sacrificar crianças (Lev. 20,1-5), adultério (Lev 20,10), cometer incesto (20,11-14)), e a prática de bestialidade ( Lev. 20: 15-16 )?
Outra pataquada do sujeito é alegar uma tese marcionista de um “Deus do Antigo Testamento” e outro “Deus do Novo Testamento”, algo totalmente infundado e que já foi refutado há séculos. Esse Morel somente fala coisas que ateístas, relativistas, falsos religiosos e outros desinformados querem ouvir.
Tecidos diferentes – Essa é outra muito usada por esses sofistas. A lei de Deus ao povo de Israel ordenava: “Não deves usar mescla de lã e de linho.” (De 22,11; veja também Le 19,19.) Sobre isto, a Encyclopaedia Judaica ([Enciclopédia Judaica], Jerusalém, 1973, Vol. 14, col. 1213) comentou: “As vestes dos sacerdotes estavam notavelmente isentas da proibição da shaʼatnez [veste de dois tipos de fios, NM]. Êxodo 28,6.8.15 e 39,29 prescrevem que várias peças fossem feitas de linho e lã tingida mesclados… Isto sugere que a proibição geral baseava-se no caráter restritivo de tal mistura, que dizia respeito exclusivamente ao domínio do que é sagrado.”
Por causa da limpeza e da pureza do linho branco, ele é usado nas Escrituras para representar a justiça. As roupas que tinham contato direto com o corpo do sumo sacerdote, a saber, os calções, a veste comprida e o turbante, bem como os calções, as vestes compridas e as coberturas para a cabeça, dos subsacerdotes, eram feitos de fino linho branco. (Êx 28,39-42; compare isso com Jó 29,14.) A noiva do Cordeiro está vestida de linho fino, resplandecente e puro, pois “o linho fino representa os atos justos dos santos”. (Ap. 19,8) Os exércitos que seguem a Jesus Cristo no céu são representados como estando vestidos de linho fino, branco e puro. (Ap 19,14)
Isto talvez fosse para lembrar aos israelitas sua separação e distinção como povo de Deus, sob o Reinado dele. Caso um israelita violasse esta lei, misturando duas espécies de semente, todo o produto do seu campo ou vinhedo tornava-se uma coisa “devotada”. Passava assim a pertencer ao santuário. — De 22,9; veja Le 27,28; Núm 18,14.
Como espíritas, conscientemente ou não, desconhecem o que é tipo (figura) e antítipo (realidade) na exegese bíblica. Mas estudos sérios e honestos não são muito do feitio desse pessoal.
Cabelo – De novo, mais uma ordenança realmente direcionada aos judeus mas que não tem nada a ver com o aspecto moral que já mencionamos sobre a prática do homossexualismo. Desde o princípio, era costume entre os homens hebreus deixar a barba crescer, mas ela era bem cuidada; e aparavam os cabelos em um comprimento moderado. No caso de Absalão, seu cabelo crescia com tanta abundância que, quando ele o cortava, uma vez por ano, pesava 200 siclos (2,3 kg), possivelmente tornado mais pesado pelo uso de óleo ou de unguentos. (2Sa 14,25, 26) A Lei de Deus ordenava que os varões israelitas não ‘cortassem curtas suas madeixas laterais’, nem destruíssem a “extremidade” da sua barba. Não se tratava duma injunção contrária a se aparar os cabelos ou a barba, mas evidentemente destinava-se a impedir a imitação dos costumes pagãos. (Le 19,27; Je 9,25, 26; 25,23; 49,32) Deixar de cuidar dos cabelos ou da barba, provavelmente não os aparando ou deixando-os descuidados, era sinal de pesar. (2Sa 19,24) Deus ordenou aos sacerdotes, em instruções dadas mediante o profeta Ezequiel, que eles aparassem, mas não rapassem, os cabelos da sua cabeça, e que não usassem os cabelos soltos quando servissem no templo. — Ez 44,15-20.
Observe uma tradução mais moderna desses versículos na Nova King James: “Não deveis fazer a barba em torno dos lados de sua cabeça, nem desfigurardes as bordas de sua barba” (Levítico 19,27); e, “Eles não devem raspar a cabeça, nem raspar as laterais da barba, nem fazer cortes no corpo” ( Levítico 21,5 ). É bastante claro que isto proíbe um tipo particular de corte de barba ou cabelo.
Era um costume ritual das nações cortar ou aparar a barba e cabelos em formas especiais em honra de uma determinada divindade pagã. Para honrar o deus sol Ra, os antigos egípcios tinham suas mechas escuras cortadas curto ou raspadas com muito cuidado para que o cabelo que permanecesse na coroa aparecesse na forma de um círculo em torno da cabeça (a partir do qual o halo deriva), enquanto a barba estava cortada com uma forma quadrada. Alternativamente, uma forma arredondada podia ser raspada na cabeça.
É este tipo de adoração falsa que a Bíblia proíbe. Raspar a barba e cortar o cabelo de boa aparência normal é algo totalmente diferente e não tem nada de condenável nas Escrituras. Na verdade, o apóstolo Paulo se esforça para lidar com a preparação apropriada sobre o corte de cabelo em I Coríntios 11,2-15.
Homem que se deita com outro homem – A palavra “detestável” é a mesma palavra hebraica encontrada em Lev. 18,22 , “abominação”.
Não pode haver dúvida de que o Antigo Testamento condena a homossexualidade como um ato detestável digno de morte. Mas podemos perguntar: por que tal sanção severa para uma simples “orientação sexual”? A resposta está no contexto global em que o Antigo Testamento foi escrito. Deus havia prometido o Messias que seria o Salvador , o Libertador do povo do julgamento de Deus. Se a homossexualidade ocorresse sem controle no meio do povo, isso iria ameaçar a chegada do Messias e, assim, tornar inválida a Palavra de Deus (essencialmente, fazendo de Deus um mentiroso), e isso não pode ser. Uma vez que Deus trabalha através de pessoas, ele forneceu a dureza da lei, a fim de proteger as pessoas de seus próprios pecados, os pecados dos outros e, finalmente, proporcionar um caminho pelo qual o Messias viria e morrer na cruz por nossos pecados.
Naturalmente, a Lei do Antigo Testamento não está mais em vigor é nesta área, porque o Messias veio, e não estamos sob um sistema governamental teocrático. Portanto, não devemos executar homossexuais. Devemos orar para eles e seu arrependimento, para que eles possam encontrar a salvação em Cristo.
Novamente, a eisegese patranha do Morel se faz presente em não mencionar esses detalhes profundos e históricos que destroem os sofismas dos críticos.
Bestialidade – Contexto. Contexto. Esta proibição, junto com as demais leis de Deus que governam as relações sexuais, elevavam os israelitas a um nível moral muito mais elevado do que o de seus vizinhos. No Egito, a bestialidade constituía parte da idólatra adoração de animais; historiadores atestam, por exemplo, a coabitação de mulheres com cabritos. Práticas similares prevaleciam também entre os cananeus (Le 18,23-30), e em Roma, conforme se relata.
A prática depravada da bestialidade está incluída na palavra grega por·neí·a, traduzida “fornicação”. Quem se entrega a tal prática imunda é moralmente impuro, e se um membro da Igreja se entregasse a tal prática, estaria sujeito a ser excomungado.
A Lei mosaica proibia claramente a bestialidade. (Levítico 18,23) Como essa prática era encarada em Ugarit? Nos textos descobertos, Baal tem relações sexuais com uma novilha. “Embora se argumente que Baal tenha assumido a forma dum touro para esse ato”, comenta o arqueólogo Cyrus Gordon, “não se pode dizer o mesmo dos seus sacerdotes, que encenavam a carreira mitológica dele”.
O aspecto civil da lei não está mais em vigor porque essas leis foram destinadas a um sistema teocrático; isto é, um sistema onde a moral de Deus foi cumprida pelo governo. Mas o antigo sistema governamental não está vigente. Além disso, as leis da pureza do agente estavam em vigor para manter a linha messiânica pura, de modo que Jesus nascesse, morra na cruz, ressuscitar e fornecer redenção ao povo de Deus. Agora que o Messias chegou e realizou seu trabalho de sacrifício, a dureza da lei do Antigo Testamento não é necessária.
Vítima casar com o estuprador – O trecho não está em Levíticos mas em Dt. 22,28-29. Tratava-se dum caso de sedução forçada e/ou fornicação. Se um homem sem escrúpulos tomasse a liberdade de ter relações sexuais com uma virgem, ela seria a principal prejudicada. Além da possibilidade de ela vir a ter um filho ilegítimo, seu valor como prospectiva esposa ficaria diminuído, porque muitos israelitas possivelmente não desejariam casar com ela visto que não mais era virgem. Então, o que desestimularia um homem de agir com indevida liberdade com uma virgem? A Lei de Deus, ‘santa, e justa, e boa’, o desestimularia. — Romanos 7:12.
O código mosaico tinha dispositivos que permitiam ao homem divorciar-se de sua esposa por determinados motivos. (Deuteronômio 22:13-19; 24:1; Mateus 19:7, 8) No entanto, o que lemos em Êxodo 22:16, 17 e Deuteronômio 22:28, 29 revela que a opção de divórcio desaparecia depois de haver fornicação pré-marital. Isto, portanto, poderia fazer com que o homem (ou a virgem) resistisse à tentação de envolver-se em fornicação. O homem não pensaria: ‘Ela é bonita e excitante, portanto, vou divertir-me com ela, embora não seja o tipo com quem gostaria de casar-me.’ Antes, essa lei desincentivava a imoralidade por fazer que um transgressor em potencial pesasse a longo prazo as conseqüências da fornicação — ter de ficar com a pessoa o resto de sua vida.
A Lei também diminuía o problema de filhos ilegítimos. Deus decretou. “Nenhum filho ilegítimo pode entrar na assembleia de Iahweh.” (Deuteronômio 23:2) Assim, já que o homem que seduzisse uma virgem teria de casar-se com ela, sua fornicação não resultaria em descendência ilegítima entre os israelitas.
Admite-se que os cristãos vivem numa estrutura social diferente da dos antigos israelitas. Não estamos sob os ditames da Lei mosaica, que incluía essa lei que exigia o casamento de duas pessoas que se envolvessem em fornicação dessa natureza. Entretanto, não podemos concluir que envolver-se em fornicação pré-marital seja algo insignificante. Os cristãos devem ponderar seriamente as conseqüências a longo prazo, como a já mencionada lei movia os israelitas a fazer.
Seduzir uma pessoa solteira arruína seu direito de assumir um casamento cristão como virgem limpo (homem ou mulher). A fornicação pré-marital também afeta o direito de qualquer um que venha a tornar-se o cônjuge dessa pessoa, a saber, o direito de se casar com um(a) cristão(ã) casto(a). Acima de tudo, deve-se evitar a fornicação porque Deus diz que é errado; é um pecado. O apóstolo acertadamente escreveu: “Isto é o que Deus quer, a vossa santificação, que vos abstenhais de fornicação.” — 1 Tessalonicenses 4:3-6; Hebreus 13:4. (Fonte: Awake!)
Pode ver uma resposta aqui também: https://resistireconstruir.wordpress.com/2013/05/09/deus-exige-o-casamento-entre-o-estuprador-e-a-vitima/
Bíblia e escravidão – Isso já foi ad nausem respondido mas os espíritas e ateístas desinformados continuam usando isso. Em resumo, a Bíblia não aprova escravidão mas regulamenta a existente (que é bem diferente do conceito comum de “escravidão”) no meio hebreu.
Igreja e escravidão – Mais uma mentira do Morel, já desmontada aqui. E a Igreja sempre combateu a escravidão. Pode ver uma resposta aqui e aqui.
É interessante que o Morel não fala dos erros científicos no livro “A Gênese”, de Allan Kardec e Flammarion.
Bíblia e a mulher – Tornou-se cada vez mais popular em nossa cultura secular criticar causalmente Deus, a Bíblia e a religião cristã. Muitos livros mais vendidos de escritores ateístas de alto perfil estão cheios de acusações contra Deus e alegadas razões pelas quais o cristianismo não pode ser a verdadeira religião inventada por um Deus moral. Uma das razões comumente dada pela comunidade cética por sua rejeição da Bíblia e do cristianismo é a forma como as mulheres são vistas nas Escrituras. De acordo com esses apologistas seculares, os escritores da Bíblia consideravam as mulheres como criaturas inferiores menos valiosas do que os homens e não merecem ser tratadas com respeito e dignidade.
É verdade que o tratamento bíblico das mulheres apresenta um código de ética imoral e falsifica a idéia de que a Bíblia foi inspirada por um Criador perfeitamente moral? Certamente não. De fato, exatamente o contrário é o caso. O tratamento bíblico das mulheres está em perfeito acordo com a verdade e o ensino moral legítimo. As acusações contra a Bíblia a este respeito são vazias e não podem ser usadas de forma legítima para combater a moralidade de Deus ou a inspiração da Bíblia. Pelo contrário, são os ensinamentos e as implicações lógicas da evolução ateísta que não podem resistir sob o escrutínio da razão.
“Não te deves deitar com um macho assim como te deitas com uma mulher. É algo detestável.” — Levítico 18,22.
Como parte da Lei mosaica, essa proibição era uma das muitas leis morais dadas especificamente à nação de Israel. Mesmo assim, a expressão “algo detestável” revela o conceito de Deus sobre atos homossexuais não apenas em relação aos judeus, mas também às pessoas de outros povos. As nações ao redor de Israel praticavam a homossexualidade, o incesto, o adultério e outras coisas proibidas pela Lei. Por isso, Deus considerava aquelas nações como impuras. (Levítico 18,24- 25) Será que o conceito da Bíblia mudou durante a era cristã? Reflita no texto a seguir:
“Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras contrárias à natureza. Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens.” — Romanos 1,26-27, Nova Versão Internacional.
Por que a Bíblia descreve atos homossexuais como contrários à natureza e indecentes? Porque eles incluem práticas sexuais que não faziam parte do propósito de nosso Criador. As relações homossexuais não podem gerar descendentes. A Bíblia compara práticas homossexuais às relações sexuais que anjos rebeldes, que vieram a ser conhecidos como demônios, tiveram com mulheres antes do Dilúvio dos dias de Noé. (Gênesis 6,4; 19,4, 5; Judas 6, 7) Para Deus, esses dois tipos de conduta são desnaturais.
Uma resposta boa ao Morel está aqui:
Sodoma e Gomorra – Aqui parte para a parte mais engraçada do vídeo. Primeiro, o verbo hebraico traduzido como “conhecer” ( yada) possui uma ampla gama de significados, incluindo “conhecer, se tornar familiar”. Na maior parte, as nuances do verbo hebraico são paralelas ao verbo correspondente em português. No entanto, o hebraico, em comum com outras línguas antigas, também usa “conhecer” como um eufemismo para relações sexuais (Gênesis 4: 1; 19: 8). Outros eufemismos semíticos utilizados de forma semelhante incluem “mentir com” (2 Samuel 11: 4), “descobrir a nudez de” (Leviticus 18), “entrar” (Gênesis 16: 2; 38: 2) e “tocar” (Gênesis 20: 6, Provérbios 6:29; 1 Coríntios 7: 1). As línguas antigas que compartilhavam esse uso figurativo de “conhecer” incluíam o egípcio, o acadiano e o ugarítico (Botterweck, 1986, 5: 455-456,460), bem como o sírio, o árabe, o etíope e o grego (Gesenius, 1979, p. 334) . Quando os estudiosos hebreus definem “conhecer” como usado em Gênesis 19: 5, eles usam a terminologia como ‘perversão sexual’ (Harris, et al., 1980, pág. 366), ‘relações sexuais homossexuais’ (Botterweck, 5: 464) e ‘Crimes contra a natureza’ (Gesenius, p. 334).
É compreensível que esse relato faça surgir perguntas na mente de alguns. Talvez se perguntem: ‘Como pôde Ló oferecer suas filhas a uma turba imoral só para proteger seus hóspedes? Será que sua maneira de agir não foi errada, até mesmo covarde?’ Em vista desse relato, por que Deus inspiraria Pedro a escrever a respeito de Ló, chamando-o de “justo”? Será que Ló tinha a aprovação de Deus para agir daquela maneira? (2 Pedro 2:7, 8) Para não tirarmos conclusões erradas, raciocinemos sobre esse assunto.
Para começar, é bom ter em mente que, em vez de fazer vista grossa ou condenar as ações de Ló, a Bíblia simplesmente relata o que aconteceu. A Bíblia também não nos diz o que Ló estava pensando ou por que agiu daquela forma. Quando ele voltar na ‘ressurreição dos justos’, talvez forneça detalhes sobre o assunto. — Atos 24:15.
Se “conhecer” simplesmente significa “conhecer”, porque Ló ofereceu suas filhas aos homens? Ele não teria oferecido suas filhas para os homens “conhecer” ou “se familiarizar” com eles. As filhas já eram residentes de Sodoma, e assim teria sido “conhecida” pelos homens. Ló estava oferecendo suas filhas aos homens como alternativas sexuais . Ló disse: “Eu tenho duas filhas que não conheceram um homem” (Gênesis 19: 8). “Conhecido” é outra referência à relação sexual. Ló referia-se ao seu status sexual pela própria razão de que esses homens estavam interessados em impropriedade sexual. Tão surpreendente e censurável para nós, como pode parecer para um pai sacrificar suas próprias filhas de tal forma, verifica o fato de que a luxúria natural da homossexualidade foi considerada muito mais repugnante do que a heterossexualidade ilícita. Além disso, os estudiosos observaram ainda que, na antiguidade, um anfitrião devia proteger seus convidados ao custo de sua própria vida (Whitelaw, 1950, 1: 253).
Conforme observado anteriormente, se a “hospitalidade” fosse o problema em jogo na Sodoma, os Sodomitas deveriam ter sido elogiados, pois só queriam “conhecer” e ser hospitaleiros para os visitantes. De fato, Ló deveria ter sido o único condenado desde que tentou dissuadir as visitas hospitaleiras da “turma das boas-vindas”. Na realidade, as palavras de Jesus em Lucas 10 não foram direcionadas contra a recusa das cidades em ser hospitaleiras para com os discípulos. Em vez disso, condenou-os por sua recusa em aceitar o ensino dos discípulos. Jesus apontou sua tarefa quando declarou: “Aquele que o ouve me ouve, aquele que rejeita você me rejeita” (Lucas 10:16). Jesus colocou Sodoma no topo da lista das cidades mais notoriamente perversas da antiguidade. Ele enfatizou o fato de que, como a era do Novo Testamento estava prestes a explodir na história, e os povos palestinos logo seriam os destinatários da maior mensagem jamais divulgada ao mundo, rejeitar Cristo e o Evangelho seria uma ofensa muito maior do que o que a cidade mais perversa da história humana já fez! O que os habitantes de Sodoma fizeram foi repugnante, incrivelmente depravado e repugnante. Mas rejeitar o antídoto contra o pecado é o insulto final e representa a infração final contra Deus.
Outro argumento empenhado em um esforço para justificar a homossexualidade diz respeito às alusões nos profetas a Sodoma. Isaías (3: 9), Jeremias (23:14) e Ezequiel (16:49) todos se referiram à pecaminosidade de Sodoma, mas nenhum mencionou explicitamente a homossexualidade como o problema. De fato, Ezequiel identificou os pecados específicos de “orgulho, plenitude de comida e abundância de ociosidade”, e a falta de vontade de Sodoma para ajudar os pobres e necessitados. Em resposta, sugerimos que dificilmente devemos surpreender que uma cidade que fosse culpada de perversão sexual também fosse culpada de violações adicionais da vontade de Deus.
Na verdade, Isaías não especificou um pecado em particular, mas apenas observou o quão descarados e abertos os sodomitas estavam com seus pecados: “O olhar em seu semblante testemunha contra eles e eles declaram seu pecado como Sodoma; eles não o escondem. “Curiosamente, essa descrição é muito adequada à atitude” em seu rosto “daqueles que procuram avançar a agenda homossexual em nossos dias. Jeremias fez essencialmente o mesmo ponto em sua comparação entre Judá e Sodoma quando escreveu: “Ninguém se afasta de sua maldade”. Ele também estava observando a intenção flagrante, inflexível e decidida de prosseguir com o pecado deles. Ezequiel, embora mencionando os pecados adicionais listados acima, referiu-se repetidamente à “abominação” de Sodoma (16:50, cf. 43,47,51,52,58). Moisés conectou “abominação” com atividade homossexual (Levítico 18:22).
Já respondemos isto aqui: https://logosapologetica.com/jesus-nao-condenou-a-homossexualidade/
Paulo – Aqui, sem o mínimo crivo crítico e sem entender nada de formação de cânon, Morel parte para alegar que o que Paulo escreveu eram meras “opiniões dele”. Não é surpresa que os espíritas só consideram o que Jesus falou como “inspirados”, ignorando completamente a formação do cânon. Vamos lá.
Sobre as alegadas “carnificinas ordenadas por Deus no AT”, basta ver aqui: https://logosapologetica.com/como-deus-poderia-ordenar-o-genocidio-no-antigo-testamento/
Engraçado Morel alegar que “o Deus do Antigo Testamento era imaginário”, etc mas esquece de mencionar que o mesmo Jesus que ele fala e endossa as palavras elogiou Moisés e a Torá (os cinco primeiros livros da Bíblia). Morel é antagônico.
Interessante que depois que o que Paulo escreveu era “mera opinião” parte para interpretar que o ensino de Paulo em Rm. 1,26 era “contexto histórico”.
A tese do sujeito, que não é historiador nem nada, é de que “a Bíblia diminui o papel da mulher e tudo gira na questão patriarcal”, o qual vimos, é pura bobagem. Depois parte para a parte de Paulo e as mulheres explicado aqui: https://logosapologetica.com/o-apostolo-paulo-era-contra-as-mulheres/
A eisegese do Morel é notória. Faria bem para ele e outros do tipo estudarem estes cursos: http://bit.ly/CursoBacharelEmTeologiaLogos e http://bit.ly/curso-basico-medio-em-teologia-ub.
Depois parte para ICo. 6,9. Alguns na tentativa de legitimar o comportamento homo afetivo dentro do cristianismo afirmam que a palavra grega malakoi usada por Paulo em 1 Coríntios 6:9 “jamais teve qualquer sentido de homossexual” . Chegam a afirmar que não existe tal conotação. Certa página em Inglês dedicada a evangélicos gays possui o seguinte tema: ” Malakoi NUNCA é usado na Bíblia para significar Homossexual”. Eles até grifam a palavra NUNCA. Contudo, já em seus primeiros parágrafos o mesmo site afirma: “De fato, a origem da palavra malakós (singular de malakoi) raramente… se refere ao comportamento gay”.**
Em vista desta declaração em contradição uma com a outra, é evidente que não são estudiosos sérios que fazem tais afirmações que já começam a ecoar no Brasil.
Em vista disso, dediquei tempo a leitura de textos gregos bastante antigos a fim de ver como tal palavra grega era empregada nos dias de Paulo. Em minha leitura atenta de diversos textos em grego notei que a significação básica de malakós é “macio” ou “mole” ou ainda diversas metáforas relacionadas.
Para responder a essa pergunta, leia você mesmo o que o apóstolo Paulo disse em 1 Coríntios 6:9, 10: “O quê! Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não sejais desencaminhados. Nem fornicadores, nem idólatras, nem adúlteros, nem homens mantidos para propósitos desnaturais [“prostitutos”, New International Version; “efeminados”, Almeida], nem homens que se deitam com homens [“sodomitas”, Matos Soares; “pervertidos homossexuais”, Today’s English Version], nem ladrões, nem gananciosos, nem beberrões, nem injuriadores, nem extorsores herdarão o reino de Deus.” Note que Paulo especificamente mencionou os que, pelo visto, assumem um papel sexual passivo e os que assumem um papel “masculino”, mais ativo, em suas relações imorais. Assim ele deixou claro que Deus desaprova todos os atos homossexuais.
O engraçado é Morel, sem conhecimento de grego, alegar que se Paulo quisesse usar a palavra para homossexuais usaria “pederastia”, o que é absolutamente falho. Paulo usou a palavra certa. Outras versões da Bíblia traduzem a expressão “homens que se deitam com homens” de várias formas, como segue: sodomitas, pervertidos, pervertidos sexuais, pervertidos homossexuais, perversão homossexual, e apenas, sucintamente, como homossexuais.
Malakos provém da raiz “macio”. Metaforicamente, significa “afeminado”, e ‘neste mau sentido’, refere-se a uma prática de formas de lascívia sexual, conforme indica o Expository Dictionary of New Testament Words (Dicionário Expositivo de Palavras do Novo Testamento), de W. E. Vine. Curiosamente, malakia é o grego moderno para “masturbação”.
Arsenokoites é usada de novo por Paulo ao escrever a Timóteo, em 1 Timóteo 1:10. As traduções naturalmente variam em suas versões — “homossexuais” (O Novo Testamento Vivo); “sodomitas” (A New Translation of the Bible, de James Moffatt) e “pervertidos sexuais” (A Bíblia na Linguagem de Hoje), à guisa de exemplo. Não resta dúvida de que os cristãos primitivos consideravam tais desvios, o homossexualismo e o lesbianismo, mui seriamente. Uma referência concludente aos escritos de Paulo, desta feita aos cristãos em Roma, explica por quê.
“Por causa disto, Deus os entregou a vergonhosas lascívias. Até mesmo suas mulheres trocaram as relações naturais pelas desnaturais. Do mesmo modo, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e ficaram inflamados com a lascívia de um para com o outro. Os homens cometeram atos indecentes com outros homens, e receberam em si mesmos a devida penalidade por sua perversão.” — Rom. 1:26, 27, “Nova Versão Internacional”.
O relatório muito controvertido da Igreja Anglicana, Homosexual Relationships (Relacionamentos Homossexuais), comenta isto como segue: “O que Paulo quer dizer com ‘desnatural’ é ‘desnatural’ para a humanidade, no padrão da criação de Deus. Todo comportamento homossexual é uma divergência do projeto da criação de Deus e, nas palavras de certo escritor, ‘quando colocadas no contexto da criação, todas as relações homossexuais são relações desnaturais’.”
O relatório conclui: “Seja qual for a evidência que exista, ela parece claramente mostrar a condenação do comportamento homossexual. Para muitos, isto resolve o assunto. Eles sustentam que a Bíblia indica tão claramente a desaprovação divina de tal comportamento que deve estar errado em todas as circunstâncias, e especialmente para os cristãos, que reconhecem a Bíblia como uma coletânea inspirada de escritos que fornece orientações autorizadas para a conduta da vida humana.”
As Escrituras Sagradas são bem claras. Embora muitos procurem justificar o modo homossexual de vida, os fatos bíblicos falam por si. Não é lógico que o Criador do homem saiba o que é melhor para ele? Não devíamos voltar-nos para a Fonte da vida a fim de aprender como levar uma vida que lhe seja agradável?
Com o passar dos anos, os cristãos á têm tido o privilégio de ajudar considerável número de homossexuais a abraçar um modo mais feliz de vida, comportando-se dum modo que Deus aprova. Poderá receber esta ajuda, também.
E o “expert” em grego Morel (SQN), parte para alegar que “malakoi” se refere “ao homem mulherengo” (LOL). A maioria dos comentadores e tradutores entende malakos para se referir ao parceiro passivo em um ato homossexual masculino. [19] [20] [21]
Vamos ver alguns comentaristas gregos sobre a passagem?
“Olsen insiste que μαλακοί no tempo de Paulo”, quase sempre se referiu de forma negativa e pejorativa a um grupo de pessoas amplamente desprezadas que funcionavam como “meninos chamados afeminados” (Mark Olson, “Untangling the Web: Um olhar no que as Escrituras dizem e não dizem sobre o comportamento homossexual, “Other Side, April 1984, 33-34). Scroggs afirma que “a palavra na lista de Paulo se refere especificamente a esta categoria de pessoa, o menino afeminado ” (The New Testament and Homosexuality, 42). “, Malick, ‘A condenação da homossexualidade em 1 Corinthians 6: 9’ , Bibliotheca Sacra (150.600.482), 1993.
Embora Scroggs tenha cuidado de notar que μαλακός não é um termo técnico para “afeminado”, ele relaciona a definição de “efeminado” exclusivamente para pederastia : “O uso de malakos quase certamente evocaria imagens do chamado efeminado, menino, se o contexto sugerisse alguma forma de pederastia. “‘, ibid., p. 487.
“Uma expressão particularmente significativa deste uso pode ser encontrada em uma carta de Demofon, um rico egípcio, para Ptolemeu, um policial, referente às provisões necessárias para um próximo festival.”, Ibid., P. 487; Malick fornece o texto “Demofon para Ptolemeu, saudação. Faça todos os esforços para me enviar o tocador de flauta Petoüs com as flautas frígias e o resto; e se for necessário algum gasto, pague, e você deve recuperá-lo de mim . Envie-me também Zenóbio, o efeminado [μαλακόν] com um tambor e címbalos e castañas, pois ele é procurado pelas mulheres pelo sacrifício; e deixe-o usar roupas tão finas quanto possível“(” Carta de Demofon para Ptolemeu “[de embalagens de mães encontradas na necrópolis de El-Hibeh cerca de 245 aC], The Hibeh Papyri: Parte I, nº 54, 200-201). ‘, Ibid., P. 449.
Como vemos, não tem nada a ver com “homem mulherengo”.
Engraçado que depois o “exegeta” Morel tenta usar Tg. 2 alegando que “Deus não faz acepção de pessoas”. Ora, quem avisa amigo é. É exatamente por avisar do perigo do homossexualismo que o cristão ama o homossexual. Para Morel, alguém que coloca placa de aviso numa estrada avisando de perigo está sendo preconceituoso.
Sobre a parte final, o sujeito que mal entende de exegese, crítica bíblica, formação do cânon, etc, parte para “devemos só seguir os ensinamentos de Jesus”, e ainda se dizendo cristão. Impressionante como esse pessoal faz um self-service do que acham. Como já vimos, demonstramos que Morel está errado em suas interpretações bíblicas do começo ao fim. Tanto é que o espiritismo teve que fazer um “evangelho segundo o espiritismo” para interpretar os textos segundo sua visão. Eu não sei de onde o Morel tirou essa ideia.
Depois, numa sandice, alega que “aquele mesmo povo que condenou a homossexualidade queimou seus filhos ao deus Moloc, etc”. Mas em nenhum lugar a Bíblia aprova isso. Foram atitudes exatamente reprovadas por Deus que Morel, numa atitude de defender a “teologia gay” tenta lançar uma cortina de fumaça. Depois tenta atacar Paulo ao falar de escravidão. A lista de desvios do Morel é tão grande que já respondemos aqui no Logos.
Depois tenta alegar que o que Jesus falou sobre “arrancar o olho” significa reencarnação. Não dá nem pra responder a isso de tão simplista que é. Basta procurar no Logos e há a resposta.