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Respostas ao Antônio Miranda e seu “Desafio Jesus”

O vídeo do Antonio é tão simplista e tão simplório (utiliza alegações já há muito respondidas por cristãos e utiliza outras já recicladas) que vamos tentar resumir alguns pontos e tentar ser sucintos.

– Não é novidade que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro.

– Particularmente a passagem da matança das crianças por Herodes, reis magos, ressurreição dos santos, endemoniado gadareno e o condenação da mulher adultera eu também considero interpolações
posteriores mas excluindo essas passagens em nada interfere na crença em Jesus. Veja aqui.

– As genealogias de Lucas e Mateus são diferentes porque uma fala da genealogia de José e o outro de Maria mas acho que o gênio não percebeu isso. Veja aqui.

– Antonio utiliza uma falácia de que se os evangelhos foram escritos 150 depois de sua época logo é falso, nessa lógica deveríamos dizer também que Suetônio, Pitágoras, Demóstenes e muitos outros também não existiram já que os escritos desses chegam até mais de 300 anos de separação.

– Engraçado como ele põe em duvida os Evangelhos pela questão do tempo mas utiliza os apócrifos do 2° século pra atacar a crença em Cristo.

– Prova adicional da fidedignidade do texto atual da Bíblia foi recentemente fornecida numa conferência internacional realizada na Basiléia, Suíça. A prof.a Barbara Aland, do Instituto Alemão de Pesquisas dos Manuscritos da Bíblia, em Münster, apresentou o resumo dum estudo feito dos manuscritos bíblicos gregos descobertos em 1975 no Mosteiro de Sta. Catarina, no monte Sinai. “Acrescentaram-se preciosos testemunhos novos às pesquisas dos textos do Novo Testamento”, informou ela ao jornal alemão Westfalische Nachrichten. “A avaliação de 69 cópias manuscritas do Novo Testamento, até então desconhecidas . . . confirma o texto aceito até esta época”, relata o artigo.

– Existem talvez uns 6.000 manuscritos do Antigo Testamento inteiro ou de partes dele, e uns 5.000 do Novo Testamento. Exatamente quão fidedigno é o texto do Novo Testamento? Deveras, é bem fidedigno, sendo incomparável quando consideramos outros escritos que sobreviveram desde a antiguidade. Este fato foi destacado no livro Auf den Spuren Jesu (Nos Rastros de Jesus), de Gerhard Kroll. O autor mostrou, por exemplo, que se preservaram apenas seis papiros dos escritos do filósofo grego Aristóteles (do quarto século a.C.), na maioria datando do décimo século d.C. ou depois. As obras de Platão (do quarto século a.C.) estão em situação um pouco melhor. Existem dez manuscritos das suas obras, que datam de antes do século 13. No caso de Heródoto (do quinto século a.C.), existem cerca de 20 fragmentos de papiro, datando do primeiro século d.C. ou depois. Os primeiros manuscritos completos da sua obra datam do décimo século. E os mais antigos manuscritos das obras de Josefo remontam apenas ao século 11.
Em contraste com isso, o texto do Novo Testamento (completado no primeiro século d.C.) é atestado por fragmentos do segundo século e por cópias completas do quarto século. De acordo com Kroll, existem cerca de 81 papiros do 2.° ao 7.° século, 266 manuscritos unciais do 4.° ao 10.° século, e 2.754 manuscritos cursivos do 9.° século ao século 15, bem como 2.135 lecionários ou passagens das Escrituras para serem lidas publicamente. Todos estes ajudam a confirmar o texto do Novo Testamento. De modo que estas, de fato, são muito bem atestadas.

– Se Jesus fosse casado como o apócrifo diz, Antonio, em nada afetaria seu messianismo. Casamento não é pecado. Veja aqui.

– Existe uma versão em árabe da narrativa de Flávio Josefo que também fala de Jesus, fora ele outros citaram Jesus ou cristãos, Plínio o jovem, Suetônio, Talo que descreve as trevas na hora da crucificação; Luciano de Samosata, que era critico do cristianismo; Mara Bar-Serapião; as obras de Orígenes respondendo as críticas de Celso. Josefo menciona Jesus Cristo no seu livro Antiguidades Judaicas. Embora alguns duvidem da autenticidade da primeira menção em que Josefo se refere a Jesus como o Messias, o Professor Louis H. Feldman, da Universidade Yeshiva, diz que poucos duvidam da genuinidade da segunda menção. Ali Josefo diz: “[Anano, o sumo sacerdote,] aproveitou  . . . para reunir um conselho [o Sinédrio], diante do qual fez comparecer Tiago, irmão de Jesus, chamado Cristo.” (História dos Hebreus, Antiguidades Judaicas, XX, 856) De fato, um dos fariseus, seita cujos adeptos em grande parte eram inimigos declarados de Jesus, reconheceu a existência de “Tiago, irmão de Jesus”.

A influência da existência de Jesus foi sentida através das atividades dos seus seguidores. Quando o apóstolo Paulo estava preso em Roma, por volta de 59 EC, os homens de destaque entre os judeus lhe disseram: “Quanto a esta seita, é sabido por nós que em toda a parte se fala contra ela.” (Atos 28:17-22) Chamaram os discípulos de Jesus de “esta seita”. Se em toda a parte se falava contra eles, os historiadores seculares certamente iam mencioná-los, não é verdade?
Tácito, nascido por volta de 55 EC e considerado um dos maiores historiadores do mundo, mencionou os cristãos nos seus Anais. No seu relato sobre Nero culpá-los pelo grande incêndio de Roma, em 64 EC, ele escreveu: “Nero, para desviar as suspeitas, procurou achar culpados, e castigou com as penas mais horrorosas a certos homens que, já dantes odiados por seus crimes, o vulgo chamava cristãos. O autor deste seu nome foi Cristo, que no governo de Tibério foi condenado ao último suplício pelo procurador Pôncio Pilatos.” Os pormenores desse relato combinam com a informação a respeito do Jesus da Bíblia.

Outro escritor que comentou sobre os seguidores de Jesus foi Plínio, o Moço, governador da Bitínia. Por volta do ano 111 d.C., Plínio escreveu ao Imperador Trajano, perguntando como devia lidar com os cristãos. Os falsamente acusados de serem cristãos, escreveu Plínio, aceitavam repetir uma invocação aos deuses e adorar a estátua de Trajano, só para provar que não eram cristãos. Plínio prosseguiu: “Não há nada que obrigue, segundo se diz, os que são realmente cristãos a obedecer a quaisquer destas ordens.” Isso atesta a realidade da existência de Cristo, cujos seguidores estavam preparados para dar a vida pela sua crença nele.
Após resumir as referências a Jesus Cristo e aos seus seguidores, feitas pelos historiadores dos dois primeiros séculos, The Encyclopædia Britannica (edição de 2002) chega à conclusão: “Estes relatos independentes provam que nos tempos antigos nem os oponentes do cristianismo jamais duvidaram da historicidade de Jesus, que foi questionada pela primeira vez e em bases inadequadas em fins do século 18, durante o século 19 e no início do século 20.”

– Sobre Jesus ter mentido: Existe duas versão dessa resposta, a futurista que acredita que o tempo pra Deus não é o mesmo que o do homem como diz em 2 Pedro 3:8, logo a geração que Jesus fala se refere a tempos muitos distantes, mas o problema de crê nessa versão é mateus 16, alguns acreditam que a queda de Jerusalém teria significado a vinda de Jesus mas que ele viria uma segunda vez no fim do mundo mas sinceramente não vejo respaldo pra afirmar uma dupla vinda de Jesus. Veja aqui.

E a versão preterista que é a versão que eu acredito que o “fim” que Jesus profetizava se referia a queda de Jerusalém pelos exércitos de Roma, o apocalipse nesse caso apenas descreve a cena por meio de simbologia, e a profecia teria se concretizado de forma precisa.

– Por fim ele tenta dizer que Cristo veio do nome Cresto dos essênios, mas Cristo sequer é nome. É um termo que significa ungido.

–  “O Novo Testamento fornece quase toda a evidência necessária para uma reconstrução histórica da vida e do destino de Jesus, e das primeiras interpretações cristãs do seu significado”, diz The Encyclopedia Americana. Os cépticos talvez não aceitem a Bíblia como evidência da existência de Jesus. Todavia, especialmente dois argumentos baseados em relatos bíblicos ajudam a comprovar que Jesus esteve mesmo na Terra.
Conforme já notamos, as grandes teorias de Einstein provam a sua existência. De modo similar, os ensinos de Jesus provam a realidade da sua existência. Por exemplo, considere o Sermão do Monte, um discurso bem conhecido que Jesus proferiu. (Mateus, capítulos 5-7) O apóstolo Mateus escreveu sobre o impacto causado por esse sermão: “As multidões ficaram assombradas com o seu modo de ensinar; pois ele as ensinava como quem tinha autoridade.” (Mateus 7:28, 29) Referente ao efeito que o sermão teve sobre as pessoas no decorrer dos séculos, o Professor Hans Dieter Betz observou: “A influência exercida pelo Sermão do Monte geralmente transcende em muito as fronteiras do judaísmo e do cristianismo ou mesmo da cultura ocidental.” Acrescentou que esse sermão tem “atrativo universal peculiar”.

Considere as seguintes palavras concisas e práticas encontradas no Sermão do Monte: “A quem te esbofetear a face direita, oferece-lhe também a outra.” “Tomai muito cuidado em não praticardes a vossa justiça diante dos homens.” “Nunca estejais ansiosos quanto ao dia seguinte, pois o dia seguinte terá as suas próprias ansiedades.” “Não  . . . lanceis as vossas pérolas diante dos porcos.” “Persisti em pedir, e dar-se-vos-á.” “Todas as coisas  . . . que quereis que os homens vos façam, vós também tendes de fazer do mesmo modo a eles.” “Entrai pelo portão estreito.” “Pelos seus frutos os reconhecereis.” “Toda árvore boa produz fruto excelente.” — Mateus 5,39; 6,1.34; 7,6-7. 12-13.16-17.
Sem dúvida, já ouviu algumas dessas expressões ou algo parecido. Talvez se tenham tornado provérbios na sua língua. Todas elas são do Sermão do Monte. A influência exercida por esse sermão sobre muitos povos e culturas confirma eloqüentemente a existência do “grande instrutor”.
Imaginemos que alguém inventasse um personagem chamado Jesus Cristo. Suponhamos que ele fosse suficientemente inteligente para formular os ensinos que na Bíblia são atribuídos a Jesus. Não faria ele que Jesus e seus ensinos fossem os mais agradáveis possíveis para o povo em geral? No entanto, o apóstolo Paulo observou: “Tanto os judeus pedem sinais como os gregos procuram sabedoria; mas nós pregamos Cristo pregado numa cruz, que é para os judeus causa de tropeço, mas para as nações, tolice.” (1 Coríntios 1,22-23) A mensagem do Cristo pregado numa cruz não era atraente nem para os judeus, nem para as nações. No entanto, este era o Cristo proclamado pelos cristãos do primeiro século. Por que apresentar o Cristo pregado numa cruz? A única explicação satisfatória seria que os escritores do Novo Testamento registraram a verdade a respeito da vida e da morte de Jesus.
Outro argumento em apoio da historicidade de Jesus é encontrado na incansável pregação dos ensinos dele pelos seus seguidores. Apenas uns 30 anos depois de Jesus ter começado o seu ministério, Paulo pôde dizer que as boas novas “foram pregadas em toda a criação debaixo do céu”. (Colossenses 1,23) Realmente, os ensinos de Jesus se espalharam por todo o mundo antigo, apesar de oposição. Paulo, ele mesmo perseguido como cristão, escreveu: “Se Cristo não foi levantado, a nossa pregação certamente é vã e a nossa fé é vã.” (1 Coríntios 15,12-17) Se pregar um Cristo que não tinha sido ressuscitado teria sido em vão, teria sido mais em vão ainda pregar um Cristo que nunca havia existido. Conforme lemos no relato de Plínio, o Moço, os cristãos do primeiro século estavam dispostos a morrer pela sua crença em Cristo Jesus. Arriscavam a sua vida a favor dele, porque ele era real; havia andado na Terra e vivido assim como os Evangelhos registram.

As balelas do Antonio Miranda e outros neo-ateus sobre Jesus ser um “mito” não passa de mera alegação nada corroborada por nenhum historiador acadêmico sério.

– Sim, de fato tiveram muitos messias naquele tempo: Apolônio de tiana, Simão o mago, Simão bar Kokhba mas nenhum prevaleceu. Apenas o cristianismo prevaleceu.

– Mais importante do por que não falaram de Jesus a pergunta é, com tantos personagens históricos descritos na história de Jesus, sendo ela um mito, porque esses personagens históricos não confrontaram a mentira ? Se não confrontaram é sinal que a historia que corria a Galileia é verdadeira. Veja aqui, aqui e aqui.

– Se a história de Jesus é um mito criado por Roma, porque teve tanta resistência do império nos primeiros anos? Veja aqui.

Respostas de Emerson de Oliveira e Thiago Hazard.

1 comentário em “Respostas ao Antônio Miranda e seu “Desafio Jesus””

  1. Emerson eu fico abismado com o tanto de gente na gringa que leva as teorias malucas do Richard Carrier a sério, principalmente nos debates dele contra cristãos que os caras ficam faland:ele ganhou ele é foda etc.
    Mano será que esses caras não sabem que ninguém na academia sequer ouviu falar dele e os que ouviram não levam ele a sério? Será que eles não sabem que ele está desempregado por causa de ficar fazendo merda com essa sua teoria? Será que eles não sabem que metade das fontes que ele cita no trabalho dele são ele mesmo e que ele fica chamando de doente mental os que discordam dele?
    Eu Dou graças a Deus por esse cara não ter pego fama no Brasil, mas lá na gringa ele é muito famoso, e eu não vi muitos cristãos rebaterem ele, só vi os ateus estudiosos da Bíblia rebatendo como o Tim O’neill. Mas cara tá difícil manter a fé depois de tudo que eu vi, está difícil ver Jesus como meu salvador sem lembrar todos os absurdos que eu vi falando sobre ele e dele não ter existido, como posso me reconciliar com Deus e reestabelecer minha fé com Jesus?

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