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Resposta ao vídeo “Laicidade. Porque Remover Crucifixos”

HERE WE GO. Aqui vamos nós, DE NOVO. Esse assunto já está meio enchendo. Bom, o prezado vlogueiro (“Homens Racionais”), refere-se a uma tal “p’ssoa”, que por acaso sou eu, Emerson de Oliveira, este que vos fala. Bom, vamos começar. Se o autor disse que seu vídeo pode ficar longo, este artigo também pode. O tempo refere-se ao momento do vídeo que estou respondendo.

00:57 – “que todas essas manifestações de religiosidade deveriam ser suprimidas no âmbito do Estado”. Hmmmm. “Suprimidas”…. suprimidas…. esta palavra lembra bem uma certa censura e intolerância, não acha?

Os símbolos religiosos (nas repartições públicas inclusive) refletem a cultura de uma sociedade. E, queiram ou não queiram os ateus, não existe uma sociedade ateia natural. Nem nunca existiu, nem nunca é possível que exista, porque o elemento religioso é parte integrante da cultura humana.

O ateísmo é profundamente antinatural, uma vez que o conhecimento de Deus pertence à natureza humana. Nas palavras de Santo Agostinho, “criastes-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração vive inquieto enquanto não repousa em Vós”. Nas palavras de São Paulo, “as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras” (Rm 1, 20). E, nas palavras do Primeiro Concílio do Vaticano, a Igreja “crê e ensina que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido com certeza pela luz natural da razão humana, por meio das coisas criadas” (Vaticano I, Seção III, Cap. II). Estranhamente, o ateísmo costuma padecer da mesma sanha proselitista cuja alegada presença, nas religiões, ele gosta de atacar. Por ser irracional, no entanto, o discurso ateu pretende impôr-se por meio da força e da agressão, e jamais pela razoabilidade dos argumentos. Exemplos não faltam. Basta olhar, p. ex., para o sr. Richard Dawkins: neste exemplo belíssimo de argumentação racional (seguido pelos estúpidos aplausos da plebe ignara), ou nesta (mais recente) fanfarronice estúpida do ano passado da qual até mesmo os ateus mais razoáveis devem se envergonhar. Quer dizer, aceite-se ou não, é claro que vivemos um momento de antiteísmo (não só de ateísmo, já que nem todo ateu é antirreligioso). E é neste momento em que neo-ateus (antiteístas, disteístas, apateístas e misoteístas) adoram se manifestar, muitas vezes travestindo seus argumentos de “defesa do Estado laico”. Mas são mesmo?
Ao ler textos e ver vídeos de certos ateístas, só consigo pensar nesse tipo de diálogo entre pessoas de esquerda (ou mentalidade esquerdista, notadamente antirreligiosa). Não é possível que eles acreditem em tamanha quantidade de distorções e mentiras, visíveis a qualquer um com olhar crítico e imparcial. Com uma tentativa de uso de controle de frame, o “Homens Racionais” afirma que é a favor da supressão de símbolos religiosos públicos. Vamos ver os dois pesos e duas medidas que esses humanistas seculares travestidos de “defensores do Estado laico” alegam. Eles sabem quem é o totalitário da história. Ele sabe que o humanismo (e não estou falando de simples humanismo mas sim do humanismo secular) dele implica na IMPOSIÇÃO do ponto de vista humanista para todos os outros, e por isso os símbolos religiosos devem ser retirados. Ele também sabe que jamais irá se posicionar contra a expressão “Ordem e Progresso” na bandeira brasileira, pois essa é uma frase positivista, portanto faz parte da doutrina humanista. Infelizmente, em nenhum momento do vídeo, o autor sequer levanta um só protesto contra essa frase religiosa de Comte. Sua sanha é só contra o “crucifixo” e outros símbolos religiosos alegadamente “patrocinados pelo Estado”.

bandeira-brasileiraMuitos desses neo-ateus de Youtube, Facebook, etc, como mal entendedores de história e bons mágicos, tenta esconder seu totalitarismo impondo-o aos religiosos tradicionais, na estratégia stalinista “Acuse-os do que fazemos”. Como ele tenta impor o seu humanismo pela retirada dos símbolos religiosos, diz que os demais devem ser religiosos “sem impor sua religião aos outros”. Mas sabemos que o crucifixo pendurado em uma parede tem algum valor para quem crê e nenhum valor para quem é incréu. Ninguém está tendo sua liberdade retirada por isso. Já o humanista luta para retirar os símbolos religiosos, ao mesmo tempo em que é mantido o lema “Ordem e Progresso” na bandeira brasileira, pois a mensagem deles é clara e totalitária: “todos devem rezar agora pela cartilha do humanismo, e nós não admitimos símbolos religiosos em nossa frente, especialmente se forem da religião base do país.” Sendo o Estado laico, se tirar o símbolo cristão tem que tirar essa frase da bandeira e tudo que for símbolo de outras religiões e do humanismo-ateístaEstado Laico é Estado onde há por parte dele neutralidade. Ele não apenas deixar de escolher religião como não faz referencia a teísmo e nem ateísmo. Leia a Constituição. E como já disse, não importa o teor da frase e sim o que ela simboliza. Ela simboliza uma ideologia anticristã.
Eu não concordo com os ditames patranhas e patifes do totalitário humanismo secular e mesmo assim ou obrigado, desde que nasci, a ver na bandeira de meu país, um lema religioso positivista. Por que o Mateus em nenhum momento protesta contra isso, se fosse realmente, como todo ateísta, um “defensor do Estado laico”?
Por isso que muitos neo-ateus associam a “retirada dos crucifixos” com “declaração de liberdade”, quando na verdade é o prenúncio de uma imposição cultural humanista que já está trazendo consequências gravíssimas à liberdade de quem não se submete ao humanismo. São os humanistas que precisam que os seres humanos cultuem os líderes humanistas, e também o estado, o governo global e a ONU. E por isso precisam retirar os símbolos religiosos da frente. Esse truque já foi feito no passado nos tempos de Mao e Stalin, portanto temos apenas a história se repetindo.
Neo-ateus e antirreligiosos falam de liberdade religiosa, mas, de facto, muitas vezes é cristofobia. Não é neutralidade, é antes porque não gostam do cristianismo e da Igreja. Conforme mostrado nesse blog, a presença de símbolos religiosos não ofende a ninguém. A não ser o Drácula (e a menina Regan). Cada país poderá colocar os símbolos representativos de sua cultura, e é evidente que a cultura brasileira na questão religiosa é lembrada com símbolos como o crucifixo. Em Israel, provavelmente são outros símbolos. Isso não implica em conflitos com laicismo.

crucifixo-judiciário-rsO crucifixo sempre esteve nas repartições, mesmo depois do Estado ter sido decretado laico, e evidentemente não é objeto de culto nas mesmas. O Estado laico o deixaria ali, simplesmente pelo fato de que sempre esteve. Já é consagrado na prática. No entanto, a remoção do crucifixo significaria a proclamação de um valor ateu, uma proclamação antirreligiosa ao invés de simplesmente não religiosa, e isto iria contra a neutralidade do Estado laico. Tal expediente abriria perigoso procedente, abrindo caminho para que o Estado laico se torne um Estado ateu, com dogmas ateus, justamente como era na terrível União Soviética, China, e demais países que aderiram ao comunismo, em que havia extermínio de milhões de religiosos e destruição de templos.  No escudo heráldico presente nas Armas Nacionais da República, o seu elemento central é justamente uma cruz, denotada na representação parcial da constelação do Cruzeiro do Sul, também presente em nossa bandeira, numa representação mais completa. De novo, o “Homens racionais” não comenta nada disso.

Mateus deveria ler o que escreveu a juíza Maria Lúcia Lencastre Ursaia:

Segundo os ensinamentos de nossos doutrinadores, o Estado laico não deve ser entendido como uma instituição anti-religiosa ou anti-clerical. Na realidade o Estado laico é a primeira organização política que garantiu a liberdade religiosa. A liberdade de crença, a liberdade de culto e a tolerância religiosa foram aceitas graças ao Estado laico e não como oposição a ele.

O Estado laico pode ser definido como a instituição política legitimada pela soberania popular em que o poder e a autoridade das instituições do Estado vêm do povo, tal conceito está intimamente ligado à democracia e ao respeito dos direitos fundamentais. Assim sendo, a laicidade não pode se expressar na eliminação dos símbolos religiosos mas na tolerância aos mesmos.

Em um país que teve formação histórico-cultural cristã é natural a presença de símbolos religiosos em espaços públicos, sem qualquer ofensa à liberdade de crença, garantia constitucional, eis que para os agnósticos ou que professam crença diferenciada, aquele símbolo nada representa assemelhando-se a um quadro ou escultura, adereços decorativos.

Entendo que não ocorre a alegada ofensa à liberdade de crença, que significa a liberdade de escolha de religião, de aderir a qualquer seita religiosa ou a nenhuma, que não há ofensa à liberdade de culto e nem à liberdade de organização religiosa, garantias previstas no artigo 5º, inciso VI.

Crux GuardasO Estado é laico, não a Nação e é esta a confusão que o vlogueiro comete. P.S.: A decisão da Justiça Federal pode ser lida na íntegra neste link. E não se confunda a simbologia decorrente da fé com a simbologia decorrente dos valores morais que formaram nosso país. A cruz cristã há muito ultrapassou os limites da simples referência ao Cristo crucificado, até mesmo porque se sabe ressuscitado.  A cruz cristã representa, pois, esperança, igualdade, liberdade, fraternidade. Valores esses que fundaram nossa República e dos quais não podemos abdicar sob pena de nos afastarmos do espírito formador da nação brasileira. As estrelas formadoras do Cruzeiro do Sul estão presentes em todos os nossos símbolos gráficos desde a Independência e são invocadas no próprio Hino Nacional, com as referências ao sol da liberdade, à imagem do Cruzeiro e ao lábaro estrelado. E denotam, simbolicamente, na Bandeira Nacional, os Estados e o Distrito Federal, da República Federativa do Brasil.

justitiaEnfim, a reclamação principal do vídeo do tal “Homens Racionais” é que o Estado não pode financiar manifestações

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Deusa Diké, da Justiça. Efígie pagã, curiosamente omitida dos protestos e diatribes falsamente chamadas “em defesa do Estado laico” de pessoas como o “Homens Racionais”.

religiosas. Hmmm. Como já comecei a mostrar, em nenhum momento ele protestou contra o lema religioso humanista na bandeira brasileira. Em nenhum momento protestou contra o dinheiro do brasileiro decente ser usado para patrocinar as decadentes “marchas e paradas gays”, com seus atos de felação e masturbação públicas, além de outras coisas às quais não aprovamos que nosso dinheiro seja usado. A rixa desses neo-ateus É CONTRA O CRISTIANISMO, basicamente. O que o “Homens Racionais” e manifestantes gayzistas e humanistas se referem a “ataque ao estado laico”, também é uma clara deturpação, pois no conceito de estado laico não existe nada que impeça a presença de um símbolo de valor cultural em qualquer lugar que seja. Aliás, conforme já apontado aqui, enquanto há um crucifixo exibido em repartições, também existe a estátua da Deusa Dicé nos tribunais, e a existência dos jogos Olímpicos (que eram um tributo aos deuses gregos, e a pira olímpica não é menos um símbolo de religiões gregas do que o crucifixo é um símbolo de algumas doutrinas cristãs). MEU e NOSSO dinheiro foi usado para construir as estátuas da deusa da Justiça que está em Brasília. Novamente, Mateus não fala nada disso. Omite tudo isso. Quanta coisa do mesmo humanismo que o Mateus defende que é bancado com o dinheiro público e ele e seus amigos não falam nada? Estranho.

O termo “laicidade” significa neutralidade, e ser neutro não é a mesma coisa que ser ateu. Vivemos em um Estado laico, mas não em um Estado anti-religioso ou ateu. O Estado laico serve para garantir a liberdade de expressão religiosa, e não para proibi-la. Também vale lembrar que, para os ateus, agnósticos ou os que professam uma outra fé, aquele símbolo na parede nada representa, é como um quadro ou uma obra de arte. Não influencia em nada nas decisões do poder público.
E assim sucessivamente, o conceito de estado laico é maquiado para ser disfarçado de estado antirreligioso ou estado humanista. E exatamente por isso o truque esquerdista é usar o conceito de estado laico como um ‘coringa’. A tendência é que futuramente se em sua empresa vários religiosos se juntarem para rezar, virá uma ação judicial dizendo que isso “viola o estado laico”. Ou mesmo quando um humanista entrar em um táxi que tenha um crucifixo pendurado no espelhinho, anotar a placa do carro, o nome do motorista e mandar um processo por “afronta ao estado laico”.No centro da cidade de Salvador (capital da Bahia) há um lago artificial chamado “Dique do Tororó” o qual foi dotado de gigantescas imagens metálicas que representam os orixás, entidades adoradas no candomblé, instaladas e são mantidas com dinheiro dos contribuintes, nem todos adoradores dessas entidades. Eu mesmo sou cristão, mas jamais permitiria que tais imagens fossem retiradas. Não cultuo e sequer acredito nas entidades que essas esculturas representam, mas eu respeito o direito da parcela da população que o faz. Seguindo a lógica que clama pela retirada dos crucifixos e do dizer “Deus seja louvado” das cédulas de real, desembocaremos NECESSARIAMENTE na necessidade de REMOÇÃO do Cristo Redentor.
Caduceus.svgTodos os países cuja maioria é cristã oferecem condições, inclusive jurídicas, de liberdade religiosa e todos eles possuem minorias que seguem outras religiões (ou não seguem religião alguma) e são RESPEITADAS. Já nos países onde vigora a xária, a perseguição religiosa (não só em relação a CRISTÃOS, mas também em relação a QUALQUER DISSIDÊNCIA, incluído aí o ateísmo) é atroz. A título de exemplo, tomemos a Índia, onde as guerras religiosas entre muçulmanos e hinduístas, em um processo de barbárie endógena, ceifam anualmente milhares de vidas e corroem o tecido social daquele país. Portanto, defender a tradição cristã brasileira é o MESMO QUE defender a liberdade religiosa e o estado laico (conforme está escrito na postagem). Visto que as massas possuem inclinação NATURAL para a religião, enfraquecer o cristianismo é abrir as portas às religiões exógenas à tradição brasileira. Uma delas é o islamismo, o que seria o mesmo que permitir a possibilidade de se implantar no Brasil práticas nem um pouco civilizadas.

A religião humanista secular que o Mateus defende é subsidia com dinheiro público um pouco por todo o mundo, mas isso parece não vos causar problemas.Querer extrair tais símbolos não só afronta o direito dos católicos conviverem com o legado histórico que concederam a todos, como também a história de meu próprio país e, portanto, também minha. Em certo sentido, querer sustentar que o Estado é laico para retirar os santos e Cristos crucificados não deixaria de ser uma modalidade de oportunismo. Muitas das obras públicas cristãs (crucifixos, monumentos, etc.) são bancadas e custodiadas pelos próprios membros de igrejas, como esta, a qual o estúpido do Paulo Lopes alega que não deveria existir. Intolerância e anticristianismo a nível máximo. E a vinda do papa Francisco ao Brasil não foi tanto custeada com o dinheiro público, senhor Mateus. E o lucro e benefício ao País e ao Estado com sua vinda? Mais de R$ 1,8 bi na economia do Estado. Que outro evento recente, mesmo a Copa das Confederações, renderia isto? O que as organizações antirreligiosas e seculares fascistas como a ATEA fizeram para o bem público, educação, saúde, etc? NADA.O cara faltou pouco chorar porque no INPE tem uma capela.  Uma das pessoas que comentou teve o trabalho de pesquisar (eu também pesquisei) e descobriu que a capela foi feita pelos funcionários e é ecumênica, havendo missas, cultos, grupos de oração católicos…  Enfim.  E o cara, por ser ateu se incomoda com a capela ali.  E olha que nem dinheiro público foi gasto naquela capela.  E nem o INPE obriga ninguém a ir na capela.  Você pode trabalhar por anos ali e nunca entrar nela.  Mas mesmo assim o cara chora, faz beicinho, fica de birra porque tem uma capela ali.Ateus sérios, acham curiosa a existência da capela.  Ao descobrir que a capela nada teve de gasto ao país, fica só a curiosidade mesmo.  Ateus modinha querem incendiá-la.  Beira ao ridículo.  O autor do post descarrega preconceito como se o ateísmo fosse requisito para ser cientista.  Basicamente coisas de filhos de vó criados a leite com pera.  Não sabem lidar com a diferença.E por que mesmo gastar dinheiro público decorando as cidades para o Natal? Adiante, precisaríamos mesmo mudar o nome de METADE das cidades brasileiras, entre elas: São Paulo (o apóstolo), Salvador (uma das formas como os cristãos se referem a Jesus), Rio de Janeiro (espero que não haja quem desconheça que o nome da cidade é “Cidade de SÃO SEBASTIÃO do Rio de Janeiro”), São João Del Rey e por aí vai. Será que o Mateus, o “Homens Racionais” (sic) iriam tão longe ao ponto de defender tamanha besteira insana? Por isto que sempre digo que esses “laicistas” (sic) são os maiores inimigos e violadores do Estado laico, pois somente são serviçais do marxismo cultural.

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