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Resposta ao “Deus criou as plantas antes do sol. Mas elas não sobrevivem sem fotossíntese”

fotossinteseDesta feita vamos responder a este post do Paulo Lopes: Deus criou as plantas antes do sol. Mas elas não sobrevivem sem fotossíntese.  Antes, temos que esclarecer uma coisa: a Bíblia não é um manual de ciências naturais, nem um tratado científico. Sua linguagem e metodologia tem que ser entendida à luz da época, para quem foi escrito e para o quê se destinava. É claro que isso não quer dizer que Gênesis não descreve de uma forma racional a criação do universo e do mundo. Apenas temos que ter em mente o que o hagiógrafo quis dizer. Assim sendo, continuemos.

Há um erro científico na Bíblia sobre a natureza das plantas. Gênesis retrata Deus criando as plantas no terceiro dia, embora o sol tenha sido concebido no quarto dia da criação. Plantas só sobrevivem com a fotossíntese, e esta só é possível com o sol. Assim, só faria sentido se as plantas tivessem sido criadas depois do sol.

O primeiro erro de Austin Cline/Paulo Lopes é atribuir à Bíblia ser um manual científico como um tratado científico. Como dissemos, Gênesis não tem essa pretensão. Acontece que o site alega que há uma incoerência pelo fato de Gênesis relatar que as plantas foram criadas antes do sol. Num período não especificado no passado da Terra, Deus criou algas microscópicas nos oceanos. Usando energia solar, esses organismos unicelulares que se autorreproduzem passaram a converter dióxido de carbono em alimentos, ao mesmo tempo em que liberavam oxigênio na atmosfera. Esse processo maravilhoso foi acelerado durante um terceiro período criativo pela criação de vegetação que, por fim, cobriu o solo. Com isso aumentou a quantidade de oxigênio na atmosfera, possibilitando que homens e animais sustentassem a vida pela respiração. — Gênesis 1,11-12. A fim de tornar produtivo o solo, o Criador produziu uma variedade de micro-organismos para viverem nele. ( Jeremias 51,15) Essas criaturas minúsculas decompõem a matéria morta, reciclando elementos que as plantas utilizam para crescer. Tipos especiais de bactérias de solo capturam nitrogênio do ar e disponibilizam esse elemento vital para o crescimento das plantas. Um punhado de solo fértil pode conter espantosos seis bilhões de micro-organismos!

Gênesis 1,14-19 descreve a formação do Sol, da Lua e das estrelas num quarto período criativo. À primeira vista, isso talvez pareça contradizer a explicação bíblica já mencionada. Lembre-se, porém, que Moisés, o escritor de Gênesis, fez o relato da criação do ponto de vista de um observador terrestre que estivesse presente na ocasião. Evidentemente, o Sol, a Lua e as estrelas se tornaram visíveis através da atmosfera da Terra nesse período. No entendo, como Paulo Lopes e a ateísta que escreveu o artigo não parecem entender que Gênesis foi escrito em hebraico, arremetem-se em vários erros. Anteriormente, no primeiro “dia”, usou-se a expressão: “Venha a haver luz.” A palavra hebraica para “luz” ali é ʼohr, significando luz em sentido geral. Mas, no quarto “dia”, a palavra hebraica muda para ma·ʼóhr, que se refere a um luzeiro ou fonte de luz. (Gên 1,14) Portanto, no primeiro “dia”, uma luz difusa evidentemente atravessava as faixas envolventes, mas as fontes desta luz não poderiam ser vistas por um observador terrestre. Agora, no quarto “dia”, as coisas evidentemente mudaram.

É também digno de nota que em Gênesis 1,16 não se usa o verbo hebraico ba·ráʼ, que significa “criar”. Antes, emprega-se o verbo hebraico ʽa·sáh, que significa “fazer”. Visto que o sol, a lua e as estrelas estão incluídos nos “céus” mencionados em Gênesis 1,1, eles foram criados muito antes do Quarto Dia. No quarto dia, Deus passou a “fazer” com que esses corpos celestes ocupassem uma nova relação para com a superfície da terra e a expansão por cima dela. Quando se diz: “Deus os pôs na expansão dos céus para iluminarem a terra”, isto indica que se tornaram então discerníveis da superfície da terra, como se estivessem na expansão. Também, os luzeiros deviam “servir de sinais, e para épocas, e para dias, e para anos”, provendo assim mais tarde diversas maneiras de orientação para o homem. — Gên 1,14.

Mas pode-se realmente ter fé nesse relato da criação e nas perspectivas que ele apresenta? Como vimos, as pesquisas genéticas modernas caminham na direção da conclusão declarada na Bíblia há muito tempo. Também, a sequência dos eventos apresentada em Gênesis tem chamado a atenção de alguns cientistas. Por exemplo, o famoso geólogo Wallace Pratt disse: “Se eu, como geólogo, tivesse de explicar concisamente nossas ideias modernas sobre a origem da Terra e o desenvolvimento da vida sobre ela a um povo simples, pastoril, tal como o das tribos a quem foi dirigido o Livro de Gênesis, dificilmente poderia fazê-lo melhor do que seguir bem de perto grande parte da linguagem do primeiro capítulo de Gênesis.” Ele observou também que a sequência da origem dos oceanos, da emergência de solo seco, bem como do surgimento de vida marinha, de aves e de mamíferos é, em essência, a sequência das principais divisões do tempo geológico.

Muitos acham difícil aceitar este relato sobre a criação. Objetam que foi tirado dos mitos dos povos antigos relativos à criação, primariamente dos da antiga Babilônia. Não obstante, como observou recente dicionário da Bíblia: “Nenhum mito foi ainda encontrado que se refira explicitamente à criação do universo”, e os mitos “são caracterizados pelo politeísmo e pelas lutas entre deidades visando a supremacia, o que faz notório contraste com o monoteísmo hebreu dos capítulos primeiro e segundo do livro de Gênesis”. Quanto às lendas babilônicas sobre a criação, os depositários do Museu Britânico declararam: “Os conceitos fundamentais dos relatos babilônio e hebreu são essencialmente diferentes.”
À base do que consideramos, o relato de Gênesis sobre a criação emerge qual documento cientificamente sólido. Revela as categorias maiores de plantas e de animais, com suas muitas variedades, como se reproduzindo apenas “segundo as suas espécies”. Os fósseis fornecem a confirmação disto. Com efeito, indicam que cada “espécie” surgiu subitamente, sem nenhuma forma verdadeiramente transicional a ligando com qualquer “espécie” anterior, conforme o exigiria a teoria da evolução.

1 comentário em “Resposta ao “Deus criou as plantas antes do sol. Mas elas não sobrevivem sem fotossíntese””

  1. Paz do Senhor,
    Esse questionamento me sobreveio e me inquietou, mas à luz da sabedoria do Senhor fui instruído quanto a resposta: A água veio antes dos vegetais e isso é fundamental ao nosso raciocínio. Sabemos hoje que a nossa atmosfera é repleta de gases, e fundamentalmente a atmosfera estava sendo gerada. Portanto, nos faz imaginar que ainda não havia gás carbônico na atmosfera, e assim sendo não haveria possibilidade da planta realizar a fotossíntese mesmo com a luz (Fotossíntese: gás carbônico + água + luz > gás oxigênio + glicose). Entendido até aqui? Maravilha. Pois bem, vamos ao segundo ponto; as plantas não poderiam respirar sem o oxigênio (respiração celular: glicose + oxigênio > gás carbônico + água + energia), certo? Errado. Os vegetais também realizam respiração anaeróbia cujo um dos produtos será gás carbônico. Enfim, sabiamente Deus origina a água e depois as plantas em uma atmosfera em projeção, onde as plantas começam a produzir gás carbônico por meio da respiração anaeróbia, tornando o ambiente ideal para a realização da fotossíntese após a criação do sol!
    Gratidão ao Senhor por esse ensinamento!

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