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Resposta ao Antonio Miranda: Deus se arrepende?

Deus se arrepende?

Mais uma vez o sujeito vem com alegações fora do contexto para desinformar. Vamos às respostas.

Já explicamos sobre a importância de conhecer os termos bíblicos aqui. O fato do sujeito não conhecer isso o leva a cometer vários erros e desinformar as pessoas. O primeiro que cita é Jn. 3,10. Outra tradução poderia ser:


Quando Deus viu o que eles fizeram, que tinham recuado dos seus maus caminhos, reconsiderou a calamidade que tinha dito que traria sobre eles, e não a trouxe.

O termo aqui pode ser entendido como deplorou. Não é arrependimento no sentido humano. Já explicamos a diferença entre shub e naham.

No hebraico, quando a palavra arrependimento está relacionada ao homem é shübh (בשיו) e a Deus é nãham (םחניו).

– Shübh = Está sempre aplicada ao pecado, ao erro, ao remorso. Ou seja, o homem reconhece o seu erro e se arrepende do que fez.

– Nãham = Está ligada a relação de Deus para com o homem.

O arrependimento divino não traz mudança em Seu Ser (Deus é imutável – Malaquias 3:6), mas no Seu modo de tratar o homem. O arrependimento de Deus mencionado na Bíblia pode ter o sentido de: (1) mudar de ideia; ou (2) estar triste.

I. Sm. 15,10-11. O termo poderia ser traduzido como “Então Samuel recebeu a seguinte palavra do Senhor: “Lamento ter feito Saul rei, pois ele deixou de me seguir e não cumpriu as minhas palavras”.

Não é se arrepender. Antonio usa uma versão apenas sem explicar o termo correto hebraico e isso leva seus seguidores a vários enganos.

Ex. 32,14. Poderia ser traduzido como: Diante disso, Deus reconsiderou a calamidade que disse que traria sobre o seu povo.

Gn. 6,6. Poderia ser traduzido como “Deus lamentou ter feito os homens na terra, e seu coração se entristeceu.” A palavra hebraica traduzida “deplorou” neste versículo refere-se a uma mudança de atitude ou de intenção. Deus é perfeito e por isso não errou em criar o homem. No entanto, mudou de atitude mental para com a perversa geração pré-diluviana. Deixou de agir como Criador dos humanos para ser o destruidor deles, por estar desgostoso com sua iniqüidade. O fato de ele ter preservado alguns humanos mostra que sua deploração se restringia aos que se haviam tornado iníquos. — 2 Pedro 2:5, 9.

Na maioria dos casos em que se usa a palavra hebraica na·hhám no sentido de “deplorar” ou “ter lástima”, a referência é a Deus. Gênesis 6:6, 7, declara que “Deus deplorou ter feito os homens na terra e sentiu-se magoado no coração”, pois a iniquidade deles era tão grande, que Deus decidiu eliminá-los da face do solo por meio do Dilúvio global. Isto não pode significar que Deus o deplorou no sentido de ter cometido um erro na sua obra de criação, porque “perfeita é a sua atuação”. (De 32:4, 5) Deplorar algo é o contrário de ter satisfação e alegria prazerosas. Portanto, Deus deve ter deplorado que, depois de ter criado a humanidade, a conduta dela tornou-se tão má, que ele se viu então obrigado (e de direito) a destruir toda a humanidade, com exceção de Noé e sua família. Porque Deus ‘não se agrada na morte do iníquo’. — Ez 33:11.
A Cyclopædia (Ciclopédia) de MʼClintock e Strong comenta: “Diz-se que o próprio Deus se arrepende [na·hhám, deplora]; mas só se pode entender isto como a alteração de sua conduta para com suas criaturas, quer em conceder-lhes o bem, quer em infligir-lhes o mal — mudança esta, na conduta divina, que se baseia na mudança em suas criaturas; e, assim, falando-se na maneira dos homens, diz-se que Deus se arrepende.” (1894, Vol. VIII, p. 1042) As normas justas de Deus permanecem constantes, estáveis, imutáveis e livres de flutuações. (Mal 3:6; Tg 1:17) Nenhuma circunstância pode fazê-lo mudar de ideia sobre elas, nem desviá-lo delas ou abandoná-las. Todavia, a atitude e as reações das suas criaturas inteligentes para com essas normas perfeitas e para com a aplicação delas por Deus podem ser boas ou más. Se forem boas, isso agradará a Deus; se forem más, fazem com ele que deplore isso. Ademais, a atitude das criaturas pode mudar de boa para má, ou de má para boa, e visto que Deus não muda suas normas para acomodá-las, seu prazer (e as bênçãos acompanhantes) concordemente pode mudar para lástima (e a acompanhante disciplina ou punição), ou vice-versa. Assim, os julgamentos e as decisões dele são totalmente isentos de caprichos, volubilidade, inconstância ou erro; portanto, ele está isento de toda conduta errática ou excêntrica. — Ez 18:21-30; 33:7-20.

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