Deus torna claro na sua Palavra escrita que o pai é o chefe da família. (Efé. 5,23) Isto é necessário para que a família funcione pacífica e unidamente. A segunda pessoa encarregada da família é, naturalmente, a mãe. Podemos comparar a família a um navio. O pai é igual ao capitão, a quem todos no navio devem obediência. O capitão é responsável por manter a ordem e manter o navio no rumo e andando. O mesmo se dá com o pai na família. A mãe é como o imediato, o segundo em comando. Assim como a tripulação do navio obedece a estes oficiais e os honra, assim os pais devem ser obedecidos e honrados pelos seus filhos. (Efé. 6,1) A função da família pode ser posta em perigo por filhos rebeldes, assim como a função dum navio pode ser posta em perigo por uma tripulação amotinada.
Portanto, sob o arranjo de Deus, exige-se que os filhos honrem a seu pai e a sua mãe e lhes obedeçam. “Observa, filho meu, o mandamento de teu pai e não abandones a lei de tua mãe.” (Pro. 6,20) Isaque fez isso enquanto estava na casa de seu pai. Embora tivesse cerca de quarenta anos de idade quando se casou, respeitava a chefia de seu pai e se sujeitava à escolha de seu pai quanto a uma esposa para ele. Visto que Abraão tinha o direito de selecionar uma esposa para Isaque, que era maior, mas morava na casa de seu pai, não tem o pai, hoje em dia, o direito de impor restrições a um filho maior que mora na sua casa? Como chefe da casa, certamente tem tal direito.
Nos tempos bíblicos, a autoridade dos pais, especialmente do pai, era ampla no seu alcance. Enquanto o pai vivia e podia administrar a casa, seus filhos e suas filhas lhe estavam sujeitos. Quando um filho estabelecia uma casa independente, então se tornava chefe de sua própria família. Embora não estivesse mais sob a autoridade de seu pai, ainda se exigia que honrasse os seus pais. Jesus condenou os líderes religiosos dos seus dias por afirmarem que não precisariam honrar seu pai e sua mãe por meio de apoio financeiro quando o necessitassem, se eles dessem o dinheiro ao templo. Ele disse que ‘invalidavam a palavra de Deus’ por causa de tradições tais como esta. — Mat. 15,3-9.
Os jovens atuais que desejam ser cristãos respeitarão a chefia de seu pai na família e lhe serão obedientes. À base dos exemplos bíblicos compreendem que é isto o que Deus quer, e têm o desejo de fazer a vontade de Deus. (Col. 3,20) No lar cristão, naturalmente, o pai se esforçará a evitar usar mal a sua autoridade e a exasperar seus filhos. (Col. 3,21) Por não discipliná-los com compreensão e amor poderá quebrantar o espírito deles, fazendo que fiquem exasperados e desanimados. Pode ganhar a confiança e o respeito deles por ser justo e firme a favor dos princípios bíblicos e amoroso no seu tratamento deles.
Mas suponhamos que a mãe e os filhos sejam cristãos dedicados, mas o pai não o seja. Têm os filhos a obrigação de respeitá-lo e obedecer-lhe? Mesmo que ele não seja servo de Deus, ainda é o chefe da família e tem direito à honra e à obediência. Assim como a esposa crente está sob a obrigação bíblica de estar sujeita ao marido incrédulo, assim se exige dos filhos cristãos que estejam sujeitos a um pai incrédulo. “Vós, esposas, estai sujeitas aos vossos maridos, assim como é decente no Senhor.” — Col. 3,18.
Se for da vontade do pai que o filho vá à universidade, mas o filho preferir antes gastar seu tempo no ministério cristão, o que deve fazer? Pode explicar seu desejo ao pai, e talvez aconteça que o pai lhe dê consentimento de gastar todo o seu tempo no ministério. Do contrário, está obrigado a sujeitar-se aos desejos do pai, até atingir a maioridade e não mais viver na casa de seu pai. Seu pai tem o direito de decidir quanto à instrução dele. Mas enquanto estiver na universidade, o filho desejará manter forte a sua fé, para que a sua espiritualidade não seja prejudicada pelo modo de pensar ateísta que encontra ali.
O jovem cristão que obedientemente vai até o ponto em que é biblicamente possível obedecer a seu pai incrédulo talvez seja punido pelo pai por negar-se a participar num ato de adoração falsa. Embora isso seja desagradável, pode consolar-se por saber que está sofrendo por fazer aquilo que é direito aos olhos de Deus. “Porque, se alguém, por causa da consciência para com Deus, aguenta coisas penosas e sofre injustamente, isto é algo agradável. Pois que mérito há nisso, quando estais pecando e estais sendo esbofeteados, perseverais? Mas, se perseverais quando estais fazendo o bem e sofreis, isto é algo agradável a Deus.” — 1 Ped. 2,19-20.