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Refutando Raphael Lataster: A Crítica aos Negacionistas de Jesus

Mais um dos queridinhos dos miticistas de Jesus é Raphael Lataster.

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Nos últimos anos, Raphael Lataster tem ganhado notoriedade no campo do ceticismo com suas afirmações de que “não houve Jesus”, tema central de sua obra “Não Houve Jesus, Não Há Deus”. Sua argumentação, baseada em interpretações tendenciosas e falaciosas, tenta minar as evidências históricas da existência de Jesus Cristo. Este artigo busca refutar as principais falácias apresentadas por Lataster, especialmente sua crítica à passagem de Tácito e outros argumentos de desinformação sobre a historicidade de Jesus.

1. O Testemunho de Tácito: Um Histórico Confiável

Lataster, como muitos ateus radicais, busca minimizar a relevância das fontes históricas que corroboram a existência de Jesus. Um dos principais pontos de sua crítica é a passagem de Tácito, historiador romano que menciona a morte de Cristo sob Pôncio Pilatos. A objeção de Lataster é que, como o texto foi escrito décadas após os eventos, ele não pode ser considerado confiável.

Refutação: Esta crítica é falaciosa. A maioria dos relatos históricos escritos por Tácito aborda eventos que ocorreram décadas antes, e ninguém questiona sua confiabilidade por causa disso. Historiadores como Syme, Benario e Mellor consideram Tácito uma fonte confiável, especialmente por sua metodologia rigorosa de pesquisa e comparação de fontes. Tácito não apenas relata eventos com grande precisão, como também faz críticas ao poder romano, o que demonstra sua imparcialidade e capacidade crítica.

2. A Objeção à Referência a “Cristus”

Lataster também questiona o uso do termo “Cristus” em vez de “Jesus de Nazaré”. Ele sugere que isso seria uma evidência de que Tácito não se referia a Jesus Cristo, mas a uma outra figura messiânica.

Refutação: Esta alegação é igualmente infundada. O nome “Cristus” era amplamente reconhecido na época como uma referência a Jesus, e é plausível que Tácito tenha usado esse termo por ser o mais familiar ao seu público romano. Além disso, como observa o estudioso Van Voorst, Tácito estava corrigindo um erro comum ao usar “Cristus” em vez de “Chrestus”, uma variante mais comum entre os pagãos. A objeção de Lataster não tem suporte nas evidências textuais e históricas.

3. A Falácia da “Interpolação Cristã” em Tácito

Lataster sugere que a passagem de Tácito sobre Cristo é uma interpolação cristã posterior. Essa acusação, no entanto, carece de qualquer evidência substancial.

Refutação: A tradição manuscrita de Tácito é unânime em afirmar que a passagem em questão pertence ao texto original. Não há nenhum consenso entre os estudiosos taciteanos que sustente a ideia de uma interpolação. Pelo contrário, Tácito é amplamente reconhecido por sua precisão e imparcialidade histórica, o que torna essa acusação sem fundamento.

4. A Falta de Referências nos Pais da Igreja

Lataster também questiona o fato de Tácito não ter sido citado nos primeiros escritos apologéticos cristãos, como os de Orígenes e Tertuliano. Ele sugere que isso diminui a credibilidade da passagem.

Refutação: Esta crítica ignora o contexto histórico. Nenhum pai da Igreja teria citado uma passagem negativa sobre Jesus e seus seguidores, como se esperava que ocorresse com um texto que poderia ser facilmente interpretado como uma crítica. A passagem de Tácito sobre Cristo, na verdade, não contém elementos de conteúdo específico que os apologistas antigos precisariam citar, e sim fatos amplamente conhecidos entre eles. Portanto, a ausência de citação não é um indicativo de falta de autenticidade.

5. A Confiabilidade de Tácito Como Historiador

Uma das críticas finais de Lataster é que Tácito não poderia ser uma fonte confiável, pois ele não foi uma testemunha ocular dos eventos que descreveu.

Refutação: Essa crítica é uma falácia de “testemunha ocular”. A confiabilidade histórica de Tácito não depende de ele ter sido um testemunho direto, mas sim de sua habilidade em pesquisar e utilizar fontes confiáveis. A literatura tacitana é amplamente elogiada por sua precisão e imparcialidade, e Tácito é reconhecido por sua capacidade crítica e por separar fatos de rumores. Além disso, como outros historiadores de sua época, Tácito teve acesso a fontes primárias e fontes de testemunhas oculares, o que garante a precisão de seus relatos.

Conclusão: A Fraqueza da Argumentação de Lataster

Raphael Lataster, em sua tentativa de negar a existência histórica de Jesus, se baseia em falácias lógicas e uma compreensão superficial da história antiga. As críticas que ele faz às fontes históricas, como a passagem de Tácito, são infundadas e refutadas facilmente por estudiosos sérios. A existência de Jesus é amplamente corroborada por fontes históricas independentes e confiáveis, e qualquer tentativa de negar isso, como a feita por Lataster, é baseada mais em ideologia do que em uma análise crítica dos fatos.

Portanto, é importante que os céticos brasileiros não se deixem enganar por argumentos rasos e falaciosos. O debate sobre a historicidade de Jesus já foi amplamente discutido e refutado ao longo dos anos, e continuamos a ter boas razões para confiar na existência do Cristo histórico.

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