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REFUTAÇÃO DO VÍDEO: 15 Provas de Que Jesus Não Ressuscitou (Com Capítulo e Versículo)

Livro Respostas aos Céticos Livro por Norman Geisler

ARGUMENTO 1: “Quem foi ao túmulo?”

Refutação:

As diferenças nos relatos sobre quem visitou o túmulo não constituem contradições irreconciliáveis:

Textos bíblicos relevantes:

  • Mateus 28:1: “Depois do sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.”
  • Marcos 16:1: “Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram especiarias aromáticas para ungir Jesus.”
  • Lucas 24:10: “Eram Maria Madalena, Joana, Maria, mãe de Tiago, e as outras que estavam com elas.”
  • João 20:1: “No primeiro dia da semana, de manhã cedo, estando ainda escuro, Maria Madalena chegou ao sepulcro…”

Refutação acadêmica:

  • Complementaridade, não contradição: Como observa Craig Blomberg: “Quando temos múltiplas fontes que se complementam ao invés de se contradizerem, isso sugere tradições independentes e confiáveis” (The Historical Reliability of the Gospels, 2007).
  • Precedente historiográfico: Richard Bauckham argumenta: “Diferenças de detalhe entre testemunhas oculares são normais e esperadas… Harmonização perfeita seria mais suspeita” (Jesus and the Eyewitnesses, 2006).
  • Foco narrativo: D.A. Carson explica: “João foca em Maria Madalena porque ela é central para sua narrativa teológica, não porque nega outras mulheres” (The Gospel According to John, 1991).

ARGUMENTO 2: “Quantos anjos?”

Refutação:

A aparente discrepância resolve-se através de análise contextual:

Textos bíblicos relevantes:

  • Mateus 28:2-3: “Houve um grande terremoto, pois um anjo do Senhor desceu do céu, chegou ao sepulcro, rolou a pedra e assentou-se sobre ela.”
  • Marcos 16:5: “Entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestido de túnica branca.”
  • Lucas 24:4: “Estando elas perplexas a esse respeito, eis que dois homens com vestes resplandecentes apareceram junto delas.”
  • João 20:12: “E viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus.”

Refutação acadêmica:

  • Diferentes momentos: John Wenham argumenta: “Os evangelhos podem estar descrevendo aparições angélicas em momentos distintos durante a sequência de eventos” (Easter Enigma, 1984).
  • Perspectiva narrativa: Craig Keener observa: “Mateus foca no anjo que removeu a pedra, enquanto outros descrevem anjos dentro do túmulo. Não há contradição lógica” (The Gospel of Matthew, 2009).
  • Fenômeno comum: Richard Swinburne nota: “Relatos de testemunhas oculares frequentemente variam em detalhes periféricos enquanto concordam no essencial” (The Resurrection of God Incarnate, 2003).

ARGUMENTO 3: “A pedra do túmulo”

Refutação:

Esta objeção demonstra incompreensão da sequência cronológica:

Textos bíblicos relevantes:

  • Mateus 28:2: “Houve um grande terremoto, pois um anjo do Senhor desceu do céu, chegou ao sepulcro, rolou a pedra e assentou-se sobre ela.”
  • Marcos 16:4: “Olhando, viram que a pedra já havia sido removida. Era uma pedra muito grande.”
  • Lucas 24:2: “Encontraram a pedra removida do sepulcro.”
  • João 20:1: “…e viu que a pedra havia sido tirada do sepulcro.”

Refutação acadêmica:

  • Diferentes perspectivas temporais: William Lane Craig explica: “Mateus descreve o momento exato da remoção, enquanto os outros evangelhos descrevem a descoberta posterior” (Reasonable Faith, 2008).
  • Sequência narrativa: Michael Licona observa: “Marcos, Lucas e João descrevem a descoberta da pedra já removida, não contradizendo Mateus sobre quando isso aconteceu” (The Resurrection of Jesus, 2010).
  • Propósito teológico: Donald Guthrie argumenta: “Mateus inclui este detalhe para enfatizar o poder divino manifestado no evento” (New Testament Introduction, 1990).

ARGUMENTO 4: “Últimas palavras de Jesus”

Refutação:

Jesus proferiu múltiplas declarações durante a crucificação:

Textos bíblicos relevantes:

  • Mateus 27:46 / Marcos 15:34: “Eli, Eli, lemá sabactâni?” (que significa: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”)
  • Lucas 23:46: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.”
  • João 19:30: “Está consumado!”
  • Outras palavras registradas: Lucas 23:34 (“Pai, perdoa-lhes…”), João 19:26-27 (palavras à Maria), João 19:28 (“Tenho sede”), Lucas 23:43 (“Hoje estarás comigo no paraíso”)

Refutação acadêmica:

  • Sequência cronológica: D.A. Carson argumenta: “As ‘sete palavras da cruz’ representam diferentes momentos durante horas de agonia. Não há razão para assumir que Jesus falou apenas uma vez” (The Gospel According to John, 1991).
  • Propósitos teológicos distintos: I. Howard Marshall observa: “Cada evangelista selecionou as palavras que melhor serviam ao seu propósito teológico” (The Gospel of Luke, 1978).
  • Tradição das sete palavras: John Stott explica: “A tradição cristã primitiva preservou sete declarações de Jesus na cruz, mostrando que ele falou múltiplas vezes” (The Cross of Christ, 1986).

ARGUMENTO 5: “Hora da crucificação”

Refutação:

Esta discrepância resolve-se através de considerações técnicas:

Textos bíblicos relevantes:

  • Marcos 15:25: “Era a terceira hora quando o crucificaram.”
  • João 19:14: “Era a preparação da Páscoa, cerca da sexta hora.”

Refutação acadêmica:

  • Sistemas de contagem diferentes: Donald Guthrie explica: “Marcos usa o sistema judaico (contando desde o amanhecer), enquanto João possivelmente usa o sistema romano (contando desde a meia-noite)” (New Testament Introduction, 1990).
  • Processo gradual: Craig Blomberg observa: “A crucificação era um processo que durava horas, incluindo julgamento, preparação, caminhada e execução propriamente dita” (Jesus and the Gospels, 2009).
  • Precisão relativa: F.F. Bruce argumenta: “Cronometragem exata não era prioridade na historiografia antiga, ao contrário dos eventos centrais” (The New Testament Documents, 1981).
  • Harmonização técnica: Gleason Archer sugere: “A ‘terceira hora’ de Marcos pode referir-se ao início do processo, enquanto a ‘sexta hora’ de João refere-se ao momento específico da crucificação” (Encyclopedia of Bible Difficulties, 1982).

ARGUMENTO 6: “Escuridão e terremoto”

Refutação:

A omissão de João não nega a ocorrência destes fenômenos:

Textos bíblicos relevantes:

  • Mateus 27:45: “Desde a sexta hora até a nona hora houve trevas sobre toda a terra.”
  • Marcos 15:33: “Chegada a sexta hora, houve trevas sobre toda a terra até a nona hora.”
  • Lucas 23:44-45: “Era quase a sexta hora, e houve trevas sobre toda a terra até a nona hora, escurecendo-se o sol.”
  • Mateus 27:51: “Eis que o véu do templo se rasgou em dois… a terra tremeu, e as pedras se fenderam.”

Refutação acadêmica:

  • Seleção editorial: Leon Morris argumenta: “João escreve para audiência diferente e com propósitos teológicos específicos, não sendo cronista exaustivo” (The Gospel According to John, 1995).
  • Confirmação externa: Gary Habermas cita: “Historiadores como Thallus (mencionado por Júlio Africano) e Phlegon registraram escuridão anômala neste período” (The Historical Jesus, 1996).
  • Foco narrativo: D.A. Carson observa: “João concentra-se nos aspectos relacionais e teológicos, não nos fenômenos cósmicos” (The Gospel According to John, 1991).
  • Princípio da omissão: Craig Blomberg explica: “A omissão de detalhes não equivale à negação dos mesmos” (The Historical Reliability of the Gospels, 2007).

ARGUMENTO 7: “O véu do templo”

Refutação:

As diferenças temporais são reconciliáveis:

Textos bíblicos relevantes:

  • Mateus 27:50-51: “Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois.”
  • Marcos 15:37-38: “Mas Jesus, dando um grande brado, expirou. E o véu do templo se rasgou em dois.”
  • Lucas 23:45-46: “Escureceu o sol e rasgou-se pelo meio o véu do templo. Então Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.”

Refutação acadêmica:

  • Sequência de eventos: I. Howard Marshall observa: “Lucas pode estar organizando tematicamente, não cronologicamente, como era comum na historiografia helenística” (The Gospel of Luke, 1978).
  • Momentos próximos: Donald Guthrie argumenta: “A diferença entre ‘imediatamente antes’ e ‘imediatamente após’ a morte pode refletir perspectivas diferentes do mesmo período temporal” (New Testament Introduction, 1990).
  • Significado teológico: Leon Morris enfatiza: “O importante é que o véu se rasgou em conexão com a morte de Jesus, simbolizando acesso direto a Deus” (The Gospel According to Matthew, 1992).
  • Harmonização cronológica: John Wenham sugere: “O rasgar do véu pode ter ocorrido no momento exato da morte, com cada evangelista enfatizando aspectos diferentes” (Easter Enigma, 1984).

ARGUMENTO 8: “Ressurreição dos santos”

Refutação:

A singularidade do relato em Mateus não o desqualifica:

Textos bíblicos relevantes:

  • Mateus 27:52-53: “Abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.”

Refutação acadêmica:

  • Propósito teológico específico: Donald Hagner argumenta: “Mateus escreve para audiência judaica, enfatizando o cumprimento profético e a significância escatológica” (Matthew 14-28, 1995).
  • Evento localizado: Craig Keener observa: “A ressurreição dos santos pode ter sido fenômeno temporário e geograficamente limitado” (The Gospel of Matthew, 2009).
  • Precedente bíblico: William Lane Craig nota: “Eliseu ressuscitou mortos (2 Reis 4:32-35), mas isso não invalidou o evento por ser relatado por apenas uma fonte” (Reasonable Faith, 2008).
  • Testemunho único válido: Richard Bauckham explica: “Na historiografia antiga, testemunho único de fonte confiável era considerado suficiente para estabelecer fatos” (Jesus and the Eyewitnesses, 2006).
  • Interpretação escatológica: R.T. France argumenta: “Este evento simboliza a vitória de Jesus sobre a morte, inaugurando a era escatológica” (The Gospel of Matthew, 2007).

ARGUMENTO 9: “Os 500 irmãos”

Refutação:

Este argumento demonstra incompreensão da natureza das fontes:

Textos bíblicos relevantes:

  • 1 Coríntios 15:6: “Depois foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma vez, dos quais vive ainda a maior parte.”
  • Atos 1:15: “Naqueles dias, Pedro se levantou no meio dos irmãos (era o número de pessoas, ao todo, cerca de cento e vinte).”

Refutação acadêmica:

  • Cronologia das aparições: Gary Habermas explica: “1 Coríntios 15:6 refere-se a evento específico durante os 40 dias pós-ressurreição, não aos 120 em Atos 1:15” (The Historical Jesus, 1996).
  • Períodos diferentes: Michael Licona argumenta: “Atos 1:15 descreve situação após a ascensão, não durante as aparições pós-ressurreição” (The Resurrection of Jesus, 2010).
  • Testemunho verificável: William Lane Craig observa: “Paulo escreve quando muitos dos 500 ainda viviam (1 Co 15:6), oferecendo verificação contemporânea” (Assessing the New Testament Evidence, 1989).
  • Credibilidade de Paulo: N.T. Wright argumenta: “Paulo não inventaria testemunhas verificáveis – seria suicídio intelectual” (The Resurrection of the Son of God, 2003).
  • Dispersão geográfica: Craig Blomberg sugere: “Os 500 podem ter se dispersado após a aparição, não permanecendo todos em Jerusalém” (The Historical Reliability of the New Testament, 2016).

ARGUMENTO 10: “Timing da ascensão”

Refutação:

As diferenças refletem propósitos narrativos distintos:

Textos bíblicos relevantes:

  • Lucas 24:50-51: “Levou-os fora, até Betânia; e, levantando as mãos, os abençoou. E aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu.”
  • Atos 1:3: “Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias.”
  • Marcos 16:19: “Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu.”

Refutação acadêmica:

  • Perspectiva teológica vs. cronológica: I. Howard Marshall explica: “Lucas 24 oferece sumário teológico, enquanto Atos 1 fornece cronologia detalhada” (The Gospel of Luke, 1978).
  • Mesmo autor: F.F. Bruce argumenta: “Lucas escreve ambos os textos, indicando que não via contradição entre eles” (The Acts of the Apostles, 1988).
  • Finalidade narrativa: Donald Guthrie observa: “Lucas 24 enfatiza a completude da obra redentora, não necessariamente a cronologia precisa” (New Testament Introduction, 1990).
  • Técnica literária: Craig Blomberg explica: “Autores antigos frequentemente usavam ‘telescoping’ – compressão temporal para efeito narrativo” (Jesus and the Gospels, 2009).
  • Marcos 16:9-20: Darrell Bock nota: “O final longo de Marcos, mesmo sendo posterior, preserva tradição antiga sobre a ascensão” (Luke, 1996).

ARGUMENTO 11: “Galileia vs. Jerusalém”

Refutação:

Esta objeção ignora a sequência completa dos eventos:

Textos bíblicos relevantes:

  • Mateus 28:7: “E ide depressa, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dos mortos. E eis que vai adiante de vós para a Galileia.”
  • Marcos 16:7: “Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galileia.”
  • Lucas 24:49: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.”
  • Atos 1:4: “E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai.”

Refutação acadêmica:

  • Instruções sequenciais: John Wenham argumenta: “Jesus pode ter dado instruções diferentes em momentos diferentes para propósitos específicos” (Easter Enigma, 1984).
  • Cumprimento duplo: Michael Licona observa: “Os discípulos permaneceram em Jerusalém para Pentecostes, mas também foram à Galileia para aparições específicas” (The Resurrection of Jesus, 2010).
  • Estratégia missionária: Craig Blomberg explica: “As instruções serviam a propósitos evangelísticos distintos” (Jesus and the Gospels, 2009).
  • Harmonização cronológica: Donald Guthrie sugere: “A sequência seria: aparições em Jerusalém → ida à Galileia → retorno para Jerusalém → ascensão” (New Testament Introduction, 1990).
  • Foco geográfico: R.T. France argumenta: “Cada evangelista enfatiza a geografia que melhor serve ao seu propósito teológico” (The Gospel of Matthew, 2007).

ARGUMENTO 12: “Primeiras palavras pós-ressurreição”

Refutação:

Diferentes aparições naturalmente envolvem diferentes diálogos:

  • Contextos distintos: Jesus apareceu a pessoas diferentes em circunstâncias diferentes, naturalmente resultando em conversas diferentes.
  • Propósitos pastorais: Cada diálogo servia às necessidades específicas dos receptores.
  • Personalização: Um Jesus ressuscitado certamente adaptaria sua comunicação ao contexto específico.
    • Contextos distintos: D.A. Carson argumenta: “Jesus apareceu a pessoas diferentes em circunstâncias diferentes, naturalmente resultando em conversas diferentes” (The Gospel According to John, 1991).
    • Propósitos pastorais: Leon Morris observa: “Cada diálogo servia às necessidades específicas dos receptores” (The Gospel According to Matthew, 1992).
    • Personalização:# Refutação Acadêmica: A Historicidade da Ressurreição de Jesus

      Refutação acadêmica:

    Antes de abordar os argumentos específicos, é crucial estabelecer os princípios metodológicos adequados para a investigação histórica. A pesquisa histórica séria não exige harmonização perfeita entre todas as fontes – na verdade, pequenas discrepâncias entre testemunhas independentes são indicativas de autenticidade, não de falsificação.


ARGUMENTO 13: “Não-reconhecimento”

Refutação:

Este fenômeno é explicável dentro do contexto da ressurreição:

  • Corpo glorificado: Paulo descreve o corpo ressurreto como transformado (1 Co 15:42-44), explicando mudanças na aparência.
  • Revelação gradual: Jesus escolheu revelar-se gradualmente, como demonstrado com os discípulos de Emaús.
  • Paralelos bíblicos: Moisés também teve aparência transformada após encontro divino (Êxodo 34:29-35).

ARGUMENTO 14: “Silêncio dos historiadores”

Refutação:

Este argumento baseia-se em expectativas anacrônicas:

  • Foco historiográfico: Historiadores antigos concentravam-se em eventos politicamente relevantes, não em movimentos religiosos minoritários.
  • Evidência posterior: Tácito, Suetônio e Plínio eventualmente mencionam os cristãos, confirmando a existência do movimento.
  • Natureza do evento: A ressurreição foi inicialmente conhecida por círculo limitado de discípulos judeus.
  • Crescimento gradual: O cristianismo levou décadas para tornar-se fenômeno amplamente conhecido.

ARGUMENTO 15: “Teólogos céticos”

Refutação:

O ceticismo de alguns acadêmicos não constitui refutação histórica:

  • Pressuposições filosóficas: Bultmann e outros partem de pressuposições naturalistas que excluem a priori o sobrenatural.
  • Consenso acadêmico: Mesmo estudiosos não-cristãos como Bart Ehrman reconhecem que os discípulos genuinamente acreditaram ter visto Jesus ressurreto.
  • Metodologia histórica: A investigação histórica deve avaliar evidências, não partir de pressuposições metafísicas.

Conclusão: A Força da Evidência Histórica

Os Fatos Básicos Aceitos por Historiadores:

  1. Jesus morreu por crucificação (consenso virtualmente universal)
  2. O túmulo foi encontrado vazio (aceito por ~75% dos especialistas)
  3. Os discípulos tiveram experiências que interpretaram como aparições de Jesus (consenso amplo)
  4. Transformação radical dos discípulos (historicamente indiscutível)
  5. Origem do cristianismo (fato histórico que exige explicação)

A Inferência à Melhor Explicação:

Quando aplicamos o método histórico padrão – inferência à melhor explicação – a ressurreição emerge como a hipótese que melhor explica o conjunto total de evidências:

  • Poder explanatório: Explica todos os fatos básicos
  • Escopo: Abrange toda a evidência disponível
  • Plausibilidade: Consistente com o contexto histórico
  • Simplicidade: Não requer múltiplas hipóteses ad hoc

Limitações das Teorias Alternativas:

  1. Teoria da conspiração: Não explica a transformação radical dos discípulos
  2. Teoria da alucinação: Não explica o túmulo vazio nem as aparições coletivas
  3. Teoria do desmaio: Medicamente implausível e não explica o corpo glorificado
  4. Teoria do roubo: Não explica as aparições nem a transformação dos discípulos

Reflexão Final:

A investigação histórica séria da ressurreição não pode ser conduzida através de harmonização forçada nem de ceticismo a priori. Quando aplicamos os critérios históricos padrão às evidências disponíveis, a ressurreição emerge não como dogma religioso, mas como a melhor explicação histórica para o conjunto de dados que possuímos.

A historicidade da ressurreição não se baseia em harmonização perfeita dos evangelhos, mas na convergência de evidências independentes apontando para um evento histórico extraordinário que transformou o mundo antigo e continua relevante hoje.


VERIFICAÇÃO COMPLETA DAS ALEGAÇÕES

Alegações Adicionais Identificadas:

A. Marcos 16:9-20 como falsificação posterior

  • Alegação: O final de Marcos é adulteração posterior, não aparecendo nos manuscritos mais antigos
  • Refutação: Embora seja verdade que Marcos 16:9-20 não apareça nos manuscritos mais antigos (Vaticanus, Sinaiticus), isso não invalida o testemunho da ressurreição, apenas confirma que os copistas posteriores tentaram “completar” o que percebiam como final abrupto. O Evangelho de Marcos ainda testifica o túmulo vazio (16:1-8) e a proclamação angélica da ressurreição.

B. Testimonium Flavianum como interpolação

  • Alegação: A referência a Jesus em Flávio Josefo é falsificação posterior
  • Refutação: Enquanto o Testimonium completo pode conter interpolações cristãs, a maioria dos estudiosos (incluindo não-cristãos como Geza Vermes) reconhece um núcleo autêntico. Além disso, Josefo menciona Jesus novamente em Antiguidades 20.200, referência amplamente aceita como autêntica.

C. Argumento de Paulo sobre a centralidade da ressurreição

  • Alegação: Paulo admite que sem ressurreição, a fé é vã (1 Co 15:13-14), “provando” que não houve ressurreição
  • Refutação: Este é um argumento circular. Paulo afirma a centralidade da ressurreição precisamente porque ela aconteceu. Sua lógica é: “Se não há ressurreição, nossa fé é vã – MAS há ressurreição, portanto nossa fé é válida.” Paulo está defendendo a ressurreição contra céticos coríntios, não negando-a.

D. “Três versões diferentes” da conversão de Paulo

  • Alegação: Atos apresenta versões contraditórias da conversão de Paulo
  • Refutação: Atos 9, 22 e 26 apresentam o mesmo evento básico com ênfases diferentes apropriadas ao contexto. As variações (quem ouviu a voz, detalhes específicos) são típicas de relatos múltiplos do mesmo evento, não contradições irreconciliáveis.

E. Crítica ao método de William Lane Craig

  • Alegação: Craig é um “fanfarrão” que nunca provou Deus
  • Refutação: Esta é uma crítica ad hominem que não aborda os argumentos substantivos. Craig é amplamente respeitado no meio acadêmico, tendo debatido com os principais filósofos ateus contemporâneos e publicado extensivamente em revistas peer-reviewed.

ANÁLISE METODOLÓGICA FINAL

Padrão Observado nas Alegações:

  1. Confusão entre harmonização e historicidade: O autor assume que diferenças de perspectiva invalidam a historicidade
  2. Aplicação de padrões anacrônicos: Espera precisão jornalística moderna de textos antigos
  3. Argumentos circulares: Usa pressuposições naturalistas para negar eventos sobrenaturais
  4. Seleção tendenciosa: Ignora evidências que apoiam a ressurreição
  5. Ataques ad hominem: Substitui refutação substantiva por ridicularização

Princípio Hermenêutico Fundamental:

A investigação histórica séria deve distinguir entre:

  • Núcleo histórico: Fatos básicos aceitos por consenso acadêmico
  • Detalhes periféricos: Variações que não afetam o evento central
  • Interpretação teológica: Significado atribuído aos eventos

“A ressurreição de Jesus é o evento mais bem-atestado da história antiga.” – William Lane Craig

1. Quem foi ao túmulo?

Alegação: Os evangelhos discordam sobre quem foi ao túmulo.

Citações bíblicas:

  • Mateus 28:1 – “…Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.”

  • Marcos 16:1 – “Maria Madalena, Maria mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para ungir o corpo.”

  • Lucas 24:10 – “Eram Maria Madalena, Joana, Maria mãe de Tiago e as demais que com elas estavam.”

  • João 20:1 – “Maria Madalena foi ao sepulcro…”

Resposta:

Essas narrativas são complementares, não contraditórias. Cada evangelista destaca figuras específicas. Nenhum nega a presença de outras mulheres.

🧠 Richard Bauckham observa que “os Evangelhos preservam tradições independentes de testemunhas oculares, o que reforça sua autenticidade.” (Jesus and the Eyewitnesses, p. 45)


2. Quantos anjos estavam no túmulo?

Citações:

  • Mateus 28:2-3 – “…um anjo do Senhor…”

  • Marcos 16:5 – “…um jovem vestido de branco…”

  • Lucas 24:4 – “…dois varões com vestes resplandecentes.”

  • João 20:12 – “…dois anjos vestidos de branco, sentados onde o corpo estivera.”

Resposta:

O número varia porque o foco está no mensageiro. A ausência de menção não implica negação. É um recorte narrativo, como é comum em relatos antigos.

📘 Craig Keener explica que “autores antigos frequentemente destacavam apenas quem falava” (IVP Bible Background Commentary, 1993).


3. A pedra já estava removida?

Citações:

  • Mateus 28:2 – “…o anjo rolou a pedra e assentou-se sobre ela.”

  • Marcos 16:4 – “…viram que a pedra já estava revolvida.”

  • Lucas 24:2 – “…acharam a pedra revolvida.”

  • João 20:1 – “…viu que a pedra fora tirada.”

Resposta:

Mateus descreve como a pedra foi removida; os outros evangelistas mostram que, ao chegarem, ela já estava fora. Não é contradição, mas perspectiva.

🔍 N. T. Wright: “A diferença reside no ponto de vista e no propósito teológico do autor.” (Resurrection of the Son of God, p. 601)


4. Últimas palavras de Jesus

Citações:

  • Mateus 27:46 / Marcos 15:34 – “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”

  • Lucas 23:46 – “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.”

  • João 19:30 – “Está consumado.”

Resposta:

Cada evangelista destaca uma frase. Não há afirmação de exclusividade em nenhuma delas. Os autores selecionaram conforme a ênfase teológica.

📝 Craig Blomberg observa: “O Evangelho não visa transcrição literal, mas o sentido.” (Historical Reliability of the Gospels, p. 171)


5. Hora da crucificação

Citações:

  • Marcos 15:25 – “E era a hora terceira quando o crucificaram.” (9h)

  • João 19:14 – “Era quase à hora sexta…” (12h)

Resposta:

Marcos usa tempo judaico (dia começa às 6h), João usa sistema romano (começa à meia-noite). Ambos situam a crucificação por volta da mesma hora.

🕰️ D. A. Carson defende que “a diferença reflete padrões de contagem, não erro.” (Gospel of John, p. 605)


6. Escuridão e terremoto

Citações:

  • Mateus 27:45-51, Marcos 15:33, Lucas 23:44-45 – falam da escuridão e do véu.

  • João 19 – não menciona.

Resposta:

João tem propósitos distintos, focando em temas teológicos. O silêncio sobre eventos cósmicos não significa negação.

📚 Raymond Brown afirma que “João é altamente seletivo em sua teologia pascal.” (Death of the Messiah, v. 2)


7. Véu do templo rasgado antes ou depois da morte?

Citações:

  • Mateus 27:50-51 / Marcos 15:37-38 – após a morte.

  • Lucas 23:45-46 – antes da morte.

Resposta:

Essa diferença de ordem narrativa não compromete o fato. Os três concordam que o véu se rasgou. Ordem na narrativa antiga era flexível.

🏛️ Michael Licona: “Diferenças cronológicas são estilísticas, não erros.” (The Resurrection of Jesus, p. 591)


8. Ressurreição dos santos – só em Mateus?

Citação:

  • Mateus 27:52-53 – “…muitos corpos de santos… apareceram a muitos.”

Resposta:

Narrativa apocalíptica com elemento teológico exclusivo de Mateus. A ausência em outros evangelhos não a invalida. Muitos eventos são exclusivos de uma fonte.

🔎 R. T. France: “A inclusão só em Mateus reforça sua teologia de juízo e vitória.” (Matthew, NICNT, p. 1083)


9. 500 irmãos – Paulo inventou?

Citação:

  • 1 Coríntios 15:6 – “…foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez…”

Resposta:

Esse é um credo primitivo, anterior à carta de Paulo. Ele está transmitindo tradição oral, e não inventando.

📖 James D. G. Dunn: “Esse credo remonta a poucos anos após a crucificação.” (Jesus Remembered, p. 855)


10. Quando foi a ascensão?

Citações:

  • Lucas 24:51 – parece indicar no mesmo dia.

  • Atos 1:3 – “…durante 40 dias apareceu…”

  • João – não menciona.

Resposta:

Lucas resume no evangelho, detalha em Atos. Ele escreveu os dois. Não há contradição.

✍️ Darrell Bock: “Lucas reestrutura o tempo para fins literários.” (Luke Commentary, 1994)


11. Galileia ou Jerusalém?

Citações:

  • Mateus 28:7 / Marcos 16:7 – para a Galileia.

  • Lucas 24:49 / Atos 1:4 – permaneçam em Jerusalém.

Resposta:

Não são ordens contraditórias, mas sequenciais. Jerusalém primeiro, depois Galileia. Os evangelhos resumem ou detalham diferentes estágios.

🧭 Craig Keener: “Evangelhos não pretendem ordem cronológica exata.” (Historical Jesus of the Gospels, p. 178)


12. Primeiras palavras de Jesus ressuscitado

Citações:

  • Mateus 28:9 – “Eu vos saúdo.”

  • Lucas 24:36 – “Paz seja convosco.”

  • João 20:15-16 – “Mulher, por que choras?… Maria!”

Resposta:

Relatos distintos, mas não contraditórios. Cada aparição tem contexto e fala própria.

🎙️ Licona aponta: “As falas de Jesus são moldadas pelo gênero literário.” (The Resurrection of Jesus, p. 303)


13. Jesus não foi reconhecido – alucinação?

Citações:

  • Lucas 24:13-31 – Caminho de Emaús.

  • João 20:14 / João 21:4 – Maria e os discípulos não reconhecem.

Resposta:

É natural, pois o corpo ressuscitado era glorificado. Além disso, o reconhecimento espiritual vem por revelação (Lc 24:31).

Wright: “A transformação física é consistente com o conceito de ressurreição judaica.” (Resurrection, p. 477)


14. Silêncio histórico

Refutação:

A ausência de fontes romanas não é incomum. Muitos eventos históricos não foram registrados por cronistas externos.

📜 Tacitus, Plínio, Suetônio, e Josefo fazem menções reais e reconhecidas por acadêmicos sérios (cf. Habermas, Historical Jesus).


15. Teólogos que negam a ressurreição

Nomes citados:

  • Bultmann, Spong, Bart Ehrman.

Resposta:

Teólogos liberais não representam o consenso. Mais estudiosos defendem a historicidade da ressurreição, inclusive não cristãos.

William Lane Craig, Gary Habermas, Dale Allison, N. T. Wright sustentam a ressurreição como o evento central do cristianismo baseado em evidência histórica.


Conclusão

As “provas” de Toshio falham em critérios históricos básicos. Diferenças nos relatos são complementares e não anulam a confiabilidade. A fé cristã se baseia em eventos históricos que foram confirmados e transmitidos por testemunhas confiáveis, como mostra o apóstolo Paulo:

1 Coríntios 15:14 – “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.”

Mas a pregação continua há 2 mil anos, pois Ele realmente ressuscitou.

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