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REFUTAÇÃO A JASON FERRER: A BÍBLIA PROVA QUE DEUS É CONTRA A CIÊNCIA?

Em mais um vídeo repleto de bobagens e pseudagem ateísta, superficialidade e raso, essa dupla de ateístas vem falando bobagens.

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1. Ciência e Religião: Uma Falsa Dicotomia

O vídeo sugere que Deus seria contrário à ciência, citando exemplos do Antigo Testamento, como o tratamento da lepra em Levítico 13. O autor critica os métodos “arcaicos” usados na época, contrastando-os com os avanços médicos modernos.

Resposta:

Olha, antes de mais nada, é importante entender o contexto histórico dessas práticas. O que vemos em Levítico não são métodos médicos modernos, mas sim orientações rituais e higiênicas para lidar com doenças contagiosas. Naquela época, não havia conhecimento científico sobre germes ou infecções, então as regras serviam para isolar pessoas doentes e proteger a comunidade. Isso mostra até um certo nível de sabedoria prática, considerando o que eles sabiam na época.

A própria Bíblia em Eclo. 38 recomenda a ajuda do médico.

Como mencionado anteriormente, a lepra bíblica é um termo mais amplo do que a lepra (doença de Hansen) que conhecemos hoje. O hebraico tsara’ath incluía uma variedade de doenças e é mais frequentemente visto em Levítico, onde se referia principalmente à impureza ou imperfeições de acordo com os padrões bíblicos. Uma pessoa com qualquer mancha escamosa na pele era tsara’ath . O simbolismo se estendia à podridão ou mancha no couro, nas paredes de uma casa e em tecidos. Outras referências do Antigo Testamento à lepra são associadas à punição ou às consequências do pecado .

Na Septuaginta, a tradução grega da Bíblia hebraica, tsara’ath foi traduzida como aphe lepras . Essas palavras em grego implicavam uma condição de pele que se espalhava pelo corpo.

Estudar a lepra nos ajuda a ver por que a dor é um “presente” valioso, um mecanismo de sobrevivência para nos alertar sobre o perigo neste mundo amaldiçoado. Sem dor e sofrimento, poderíamos ser como leprosos, incapazes de reconhecer que algo está terrivelmente errado e que precisamos do toque de cura de Deus . Como disse o Dr. Brand, “não consigo pensar em um presente maior que eu poderia dar aos meus pacientes de lepra do que a dor”.

Não sejamos muito rápidos em remover a dor em nossas vidas (seja dor física, emocional, social ou espiritual). Pode ser o megafone de Deus para chamar nossa atenção de que algo está seriamente errado e que devemos fugir para Aquele que nos criou.

M uitas leis no Pentateuco (Gênesis–Deuteronômio) se relacionam com a dieta e higiene do povo hebreu. Durante séculos, os teólogos pensaram que essas leis serviam apenas como uma função cerimonial ou formavam uma barreira cultural para separar Israel das culturas pagãs vizinhas. No entanto, com o surgimento da medicina moderna e da teoria dos germes da doença no século XIX, foi reconhecido que obedecer a essas leis também confere importantes benefícios à saúde. Esses comandos são únicos em comparação com as práticas de saúde de culturas vizinhas nos tempos do Antigo Testamento, sugerindo que Deus inspirou Moisés ao dar essas leis. Além disso, eles mostram que as regras de Deus não são arbitrárias e que ele tem nossos melhores interesses no coração.

Leis instruindo as pessoas a se lavarem após tocar em mortos ou doentes ( Lv 13–15 ; Nm 19 ),

a descartar adequadamente excrementos e sangue ( Lv 17:13 ; Dt 23:12-13 ) e a isolar (colocar em quarentena) indivíduos doentes e qualquer coisa que eles toquem ( Lv 13 ) são extremamente eficazes para limitar a propagação de doenças. A medicina moderna também mostrou que a circuncisão traz um benefício à saúde — as esposas de homens circuncidados têm um risco muito menor de contrair câncer cervical porque a falta de prepúcio reduz a capacidade do homem de abrigar e transmitir o vírus do papiloma humano. Curiosamente, o estudo dos níveis de fatores de coagulação do sangue em recém-nascidos também mostrou que a circuncisão no oitavo dia — a idade prescrita a Abraão ( Gn 17:12 ) — é o momento mais seguro na vida de um homem para fazer essa cirurgia.

A Presciência Científica da Bíblia: Ciência Antes da Ciência

Você sabia que a Bíblia contém conhecimentos médicos e científicos que estavam muito à frente de seu tempo? Embora não seja um livro-texto científico, suas instruções demonstram uma compreensão impressionante de princípios que só foram totalmente entendidos milhares de anos depois.

  1. Sangue: O Líquido da Vida
    Em Levítico 17:11, Moisés escreveu que “a vida da carne está no sangue” – uma verdade médica que só foi plenamente compreendida séculos depois. Na Idade Média, médicos praticavam sangrias, acreditando que isso curava doenças, mas a Bíblia já havia revelado o papel vital do sangue na manutenção da vida.
  2. Higiene e Germes
    As leis de purificação em Números 19 descrevem uma “água de purificação” feita com ingredientes como cinzas, hissopo e cedro – uma receita que hoje entendemos como um sabão antibacteriano eficaz. Além disso, as regras para lavar as mãos após contato com cadáveres (Levítico) anteciparam em milênios as descobertas de Semmelweis sobre germes no século XIX.
  3. Quarentena para Controlar Doenças
    A prática de isolar pessoas com doenças contagiosas, como a lepra (Levítico 13), era desconhecida no mundo antigo. Hoje, reconhecemos isso como uma medida crucial de saúde pública para evitar epidemias.
  4. Leis Alimentares Sábias
    As proibições alimentares em Levítico incluem animais como porcos e mariscos, que podem transmitir doenças como tricinose e vibriose. Essas restrições protegiam os israelitas de parasitas e infecções em uma época sem refrigeração ou técnicas modernas de preparo.
  5. Circuncisão no Dia Certo
    A circuncisão no oitavo dia de vida, conforme ordenado em Gênesis, coincide com o pico natural de vitamina K e protrombina no corpo do bebê, reduzindo o risco de hemorragia. Essa precisão médica é espantosa, considerando que esses mecanismos biológicos só foram descobertos recentemente.

  6. Água Potável e Saneamento
    As leis de saneamento bíblicas, como enterrar excrementos longe das áreas habitadas (Deuteronômio 23:12-13), promoviam higiene e preveniam doenças transmitidas pela água, algo que muitas civilizações antigas ignoravam.

Conclusão
As instruções médicas e científicas encontradas na Bíblia são notavelmente precisas e refletem uma compreensão que transcende o conhecimento humano disponível na época. Para muitos, isso é evidência de inspiração divina, mostrando que a Bíblia não apenas transforma vidas espiritualmente, mas também oferece sabedoria prática que beneficia a humanidade há milênios.

Além disso, dizer que Deus é contra a ciência é um mal-entendido. Muitos cientistas cristãos ao longo da história viam sua pesquisa como uma forma de explorar e glorificar a criação divina. A ciência e a religião não são inimigas; elas são complementares. A própria existência da ciência pressupõe certas premissas metafísicas, como a racionalidade do universo, que fazem mais sentido dentro de um quadro teísta.


2. A Cura Divina e os Avanços Médicos

O vídeo menciona casos de cura médica, como as primeiras cirurgias cardíacas, como evidências de que a ciência supera a fé, criticando práticas como a unção com óleo descrita em Tiago 5:14-15.

Resposta:

Essa crítica parte de um equívoco. A Bíblia nunca diz que Deus rejeita o uso de meios naturais para curar. Pelo contrário, Jesus mesmo disse: “Não são os sãos que precisam de médico, mas sim os doentes.” (Mateus 9:12). A prática da unção com óleo em Tiago 5 não exclui o uso da medicina. Na verdade, o óleo era frequentemente usado como remédio na época (Marcos 6:13), indicando que fé e cuidados médicos podem coexistir.

Outro ponto importante é que muitos hospitais e instituições médicas foram fundados por cristãos motivados por sua fé. A ideia de que a religião rejeita a ciência ignora o papel crucial que o cristianismo desempenhou no desenvolvimento da medicina moderna.


3. Moralidade e Comandos Divinos

O vídeo questiona a moralidade de Deus, citando exemplos como os sacrifícios humanos (ou supostos sacrifícios) e eventos violentos no Antigo Testamento.

Resposta:

Primeiro, é preciso interpretar corretamente os textos. Por exemplo, o caso de Jz 11 (Jefté e sua filha) não é um mandamento divino, mas uma tragédia resultante de um voto imprudente feito por Jefté. Da mesma forma, a ordem para destruir Canaã foi um ato específico de juízo divino contra culturas extremamente corruptas, como aquelas que praticavam sacrifícios infantis. Deus não age de forma arbitrária ou cruel; Ele age com justiça e misericórdia.

Além disso, o Novo Testamento revela plenamente o caráter amoroso de Deus em Jesus Cristo, que morreu pelos pecados da humanidade. Qualquer crítica ao caráter de Deus deve considerar a totalidade da revelação bíblica. E vale lembrar: sem um fundamento transcendente, qualquer julgamento moral é puramente subjetivo.


4. Higiene e Conhecimento Científico

O vídeo critica práticas como as descritas em Marcos 7, onde Jesus aparentemente desconsidera a importância de lavar as mãos antes das refeições.

Resposta:

Jesus estava lidando com questões de pureza ritual, não de higiene. Ele estava enfatizando que a verdadeira impureza vem do coração humano (pecado), não de práticas externas. Isso não significa que Ele rejeitava a higiene; pelo contrário, Ele estava ensinando uma lição espiritual mais profunda.

A Bíblia não é um manual de ciência, mas um registro da revelação progressiva de Deus à humanidade. Práticas modernas de higiene e medicina são consistentes com os princípios gerais de cuidado e sabedoria encontrados nas Escrituras.


5. O Problema do Sobrenatural

O vídeo ridiculariza a ideia de intervenções divinas ou sobrenaturais, como milagres ou visões.

Resposta:

É verdade que devemos ser céticos em relação a afirmações sobrenaturais sem evidências. No entanto, muitas experiências religiosas têm sido corroboradas por testemunhos e evidências históricas. Milhões de pessoas relatam experiências pessoais com Deus que transformaram suas vidas.

Além disso, a rejeição total do sobrenatural é uma posição filosófica, não científica. A ciência estuda fenômenos naturais, mas não pode provar ou refutar a existência de realidades transcendentais. Se você está genuinamente interessado na verdade, convido você a examinar as evidências históricas e filosóficas para a existência de Deus.


6. Céu, Cosmologia e a Natureza de Deus

O vídeo critica a ideia de um “céu” físico acima da Terra, sugerindo que descobertas astronômicas tornam essa concepção obsoleta.

Resposta:

A descrição bíblica do céu não deve ser entendida literalmente como um lugar físico acima da atmosfera. O céu é melhor compreendido como a dimensão espiritual onde Deus habita, além do espaço e do tempo. As Escrituras usam linguagem acessível ao seu público original, que não tinha conhecimento científico moderno. Isso não invalida sua mensagem espiritual.

Além disso, a existência de Deus não depende de nossa compreensão do cosmos. Mesmo diante das descobertas astronômicas, a questão fundamental permanece: por que existe algo em vez de nada? Essa é uma pergunta que a ciência sozinha não pode responder.


Conclusão

O vídeo apresenta críticas válidas, mas muitas delas baseiam-se em mal-entendidos ou generalizações sobre a Bíblia e a fé cristã. Ciência e religião são compatíveis, a moralidade divina é justa e amorosa, e as Escrituras devem ser interpretadas em seu contexto histórico e teológico. Um diálogo aberto e honesto sobre essas questões pode ajudar a superar equívocos e promover uma compreensão mais profunda da fé e da razão.

Resposta final:
As críticas apresentadas no vídeo carecem de um exame cuidadoso do contexto histórico, filosófico e teológico das Escrituras. Ciência e religião não são inimigas, mas aliadas na busca pela verdade. A fé cristã é racionalmente defensável e oferece respostas significativas às grandes questões da vida.

Poderá ver o vídeo no youtube Aqui

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