Eu já postulava que os ateus não querem a responsabilização final para Deus, e que é parte de sua motivação para negar a existência de Deus. Ateus se esforçam para resistir a isso, mas alguns têm sido francos sobre isso. O filósofo Thomas Nagel, por exemplo, escreveu:
Eu quero que o ateísmo seja verdadeiro e estou inquieto pelo fato de que algumas das pessoas mais inteligentes e bem informadas que eu conheço são crentes religiosos. Não é só que eu não acredito em Deus e, naturalmente, espero que eu esteja certo em minha crença. É que eu espero que Deus não exista! Eu não quero que haja um Deus, eu não quero que o universo seja assim.
Agora, o blog Atheist Camel foi sincero também. Ao contemplar a reação de uma prova contundente que existe um Deus, ele disse:
Eu vou proferir que depende da persona de Deus. Se Deus tem mãos (ou tronco, ou tentáculos) que nos criou e nos permite viver nossas vidas como seres independentes irrestritos de suas ameaças e exigências irracionais, talvez seja um tipo divertido de ser amoroso, que vê o nosso comportamento como divertido ou repugnante mas, no entanto neutro – talvez pedindo somente um reconhecimento ocasional e agradecimento, então eu não tenho nenhum problema com ele. Reconheço e sigo em frente. (fonte, grifo nosso)
Então, Ele é bom, desde que haja o mínimo de intrusão em sua vida. Agora, e se esta deidade fosse o Deus da Bíblia e realmente exigisse certas coisas?
Onde os cientistas nunca se incomodaram em contemplar o sobrenatural, muitos deles, e os nossos irmãos livres-pensadores, bajulariam agora a exigências deste Deus. Mas muito mais virariam a sua atenção em direção a um objetivo… encontrar um modo de destrui-lo. Um movimento subterrâneo, um exército de partidários, dedicados à liberdade de pensamento, racionalidade, formosura e luta de consciência não só para a liberdade de viver a vida libertos da opressão e irracionalidade onipotente, mas para a liberdade e direito de morrer e desbotar-se no olvido sem dor e medo.
Se houvesse uma prova do Deus da Bíblia em todo o seu horror, o homem seria compelido a deixar de matar um a outro. O pensamento entre nós viraria a nossa atenção não dividida para encontrar um modo de matar este monstro que é Deus … definitivamente. (fonte, grifo nosso)
Assim, a verdade vem à tona. Enquanto o Atheist Camel consegue viver como deseja, sem a interferência de uma divindade, ele está bem. Mas no momento que não há uma expectativa de comportamento e um julgamento final necessário, ele pensa que os seres humanos deveriam se unir e matar Deus.
O que posso dizer? Isto confirma a minha teoria original sobre os ateus que querem evitar julgamento final no clássico estilo do Dungeons & Dragons— jogando e dizendo ‘eu nego.’ Eu só queria que mais ateus foram honestos assim.
Fonte: http://josiahconcept.org/
Tradução: Emerson