Duas ideologias dirigiram os ataques contra as comunidades cristãs: a ideologia Mapuche e os movimentos socialistas e anarquistas.
Um ano atrás, eu estava horrorizada ao ver grupos terroristas islâmicos queimando igrejas na Nigéria, cristãos indianos espancados até a morte, ou famílias cristãs expulsas de suas casas em Chiapas, só porque eram evangélicos.
No Chile, meu país, este ano algumas comunidades mapuches começaram a espalhar o terror para obter suas reivindicações, queimando igrejas cristãs, tanto católicas como evangélicas. Por muitos anos, os chilenos têm visto nas notícias as lutas entre a polícia e as comunidades indígenas radicais, as propriedades comerciais destruídas por incêndios deliberados e homens e mulheres em greve de fome. Grande parte isso aconteceu por causa da expropriação de milhões de hectares de terra rica por parte do Estado e do setor privado. Os grupos radicais acreditam que a sua pobreza e miséria é uma consequência dos poderes abusivos e opressivos que visam a exterminar, colonizar e expulsá-los de suas terras nos últimos 400 anos de história.
A identidade mapuche
Mas, no século 21, o que tudo isso tem a ver com os incêndios deliberados de igrejas cristãs? Embora os grupos que reconheceram a queima de 17 igrejas não dizem, há duas ideologias que os influenciam: a ideologia mapuche, e os movimentos socialistas e anarquistas. O primeiro é baseado em lendas e mitos que explicam a criação do mundo pelos grandes deuses da natureza. A natureza é sagrada para os Mapuches e não pode ser vendida. No entanto, eles caem em uma contradição quando se vê as quantidades de terra queimada através de suas ações. Sua religião também inclui uma série de rituais e cerimônias que levam a práticas supersticiosas e mágicas.
Os esforços evangelísticos de protestantes e pentecostais, no passado, agora transformaram esta região (conhecida como ‘A 9ª região’) na área mais evangélica do país.
A maioria destes cristãos convertidos não praticam as cerimônias tradicionais Mapuche, e são vistos como “traidores” da fé tradicional. Eles são desprezados, escarnecido e punidos por seus próprios povos. Agora, ao que parece, mesmo através da queima de seus templos cristãos.
Movimentos socialistas e anarquistas
Por outro lado, muitos jovens Mapuche jovens entraram em contato com a esquerda chilena na Universidade. Estes estudantes têm encontrado novos argumentos nas ideologias socialistas e anarquistas. Para eles, como disse Marx, “a religião é o ópio do povo mapuche”, e pela queima de lugares de culto eles mostram um novo tipo de resistência. Seu objetivo, dizem, é estourar uma bolha religiosa onde muitas pessoas estavam fechadas. O cristianismo, argumentam, fez muitos deixarem a defesa dos seus direitos sociais.
Corajosos e fieis
No entanto, os evangélicos chilenos de outras regiões que seguem esta perseguição através da mídia, estão impressionado com a coragem, a força, e a unidade de nossos irmãos na fé, que se reúnem em suas igrejas destruídas para rezar, para encorajar uns aos outros e para reconstruir seus templos mais rapidamente possível. Muitos na região 9 de nosso país estão a organizar eventos e reuniões multi-confessionais nas ruas para mostrar aos outros sua rejeição a incêndios em igrejas e estar em pé contra as ameaças em abril: “Todas as igrejas vão queimar.”
PEDIDO DE ORAÇÃO
Pedimos-lhes para orar pelos abusos e injustiças feitas pelos poderosos. Ore pelas famílias que foram enganadas no passado e perderam suas terras e propriedades para empresários ardilosos. Pedimos-lhe para rezar para as comunidades indígenas que sobreviveram ao longo dos anos, mantendo suas tradições e uma defesa corajosa dos seus direitos. E, finalmente, pedimos-lhe para orar por milhares de crentes: mapuches, mestiços, irmãos missionários, líderes e famílias. Eles encontraram o sentido da vida em Jesus, e já viram a sua fé provada pelo fogo.
Miriam A. Espinoza, jornalista no Chile.
Fonte: http://evangelicalfocus.com/blogs/1705/Why_are_churches_burning_in_Chile
Tradução: Emerson de Oliveira
