Patrologia é um ramo da História da Igreja que estuda as vidas e as obras dos Padres da Igreja, se debruçando sobre a literatura cristã antiga, seus autores e sobre o impacto que exerceram em sua época e na posteridade. O estudo da Patrologia é fundamental para todos os que almejam adentrar na bela catedral da cultura católica.
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É um mergulho na vida e nas obras daqueles que nos primeiros séculos dedicaram sua vida e sua inteligência ao combate pela fé contra os erros de seu tempo, contra as heresias e contra todo tipo de desvio, esclarecendo o dogma e edificando os fiéis. A presente coleção foi o mais abrangente estudo que se tem notícia sobre o tema até hoje.
Johannes Quasten em parceria com diversos intelectuais do instituto pontifícioem Roma chamado Patristicum, elaboraram uma verdadeira enciclopédia sobre os Padres da Igreja. As principais línguas já tinham feito suas traduções, mas nenhuma editora havia ainda editado em português;
Patrística: Origem, Características e Representantes
A patrística é uma corrente filosófica que surgiu durante a transição da Antiguidade Clássica (gregos e romanos) para a Idade Média. Seu nome vem dos “Pais da Igreja”, os primeiros cristãos que a desenvolveram. Este período teve início com as epístolas de São Paulo e se estendeu até o século VIII, sendo marcado pela organização inicial do cristianismo, que era pouco conhecido e perseguido.
Contexto Histórico e Objetivo
A patrística buscava:
- Defender o cristianismo contra ataques externos (pagãos e judeus) e internos (hereges).
- Oficializar seus princípios, diferentes de qualquer pensamento da época.
- Expandir a fé cristã, convertendo intelectuais através da filosofia.
O termo “católicos”, do grego katholikós (universal), surgiu para destacar a missão de levar o evangelho a todos. Durante os concílios, foram definidos dogmas e quais livros comporiam a Bíblia, fortalecendo a teologia cristã.
Relação com a Filosofia Grega
A patrística se baseava na filosofia de Platão e, em menor escala, Aristóteles. Os cristãos adotaram a lógica e os princípios metafísicos gregos para argumentar e confirmar sua fé. Isso reflete a crença de que a filosofia preparava o caminho para a revelação divina.
Principais Representantes
- São Justino de Roma (século II) – Primeiro filósofo cristão, considerava o cristianismo como a “verdadeira filosofia”.
- São Clemente de Alexandria e Orígenes (séculos II-III) – Grandes teólogos e filósofos.
- Os Três Capadócios – São Gregório de Nissa, São Basílio de Cesareia e São Gregório Nazianzeno.
- Santo Agostinho de Hipona (354-430) – Maior expoente da patrística, elaborou doutrinas como o pecado original, a Santíssima Trindade e a graça divina.
Características da Patrística
- Período de transição: Da Antiguidade para a Idade Média.
- Defesa da fé: Contra pagãos e hereges, além de expandir o cristianismo.
- Base filosófica: Principalmente nas ideias de Platão, com uso da lógica para explicar o mundo.
- Doutrina cristã: Desenvolvimento de dogmas, liturgia, costumes e tradição apostólica.
Diferenças entre Patrística e Escolástica
- Patrística: Fé e metafísica predominam. Baseada em Platão, com Santo Agostinho como principal representante.
- Escolástica: Foco na racionalidade e em questões físicas. Baseada em Aristóteles, com São Tomás de Aquino como destaque.
Importância da Patrística
A patrística consolidou o cristianismo e preservou a herança cultural grega e romana, salvando clássicos que poderiam ter sido perdidos. Esse período também trouxe um crescimento cultural ao integrar ideias novas e desenvolver a teologia cristã.
Deus te abençoe!
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