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“Parece que…”

o_relojoeiro_cegoNo livro O Relojoeiro Cego, de Richard Dawkins, faz este surpreendente comentário no prefácio: “O problema do design complexo”. Dawkins percebe que o design está presente e ainda afirma: “a complexidade dos organismos vivos é compensada pela eficiência elegante da seu design visível. Se alguém achar que um design tão complexo não clama por uma explicação, eu desisto.” Naturalmente, Dawkins nunca iria admitir que a complexidade dos organismos vivos foi projetada por Deus. Mas e se o argumento fosse desenvolvido não apenas para a complexidade da vida, mas para todas as questões complexas do universo?

  • Parece que existem inúmeras lacunas no registro fóssil ligando uma infinidade de organismos.
  • Parece que às vezes a vida não evoluiu lentamente ao longo do tempo como previsto por Darwin mas, na verdade, a vida apareceu de repente (ou seja, explosão cambriana).
  • Parece que a célula animal simples é extremamente complexa, especialmente as partes componentes que permitem que a célula opere adequadamente.
  • Parece que as partes da célula exibem complexidade irredutível. Em outras palavras, as peças tiveram que estar todas no lugar ao mesmo tempo para que a pilha funcione corretamente. Parece que as partes celulares não foram adicionados lentamente ao longo do tempo.
  • Parece que a evolução darwiniana não teve tempo suficiente para evoluir para a complexidade que vemos hoje, se a vida explodiu (no período Cambriano) cerca de 600 milhões de anos atrás.
  • Parece que as mutações não facilitam o modelo evolucionista de Darwin, uma vez que a maioria das mutações são degeneradas e não adicionam novas peças.
  • Parece que o DNA apresenta complexidade especificada e evolução não direcionada não é suficiente como uma resposta adequada. A informação do DNA parece clamar por um informante ou Deus.
  • Parece que o início do universo pelo Big Bang precisou de ter algo que o provocou ou Deus.
  • Parece que nada vem à existência por acaso, porque para qualquer coisa se originar é preciso que haja um causador ou de Deus (ou seja, o argumento cosmológico Kalam).
  • Parece que o universo é aperfeiçoado para a vida e que precisa ter um sintonizador ou Deus.
  • Parece que a moral objetiva existe, o que implica haver um legislador moral objetivo ou Deus.
  • Parece que a mente consciente clama por uma mente suprema ou Deus.
  • Parece que a ciência não é capaz de responder a todas as perguntas como por que temos uma consciência de primeira pessoa e as leis da lógica. Em outras palavras, a ciência não pode testar por que certas quantidades existem no universo.
  • Parece que a melhor explicação para o túmulo vazio e os relatos de testemunhas oculares de Jesus depois de sua morte é a ressurreição corporal de Jesus.

Parece que muito dentro do universo clama por explicação como Dawkins tão eloquentemente afirmou. A questão é: o que melhor explica o aparente design e à multiplicidade de questões apresentadas? No mundo de Dawkins, se algo se parece com um pato, anda como um pato e grasna como um pato, não pode ser um pato.

Fonte: http://flatlandapologetics.blogspot.com.br/2011/02/it-appears.html
Tradução: Emerson de Oliveira

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