ROMA, 20 de setembro de 2013 (LifeSiteNews.com) – Em uma reunião com ginecologistas católicos esta manhã, o papa Francisco condenou veementemente o aborto como uma manifestação de uma “cultura do descartável”.
Os comentários vêm um dia após o lançamento de uma polêmica entrevista na qual o papa explicou que, apesar das críticas, ele tem evitado falar sobre questões morais como aborto e “casamento” gay em seu papado, em vez disso enfocando na pregação sobre o amor de Cristo .
“Não podemos insistir somente sobre questões relacionadas ao aborto, o casamento gay e o uso de métodos contraceptivos”, disse o papa Francisco, em declarações que foram amplamente interpretadas como um apelo para que os líderes da Igreja minimizassem os ensinamentos morais da Igreja sobre questões controversas.
“Eu não tenho falado muito sobre essas coisas, e fui repreendido por isso”, explicou o papa. “Mas quando falamos sobre essas questões, temos que falar sobre elas em um contexto. Os ensinamentos da igreja, neste assunto, são claros, e eu sou um filho da Igreja, mas não é necessário falar sobre estas questões o tempo todo.”
Em resposta à entrevista, a maior organização de defesa do aborto dos Estados Unidos, a NARAL Pro-Choice America, até postou uma imagem agradecendo ao papa por seus comentários em suas páginas do Facebook e Twiter. Mas as celebrações da NARAL foram interrompidas por observações contundentes de hoje pelo papa, no qual ele exortou os médicos a respeitar a vida “desde o primeiro instante da concepção.”
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Falando à Federação Internacional de Associações Médicas Católicas, o papa Francisco falou de um paradoxo na medicina atual. “Por um lado, vemos o progresso no campo da medicina, graças ao trabalho de cientistas que apaixonadamente e sem reservas dedicam à busca de novas curas”, disse ele. “Por outro lado, no entanto, encontramos também o risco de que os médicos perdem de vista a sua identidade a serviço da vida”.
“Enquanto os novos direitos são atribuídos a ou mesmo quase presumidos pelo indivíduo, a vida nem sempre é protegida como o valor principal e o direito primordial de cada ser humano”, disse o papa. “O objetivo final da medicina continua sendo a defesa e promoção da vida.”
O papa disse aos médicos: “ser católico implica uma maior responsabilidade: em primeiro lugar a si mesmo, no esforço para ser coerente com a vocação cristã e, em seguida, à cultura contemporânea, para ajudar a reconhecer a dimensão transcendente da vida humana, a marca da obra criadora de Deus, desde o primeiro momento da concepção. Este é um compromisso da nova evangelização, que muitas vezes requer ir contra a maré, pagando um preço pessoal. O Senhor conta com você para espalhar o ‘Evangelho da vida'”.
Como fez no passado, Francisco condenou a “cultura do descartável”, que elimina os mais fracos e vulneráveis da sociedade. “Nossa resposta a essa mentalidade é um ‘sim’ à vida, decisiva e sem hesitação. O primeiro direito da pessoa humana é a sua vida. Ele tem outras valores e alguns são preciosas, mas este é fundamental – a condição para todas as outras”.
Concluindo, o papa disse, “testemunhem e divulguem esta ‘cultura da vida’… lembrem a todos, por meio de ações e palavras que, em todas as suas fases e em qualquer idade, a vida é sempre sagrada e sempre de qualidade. E não como uma questão de fé, mas de razão e da ciência! Não há vida humana mais sagrada do que a outra, assim como não existe nenhuma vida humana qualitativamente mais significativa do que a outra”.
Veja o texto completo em italiano aqui . Veja mais aqui: http://atarde.uol.com.br/mundo/materias/1535172-papa-faz-declaracoes-criticando-aborto
Fonte: http://www.lifesitenews.com/news/pope-condemns-abortion-in-strongest-pro-life-comments-to-date-day-after-con
Tradução: Emerson de Oliveira