O Professor Ateu de Oxford Diz que a Fé em Deus é Insanidade – John Lennox Responde Brilhantemente
Neste artigo, discutiremos um intenso debate entre dois renomados professores de Oxford, Peter Atkins e John Lennox, sobre fé, ciência e a existência de Deus. O vídeo de onde este diálogo é extraído apresenta pontos de vista opostos sobre religião e a relação entre ciência e crença em Deus.
Peter Atkins, um conhecido defensor do ateísmo, inicia o debate com uma crítica à religião, afirmando que a crença em Deus é semelhante a uma alucinação. Segundo ele, a humanidade progrediu intelectualmente ao superar a fase “primitiva” de acreditar em demônios e anjos. Para Atkins, a religião é um vestígio de uma fase atrasada da compreensão humana:
“Acho que a humanidade deve estar profundamente orgulhosa de ter superado essa fase primitiva de entendimento, que era essencial para o avanço intelectual. Tivemos que passar pela fase dos demônios, pela fase dos anjos, mas emergimos disso, confiando em evidências objetivas, e agora entendemos cada vez mais sobre nosso ambiente.” (Peter Atkins)
Atkins defende que a fé em Deus é uma forma de conforto ilusório. Ele argumenta que o avanço científico demonstrou que o mundo pode ser compreendido sem a necessidade de recorrer a explicações sobrenaturais, sugerindo que cérebros brilhantes que se dedicaram à teologia, como Santo Agostinho, desperdiçaram seus talentos:
“Algumas das maiores mentes da história foram teológicas, mentes desperdiçadas, tenho medo.” (Peter Atkins)
No entanto, John Lennox, um renomado defensor do teísmo, rebate essa ideia com exemplos de intelectuais que, ao estudarem ciência, chegaram à conclusão de que Deus é real. Ele menciona figuras como Francis Collins, C.S. Lewis e Alister McGrath, que começaram como ateus, mas eventualmente abandonaram o ateísmo com base nas evidências que encontraram em suas áreas de estudo. Para Lennox, a existência de uma mente inteligente por trás do universo é uma conclusão natural:
“O herói da ciência moderna, Galileu, ao estudar a ciência, concluiu que as leis da natureza são escritas pelas mãos de Deus na linguagem da matemática. Galileu entendeu claramente que o universo era racional e matemático, e que a ordem observada na criação só poderia ser explicada pela existência de um Criador inteligente.” (John Lennox)
O ponto central de Lennox é que o avanço científico não elimina a necessidade de Deus, mas, ao contrário, reforça a ideia de uma inteligência criadora. Ele destaca que muitos cientistas, ao se depararem com a complexidade do universo, encontram razões para acreditar em Deus. Para ele, a ciência não é um obstáculo à fé, mas uma porta para entender melhor a criação divina.
Atkins, por sua vez, tenta argumentar que, se chegarmos à conclusão de que existe uma inteligência externa por trás do universo, isso significaria apenas que nossos cérebros falharam em compreender completamente o processo. No entanto, Lennox o desafia a reconsiderar essa posição, comparando a complexidade do DNA a um livro escrito com inteligência:
“Qual seria a diferença entre eu pegar um livro e dizer que, qualquer que seja o processo físico por trás desse livro, há uma inteligência por trás dele? Você diria que é preguiçoso e uma falsa analogia, mas essa é a única explicação que faz sentido.” (John Lennox)
Neste ponto do debate, Lennox reforça sua visão de que a matemática e as leis da natureza indicam a presença de uma mente inteligente, enquanto Atkins continua a insistir que a ciência, por si só, pode eventualmente fornecer todas as respostas sem recorrer a uma entidade divina.
O debate termina com Lennox afirmando que sua crença em Deus não impede o avanço científico, mas, ao contrário, torna a exploração do universo ainda mais fascinante:
“Minha crença em Deus não impede o avanço científico, ela torna tudo ainda mais fascinante, não menos.” (John Lennox)
Esse diálogo reflete a eterna tensão entre ciência e religião, destacando como, para alguns, a ciência refuta a necessidade de Deus, enquanto, para outros, a própria ciência aponta para uma inteligência superior. O debate entre Lennox e Atkins é um exemplo claro de como mentes brilhantes podem ter perspectivas profundamente diferentes sobre questões fundamentais como a existência de Deus.
Esse artigo pode ajudar seu público a refletir sobre os argumentos a favor e contra a existência de Deus, especialmente à luz dos avanços científicos.
Peter Atkins:
A questão para todos nós é: o que é verdade. Sim, mas no caso deles, é o estágio inicial da senilidade, eu acho.
John Lennox:
É muito fácil descartar isso dessa forma. Se eu dissesse o mesmo sobre o ateísmo, você gostaria de conforto? Quero dizer, que conforto o ateísmo oferece? Ele oferece o conforto de que você nunca terá que encontrar Deus.
Narrador:
Aqui estão dois renomados professores de Oxford, Peter Atkins e John Lennox, discutindo sobre religião e ciência. Atkins apresenta seu argumento de que a religião não passa de uma alucinação e chega a comparar a fé em Cristo ao estágio inicial da senilidade. Observe como John Lennox responde brilhantemente a seus argumentos.
Peter Atkins:
Acho que a humanidade deve estar profundamente orgulhosa de ter superado essa fase primitiva de entendimento, que era essencial para o avanço intelectual da humanidade. Tivemos que passar pela fase dos demônios, pela fase dos anjos, mas emergimos disso, confiando em evidências objetivas, e agora entendemos cada vez mais sobre nosso ambiente. Acho isso maravilhoso.
John Lennox:
Mas Peter, não podemos reverter a história, como você disse. No entanto, podemos reverter isso no nível pessoal. Ali está um livro chamado A Linguagem de Deus, de Francis Collins. Ele começou como ateu, e sua mentalidade foi formada pelo ateísmo. Ele chegou à conclusão, assim como C.S. Lewis e Alister McGrath fizeram, e muitas outras pessoas também, de que as evidências a favor de Deus são tão fortes que eles abandonaram o ateísmo. Eu vi isso acontecer com colegas e amigos meus. Por isso, acho que seu argumento não se sustenta.
Peter Atkins:
Eu sei que isso é, em grande parte, uma discussão teológica.
John Lennox:
Sim, mas precisamos ser claros sobre o que estamos falando.
Peter Atkins:
Algumas das maiores mentes da história foram teológicas, mentes desperdiçadas, tenho medo. Santo Agostinho, por exemplo, uma mente fantástica, totalmente desperdiçada.
John Lennox:
Mas se existe um Deus, Peter, sua mente não foi desperdiçada. A questão é o que é verdade.
Peter Atkins:
A humanidade avançou para um estágio em que não precisamos mais de Deus. Superamos a era primitiva de acreditar em anjos e demônios, e devemos nos orgulhar das nossas realizações.
John Lennox:
Ao longo dos séculos, inúmeros intelectuais notáveis abandonaram o ateísmo em favor do teísmo. Galileu, o herói da ciência moderna, ao estudar a ciência, concluiu que as leis da natureza são escritas pelas mãos de Deus na linguagem da matemática. Ele entendeu que o universo era racional e matemático, e que a ordem que observou na criação só poderia ser explicada pela existência de um Criador inteligente.
Peter Atkins:
Se no final chegarmos à conclusão de que uma inteligência externa deve ter feito isso, então teremos que aceitar isso.
John Lennox:
Você estaria disposto a aceitar isso?
Peter Atkins:
Não, porque acho que…
John Lennox:
Achei que você disse que precisaríamos aceitar.
Peter Atkins:
Sim, mas acho que, se tivéssemos que impor a inteligência em algum momento, isso mostraria que atingimos um limite em nossa própria inteligência.
John Lennox:
Mas por que deveria ser assim, Peter? Qual seria a diferença entre eu levantar o seu livro e dizer que, independentemente dos processos físicos por trás desse livro, existe uma inteligência por trás dele?
Peter Atkins:
É uma analogia falsa.
John Lennox:
Não é uma analogia falsa.
Peter Atkins:
É preguiçosa e uma analogia falsa.
John Lennox:
Não é preguiçosa. Como é uma analogia falsa?
Peter Atkins:
Você está falando de um livro, e eu estou pensando no DNA.
John Lennox:
Sim, mas eu não coloquei palavras em um balde e as mexi até que formassem um livro.
Peter Atkins:
Exatamente.
John Lennox:
Então, exatamente. Onde está a falsidade da analogia?
Peter Atkins:
Teólogos se apressam a dar explicações onde cientistas hesitam em avançar.
John Lennox:
Eu não notei nenhuma hesitação nos cientistas. Você se apressa em dizer que existe um Deus que fez isso. Eu digo que essa não é uma explicação exaustiva, nem estou dizendo que é uma explicação científica. O que estou dizendo é que o estudo da matemática e o que descobrimos aponta para uma mente.
Peter Atkins:
Vamos continuar elaborando e elucidando os mecanismos.
John Lennox:
Minha crença em Deus não impede isso de continuar acontecendo.
Peter Atkins:
Mas deveria.
John Lennox:
Não, ela torna tudo mais fascinante, não menos fascinante.
Narrador:
O debate termina com Atkins ainda recusando a ideia de uma mente inteligente por trás da inteligibilidade do universo. Lennox, por sua vez, destaca que a ciência, em vez de negar Deus, torna a existência de um Criador ainda mais clara e impressionante.
Poderá ver o vídeo no youtube Aqui