Tecnologia 3D permitiu “digitalmente desenrolar” a cópia mais antiga encontrada até o momento.
Um rolo antigo descoberto em 1970 carbonizado agora foi analisado com tecnologias avançadas. O trabalho de análise digital 3D baseado em raio-X realizado pela Universidade de Kentucky (EUA), com especialistas de Israel contou com a tecnologia Google e o apoio da EUA National Science Foundation.
O trabalho detalhado tem dado resultados surpreendentes. Demonstrou-se que a peça encontrada quase quatro décadas no Ein Gedi (Mar Morto) é a cópia mais antiga que temos de Levítico judaico e a evidência mais antiga de um texto bíblico padronizado. “Este texto é 100% idêntico ao do que usamos atualmente”, disse o pesquisador da Universidade Hebraica de Jerusalém, Emmanuel Tov. “Em 2.000 anos, o texto de Levítico não mudou”. Isso corrobora tanto a Bíblia judaica como a maioria das traduções da Bíblia atuais.
UM PROCESSO SURPREENDENTE
“Você não pode imaginar a alegria que estava no laboratório”, disse Pnina Shor, da Autoridade de Antiguidades de Israel, que participou do estudo. Tentando “digitalmente desenrolar” o papiro carbonizado parecia “uma piada” no início, mas terminou de abrir possibilidades totalmente inesperadas. “Não foi apenas possível ver que havia escritura, mas até mesmo ver o texto legível”, diz William Brent Sales, um especialista em computação na Universidade de Kentucky. Os pesquisadores distribuíram o seguinte vídeo explicando o processo (em inglês).
