Um físico de partícula elementar aposentado chamado Victor J. Stenger, ao contrário da cosmologia contemporânea, ainda se mantém firme em uma possibilidade de universo eterno.
Em sua palestra dada em 7 de novembro de 2012 no Boulder Sócrates Café,“Como algo pode vir do nada?”, Stenger repetiu a objeção de Bertrand Russell feita em 1948 em um debate com Frederick C. Copleston ao discutir o argumento cosmológico. Stenger sustentou,
Uma pergunta comum que recebo de crentes religiosos é: “Como algo pode vir do nada?” Eles parecem pensar que esse é o argumento decisivo final, provando a existência de Deus, ou pelo menos alguma forma de criação sobrenatural. Claro, eles não dizem como Deus veio do nada. Ou, se o fizerem, eles afirmam que Deus sempre existiu e por isso não tem que vir de qualquer coisa. Mas então, por que o universo também não poderia sempre existir? Na verdade, a cosmologia moderna sugere que isso: que o universo é eterno. (Stenger 2012: np sublinhado original)
Depois de tomar uma rota semelhante de Lawrence Krauss ‘em “nada” e disputando multiversos, Stenger concluiu sua palestra,
Então, como pode o multiverso ter vindo do nada? Dado que o multiverso sempre existiu, ele não tem que vir de qualquer coisa. (Ibid)
No dia 17 de março de 2012 em New Scientist, uma revista com o objetivo de nos manter atualizados com as notícias de ciência e tecnologia, Stenger explicou que deveríamos ter encontrado provas da astronomia e física se Deus fosse o seu criador, mas não encontramos, ele escreveu. Ele foi mais longe para nos informar que “a cosmologia moderna sugere um ‘multiverso’ eterno em que muitos outros universos vem e vão” (Stenger 2012: 47)
Será que deveríamos contar a Stenger que um mês antes, em 14 de janeiro, na mesma revista, Lisa Grossman relatou A Morte do cosmos eterno: Do ovo cósmico aos multiversos infinitos cada modelo do universo tem um começo? Devemos contar a Stenger que no dia 1 de dezembro de 2012, a reportagem de capa da revista New Scientist declarou que: antes do Big Bang: Três razões pelas quais o universo pode não ter existido para sempre Não? Não diga a Stenger.
Grossman E Chown: O que não devemos dizer a Stenger
Voltemos no dia 14 de janeiro, na revista New Scientist, que apresenta o 70º aniversário de Hawking, o artigo de Grossman, A Morte do cosmos eterno: Do ovo cósmico aos multiversos infinitos cada modelo do universo tem um começo?, ironicamente começou,
Você poderia chamá-lo de o pior presente de aniversário de sempre. Na reunião de mentes convocada na semana passada para honrar o 70º aniversário de Stephen Hawking – intitulado “O estado do universo”, duas propostas ousadas apresentaram graves ameaças para a nossa compreensão do cosmos existente.
Grossman relatou que o cosmólogo Alexander Vilenkin da Tufts University, em Boston passou por diferentes modelos e concluiu que o espaço-tempo não pode ser eterno no passado e que todas as provas que o cosmólogo moderno têm dizem que o universo teve um começo. (Grossman 2012 : 6-7)
A verdade nunca dorme. No caso de Stenger ele perdeu essa questão por não seguir as atualizações da cosmologia moderna. A reportagem de capa da New Scientist de 1 de dezembro de 2012 foi mais profunda do que o artigo de Grossman, dando três razões por que o universo não pode ter existido sempre.
O artigo de Chown, No princípio: O cosmos existiu para sempre, ou algo lhe trouxe à existência explicou que “até recentemente uma resposta [para resolver a questão de saber se o universo tem sempre existido] parecia tão distante como sempre” (Chown 2012? : 33). Ele foi mais longe,
No entanto, no início deste ano, os cosmólogos Alex Vilenkin e Audrey Mithani alegaram ter resolvido o debate. Eles descobriram razões por que o universo não pode ter existido para sempre. (Ibid)
Chown informou que Vilenkin passou por teoremas de singularidade/inflação eterna; “Universos sempre inflaram do vácuo e sempre irão inflar do vácuo], universos cíclico; “Universos 4D que colidem repetidamente juntos em uma quinta dimensão a grandes eventos de explosão” e universos emergentes; “O universo sempre existiu, mas explodiu ao seu tamanho atual”, e mostrou as falhas na para sempre (Chown 2012: 34-35).
Então, devemos atualizar Stenger sobre o que a cosmologia moderna diz sobre esta questão? Devemos dizer a ele que o cosmos eterno está morto? Você decide.
Pergunta: Será que eu estaria errado em pensar que a fé de Stenger no universo eterno nada tem a ver com a ciência, mas com a religião?
Bibliografia:
Chown, Marcus (2012) “In The Beginnning: Has the cosmos existed forever, or did something bring it into existence?” in New Scientist of 1 December 2012: 2893
Grossman, Lisa (2012) “Death of the eternal cosmos. From the cosmic egg to the infinite multiverse, every model of the universe has a beginning” in New Scientist of 14th January 2012: 2847
Stenger, Victor J. (2012) “The God Hypothesis” in New Scientist of 17th March 2012: 2856
___________________ (2012) “How Can Something Comes From Nothing?” November 7th 2012 Talk at the Boulder Socrates Cafe
Foto de capa: New Scientist de 1 de dezembro de 2012, antes do big bang: New Scientist de 14 de janeiro de 2012 e de Andrew David Bertrand Russell
Fonte: http://www.christianapologeticsalliance.com/2013/02/21/eternal-cosmos-is-dead-dont-tell-stenger/
Tradução: Emerson de Oliveira