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O ARGUMENTO QUE NENHUM CRISTÃO REFUTA

Em mais um vídeo cheio de besteirol pseudo-filosófico Antonio Miranda vem com essa.

Refutação Ponto a Ponto

1. Provar a Existência de Deus

Miranda: Deus precisa de apologistas para provar sua existência, ao contrário de fenômenos como a gravidade.

Refutação: A necessidade de apologética não implica na inexistência de Deus. Fenômenos físicos são empiricamente verificáveis, enquanto a existência de Deus é uma questão filosófica e teológica, que exige diferentes abordagens epistemológicas. (Ver Alvin Plantinga, “God and Other Minds”)

A necessidade de apologética não implica na inexistência de Deus. Fenômenos físicos são empiricamente verificáveis, enquanto a existência de Deus é uma questão filosófica e teológica, que exige diferentes abordagens epistemológicas. Plantinga argumenta que a crença em Deus pode ser considerada basic (básica) e não necessita de provas empíricas. (Plantinga, Alvin. “God and Other Minds.” Cornell University Press, 1990)

2. Tribos Sem Crença em Deuses

Miranda: Algumas tribos não possuem crença no sobrenatural. Refutação: A ausência de crença em algumas culturas não refuta a existência de Deus. Culturas diversas possuem diferentes formas de espiritualidade e compreensão do divino. (Ver Rodney Stark, “Discovering God”)

A ausência de crença em algumas culturas não refuta a existência de Deus. Culturas diversas possuem diferentes formas de espiritualidade e compreensão do divino. Stark argumenta que a experiência religiosa é universal e que a ausência em algumas culturas não invalida a crença. (Stark, Rodney. “Discovering God: The Origins of the Great Religions and the Evolution of Belief.” HarperOne, 2007)

3. Argumentos Contra a Existência de Deus

Miranda: John Schellenberg e Graham Oppy argumentam contra a existência de Deus.

Refutação: Os argumentos de Schellenberg (problema do ocultamento divino) e Oppy (problemas lógicos) são contra-argumentados por filósofos teístas como William Lane Craig e Alvin Plantinga, que defendem a consistência lógica e a plausibilidade da crença em Deus. (Ver William Lane Craig, “Reasonable Faith”; Alvin Plantinga, “Warranted Christian Belief”)

Craig argumenta que os argumentos cosmológicos e teleológicos oferecem uma base racional sólida para a crença em Deus. (Craig, William Lane. “Reasonable Faith: Christian Truth and Apologetics.” Crossway, 2008)

Os argumentos de Schellenberg e Oppy, como o problema do ocultamento divino e problemas lógicos, são enfrentados por filósofos teístas que defendem a consistência lógica e a plausibilidade da crença em Deus. Alvin Plantinga, por exemplo, propõe a Teoria do Conhecimento Reforme que justifica a crença em Deus como uma crença racional básica (Plantinga, Alvin. “Warranted Christian Belief.” Oxford University Press, 2000).

4. Deus e a Necessidade de Adoração

Miranda: Um Deus perfeito não precisaria de adoração.

Refutação: A doutrina cristã não afirma que Deus precisa de adoração para sua perfeição, mas que a adoração é uma resposta natural e apropriada dos seres humanos ao reconhecimento da grandeza de Deus. (Ver C.S. Lewis, “Reflections on the Psalms”)

5. Deus e a Criação

Miranda: Se Deus é perfeito, por que criar um mundo imperfeito? Refutação: A criação do mundo é entendida como um ato de livre arbítrio e amor de Deus. Deus criou o mundo e os seres humanos para compartilhar sua bondade e amor, e a imperfeição é resultado da liberdade concedida às criaturas. (Ver Thomas Aquinas, “Summa Theologica”)

Aquino argumenta que Deus permitiu a imperfeição para que o bem maior da liberdade pudesse existir. (Aquino, Tomas. “Summa Theologica.” Benziger Bros., 1947)

6. Argumento da Contingência

Miranda: Se algo pode não existir, então não é Deus.

Refutação: Este argumento ignora a distinção entre seres contingentes e um ser necessário. Deus é concebido como um ser necessário, cuja existência não depende de nada externo, diferente dos seres contingentes. (Ver Thomas Aquinas, “Summa Theologica”)

7. Trindade e Amor Perfeito

Miranda: Um Deus em relacionamento perfeito não criaria seres imperfeitos.

Refutação: A criação não diminui a perfeição de Deus. O amor trinitário é auto-suficiente, e a criação é uma expressão livre desse amor. A imperfeição do mundo decorre do livre arbítrio concedido às criaturas. (Ver Richard Swinburne, “The Coherence of Theism”)

Teologia Trinitária: A criação é uma expressão livre do amor divino e não uma necessidade. Deus cria para compartilhar sua bondade e amor. Richard Swinburne argumenta que o amor verdadeiro implica na criação de seres livres capazes de amar e escolher (Swinburne, Richard. “The Coherence of Theism.” Oxford University Press, 1993).

Conclusão

Os argumentos apresentados por Miranda são refutáveis quando analisados à luz da filosofia teísta e da teologia cristã. A existência de Deus, a natureza da criação e a necessidade de adoração são questões complexas que têm sido debatidas e defendidas por séculos, com argumentos robustos que sustentam a visão teísta.

eferências Acadêmicas

  1. Plantinga, Alvin. “God and Other Minds.” Cornell University Press, 1990.
  2. Craig, William Lane. “The Kalam Cosmological Argument.” Wipf and Stock Publishers, 2000.
  3. Stark, Rodney. “Discovering God: The Origins of the Great Religions and the Evolution of Belief.” HarperOne, 2007.
  4. Plantinga, Alvin. “Warranted Christian Belief.” Oxford University Press, 2000.
  5. Lewis, C.S. “Reflections on the Psalms.” Harvest Books, 1964.
  6. Aquinas, Thomas. “Summa Theologica.” Benziger Bros., 1947.
  7. Swinburne, Richard. “The Coherence of Theism.” Oxford University Press, 1993.

Essas referências fornecem uma base sólida para a refutação dos argumentos de Miranda, oferecendo uma visão mais ampla e bem fundamentada da filosofia e teologia cristã.

Poderá ver o vídeo no youtube Aqui

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