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O Argumento Para Deus Que Os Ateus Mais Temem

O Argumento de Deus Que os Ateus Mais Temem

Entre os diversos argumentos para a existência de Deus, apenas um é frequentemente mencionado por ateus modernos como uma prova poderosa: o argumento do ajuste fino. Esse argumento sustenta que as leis da física do universo terem permitido a vida é algo incrivelmente improvável, comparável às chances de ganhar dez jogos de pôquer seguidos com “royal flushes”. Se você suspeitaria de design em tal sequência de vitórias, também deveria suspeitar de design nas leis altamente improváveis que governam o universo.

Neste artigo, exploraremos o que os ateus dizem sobre o argumento do ajuste fino, por que tantas pessoas o consideram convincente e abordaremos uma objeção relativamente nova a ele.

O Que Ateus Dizem Sobre o Ajuste Fino

Richard Dawkins, por exemplo, admite que o argumento do ajuste fino se aproxima de um bom argumento. Já o falecido ateu Christopher Hitchens também reconheceu que o argumento impressiona, pois, para ele, as chances de não haver nada são incrivelmente altas, tornando a existência do universo algo que merece ser explicado.

Outros ateus proeminentes, como o YouTuber “Rationality Rules” e “Genetically Modified Skeptic”, também classificam o argumento como forte. Apesar de não concordarem com sua conclusão, admitem que ele é intuitivamente persuasivo e capaz de resistir a muitas críticas. Alex O’Connor e Joe Schmidt, por exemplo, classificam o argumento como de alto nível, destacando que as explicações alternativas para o ajuste fino do universo frequentemente não parecem plausíveis.

Evidência que Leva à Reflexão

O filósofo Philip Goff, que era ateu, foi levado a reconsiderar sua posição devido ao ajuste fino das leis da natureza. Inicialmente, ele adotou uma visão chamada panpsiquismo, que considera a consciência como parte fundamental da realidade, e, eventualmente, passou a aceitar uma forma liberal de cristianismo.

Muitas pessoas acham o argumento do ajuste fino persuasivo porque buscam evidências para a existência de Deus que pareçam impossíveis de serem explicadas naturalmente. Por exemplo, em um debate com o ateu Dan Barker, foi sugerido que adivinhar corretamente o conteúdo de um envelope seria evidência suficiente para provar a existência de Deus, devido às baixíssimas chances de acerto por acaso. Se tal exemplo impressiona, por que não aplicar o mesmo raciocínio à improbabilidade muito maior do ajuste fino do universo?

Resposta às Críticas

É importante entender que o ajuste fino não implica que o universo foi “projetado de forma ótima” para a vida, mas apenas que as constantes das leis da física se encontram em uma faixa extremamente restrita que permite a vida. Essa probabilidade reduzida é surpreendente no contexto do ateísmo, mas faz sentido no teísmo, onde Deus teria criado o universo com esse propósito.

Alguns críticos argumentam que a maior parte do universo é hostil à vida, mas isso não enfraquece o argumento, já que ele não se refere à quantidade de áreas habitáveis, mas à precisão necessária para que qualquer forma de vida exista.

Reflexão Filosófica

William Paley, teólogo anglicano do século XVIII, apresentou um argumento semelhante ao do ajuste fino em sua famosa “analogia do relojoeiro”. Ele afirmou que, assim como um relógio indica a existência de um relojoeiro, a complexidade do universo aponta para um criador.

A objeção mais comum a Paley é que a evolução explica como a vida se tornou complexa ao longo do tempo, mas ele argumentava que suas ideias também se aplicam às próprias leis da natureza, que precisam ser explicadas.

O filósofo John Leslie ilustra o impacto do ajuste fino com um experimento mental: imagine uma grande parede branca com uma única mosca na frente dela. Ao redor, há outra parede vermelha com várias moscas. Se um tiro acertar a única mosca na parede branca, é razoável atribuir isso ao design, mesmo que a probabilidade de acertar qualquer mosca em geral seja alta. Esse exemplo destaca como eventos raros e específicos, como o ajuste fino do universo, exigem uma explicação.

Conclusão

O argumento do ajuste fino é uma das mais poderosas defesas da existência de Deus, pois lida com questões fundamentais sobre a improbabilidade do universo ser capaz de sustentar a vida. Mesmo os ateus que não concordam com sua conclusão reconhecem sua força e dificuldade em refutá-lo.

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