O grande matemático Paul Erdos comentou: “A matemática é a única atividade humana infinita”. Ele admitiu: “haverá milhões de anos antes que tenhamos qualquer entendimento e mesmo assim não será um completo entendimento, porque somos contra o infinito”. A matemática não pode ser explicada só pelo mundo físico. Erdos afirma: “Se você acredita em Deus, a resposta é óbvia. As verdades matemáticas estão aqui … e você acabou de redescobri-las”. O matemático teórico Andre Weil brincou: “Deus existe, já que a matemática é consistente, e o diabo existe, uma vez que não podemos provar isto”.
As verdade e esquisitices encontradas na matemática podem trazer grande admiração, pois há também grande poder dentro delas. No livro de James Nickel, “Matemática: Deus está em silêncio?” encontra-se a forma como a apologética de Van Til diz respeito à matemática. Nickel mostra por que a matemática só pode ser explicada pelo teísmo cristão; ele revela como os atributos ônticos de Deus são evidenciados em verdades matemáticas ao demonstrar que a aplicação e compreensão da matemática nunca é neutra. Os números infinitos existem na teoria e só pressupondo um infinito Deus trino pode justificar epistemologicamente números infinitos. Podemos contar de 1,2,3… e ir infinitamente. No entanto, nosso vasto universo é finito. Deus é a condição de verdade a priori para os números infinitos. Sem um Deus infinito, não podemos mensurar um número infinito já que o cosmos é finito e não tem capacidade de explicar a matemática; somente algo que não se limita ao universo finito material mas é transcendente é a única base possível: Deus.
Matemática: diversidade de Deus em Unidade
Grande é o nosso Senhor, e de grande poder; Seu entendimento é infinito (Salmos 147,5).
A revista Newsweek relutantemente admitiu sua ignorância com a pergunta: “Por que as leis da natureza são matemáticas? Isto é algo que atormenta os cientistas por cerca de 2500 anos”. Deus sustenta e mantém todas as coisas juntas. Esta é a razão pela qual a verdade matemática se aplica às ciências físicas e à física. Deus estabelece as bases, a fim de que a humanidade racional possa confiar e utilizar a matemática e a física. As diversas partes (diversidade de determinado número de coisas – muitas) e aplicações específicas de matemática concordam (“concordam” é uma expressão da unidade – única) umas com as outras por causa da tri-unidade de Deus. Sem Deus, não se poderia estudar matemática, porque é um estudo teológico da unidade e da diversidade em nosso mundo. O Deus eterno e infinito é a condição absoluta de que torna a matemática possível.
A matemática requer moralidade
O uso da matemática exige moralidade. Rejeitar a Deus e Sua lei moral faz com que não haja nenhuma obrigação para afirmar que dois mais dois são quatro, e que “A” não pode ser “A” e “não-A”, ao mesmo tempo, da mesma forma. “Devo” demonstrar uma verdade ou lógica matemática? Se assim for, devo fornecer bases morais imutáveis objetivas para isso, o que exige um Deus imutável. Para dois mais três para não serem quatro, em qualquer lugar, a qualquer momento, requer uma verdade universal: o que pressupõe um Deus onisciente (que fornece a lei moral). A lei de Deus impele todos os homens a dizer a verdade e proíbe mentir. Esta é a razão que nós ‘devemos’ afirmar que dois mais três é igual a cinco.
Pressupondo a Deus como a solução para todas as questões e o padrão para a verdade não significa que devemos construir um postulado teológico apenas para realizar tarefas rotineiras. No entanto, cada simples tarefa e cada parte de rotina pressupõe uma comunicação do Deus trino, porque usamos a lógica e a moral em todos nossas atividades. Deus é a condição prévia para toda a lógica e moral. Se pressupomos outra coisa que não Deus como nosso ponto de partida, vamos acabar com afirmações absurdas e contraditórias. A tri-unidade de Deus – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – é inevitável, se quisermos fazer sentido fora do nosso mundo. Rejeitar o Deus trino é acabar afirmando a sua própria morte filosófica. Negue a Deus e você cometerá suicídio lógico. James Nickel oferece muitas citações diversas sobre a história da matemática e oferece inúmeras afirmações relativas à necessidade da fundamentação teísta da matemática (sim, muitos alegam que aqui se usa ad verecundiam, mas todos os tratados devem, muitas vezes, pisar neste terreno a fins de comunicação). Este é um grande livro para apologistas, filósofos, ministros, e é escrito em um estilo acessível para os alunos.Teu trono está firmemente estabelecido desde há muito; Tu és desde tempo indefinido (Sl. 93,2).
Conheça meu novo livro de apologética que demonstra que a existência de Deus é necessária para o conhecimento, matemática e verdade:
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O que outros eruditos estão comentando sobre o livro de James Nickel:
Gene B. Chase, M.A., doutor em filosofia, C.C.P., Professor de Matemática e ciência da computação, Messias College: “Matemática: Deus está em silêncio?” é o livro que gostaria de ter escrito – uma abordagem profunda da história da matemática e as suas influências cristãs. Suas 400 páginas são muito extensas para uma primeira edição, dando mais oportunidade para mais citações de fontes primárias e mais oportunidade para Nickel oferecer suporte à sua posição. Esta posição é uma forte tradição reformada, até mesmo Kuyperiana. Mas não se limita a isto. A sua dívida ao filósofo jesuíta da ciência Stanley Jaki é muito clara.
Uma extensa bibliografia, índice, índice de Sagrada Escritura, e a barra cronológica fazem o livro uma profunda e abrangente obra de referência. As perguntas de fim-de-capítulo e duas seções pedagógicas extensas fazem-no uma útil obra de referência no treinamento de professores de matemática ou em qualquer ensino de matemática. O preço de 22 dólares não é muito caro e além disso é descontado para o uso de sala de aula para fazer ele mais disponível para os colégios, universidades ou alto cursos avançados da história da matemática. Nickel evita excessivas simplificações comuns da história de matemática. Por exemplo, ele credita a primeira lei do movimento de Newton a Filopono e Buridan (124). Ele corretamente distingue entre o mecanismo cartesiano e o materialismo hobbesiano (159). Ele também evite a efêmera espécie de matemática-teologia que Leonhard Euler, o grande matemático do século 18, disse zombando a Diderot: – ‘Monsieur, (a+b n)/n = x; donc Dieu existe, réponse! (‘Senhor, a mais b ao enésimo dividido por n é igual a x, por isso o Deus existe. Responda!) Nickel entremeia exemplos inspiradores da beleza de matemática. Todo professor de matemática cristão deve ler este livro.
Rev. Rousas John Rushdoony (1916 -2001), B.A., B.D., M.A., Ph.D., fundador da Chalcedon Foundation:
Poucos livros dos últimos anos têm a importância igual à obra pioneira de James Nickel: Matemática: Deus está em silêncio? Ele fornece a fundação teológica da matemática e muito mais. Nenhum teólogo ou o pároco pode evitar a tese de Nickel sem ter uma séria perda e mutilação intelectual. O criacionismo só pode perder, se evitar o estudo de Nickel. Todo aquele que ler este livro terá suas ideias mudadas ou alteradas.
Fonte: http://goddoesexistallknowit.blogspot.com.br/2011/07/mathematics-is-god-silent-by-james.html
Tradução: Emerson de Oliveira