“SEGUNDO AS ESCRITURAS É IMPOSSIVEL MARIA TER PECADO. -Segundo a lei deuteronômica quem cometesse QUALQUER INFRAÇÃODA LEI( pecado) ESTARIA SOB A MALDIÇÃO DA LEI (Dt 28 15,43), uma das maldições ao pecador seria “MALDITO SERÁ O FRUTO DO TEU VENTRE (Dt 28,18). Um amigo protestante me disse: ‘Mas a história é simples: Antes de Jesus o pecado era apenas a prática da transgressão. Com Jesus o pecado é apenas a intenção! Maria estava sobre a antiga aliança, sendo pois sem pecado sexual.’ O que Ele disse tem cabimento? Como posso responde-lo de forma efetiva?” – Fabiana Rodrigues Amorim
Olá, Fabiana. É um prazer responder as questões de nossos leitores. A doutrina (dogma) católico da Imaculada Conceição (ou que Maria foi miraculosa e antecipadamente preservada do pecado original de forma que pudesse conceber a Cristo). É preciso entender sua correta definição e explanação, à luz da explanação católica, para que se possa entender isso.
De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, Maria foi ” resgatada a partir do momento de sua concepção” e que foi ” preservada imune de toda a mancha do pecado original“.
Pela graça de Deus, Maria teve a graça de ser livre do pecado original, que foi perdida para a raça humana pela transgressão de Adão e Eva. Esta graça especial “vem totalmente de Cristo“.
Alguns comuns mal entendidos sobre o ensino católico:
- Que Maria é uma deusa.
- Que Maria é a fonte de sua impecabilidade.
- Que isso contradiz a passagem que todos pecaram. (Romanos 3,23;5,12)
As respostas a estas objecções – o que a Igreja Católica ensina:
- Que Maria não é Deus. Aqueles que afirmam que ela é Deus ou que os católicos a adoram estão deturpando os ensinamentos da Igreja Católica.
- A impecabilidade de Maria foi dado a ela por Deus como um dom. Maria é um ser humano criado. É seu papel como mãe de Cristo, que a faz especial.
- Memorando sobre a Imaculada Conceição, pelo Cardeal John Henry Newman
Assim, a questão da Imaculada Conceição não tem relação com Dt. 28,15. Alguns contestam a Imaculada Conceição e a consequente impecabilidade de Maria por nos ser dito que “todos pecaram” (Rom. 3,23). Além disso, alguns dizem, Maria disse “meu espírito exulta em Deus meu Salvador” (Lucas 1,47), e apenas um pecador precisa de um Salvador.
Vamos ver a segunda citação em primeiro lugar. Maria, também, precisou de um Salvador. Como todos os outros descendentes de Adão, ela estava sujeita à necessidade de contrair o pecado original. Mas por uma intervenção especial de Deus, realizada no instante em que foi concebida, foi preservada da mancha do pecado original e as suas consequências. Ela foi, portanto, redimida pela graça de Cristo, mas de uma maneira especial por antecipação.
Considere uma analogia: Suponha que um homem caia em um poço profundo, e alguém chega para tirá-lo de lá. O homem foi “salvo” do poço. Agora imagine uma mulher caminhando, e ela também está prestes a cair numa cova, mas no momento em que ela está a cair, alguém segura sua volta e a impede. Ela também foi salva da cova, mas de uma forma ainda melhor: ela não foi simplesmente retirada do poço, ela foi impedida de ficar manchada pela lama, em primeiro lugar. Esta é a ilustração que os cristãos têm usado por milhares de anos para explicar como Maria foi salva por Cristo. Ao receber a graça de Cristo, na sua concepção, ela teve sua graça aplicada a ela antes que ela fosse capaz de ficar atolada no pecado original e sua mancha.
O que a Igreja Católica quer mostrar é que existem exceções à regra. Nós entendemos que “todos pecaram”, mas acreditamos que Maria – e Jesus – não estão incluídos no este versículo. O “todos” em Romanos 3,23 foi traduzido da palavra grega pas. Como o uso da palavra “todos” hoje, não significa necessariamente que todos e cada pessoa sem exceção. Por exemplo, na mesma carta aos Romanos (11,26), São Paulo diz que “todo o Israel será salvo”, e em Mateus 2,3 diz que “todos de Jerusalém “estavam agitados. No entanto, todos de Israel foram salvos ou cada pessoa em Jerusalém estava agitada? Há uma abundância de outros exemplos como estes encontrados em toda a Bíblia. O ponto principal é que a palavra “todos” teve muitos significados diferentes na língua grega, e que não descarta a possibilidade de exceções em Romanos 3,23.