“Você mataria seu filho por Deus? Se você responde Sim você é um fanático religioso se você responde não, não acredita tanto assim. Você mataria seu filho por Deus? Você mataria os cananeus por Deus? Você faria tal coisa por Deus como no Antigo Testamento? “
A questão de Abraão e o “sacrifício” de Isaque. É improvável que qualquer outro pai humano tivesse maior amor por um filho do que o idoso Abraão tinha por Isaque. Que terrível choque deve ter sido, portanto, quando ele recebeu esta ordem: “Toma, por favor, teu filho, teu único filho a quem tanto amas, Isaque, e faze uma viagem à terra de Moriá e oferece-o ali como oferta queimada num dos montes que te designarei.” — Gênesis 22,1-2.
Vamos ver a pergunta: “Você mataria seu filho por Deus?” Vou dar uma ilustração do que essa pergunta levantada por ateístas está sugerindo. Vamos supor que você está escalando uma montanha com um guia quando ele o aconselha a “Solte a corda!” Isso não faz sentido, porque se você s0ltar a corda você cairá dentro da neblina e sem dúvida terá a morte certa sobre os penhascos rochosos muito abaixo. Mas este é o momento da verdade. Você confia em seu guia, ou não? Confiar em seu guia, e se submeter a sua direção, significa vontade de aceitar o que ele diz, mesmo quando não parece fazer sentido.
E assim, se você fechar os olhos, soltar a corda, e descobrir que há uma saliência rochosa escondida na névoa apenas dois metros abaixo? Não, não foi assim tão fácil?!Da mesma forma, o que os ateístas estão sugerindo com essa pergunta é que se nós vamos confiar em Jesus como nosso guia, temos que aceitar suas instruções, mesmo quando elas não fazem sentido.E tem outra questão para o ateísta: é verdade que o ateísmo oferece uma moral superior à encontrada na Bíblia? Já que o ateísmo não crê em moral absoluta, como pode arvorar que atos de Deus na Bíblia foram supostamente “bons” ou “maus”?Deve ter sido difícil para Abraão entender a razão dessa penosa ordem. Não obstante, ele mostrou a sua costumeira pronta obediência. (Gênesis 22:3) Depois de três dias aflitivos, ele chegou ao monte selecionado. Ali ele construiu um altar e colocou lenha nele. A essa altura, provavelmente já havia explicado a ordem de Deus a Isaque, que facilmente poderia ter fugido. Em vez disso, Isaque permitiu que seu idoso pai amarrasse os seus braços e pernas e o deitasse sobre o altar. (Gênesis 22,4-9) Ao que podemos atribuir tal obediência?
Abraão cumprira fielmente as suas responsabilidades para com Isaque, conforme delineadas em Gênesis 18,19. Sem dúvida havia incutido em Isaque o propósito de Deus de ressuscitar os mortos. (Gênesis 12,3; Hebreus 11,17-19) Isaque, por sua vez, era objeto de profundo amor da parte de Abraão e desejaria agradar a seu pai em tudo, especialmente quando se tratasse de fazer a vontade de Deus. Que excelente lição para as famílias cristãs da atualidade! — Efésios 6:1, 4.
Daí veio o clímax do teste. Abraão apanhou o cutelo. Mas, estando prestes a matar seu filho, Deus o impediu e disse: “Agora sei deveras que temes a Deus, visto que não me negaste o teu filho, teu único.” (Gênesis 22,11-12) Quão ricamente Abraão foi recompensado por ouvir do próprio Deus a declaração de sua justiça! Podia agora sentir-se seguro de ter correspondido ao que Deus exige de um humano imperfeito. O que é mais importante, a avaliação anterior que Deus fizera da fé de Abraão foi vindicada. (Gênesis 15,5-6) Depois disso, Abraão sacrificou um carneiro que foi milagrosamente provido para substituir a Isaque. Daí ele ouviu Deus confirmar, por voto juramentado, as promessas do pacto. Mais tarde, ele tornou-se conhecido como amigo de Deus. — Gênesis 22,13-18; Tiago 2,21-23.No entanto, sabia que Isaque também enfrentou com êxito uma grande prova nessa ocasião? Já então, ele era mui provavelmente um rapaz forte. Caso quisesse, poderia ter facilmente resistido a seu pai ou fugido. Mas não, ele se submeteu obedientemente a seu pai. Ao fazer isso, Isaque bem representou como Jesus Cristo se submeteria à vontade de seu Pai celeste até à morte na cruz, dizendo: “Não como eu quero, mas como tu queres.” — Mat. 26,39; Fil. 2,5-8.
Se Isaque nunca foi sacrificado, devido à intervenção de Deus, então não se pode afirmar que Deus aceitou o sacrifício humano nesta ocasião. Na verdade, uma vez que Deus interveio e ordenou a Abraão para não sacrificar seu filho (Gênesis 22,12), Abraão pecaria se ele tivesse continuado com o sacrifício. É impossível afirmar que Deus aceitou o sacrifício de Isaque, quando a Bíblia afirma especificamente que Ele impediu.
O sacrifício de Abraão foi “ilustrativo”. (Hebreus 11,19) Tipificou o doloroso e custoso sacrifício que Deus fez ao enviar seu amado Filho a terra para morrer como “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. (João 1,29) E a prontidão de Isaque para morrer ilustra como o Isaque Maior, Jesus Cristo, amorosamente submeteu-se à vontade de seu Pai celestial. (Lucas 22,41-42; João 8,28-29) Por fim, assim como Abraão recebeu seu filho vivo do altar, Deus recebeu seu filho amado de volta dentre os mortos, gloriosamente ressuscitado. (João 3,16; 1 Pedro 3,18) Quão encorajador tudo isso é para os que hoje buscam a amizade com Deus! No caso de Abraão, Deus estava testando a fé de Abraão e sua obediência. Isaque nunca foi morto já que Deus disse NÃO a Abraão matar seu filho.
Poderíamos perguntar: “Se Deus é onisciente Ele deve ter sabido o que Abraão faria, sem qualquer experiência. Por que, então, essa tortura desnecessária?” Mas, como Agostinho observou, seja o que Deus sabia, Abraão, de qualquer modo, não sabia que sua obediência podia suportar tal ordem até que o evento lhe ensinasse: e a obediência que ele não sabia que ele iria escolher, ele não podia ser dito ter escolhido. A realidade da obediência de Abraão foi o ato em si, e que Deus sabia que Abraão “obedeceria” foi a obediência real de Abraham no topo de montanha naquele momento. Dizer que Deus “não precisa de ter tentado o experimento” é dizer que, já que Deus sabe, as coisas conhecidas por Deus não precisam existir.
Abraão nasceu em Ur da Caldéia da. Mesopotâmia (atual Iraque). Os achados arqueológicos têm demonstrado que os sacrifícios de crianças e adultos ocorriam com frequência. O sacrifício do filho de Abraão teria sido o esperado e aceitável nos dias de Abraão. Abraão foi além do mundo que ele viveu já que Deus não estava no acordo sacrifício humano – Deus estava tentando impedir completamente o sacrifício humano através de Abraão.
Deus é e sempre será indiscutivelmente contra o sacrifício humano.
Assim, a pergunta “Você mataria seu filho por Deus?” é uma falácia de petição de princípio, uma pergunta inconstante e uma falácia do plurium interrogationum. Então, por que Abraão ofereceu seu filho Isaque? Ele fez isso por obediência, crendo que Deus poderia ressuscitá-lo dos mortos (Hb. 11,19), E também em sua obediência, ele atuou o verdadeiro sacrifício do filho único e verdadeiro gerado, Jesus. Exato. Respondido.