Um leitor do Logos perguntou: “Olá, amigos do Logos. Tudo bem? Gostaria de saber como faço para refutar essa ideia de Nietzsche: “Se o poderoso deus controla o diabo ele é cumplice, e se não controla, ele não é poderoso”. Obrigado.
Olá, amigo. Obrigado por sua pergunta. É um prazer responder e podem sempre nos enviar suas dúvidas e questionamentos. Na verdade, Nietzsche plagiou essa frase de Epicuro, que formulou o argumento um pouco mais pormenorizadamente por volta de 500 A.C. Um conhecido meu me mandou este gráfico como o tipo de desafio:
A replicação a isto é:
– “Deus quer prevenir o mal, mas não pode?”
Um mundo sem vida senciente seria sem mal, pois o mal só é cometido por coisas com vontade e experimentado por coisas com vontade. Assim, onde há vontade, há bons e maus. Deus escolheu criar seres com vontade.
– “Ele consegue, mas não quer?”
A vida seria ininteligível se Deus substituísse nossa vontade toda vez que tentássemos fazer o mal. A constante supressão divina de causa e efeito em si seria má e violaria a premissa de que Deus é bom.
– “Ele quer e ele consegue?”
É apropriado perguntar a um ser humano se ‘quer e consegue’, contudo Deus é a realidade pura e Ele simplesmente é e faz. A vontade divina não pode se comparar com o ser humano fazem. A vontade divina não tem confusão ou hesitação e só age de acordo com o que é correto. Isto não é um limitação, pois a desejar o que é mau é sofrer e causar perda. Deus é a plenitude do ser e não pode sofrer a perda.
– “Ele não quer e não consegue?”
Se a suspensão de vontade em Suas criaturas sencientes é má, Deus não faria isto. Não é uma questão de capacidade ou vontade, mas da natureza de Deus.
ATEUS: PERDENDO DESDE 342 A.C.
