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Jo.10,33 – a maior prova que Jesus é Deus?


Por: Emerson de Oliveira

“Responderam-lhe os judeus: Não é por obra boa que te apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia, pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo”. (Almeida Atualizada)

“Os judeus responderam-lhe: “Nós te apedrejamos, não por uma obra excelente, mas por blasfêmia, sim, porque tu, embora sejas um homem, te fazes um deus“. (Tradução do Novo Mundo)

Este é um dos versículos talvez menos citados numa conversa com uma Testemunha de Jeová, visto que o principal seja Jo.1.1, em que o Verbo é declarado Deus. Mas este versículo revela algo que deveria ser óbvio: os judeus procuraram matar Jesus porque este havia se feito Deus (ou igual a Deus).
Todas as versões bíblicas respeitáveis que eu tenho em mãos (Bíblia de Jerusalém, LEB, TEB, TLH, Vulgata e outras) dizem que Jesus se igualou a Deus, não que alegou ser um deus (como outros deuses falsos). Vamos analisar o versículo.
Nas versões respeitáveis fica claro que Jesus estava afirmando ser Deus, não um deus qualquer. A TNM, na tentativa de ocultar este fato, incluiu o “um” na frente do “deus”. É óbvio que em grego não havia maiúsculos ou minúsculos para podermos diferenciar o Deus verdadeiro de um deus falso, mas não há este “um” na frente. Tentaram com isso fazer o mesmo que haviam feito em Jo.1.1 (que não tem nenhum “um” na frente de Deus). Mas a “comissão” não parou por aí. Além de incluírem “um”, na tradução em português colocaram deus minúsculo, para desviar a atenção dos incautos que Jesus é Jeová. Os judeus esperavam que o Messias fosse o Filho de Deus (não um Filho de Deus) e sabiam que Ele teria a divindade. Quando acusaram Jesus de clamar ser igual a Deus, sabiam que era igual a Deus Jeová, não um deus falso. Jesus afirmou unicidade com o Pai (Jo.14.8-11) mas as Testemunhas alteraram todas as vezes que se falava “em mim” em “união comigo”. Esta talvez seja a mais clara modificação feita propositalmente para enganar os leitores.
Outro versículo em que Jesus mostra bem claro sua igualdade com Deus é em Jo. 5.18:
“Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus”. Notem que neste versículo as TJ não alteraram nada em sua tradução (não colocaram “igual a um deus”) mas deixaram como está. Lembremos que os judeus entendiam as Escrituras melhor que as Testemunhas de Jeová e entenderam que Jesus estava dizendo ser igual a Deus (não um deus). A palavra para “igual” aqui, em grego, é “ison”, que tem o sentido de “igualdade em qualidade e quantidade”. Jesus explica qualquer mal entendido em Jo.5.19-47 para mostrar que Ele tinha os mesmos atributos com o Pai (era igual em essência, não em pessoa). Os judeus não tinham gostado de Jesus ter “quebrado o sábado” e agora não tinham gostado mesmo Dele ter chamado a Deus de “seu Pai”. Eles sabiam que não tinha dito isto no mesmo sentido que eles chamavam a Deus de Pai mas que tinha dito que Deus era só o Pai “Dele” e ainda por dizer “ser igual a Deus”.
Portanto, estes dois versículos são a maior prova da deidade do Pai e do Filho e que as Testemunhas enganosamente alteraram o versículo de Jo.10.33 para ensinar outra coisa. “O significado correto de isos em Jo. 5:18, ‘fazendo-se igual a Deus’ é claramente definido pela cláusula anterior, onde seus oponentes dizem que Ele tem a ‘Deus por seu Pai’  (em grego, idion patera, i.e. Seu Pai num sentido mais exclusivo; compare com idiou huiou de Rm. 8:32, aplicando o mesmo adjetivo para o Filho em Sua relação com o Pai, i.e. Seu Filho em um sentido que ninguém mais pode dizer que tem o mesmo título). Eles corretamente interpretaram a linguagem de Jesus como uma declaração de que Ele era o Filho de Deus de um modo que o colocava em igualde com Deus. A acusação contra Ele não foi por Ele ter dito que era ‘como’ (homoios), mas que Ele era ‘igual’ (isos), i.e., do mesmo grau e autoridade” (Enciclopédia Internacional Padrão da Bíblia, 1996)

Tudo prova na Bíblia que Jesus era Deus (compartilhava com o Pai a divindade) e não era “um deus” ou “agente de Jeová” como as Testemunhas alegam pois Jesus disse e fez coisas que somente a divindade podia fazer (Jo.5.1-19).

 

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