O ator James Faulkner diz que, enquanto filmava Paulo, o apóstolo de Cristo “o Espírito moveu-se dentro de mim” e “ficou comovido”. Faulkner interpreta S. Paulo no filme de março de 2018, lançado em Blu-ray em 19 de junho.
Faulkner contou à Catholic Digest como o papel de S. Paulo o mudou, como ele gostaria de interpretar mais papéis como esse, sobre sua cena favorita no filme e muito mais. Ele também compartilhou um segredo sobre o ator Jim Caviezel.
P : Eu vejo no IMDB.com que você tem quatro filmes em pós-produção e um em filmagem. Quando você dorme?
R: Eu não estou em todos os dias Essa é a grande coisa de se interpretar um vilão – o vilão só trabalha três dias por semana. O herói trabalha todos os dias; esse é o problema. Para Paulo, eu estava em praticamente todos os dias.
P: Quando você estava se preparando para o papel de Paulo, posso imaginar que você estava tentando entrar na cabeça de Paulo. Você já reparou se interpretar o papel mudou você de alguma forma duradoura?
A: Eu diria: “Sim. Completamente. Espero poder ter um pouco de Paulo. Isso me abriu, me tornou muito mais paciente, muito mais amoroso e muito mais perdoador. Espero me apegar aos principais traços de personalidade de Paulo. Não quero voltar a ser um terrível e velho autoritário gritando ordens às pessoas.
Mas, adivinha? Adivinha o que estou interpretando agora? Um general maluco. O que ele faz? Dar ordens.
P: Quando você interpreta um personagem ruim, isso afeta você de maneiras negativas?
A: Bem, eu ainda tenho que matar alguém.
Isso deixa você um pouco louco. Atualmente, estou interpretando um personagem que não é necessariamente ruim; ele só tem um ponto de vista diferente e é profundamente excêntrico. Minha esposa – como você bem pode apreciar – às vezes se vê jantando com alguns personagens muito estranhos, de fato.
P: Como foi a sua esposa jantar com você quando você estava interpretando Paulo?
A: Ah, ela adorava jantar comigo quando eu era Paulo. Ela não conseguia o suficiente de Paulo. Tantas pessoas estão apaixonadas por Paulo – quem era Paulo, o que ele fazia e o tipo de homem que ele era.
É um privilégio enorme interpretar alguém como ele. Eu tive que ter um pouco da paciência e amor de Paulo esfregando em mim. Ser imbuído pelo seu espírito foi uma experiência maravilhosa.
P: Ao desempenhar o papel, você sentiu Deus trabalhando em você?
A: Algo estava trabalhando em mim. Um espírito se moveu dentro de mim – sim, aconteceu. Eu fiquei comovido com isso; Eu fui transformado por isso. Eu não me conheço no filme. Eu vejo fotos minhas no papel de Paulo e a expressão em seus olhos, e não conheço esse homem. Algo estava acontecendo.
P: Jim Caviezel tem uma grande base de fãs católicos. Você tem algum segredo ou histórias memoráveis para compartilhar sobre ele?
A: Jim! A grande coisa sobre Jim é que quando ele se entrega em uma de suas coisas, eu não posso sempre segui-lo. Ele é muito mais versado do que eu sobre a fé católica. Eu sempre poderia trazê-lo para a terra, porque ele é apaixonado por carros como eu sou. Se você se perder em uma conversa de Jim Caviezel, basta trazer carros – se você sabe sobre carros – e você vai ter o show na estrada novamente .
Q: Pensando em seus papéis favoritos, Paulo faz o seu top 10?
A: Ah, sim, muito mesmo. Eu me senti muito feliz por ser escolhido como Paulo para permitir que algo da minha natureza melhor aparecesse.
Nem todo papel que você interpreta mexe com você; nem todo papel que você interpreta deixa você entrar no personagem; nem todo papel tem escrito que seja bom o suficiente para dar uma visão real da humanidade da pessoa que você está retratando.
Andrew Hyatt fez um belo trabalho com o roteiro e como diretor. Eu acho que ele só teve que me dar três notas durante toda a minha filmagem. Ele me escreveu uma longa carta antes de começarmos a filmar, explicando qual era o segredo de interpretar Paulo. Eu escutei Andrew, e ele me contou algumas grandes verdades. O sucesso de Paulo – meu retrato de Paulo – é devido a Andrew Hyatt.
P: O que a Hyatt disse foi o segredo para interpretar Paulo?
Foi em grande parte sobre a abordagem de Paulo e sua abordagem para outras pessoas. Paulo está tão em paz com seus semelhantes, mas não em paz consigo mesmo. Ele foi torturado por sua vida anterior, mas de modo algum ele iria transmitir isso para aqueles que ele encontra. Andrew me deu isso. Não há raiva em Paulo – isso é ótimo quando você é provavelmente uma pessoa irritada como eu.
Q: Você é uma pessoa com raiva?
A: Provavelmente.
P: Paulo foi um dos papéis mais difíceis de interpretar?
A: De jeito nenhum. Eu realmente não tive que pensar nisso. Eu tomei uma abordagem muito simples. Eu não tinha escolha porque tinha pouco tempo de preparação. Eu deixei o roteiro – a personalidade de Paulo – passar por mim.
É ótimo quando você pode sentar-se o suficiente – não colocar as verificações e controles usuais da maneira que um ator pode se exercitar – e apenas ficar lá de mente aberta, franco e deixar o papel falar com você. É uma experiência fantástica.
P: O que sua família e amigos acharam da sua interpretação de Paulo?
A: Minha esposa viu isso – adorou. Meus filhos ainda precisam ver isso. Meu agente não viu. Ele é muito duro comigo. Estou ansioso para ouvir o que ele tem a dizer.
Q: Qual foi sua cena favorita no filme?
A: O discurso de Paulo sobre o amor; É muito importante essa cena.
Eu também amei o final quando Paulo está em paz com a Maurício; ele se despede de Lucas e depois eu leio 2 Timóteo sobre as fotos da montagem. Eu desafio ninguém a se emocionar com os últimos 10 minutos do filme.
NOTA DO EDITOR: Leia a entrevista da Catholic Digest com o ator Jim Caviezel, que interpreta St. Luke no filme, aqui. Assista um trailer aqui.
Fonte: http://www.catholicdigest.com/news/conversation/james-faulkner-shares-a-few-secrets-and-talks-about-his-role-as-paul/
Tradução: Emerson de Oliveira
