“O Jihad é uma das portas para o Paraíso, que Alá abriu para Seus amigos mais importantes”, este é um dos primeiros ensinamentos que o Islamismo radical passa para as crianças sobre a guerra santa.
São eles os filhos dos fanáticos que são instruídos desde pequenos para transformar o futuro em um pensamento fixo: derrotar o Ocidente e dar a vida pelo Estado Islâmico.
O drama das crianças jihadistas veio novamente à tona nesses dias, desde que circularam nas mídias do mundo imagens dos pequenos que traziam nas mãos as cabeças dos “infiéis” assassinados. Além de receberem a doutrinação incessante por suas famílias.
Na “guerra santa”, escreveu o jornal italiano La Repubblica, dia 14 de agosto, as crianças são verdadeiras cobaias. Cobaias para o martírio dos extremistas islâmicos e pilar humano do futuro Califado, como esperam os jihadistas do Estado Islâmico (EI).
A ascensão do EI, acusado de loucura genocida contra o povo yazidi, está aterrorizando o mundo. Dia após dia surgem detalhes aterrorizantes da ideologia deste movimento fundamentalista, como a doutrinação de menores.
No vídeo do Vice News, dia 8 de agosto, um jihadista da cidade de Raqqa (Síria setentrional), lembra que o filho adotivo de Maomé “guiava um exército aos 17 anos” contra os romanos.
Mas o Estado Islâmico recruta crianças não apenas para combater, mas sobretudo para moldar a nova geração do “futuro Califado”: “serão eles os protagonistas do Estado Islâmico”, diz um combatente aos jornalistas do Vice.
A maior parte dos meninos crescidos à sombra do califa Baghdadi têm entre 14 e 17 anos, mas existem também crianças menores, como uma imortalizada com a cabeça de um militar sírio nas mãos, que o pai transferiu da escola para as trincheiras dos jihadistas de Raqqa, segundo o jornal italiano La Stampa, dia 13 de agosto.
No vídeo do Vice, citado na reportagem do jornal italiano, evidenciam-se testemunhos de arrepiar.
“Tenho 9 anos, faço parte do Estado Islâmico, estou indo para o campo de treinamento para aprender a usar o rifle Kalashnikov e combater os russos, a América, os infiéis”, conta uma criança saindo das águas do Eufrates, rio onde o povo implantou seu reino entre a Síria e o Iraque.
Outra criança conta com orgulho: “comecei a combater aos 13 anos e agora que tenho 15, ainda combato”. Este “pequeno assassino” passou da al-Qaeda ao EI, que neste momento aterroriza o Iraque e o mundo.
Ele fala como se fosse protagonista da história: “Quando eu estava com Nusra, tinham 7 mujahedin menores de 18 anos, com os outros tem 15 ou 20 em uma milícia de 40 pessoas. Participei da ofensiva e da operação de defesa. Minha primeira batalha foi na região de Aleppo, colocamos minas em um edifício militar”.
O que mais impressiona, escreveu Articolo 3, dia 12 de agosto, é que as crianças agem com destaque e profissionalismo: pequenos soldados manipulados que se tornam um pesadelo para os adultos.
Mas não existe somente a geração do Califado: no mundo são pelo menos 300 mil os pequenos guerreiros, e não somente sob a bandeira negra do Jihad.
Fonte: aleteia.org