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Expert analisa as evidências do Sudário de Turim

O Sudário de Turim é Real? Análise Especialista com Novas Evidências de Raios-X

Recentemente, novas evidências científicas surgiram, trazendo à tona a discussão sobre a autenticidade do Sudário de Turim. A técnica de dispersão de raios-x de ângulo largo (WAXS, na sigla em inglês) foi utilizada para medir o envelhecimento natural encontrado nas fibras do tecido do Sudário, comparando-o com outros tecidos de linho de idade conhecida. Esta nova abordagem levanta questões sobre a precisão da datação por carbono-14, que sugeria que o Sudário tinha apenas 700 anos.

O Que é a Técnica de Dispersão de Raios-X de Ângulo Largo?

De acordo com Russ Brol, especialista que tem pesquisado e lecionado sobre o Sudário de Turim por 40 anos, a técnica de dispersão de raios-x de ângulo largo mede o envelhecimento natural que ocorre nas fibras de tecidos ao longo do tempo. Ao examinar as fibras sob um microscópio, elas se parecem com um feixe de espaguete, e ao longo dos anos, essas fibras sofrem quebras naturais. Medindo a quantidade de quebras nas fibras, é possível estimar a idade do tecido.

Um estudo recente comparou a quantidade de envelhecimento natural nas fibras do Sudário de Turim com pedaços de linho de idade conhecida, como um tecido retirado de Masada, datado do primeiro século. Os resultados mostraram que o envelhecimento presente nas fibras do Sudário é muito maior do que se ele tivesse apenas 700 anos, como sugerido pelos testes de carbono-14.

Razões para Ceticismo

Embora os resultados sejam intrigantes, há razões para manter o ceticismo. A datação de artefatos geralmente não utiliza a técnica de dispersão de raios-x de ângulo largo, que ainda é uma metodologia relativamente nova e não convencional para esse propósito. Muitos críticos perguntam por que, se os testes de carbono-14 estão errados, um novo teste de carbono-14 não foi realizado para validar os resultados anteriores.

Além disso, em 2013, o professor Giulio Fanti usou espectroscopia e análise mecânica para comparar a deterioração em fibras do Sudário com outras fibras conhecidas, e encontrou uma faixa de datação de 280 a.C. a 220 d.C., sugerindo que o Sudário poderia realmente ter uma origem muito mais antiga.

Outras Evidências Científicas

A pesquisa científica sobre o Sudário de Turim é vasta. Em 1978, uma equipe de 33 cientistas americanos teve acesso ao tecido por cinco dias, coletando dados que sugerem que o Sudário não é obra de um artista. A imagem inexplicável de um homem crucificado com barba de 1,80 m não possui substâncias artísticas conhecidas que possam explicar sua origem. Além disso, as manchas de sangue no tecido correspondem às feridas da crucificação descritas nos quatro Evangelhos e foram identificadas como sendo do tipo AB, com DNA humano masculino.

Problemas com a Datação por Carbono-14

Os problemas com a datação por carbono-14 do Sudário de Turim, realizada em 1988, também são destacados. Os três laboratórios responsáveis pela datação deveriam cortar amostras de três locais diferentes do tecido, mas acabaram usando apenas uma amostra da borda externa, uma área que foi manuseada inúmeras vezes ao longo dos séculos. Essa escolha de amostra pode ter contaminado os resultados. Estudos posteriores, como o realizado pelo químico Ray Rogers em 2005, revelaram que as amostras de carbono-14 continham algodão misturado com as fibras de linho, algo não encontrado no corpo principal do Sudário.

Em 2019, uma publicação na revista “Archaeometry” revelou que dados importantes foram omitidos na publicação original dos resultados de carbono-14. A inclusão de todos os dados disponíveis teria mostrado que os resultados da datação por carbono-14 não passariam nos testes de confiabilidade estatística.

Conclusão

A nova evidência de dispersão de raios-x de ângulo largo, juntamente com outras abordagens científicas, sugere que a datação por carbono-14 pode não ser tão confiável quanto se pensava inicialmente. Embora não possamos provar de forma definitiva que o Sudário de Turim é o verdadeiro sudário de Jesus, a pesquisa continua a questionar as conclusões anteriores e a explorar novas metodologias para entender melhor este mistério antigo.

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