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“Sem Deus, a moral é o que você quiser. Com isso, justifiquei minhas loucuras”, diz Lambesis na prisão

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Ex-roqueiro encara as consequências do niilismo. Tim Lambesis ainda fingia ter fé para vender discos e – diz ele – educar as crianças sobre a vida real… era viciado em esteroides e queria matar a esposa.

A estrela de “rock cristão” Tim Lambesis (metal pesado), após ser condenado por tentativa de assassinato de sua ex-mulher diz que nem ele e a maioria dos membros de “bandas cristãs” são cristãos. Depois de deixar a banda Society´s Finest onde tocava como guitarra, o vocalista Tim Lambesis, formou o As I Lay Dying em 2000. Foi considerado como uma banda de “heavy methal cristão”.  Tim Lambesis admitiu no mês passado ter contratado um assassino para tentar matar sua ex-mulher Meggan Lambesis Murphy. Ele foi condenado a seis anos de prisão.

Lambesis estava em uma briga com sua esposa pela custódia de seus três filhos. De acordo com documentos do julgamento, em maio de 2013, perguntou a um personal trainer em seu ginásio, se eu conhecia alguém que poderia matar sua esposa. O gerente chamou a polícia e uma operação secreta levou à sua prisão.

Agora, o fundador de As I Lay Dying fez outra confissão: o cantor de metal cristão indicado ao Grammy, disse que ele não era um verdadeiro cristão enquanto líder da banda de rock de sucesso.

Lambesis, logo após o início do julgamento, reconheceu em uma entrevista que ele não era cristão. Diante dessa declaração perguntaram-lhe: “E você não sabia que as pessoas pensavam que era um cristão. Você não estava mentindo por omissão?”.

Lambesis respondeu: “Eu estava com medo que afetaria As I Lay Dying em vendas afetando também meus ganhos (…) Para dizer a verdade, eu sou um ateu, e essa ‘estratégia’ que se seguiu foi covarde”.

[O rock cristão nos EUA pode ser uma fonte de lucro considerável. Por outro lado, na Espanha, e até mesmo na América Latina, raramente é rentável e grupos que se dedicam a isso o fazem para o ministério e paixão musical, geralmente apenas para cobrir as despesas. Nota REL]

Lambesis acrescenta que sua banda As I Lay Dying já percorreu os EUA com muitas outras bandas “cristãs” que, na verdade, ele diz que eles não eram cristãs.

Em 12 anos de turnês com As I Lay Dying estima-se que apenas uma em cada dez “bandas cristãs” com as quais viajou eram verdadeiramente cristãs.

“Na verdade, eu não sou o primeiro membro de  As I Lay Dying que deixa de ser cristão. Acho que fui o terceiro de reconhecer. Falei sobre a possibilidade de continuar a tomar o dinheiro do ‘mercado cristão,”’ Lambesis disse.” E podemos concluir que estamos apenas cantando sobre coisas na vida real. Estas crianças cristãs precisam ouvir sobre a vida real, porque vivem em uma bolha. “

Em uma completa entrevista para a Altpress (em inglês), Lambesis é descrito como uma pessoa profundamente interessada ​​em filosofia. Note-se que quando ele tinha 20 anos, começou a estudar o assunto e questionar a fé evangélica tradicional, em que ele tinha sido educado.

Em seu caminho para da fé ao ateísmo reconhece que esta crise de fé teve uma influência fundamental sobre as decisões tomadas sobre a sua infidelidade e, finalmente, a tentativa de assassinato de sua esposa.

Sob a influência de pensadores ateus como Harris, Dawkins e Hitchens, o cantor de rock diz que descobriu que a moral deixava de ser absoluta ser mantido para ser “relativa“.

“Quando eu deixei toda a crença em Deus, não tinha onde colocar os pés. Tinha 30 anos e eu me perguntei: ‘de onde é que a moralidade vem?’ Se Deus não existe, então a moralidade é o que eu quero que seja. Isso começou a justificar um monte de comportamento louco na minha vida”, diz Lambesis, referindo-se a sua infidelidade e dependência de esteróides, para o qual ele se tornou viciado.

O cantor de rock reconhece que esta abordagem estava “errada” e que trouxe conseqüências terríveis. “Sei que agora nem mesmo ateus defendem esse ponto de vista” porque é “óbvio” que “as ações que realizamos têm consequências.”

Agora na cadeia, ele explica que continua a pensar sobre a relação entre filosofia, ciência e fé.

Ele contou que leu com interesse William Lane Craig, apologista cristão conhecido o qual ele considera “um verdadeiro filósofo”, e que lheajudou a recuperar a “racionalidade” da crença. Algo que admite ter-lhe ajudado a não continuar linha de vida niilista que havia assumido e que considera que o teria sido suicídio.

[No fundo, uma questão perturbadora: que base tem um ateu para ser ético e humanista, quando poderia muito bem ser um niilista e hedonista?. Nota REL]

Fonte: http://www.religionenlibertad.com/
Tradução: Emerson de Oliveira

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