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Detonando o vídeo: Quem foi JESUS

Mais uma vez vamos refutar esse palpiteiro de Youtube.

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1. Método de Estudo e Fontes

Alegação: “Verdades Ocultas” afirma que o estudo da historicidade de Jesus deve começar pela tradição judaica, passando por várias fontes e tradições, incluindo os Manuscritos do Mar Morto e o Livro de Enoque, sugerindo uma base histórica ou mitológica para Jesus nesses textos.

Refutação: A pesquisa histórica sobre Jesus de Nazaré segue rigorosos métodos acadêmicos, que se concentram em evidências diretas ou quase contemporâneas. A tentativa de conectar Jesus aos Manuscritos do Mar Morto ou ao Livro de Enoque não encontra suporte substancial entre os estudiosos. Enquanto os Manuscritos do Mar Morto fornecem informações valiosas sobre o judaísmo do Segundo Templo, não há evidências que liguem diretamente esses textos a Jesus. Como aponta o historiador Geza Vermes, os Manuscritos do Mar Morto refletem um movimento essênio, que, embora contemporâneo de Jesus, não tem conexão direta com ele ou com o cristianismo nascente .

2. Evidências Documentais

Alegação: “Verdades Ocultas” argumenta que os únicos documentos sobre Jesus são os Evangelhos, escritos décadas após sua morte, sugerindo a falta de evidências contemporâneas para a existência de Jesus.

Refutação: É verdade que os Evangelhos foram escritos décadas após a morte de Jesus, mas isso não é incomum para figuras históricas antigas. Além dos Evangelhos, há referências a Jesus em fontes não cristãs, como as obras do historiador judeu Flávio Josefo e do historiador romano Tácito. Josefo, em suas “Antiguidades Judaicas”, menciona Jesus em dois trechos, conhecidos como Testimonium Flavianum (embora a autenticidade desse texto seja debatida) e a referência a Tiago, “irmão de Jesus, chamado Cristo” . Tácito, escrevendo em “Anais” cerca de 116 d.C., refere-se à execução de Jesus sob Pôncio Pilatos, confirmando sua existência histórica e a fundação do cristianismo .

Verdades Ocultas afirma que os únicos documentos sobre Jesus são os Evangelhos e que não há evidências da época em que Jesus viveu. Isso é parcialmente correto, mas incompleto. Os Evangelhos foram escritos décadas após a morte de Jesus, mas são baseados em tradições orais e escritos anteriores. Além disso, há referências a Jesus em fontes não cristãs, como nas obras de Flávio Josefo e Tácito. Embora essas referências sejam breves, elas corroboram a existência de Jesus como uma figura histórica .

Os manuscritos do Novo Testamento mais antigos, como o Papiro Rylands P52, datado de cerca de 125-150 d.C., indicam que o Evangelho de João já circulava amplamente no início do século II, sugerindo que o texto original foi escrito no final do século I. Essa evidência é crucial para situar o Evangelho de João, assim como os outros Evangelhos, no século I.

  • Referência: Roberts, C. H. An Unpublished Fragment of the Fourth Gospel in the John Rylands Library. Manchester University Press, 1935.

 

3. Cartas Paulinas e Divergências

Alegação: “Verdades Ocultas” sugere que existe uma distinção significativa entre o “Jesus Paulino” e o “Jesus dos Evangelhos”, implicando que Paulo de Tarso teria criado uma versão distinta de Jesus.

Refutação: A crítica das Cartas Paulinas e dos Evangelhos deve considerar o contexto teológico e pastoral em que foram escritos. Paulo, escrevendo em um ambiente missionário, foca principalmente na teologia da cruz e da ressurreição, temas centrais também nos Evangelhos. A distinção entre “Jesus Paulino” e “Jesus dos Evangelhos” não se sustenta, já que os elementos fundamentais de Jesus, como sua crucificação, morte e ressurreição, são consistentes em ambos. O teólogo N.T. Wright argumenta que Paulo não estava criando uma nova religião, mas estava interpretando a figura de Jesus à luz de sua experiência e convicções teológicas, que se alinhavam com os relatos dos Evangelhos .

A distinção feita entre o “Jesus Paulino” e o “Jesus dos Evangelhos” pode ser válida em termos de ênfase teológica, mas não indica necessariamente a existência de dois “Jesus” diferentes. Paulo escreve suas cartas em um contexto pastoral e teológico específico, que não exige a repetição exata dos ensinamentos dos Evangelhos. No entanto, Paulo frequentemente menciona a crucificação e a ressurreição de Jesus, que são centrais tanto para ele quanto para os Evangelhos .

A autenticidade das cartas paulinas é amplamente aceita entre os estudiosos, com a maioria concordando que sete das cartas atribuídas a Paulo são genuínas. A crítica sobre a ausência de manuscritos originais é válida, mas isso é um problema comum para todos os textos antigos, não apenas para o Novo Testamento .

 

4. Manuscritos e Datação

Alegação: “Verdades Ocultas” afirma que não existem papiros do primeiro século, sugerindo que a ausência de manuscritos autênticos próximos ao tempo de Jesus compromete a confiabilidade dos Evangelhos.

Refutação: Embora os manuscritos mais antigos do Novo Testamento datem do início do segundo século, como o Papiro P52 (datado de cerca de 125-150 d.C.), a proximidade temporal desses documentos com os eventos que relatam é notável para padrões históricos antigos. Bruce Metzger, um dos mais respeitados especialistas em crítica textual, afirma que a quantidade e a qualidade dos manuscritos do Novo Testamento superam em muito a de qualquer outro documento da antiguidade, permitindo uma reconstrução confiável do texto original . Além disso, a tradição oral que precedeu a redação dos Evangelhos manteve os ensinamentos de Jesus vivos na comunidade cristã, como argumentado por James Dunn em “Jesus Remembered” .

Verdades Ocultas afirma que não há papiros do primeiro século. Embora seja verdade que não possuímos manuscritos autógrafos do Novo Testamento, os fragmentos mais antigos, como o Papiro P52, datam do início do século II, muito próximo do tempo em que os eventos relatados teriam ocorrido. Esses fragmentos, juntamente com uma vasta quantidade de manuscritos posteriores, permitem aos estudiosos reconstruir o texto do Novo Testamento com alta precisão .

5. Personagens Históricos

Alegação: “Verdades Ocultas” sugere que figuras como Pedro e Tiago foram invenções posteriores, utilizadas para dar legitimidade ao cristianismo primitivo.

Refutação: A historicidade de figuras como Pedro e Tiago é amplamente aceita pelos estudiosos. Tiago, “irmão do Senhor”, é mencionado em fontes cristãs e não cristãs, como Flávio Josefo, confirmando sua existência histórica. Pedro, uma das figuras centrais do cristianismo primitivo, é atestado não apenas nos Evangelhos e nas Cartas Paulinas, mas também em textos patrísticos e tradições subsequentes. A ideia de que tais figuras foram inventadas não encontra suporte nas evidências documentais e históricas. Como afirma Bart Ehrman, “os seguidores de Jesus que afirmaram vê-lo após sua morte e começaram a espalhar sua mensagem criaram o que viria a ser o cristianismo” .

1. Evidências Históricas para a Existência de Jesus Cristo

Fontes Históricas do Século I

A existência de Jesus é corroborada por várias fontes históricas do século I e início do século II, tanto cristãs quanto não cristãs, que atestam a sua vida e crucificação:

  • Josefo (37-100 d.C.): Um historiador judeu, em suas obras Antiguidades Judaicas, menciona Jesus em dois trechos distintos. No Testimonium Flavianum, ele se refere a Jesus como “um homem sábio” e menciona sua crucificação sob Pôncio Pilatos. Embora haja debates sobre a autenticidade completa do texto, a maioria dos estudiosos concorda que Josefo fez referência a Jesus.
    • Referência: Josephus, Antiquities of the Jews 18.3.3.
  • Tácito (56-120 d.C.): Um historiador romano, em seus Anais, escreve sobre a perseguição dos cristãos sob Nero, mencionando que Cristo, “de quem o nome teve origem”, foi executado durante o governo de Tibério por Pôncio Pilatos.
    • Referência: Tacitus, Annals 15.44.
  • Plínio, o Jovem (61-113 d.C.): Em uma carta ao imperador Trajano, Plínio menciona os cristãos e suas práticas religiosas, sugerindo que já no início do século II havia uma comunidade cristã significativa, cuja origem estava diretamente ligada à figura de Cristo.
    • Referência: Pliny the Younger, Letters 10.96.

2. Comparação com Figuras Mitológicas como Dionísio e Serapis

Dionísio:

Dionísio é uma figura mitológica grega, e sua existência é puramente mitológica, sem qualquer pretensão histórica em seu culto. Os mitos sobre Dionísio foram transmitidos através de tradições orais e literárias gregas, mas não há evidências históricas que sugiram que Dionísio fosse uma figura histórica. O culto a Dionísio estava relacionado a rituais de fertilidade e festividades, mas não se baseava em um líder histórico.

  • Referência: Burkert, Walter. Greek Religion. Harvard University Press, 1985.

Serapis:

Serapis foi uma divindade sincrética criada deliberadamente por Ptolomeu I no século III a.C. para unir gregos e egípcios em Alexandria. Serapis não era baseado em uma figura histórica, mas em uma combinação de características de deuses gregos e egípcios. Não há evidências de que Serapis tenha sido considerado um líder humano histórico.

  • Referência: Hornung, Erik. The Secret Lore of Egypt: Its Impact on the West. Cornell University Press, 2001.

3. Critérios de Autenticidade e Evidência Histórica

A existência histórica de Jesus é apoiada por um conjunto de critérios usados pelos historiadores para avaliar a autenticidade dos eventos e figuras históricas:

  • Critério de Múltipla Corroboração: A existência de Jesus é atestada por várias fontes independentes, incluindo escritos cristãos, judeus e romanos.
  • Critério do Embarasso: Relatos sobre a crucificação de Jesus, que era uma forma de execução humilhante, sugerem que os primeiros cristãos não inventariam tal história se não fosse verdade.
  • Critério de Continuidade: A rápida disseminação do cristianismo no século I, em um ambiente hostil, aponta para um evento histórico significativo que motivou os seguidores a propagarem sua fé, como a vida e ressurreição de Jesus.
  • Referência: Ehrman, Bart D. Did Jesus Exist? The Historical Argument for Jesus of Nazareth. HarperOne, 2012.

1. Diferenças Fundamentais entre o Cristianismo e as Religiões de Mistério

Natureza das Religiões de Mistério

As religiões de mistério no mundo antigo, como os cultos de Dionísio, Ísis, e Mitra, eram caracterizadas por práticas esotéricas e rituais secretos conhecidos apenas pelos iniciados. Esses cultos geralmente envolviam ritos de iniciação, segredos religiosos, e uma promessa de salvação ou vida após a morte revelada somente aos adeptos que passavam por esses rituais.

  • Referência: Burkert, Walter. Ancient Mystery Cults. Harvard University Press, 1987.

Transparência e Inclusividade no Cristianismo

Em contraste, o cristianismo desde seu início se caracterizou pela sua abertura e transparência. As mensagens centrais do cristianismo, como a pregação sobre Jesus, sua crucificação e ressurreição, eram proclamadas publicamente. Os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos eram acessíveis a todos, sem a necessidade de rituais secretos ou iniciação esotérica.

  • Novo Testamento: Textos como os Evangelhos e as Epístolas de Paulo foram escritos para comunidades inteiras, com a intenção de serem amplamente disseminados e compreendidos por todos, ao invés de serem reservados a uma elite iniciada. Paulo, por exemplo, escreve que “em Cristo não há nem judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher” (Gálatas 3:28), indicando a universalidade e a inclusividade da mensagem cristã.
  • Referência: Hurtado, Larry. Lord Jesus Christ: Devotion to Jesus in Earliest Christianity. Eerdmans, 2003.

Centralidade da História e do Evento na Fé Cristã

Uma característica marcante do cristianismo é sua ênfase na historicidade dos eventos centrais da fé. A crucificação e a ressurreição de Jesus são eventos que os cristãos acreditavam ter ocorrido na história real e eram verificados por testemunhas. Essa ênfase histórica é distinta das religiões de mistério, que frequentemente apresentavam mitos atemporais e alegóricos.

  • Referência: N.T. Wright. The Resurrection of the Son of God. Fortress Press, 2003.

2. Comparação com Religiões de Mistério

Cultos Mistéricos e Sincretismo Religioso

Embora haja paralelos superficiais entre alguns aspectos das religiões de mistério e práticas cristãs (como o simbolismo do pão e do vinho), as diferenças são significativas. As religiões de mistério eram, em grande parte, sincréticas e adaptavam-se a diferentes culturas, absorvendo elementos de várias tradições. Em contraste, o cristianismo foi notavelmente resistente ao sincretismo e manteve uma distinção clara entre suas crenças e as práticas religiosas do mundo pagão.

  • Referência: Metzger, Bruce M. Historical and Literary Studies: Pagan, Jewish, and Christian. Brill, 1968.

Engraçado que o tal verdades ocultas QUER que as citações de Suetônio, Plínio, etc não falem de Jesus como existindo. Ele impõe seu achismo em cima dos fatos. Nenhum historiador sério afirma isso,só esses palpiteiros de Youtube

1. Sobre a Natureza das Fontes Históricas

1.1. Testemunhas do Primeiro Século

O argumento de que autores como Tácito e Flávio Josefo não falam de Jesus de forma direta e que apenas repetem tradições já existentes é uma simplificação incorreta.

  • Tácito (c. 56-117 d.C.) menciona Cristo e o cristianismo em seus Anais, escritos cerca de 80 anos após a morte de Jesus. Tácito confirma que Jesus foi executado sob o governo de Pôncio Pilatos, o que corresponde com o relato evangélico e fornece um testemunho externo crucial sobre o fato histórico da crucificação.
  • Flávio Josefo (c. 37-100 d.C.) faz referência a Jesus em duas passagens em seus Antiguidades dos Judeus. Embora a autenticidade da passagem conhecida como Testimonium Flavianum tenha sido debatida, muitos estudiosos concordam que pelo menos uma parte da menção é autêntica e reflete o reconhecimento de Jesus como uma figura real e histórica.
  • Suetônio (c. 69-122 d.C.), em sua obra Vidas dos Doze Césares, faz uma breve menção aos cristãos, referindo-se a uma expulsão de judeus de Roma, que está ligada à figura de “Chrestus” (uma grafia alternativa de “Cristus”). Esta referência, embora indireta, corroboraria o impacto do cristianismo na Roma antiga e a presença de um líder cristão.
  • Referência: Michael Grant, Jesus: An Historian’s Review of the Gospels (Macmillan, 1977).

1.2. Importância da Datação das Fontes

Os autores mencionados, apesar de não serem contemporâneos diretos de Jesus, escreveram em uma época relativamente próxima aos eventos e suas obras oferecem uma corroboration externa significativa. A crítica moderna não descarta essas fontes apenas por não serem contemporâneas, mas as usa para corroborar e contextualizar o testemunho dos Evangelhos e de outros documentos cristãos.

  • Referência: Bart D. Ehrman, Did Jesus Exist?: The Historical Argument for Jesus of Nazareth (HarperOne, 2012).

2. Interpretação das Referências a “Cresto” e “Cristo”

A alegação de que termos como “Cresto” ou referências a um “semi-deus” indicam uma figura não histórica é questionável. A confusão de termos e títulos pode ocorrer em diferentes contextos e períodos, mas isso não implica na inexistência histórica da figura de Jesus.

2.1. Significado de “Cristo”

O termo “Cristo” (do grego Christos) significa “Ungido” e é um título usado para Jesus. Esse título foi atribuído a Jesus por seus seguidores e é central no cristianismo desde os primeiros escritos do Novo Testamento. A evidência de Jesus sendo chamado de “Cristo” está presente nas epístolas de Paulo, que datam dos anos 50-60 d.C., pouco depois da morte de Jesus.

  • Referência: Larry Hurtado, How on Earth Did Jesus Become a God? Historical Questions about Earliest Devotion to Jesus (Eerdmans, 2005).

2.2. Comparação com Outras Figuras

Comparar Jesus com figuras como Dionísio ou Serapis pode ser enganoso. Essas comparações frequentemente não levam em conta o contexto histórico e teológico específico do cristianismo primitivo. Jesus, como figura histórica, é distintamente diferente das figuras mitológicas, sendo uma figura histórica com evidências substanciais de sua existência e impacto.

  • Referência: Richard Bauckham, Jesus and the Eyewitnesses: The Gospels as Eyewitness Testimony (Eerdmans, 2006).

3. Crítica ao Trabalho de José Alessandro Neves

Embora José Alessandro Neves possa ter feito um trabalho aprofundado, não há consenso acadêmico universal sobre sua conclusão, e sua abordagem crítica pode não ser aceita por todos os especialistas no campo. A validade das conclusões deve ser medida pela aceitação e pelo rigor acadêmico geral.

  • Referência: James H. Charlesworth, The Historical Jesus: An Overview (Scholar’s Press, 2013).

4. Conclusão

As alegações de que os relatos sobre Jesus são posteriores, fragmentados ou simplesmente repetições de tradições são desafiadas por uma análise cuidadosa das evidências históricas. A presença de referências a Jesus em documentos do primeiro século, a clareza dos termos usados para descrever Jesus, e a diferença fundamental entre o cristianismo e as religiões de mistério reforçam a conclusão de que Jesus foi uma figura histórica real e central para o cristianismo primitivo. As críticas modernas devem levar em conta essas evidências e o contexto acadêmico mais amplo ao avaliar as alegações sobre a historicidade de Jesus.

Para refutar a alegação de que Suetônio não estava se referindo a Jesus ao mencionar “Chrestus”, é importante analisar o contexto histórico e os detalhes da menção. Aqui estão os principais pontos para uma refutação acadêmica:

1. Contexto da Referência em Suetônio

Suetônio faz referência a “Chrestus” no contexto de uma expulsão de judeus de Roma ocorrida sob o imperador Cláudio. A passagem relevante está em Vidas dos Doze Césares (Cláudio 25.4):

“Como os judeus estivessem constantemente em tumulto por causa de Chrestus, Cláudio expulsou-os de Roma.”

Este trecho se refere a um evento histórico de 49-50 d.C., quando Cláudio expulsou os judeus de Roma devido a distúrbios. A menção de “Chrestus” é importante porque sugere que havia uma figura central que estava causando divisão entre os judeus romanos.

2. Evidência de que “Chrestus” Refere-se a Jesus

2.1. Análise Linguística e Contextual

  • Semântica de “Chrestus” e “Christus”: A forma “Chrestus” é uma variação da forma grega “Christos” (Cristo). É possível que Suetônio tenha usado “Chrestus” por confusão ou erro ortográfico. Em documentos antigos, variações na grafia de nomes não eram incomuns, e “Chrestus” pode ter sido uma tentativa de escrever “Christos”.
  • Contexto Histórico: As evidências indicam que os disturbios mencionados por Suetônio têm relação com o cristianismo emergente. O historiador romano Tácito também menciona o cristianismo e Cristo em conexão com as perseguições sob Nero, corroborando a existência de uma figura central chamada Cristo (Jesus) em Roma no período mencionado.

Referências:

  • John D. Griffiths, Jesus in the Gospels of the New Testament (Baker Academic, 2008) – Explora a evidência de que o “Chrestus” mencionado em Suetônio se refere a Jesus Cristo e discute o contexto histórico.
  • E. P. Sanders, Paul and Palestinian Judaism (Fortress Press, 1977) – Analisa o impacto do cristianismo no mundo romano e como figuras como “Chrestus” podem ser interpretadas à luz das evidências.

3. Corroboração com Outras Fontes

3.1. Testemunhos de Outros Autores

  • Tácito: O historiador romano Tácito menciona Cristo em seus Anais, escrito por volta de 116 d.C., confirmando que um Cristo (Jesus) foi executado sob Pôncio Pilatos e que o cristianismo era uma seita conhecida em Roma. Esse testemunho fortalece a interpretação de que Suetônio também se referia a Jesus.
  • Flávio Josefo: Embora controversas, as referências de Josefo a Jesus em seus Antiguidades dos Judeus oferecem mais contexto e apoio à existência histórica de Jesus, ajudando a validar o entendimento de que “Chrestus” é uma variação de “Cristo”.

Referências:

  • Richard Bauckham, Jesus and the Eyewitnesses: The Gospels as Eyewitness Testimony (Eerdmans, 2006) – Discute a evidência histórica para Jesus e como fontes contemporâneas, como Suetônio, contribuem para a imagem de Jesus.
  • Bart D. Ehrman, The New Testament: A Historical Introduction to the Early Christian Writings (Oxford University Press, 2004) – Oferece uma visão geral das evidências históricas e como figuras contemporâneas confirmam a existência de Jesus.

4. Conclusão

A alegação de que “Chrestus” não se refere a Jesus se baseia em uma leitura restritiva e não leva em conta o contexto histórico e linguístico mais amplo. A menção de “Chrestus” por Suetônio é consistente com a figura de Jesus Cristo mencionada em outras fontes contemporâneas e históricas. A evidência disponível sugere que Suetônio estava, de fato, se referindo a Jesus, corroborando a existência e o impacto inicial do cristianismo em Roma.

Referências Adicionais:

James H. Charlesworth, The Historical Jesus: An Overview (Scholar’s Press, 2013) – Explora a evidência histórica de Jesus e a interpretação de fontes como Suetônio. 

Referências Acadêmicas

  1.  
  2. Josefo, Flávio. Antiguidades Judaicas.
  3. Tácito. Anais.
  4. Vermes, Geza. The Complete Dead Sea Scrolls in English. Penguin Books, 1997.
  5. Wright, N.T.. Paul: In Fresh Perspective. Fortress Press, 2005.
  6. Metzger, Bruce M.. The Text of the New Testament: Its Transmission, Corruption, and Restoration. Oxford University Press, 2005.
  7. Ehrman, Bart D.. How Jesus Became God: The Exaltation of a Jewish Preacher from Galilee. HarperOne, 2014.
  8. Dunn, James D.G.. Jesus Remembered. Eerdmans, 2003.
  9. Ehrman, Bart D.. Did Jesus Exist? The Historical Argument for Jesus of Nazareth. HarperOne, 2012.
  10.  Michael Grant, Jesus: An Historian’s Review of the Gospels (Macmillan, 1977).

 

 

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