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Detonando Antonio Miranda: MENTIRAM PARA VOCÊ SOBRE PAULO E PEDRO SEREM CONTEMPORÂNEOS DE JESUS

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Em mais uma pseudagem histórico e exegética mais uma vez o Tonho vem com uma pérola de desinformação. O problema desses vídeo de miticistas é que passam desinformação a um público simplista. Neste artigo vou refutar ponto por ponto a alegações dele.

Esses títulos são para atrair um público simplista. Muitas das ideias dele parecem vir das ideias bizarras de Joseph Atwill, o qual já refutamos aqui. Engraçado que ele não menciona Awill em seus vídeos pois isso iria desmascará-lo. Atwill não é estudioso.

A alegação dele é: “nesse vídeo você vai descobrir que mentiram para você quando disseram que Paulo estava vivendo logo após a morte de Jesus e escrevendo na década de 40 até a década de 60 vou fazer isso com provas irrefutáveis utilizando um dos Pais da igreja do final do primeiro século chamado de Clemente de Roma”.

Será mesmo? Será que é verdade tudo o que disse ou de onde cita?

Ele cita I Clemente alegando que Pedro e Paulo eram contemporâneos dele. O consenso é que Pedro e Paulo morreram em 64. A aparente alegação do Tonho é que Pedro e Paulo estavam situados em seu tempo. Sim. Foram contemporâneos, só que morreram em 64. Clemente estava escrevendo sobre suas histórias.

A Epístola aos Coríntios Com base em evidências internas, alguns estudiosos dizem que a carta foi composta algum tempo antes de 70 DC, [1] [2] [3] [4] mas o tempo comum dado para a composição da epístola é no final reinado de Domiciano (c. AD  96). [5] [6]

Ou seja, nada infere desses textos citados que Pedro e Paulo não foram contemporâneos de Jesus.

O problema maior começa aos 3:10 minutos. Ele cita de um livro chamado Reconhecimentos. O problema que ele deixa de falar é que essa carta é uma obra pseudepigráfica que afirma ser escrita pelo primeiro Papa Clemente de Roma. No entanto, os estudiosos concordam que a obra foi escrita no século IV d.C., e não pelo próprio Clemente.

Os Reconhecimentos são uma coleção de relatos de viagens, diálogos, discursos e milagres que supostamente ocorreram na vida de Clemente. A obra é uma fonte importante para o estudo do cristianismo do século IV, e fornece informações sobre a história da igreja, a doutrina cristã e a vida dos primeiros cristãos.

No entanto, os Reconhecimentos também são uma obra polêmica. A obra contém várias passagens que são consideradas heréticas pelos católicos e ortodoxos, e a obra também foi criticada por seu estilo literário.

Apesar das críticas, os Reconhecimentos são uma obra importante para o estudo do cristianismo do século IV. A obra fornece informações valiosas sobre a história da igreja, a doutrina cristã e a vida dos primeiros cristãos.

Aqui estão alguns dos argumentos apresentados pelos estudiosos para apoiar a tese de que os Reconhecimentos não são autênticos:

  • A obra foi escrita no século IV d.C., e não no primeiro século d.C.
  • A obra contém várias passagens que são consideradas heréticas pelos católicos e ortodoxos.
  • A obra foi criticada por seu estilo literário.

Em conclusão, os Reconhecimentos de Clemente de Roma são uma obra pseudepigráfica que afirma ser escrita pelo primeiro Papa Clemente de Roma. No entanto, os estudiosos concordam que a obra foi escrita no século IV d.C., e não pelo próprio Clemente.

Ou seja, Tonho não menciona que essa obra é do séc. IV e não de Clemente.

Não, 1 Clemente 5:1 não implica que Clemente de Roma disse que Pedro e Paulo viviam em sua época. Na verdade, Clemente escreve sobre Pedro e Paulo como se eles já estivessem mortos. Ele diz: “Pois eles foram perseguidos e mortos por não negarem a justiça, pois eles sabiam que tinham um Deus que era justo e misericordioso, e que julga com equidade os que vivem piedosamente.”

Essa passagem sugere que Clemente acreditava que Pedro e Paulo já estavam mortos quando ele escreveu sua carta. Ele também sugere que Clemente acreditava que eles foram perseguidos e mortos por sua fé cristã.

A data da carta de Clemente de Roma é desconhecida, mas a maioria dos estudiosos acredita que foi escrita no final do primeiro século ou no início do segundo século. Isso significa que Clemente provavelmente morreu muito depois de Pedro e Paulo.

Portanto, não há evidências de que Clemente de Roma tenha dito que Pedro e Paulo viviam em sua época. Na verdade, as evidências sugerem que ele acreditava que eles já estavam mortos quando ele escreveu sua carta.

Há várias evidências de que Pedro e Paulo foram contemporâneos de Jesus. Aqui estão algumas delas:

  • Ambos os homens são mencionados nas Escrituras como tendo sido discípulos de Jesus.
  • Ambos os homens são conhecidos por terem pregado o evangelho e fundado igrejas.
  • Ambos os homens são conhecidos por terem sido perseguidos pelos judeus e pelos romanos.
  • Ambos os homens são conhecidos por terem morrido como mártires.

As datas de nascimento e morte de Pedro e Paulo são desconhecidas, mas a maioria dos estudiosos acredita que eles viveram no primeiro século d.C., e que foram contemporâneos de Jesus. Esta conclusão é baseada nas evidências mencionadas acima, bem como no fato de que os escritos de Pedro e Paulo são cheios de referências a Jesus e seus ensinamentos.

É importante notar que nem todos os estudiosos concordam que Pedro e Paulo foram contemporâneos de Jesus. Alguns estudiosos argumentam que os escritos de Pedro e Paulo foram escritos por outras pessoas, e que não são confiáveis como fontes históricas. No entanto, a maioria dos estudiosos acredita que os escritos de Pedro e Paulo são confiáveis, e que fornecem evidências valiosas sobre a vida e os ensinamentos de Jesus.

O estilo literário dos Reconhecimentos é semelhante ao estilo literário de outras obras do século IV d.C., como a História Eclesiástica de Eusébio de Cesaréia. O conteúdo dos Reconhecimentos também é semelhante ao conteúdo de outras obras do século IV d.C., como os Atos Apostólicos de Pedro e os Atos Apostólicos de Paulo. O contexto histórico dos Reconhecimentos também é semelhante ao contexto histórico do século IV d.C., pois a obra menciona várias figuras históricas que viveram no século IV d.C., como o imperador Constantino I.

Em conclusão, os Reconhecimentos foram escritos no século IV d.C., e não no primeiro século d.C. Esta conclusão é baseada em várias evidências, incluindo o estilo literário da obra, o conteúdo da obra e o contexto histórico da obra.

A Homilia 12:8 é uma obra pseudepigráfica, o que significa que ela foi atribuída a um autor que não foi o autor real. A obra é tradicionalmente atribuída a Clemente de Roma, mas a maioria dos estudiosos concorda que ela foi escrita no século IV d.C., e não no primeiro século d.C., quando Clemente de Roma viveu. O autor real da Homilia 12:8 é desconhecido.

Aqui estão algumas evidências acadêmicas de que a Homilia 12:8 não foi escrita por Clemente de Roma:

  • A Homilia 12:8 faz referências a eventos que ocorreram após a morte de Clemente de Roma, como a ascensão de Constantino I ao trono romano.
  • A Homilia 12:8 usa um estilo literário que é típico do século IV d.C., e não do primeiro século d.C.
  • A Homilia 12:8 não é mencionada em nenhuma fonte antiga, e só foi descoberta no século XIV d.C.

Baseando-se nessas evidências, a maioria dos estudiosos concorda que a Homilia 12:8 não foi escrita por Clemente de Roma.

Aí vem a teoria de Atwill de que Clemente pertencia à família de César.

Não há evidências que sugiram que Clemente de Roma viveu no palácio de César. A carta de Clemente de Roma aos Coríntios é a única fonte primária sobre a vida de Clemente de Roma. A carta não menciona que Clemente de Roma viveu no palácio de César. Além disso, a carta não menciona que havia cristãos no palácio de César.

A ideia de que Clemente de Roma viveu no palácio de César vem de uma obra pseudepigráfica chamada Homilia 12, capítulo 8. A Homilia 12, capítulo 8, é uma obra que afirma ser escrita por Clemente de Roma, mas a maioria dos estudiosos concorda que foi escrita no século IV d.C., e não no primeiro século d.C., quando Clemente de Roma viveu. Além disso, a Homilia 12, capítulo 8, não faz nenhuma menção específica de Clemente de Roma viver no palácio de César.

Portanto, não há evidências que sugiram que Clemente de Roma viveu no palácio de César.

Irineu de Lyon não disse que os cristãos viviam no palácio imperial. Em sua obra Contra as Heresias, Irineu afirma que alguns cristãos eram membros da elite romana, mas ele não diz que eles viviam no palácio imperial. Na verdade, Irineu afirma que muitos cristãos eram pobres e perseguidos. Aqui está o que Irineu diz em Contra as Heresias 3.12.12:

“Mas, se alguém quiser saber quantas e quais são as igrejas que foram fundadas pelos apóstolos e seus sucessores, ele pode ler os escritos que foram deixados por eles. Porque eles não foram apenas estabelecidos em uma ou duas ou três cidades, mas em todo o mundo. E se alguém quiser saber como eles foram perseguidos, ele pode ler o livro de Atos dos Apóstolos, e os escritos dos apóstolos e dos seus sucessores. E ele verá que eles eram pobres e desprezados, e que eram perseguidos por causa do nome de Cristo, mas que eram consolados pelo Espírito Santo.”

Portanto, Irineu não diz que os cristãos viviam no palácio imperial. Na verdade, ele afirma que muitos cristãos eram pobres e perseguidos.

Irineu de Lyon não disse que os cristãos viviam no palácio imperial. Em sua obra Contra as Heresias, Irineu afirma que alguns cristãos eram membros da elite romana, mas ele não diz que eles viviam no palácio imperial. Na verdade, Irineu afirma que muitos cristãos eram pobres e perseguidos. Aqui está o que Irineu diz em Contra as Heresias 3.12.12:

“Mas, se alguém quiser saber quantas e quais são as igrejas que foram fundadas pelos apóstolos e seus sucessores, ele pode ler os escritos que foram deixados por eles. Porque eles não foram apenas estabelecidos em uma ou duas ou três cidades, mas em todo o mundo. E se alguém quiser saber como eles foram perseguidos, ele pode ler o livro de Atos dos Apóstolos, e os escritos dos apóstolos e dos seus sucessores. E ele verá que eles eram pobres e desprezados, e que eram perseguidos por causa do nome de Cristo, mas que eram consolados pelo Espírito Santo.”

Portanto, Irineu não diz que os cristãos viviam no palácio imperial. Na verdade, ele afirma que muitos cristãos eram pobres e perseguidos.

Aos 4:54 tenta alegar sobre Filipenses 4,22. A alegação de que Filipenses 4:22 implica que cristãos viviam no palácio de César é baseada em uma interpretação errônea do texto. O versículo diz: “Saudai todos os santos em Cristo Jesus. Os irmãos que estão comigo vos saúdam. Todos os santos vos saúdam, especialmente os da casa de César.”

A palavra “casa” no versículo pode ser interpretada de várias maneiras. Pode ser interpretada como significando a família de César, ou pode ser interpretada como significando a casa de César, ou seja, o palácio imperial.

No entanto, não há evidências que sugiram que os cristãos viviam no palácio imperial. Na verdade, há evidências que sugerem o contrário. Por exemplo, o livro de Atos dos Apóstolos descreve como os cristãos foram perseguidos pelo Império Romano. É improvável que os cristãos tivessem sido autorizados a viver no palácio imperial, onde eles teriam estado vulneráveis à perseguição.

Além disso, o contexto do versículo sugere que a palavra “casa” no versículo está sendo usada no sentido de “família”. O versículo diz: “Os irmãos que estão comigo vos saúdam. Todos os santos vos saúdam, especialmente os da casa de César.” Isso sugere que os cristãos que viviam no palácio imperial eram da família de César.

Portanto, a alegação de que Filipenses 4:22 implica que cristãos viviam no palácio de César é baseada em uma interpretação errônea do texto. O versículo não está dizendo que cristãos viviam no palácio imperial. Está dizendo que cristãos que eram da família de César estavam saudando a igreja em Filipos.

A teoria Flaviana é uma teoria que afirma que Clemente de Roma era um membro da família imperial romana. Essa teoria é baseada na alegação de que Filipenses 4:22 implica que cristãos viviam no palácio de César. No entanto, como mostrado acima, essa alegação é baseada em uma interpretação errônea do texto. Portanto, a teoria Flaviana não é baseada em evidências sólidas.

A alegação feita por Joseph Atwill de que Filipenses 4:22 indica que os cristãos viviam no palácio imperial é bastante controversa e carece de substância. Ao examinarmos o contexto histórico, a linguagem e a interpretação correta das escrituras, é evidente que não há base sólida para essa conclusão.

Primeiro, devemos considerar cuidadosamente o contexto em que a carta aos Filipenses foi escrita pelo apóstolo Paulo. A carta é datada aproximadamente do ano 60 d.C., durante o período em que Paulo estava preso em Roma. Portanto, fazia referência à situação dos cristãos que estavam em Roma na época, e não ao palácio imperial.

Além disso, a tradução correta do versículo em questão é objeto de debate entre estudiosos. A maioria das versões da Bíblia traduz Filipenses 4:22 como “Saúdem todos os santos, especialmente os da casa de César”. Essa expressão pode ser uma referência genérica aos cristãos que estavam em Roma, sem indicar necessariamente que viviam no palácio imperial.

A interpretação proposta por Atwill é amplamente contestada e considerada uma conjectura sem respaldo histórico ou textual robusto. Portanto, é importante adotar uma abordagem crítica e cautelosa ao considerar a afirmação de que Filipenses 4:22 indica que os cristãos viviam no palácio imperial.

No estudo e na interpretação das Escrituras, é essencial buscar uma compreensão sólida e fundamentada, levando em conta o contexto histórico, as nuances linguísticas e a orientação de estudiosos confiáveis. Assim, podemos evitar teses infundadas e conclusões precipitadas.

‘Casa’ (oikía) aqui significa o pessoal doméstico da corte do imperador (cf. em Filipenses 1:13). No tempo de Nero, durante cujo governo Paulo esteve preso (ver t. VI, pp. 85-86), o número de servidores da casa real era sem dúvida muito grande. Este versículo mostra que alguns dos servos, escravos ou libertos, eram cristãos (HAp 369) e que desejavam muito enviar saudações aos filipenses. O fato de alguns servos de Nero terem se tornado cristãos mostra que os obreiros evangélicos podem colher frutos mesmo nos lugares menos propícios e nas circunstâncias mais desanimadoras (HAp 371-372).

Quem e Clemente? A alegação de Tonho não faz sentido. É consenso acadêmico que Filipenses foi escrito entre 50-60. Não faz o menor sentido alegado baseado nisso dizer que Paulo estava vivo depois de 70.

Aos 8:27 tenta alegar sobre I Tess 2,16 e Rom 11. Ele tenta alegar que Paulo não pôde ter escrito entre 40-50. Mas o consenso acadêmico, e Tonho não cita fonte alguma, é que foi escrita no ano 51.

Vamos falar mais sobre isso em detalhes respondendo a essa alegação.

Poderá ver o vídeo no youtube Aqui

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