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DESTRUÍ as 5 Vias de Tomás de Aquino Com Pura Lógica | IRREFUTÁVEL!!!

A internet deu voz a uma legião de imbecis e esse cara é um exemplo disso. É incrível como uma multidão de Zé ninguém que se alega “refutar” argumentos clássicos sobre a existência de Deus. Desta feita vamos detonar esse sujeito que alega bobagens sobre as 5 vias.

A internet está cheia de palpiteiros sem sentido que falam para um público apedeuta e desinformado.

Análise e Refutação Acadêmica do Vídeo: “DESTRUÍ as 5 Vias de Tomás de Aquino Com Pura Lógica | IRREFUTÁVEL!!!”

O vídeo em questão apresenta uma crítica às Cinco Vias de Tomás de Aquino , argumentos filosóficos clássicos que buscam demonstrar a existência de Deus. O narrador afirma refutar esses argumentos com “lógica pura” e os descreve como “irrefutáveis”. No entanto, sua análise contém falhas conceituais, interpretações equivocadas e generalizações inadequadas. A seguir, farei uma refutação acadêmica detalhada, ponto por ponto, baseada nas citações fornecidas.

As alegações de Edson Toshio sobre as Cinco Vias de São Tomás de Aquino podem ser resumidas da seguinte forma:


1. Primeira Via (Movimento):

  • Alegação:
    • Toshio afirma que Tomás de Aquino comete a falácia de petição de princípio , pois assume que deve haver um “primeiro motor imóvel” sem fornecer provas ou evidências.
    • Ele argumenta que, se tudo precisa de uma causa, então Deus também precisaria de uma causa, e questiona por que Deus seria uma exceção.
    • Sugere que o universo poderia ser auto-movido ou eterno, sem necessidade de um “primeiro motor”.

2. Segunda Via (Causa Eficiente):

  • Alegação:
    • Toshio acusa Tomás de Aquino de cometer a falácia do apelo especial , ao afirmar que tudo precisa de uma causa, exceto Deus.
    • Argumenta que não há provas ou evidências de que Deus seja a causa primeira, e que qualquer outra explicação (como leis da física desconhecidas) poderia ser igualmente válida.

3. Terceira Via (Contingência e Necessidade):

  • Alegação:
    • Toshio afirma que Tomás de Aquino comete a falácia da composição , ao assumir que, porque as coisas no mundo são contingentes, o universo inteiro também deve ser contingente.
    • Critica a ideia de que deve haver um “ser necessário” sem evidências de que esse ser seja Deus ou que esse ser seja o Deus católico.

4. Quarta Via (Graus de Perfeição):

  • Alegação:
    • Toshio acusa Tomás de Aquino de cometer a falácia da generalização apressada , ao concluir que deve haver um ser perfeito apenas porque existem graus de perfeição no mundo.
    • Questiona por que esse ser perfeito seria Deus, e critica a associação desse ser com o Deus bíblico, citando exemplos de violência e injustiça atribuídos a esse Deus.

5. Quinta Via (Finalidade/Design Inteligente):

  • Alegação:
    • Toshio argumenta que Tomás de Aquino comete a falácia do Deus das lacunas , ao afirmar que a ordem no universo só pode ser explicada por um designer inteligente sem fornecer evidências.
    • Critica a ideia de que a natureza precisa de um criador para ter propósito, sugerindo que a ordem pode surgir naturalmente (por exemplo, através do caos ou processos evolutivos).
    • Questiona por que o designer seria o Deus de Tomás de Aquino e não outro deus ou entidade.

Conclusão Geral:

  • Toshio resume suas críticas afirmando que as Cinco Vias são falaciosas e não provam a existência de Deus:
    • Aponta repetidamente a ausência de evidências para associar o “Ser necessário” ou “Primeiro Motor” ao Deus bíblico ou católico.
    • Critica o uso desses argumentos como justificativa para impor crenças religiosas na sociedade moderna.

1. Introdução Geral

Afirmação do Narrador:

“Você já ouviu pessoas dizendo assim que já tem muito tempo que a filosofia através das cinco vias de Tomás de Aquino provou que Deus existe então tem argumentos que mostram e provam que Deus existe e pronto cara só só por partir do princípio de que precisa de argumento para provar que Deus existe já prova que Deus não existe afinal de contas Deus existisse ele seria autoevidente você não precisaria criar argumentos para tentar colocar Deus em algum lugar ali entendeu.”

Refutação:

  • Erro Conceitual: O narrador assume que se Deus fosse “autoevidente”, não haveria necessidade de argumentos filosóficos. No entanto, a ideia de “autoevidência” é subjetiva e depende da perspectiva epistemológica. Para muitos, a existência de Deus não é imediatamente evidente, o que justifica a busca por argumentos racionais.
  • Falta de Contexto Histórico: Tomás de Aquino escreveu suas vias em um contexto medieval onde a razão era vista como complementar à fé. Seus argumentos visavam convencer aqueles que buscavam fundamentos racionais para a crença em Deus, não apenas aqueles que negavam sua existência.
  • Generalização Falha: O narrador sugere que qualquer argumento sobre Deus é inválido porque Deus deveria ser “autoevidente.” Isso ignora a diversidade de abordagens filosóficas e teológicas ao longo da história.
  • Falácia lógica: O argumento apresentado no final sugere que “se Deus existisse, Ele seria autoevidente, então não precisaríamos de argumentos”. Isso é uma falácia non sequitur, pois não segue logicamente. Muitas verdades não são autoevidentes, mas isso não significa que sejam falsas. Além disso, o argumento ignora a tradição filosófica que trata da distinção entre conhecimento imediato e conhecimento dedutivo.
  • Confusão conceitual: O pensamento de Tomás de Aquino não afirma que a existência de Deus é autoevidente para todos, mas sim que pode ser conhecida por meio da razão. O argumento apresentado na frase distorce essa ideia.

2. Primeira Via: Movimento (Prima Via)

Afirmação do Narrador:

“A primeira via a primeira e mais manifesta é a procedente do movimento Pois é certo e verificado pelo sentidos que alguns seres são movidos neste mundo ora todo um movido por outro é porque nada é movido senão enquanto potencial relativamente aquilo a que é movido e um ser move enquanto em ato E aí ele diz ali se Portanto o motor também se move é necessário que seja movido por outro e este por outro ora não se pode assim proceder até ao infinito porque não haveria nenhum primeiro motor e por consequência outro qualquer pois os motores segundos não movem senão movidos pelo primeiro primeiro como não move o báculo sem ser movido pela mão logo é necessário chegar a um primeiro motor de nenhum outro movido ao qual todos dão o nome de Deus.”

Refutação:

  • Interpretação Correta da Primeira Via: A Primeira Via de Tomás de Aquino argumenta que todo movimento no universo requer um agente causal. Ele conclui que, para evitar uma regressão infinita de causas, deve haver um Primeiro Motor Imóvel, que é Deus.
  • Crítica ao Narrador:
    • Regressão Infinita: O narrador critica a ideia de um “primeiro motor” como algo arbitrário. No entanto, Tomás de Aquino reconhece explicitamente a possibilidade de uma regressão infinita, mas argumenta que ela é logicamente impossível. Essa objeção não refuta a lógica subjacente da via.
    • Falta de Alternativa: O narrador sugere que o universo poderia ser “auto-movido,” mas não oferece evidências ou argumentos convincentes para essa alternativa. Simplesmente afirmar isso não invalida a necessidade de um Primeiro Motor.
    • Falácia de Petição de Princípio: O narrador acusa Tomás de Aquino de cometer a “falácia de petição de princípio,” mas isso é incorreto. Tomás não assume a existência de Deus; ele deduz a necessidade de um Primeiro Motor a partir da observação do movimento no universo.

Portanto, afirmar que a regressão ao infinito pode se sustentar ignora o fato de que, sem um Primeiro Motor que seja puro ato, nada poderia se mover. A própria ciência moderna, com sua dependência de leis físicas e condições iniciais, reforça a necessidade de uma causa última e fundamental para a realidade.

Além disso, o conceito de um Primeiro Motor Imóvel não é um “Deus das lacunas”, mas uma conclusão filosófica necessária. Esse ser deve ser necessário, eterno, imutável e onipotente, pois, se fosse contingente ou mutável, dependeria de outra causa, o que nos levaria ao mesmo problema.

Em resumo, a Primeira Via de Tomás de Aquino continua sendo um argumento filosoficamente robusto para a existência de Deus, e as objeções baseadas na possibilidade de um regresso infinito falham em compreender a distinção entre diferentes tipos de causalidade.


3. Segunda Via: Causa Eficiente (Segunda Via)

Afirmação do Narrador:

“A segunda via procede da natureza da causa eficiente pois descobrimos que há certa ordem das causas eficientes dos seres sensíveis porém não concebemos nem é possível que uma coisa Seja causa eficiente de si própria pois seria anterior a si mesma o que não pode ser E aí ele diz lá procedendo-se ao infinito não haverá primeira causa eficiente nem efeito último nem causas eficientes médias o que evidentemente é falso logo é necessário admitir uma causa eficiente primeira a qual todos dão o nome de Deus.”

Refutação:

  • Interpretação Correta da Segunda Via: A Segunda Via argumenta que toda cadeia causal deve ter um início. Sem um Primeiro Causador Eficiente, não haveria explicação para a existência de eventos no universo.
  • Crítica ao Narrador:
    • Regressão Infinita: Novamente, o narrador critica a ideia de um “primeiro causador” como arbitrária. No entanto, Tomás de Aquino argumenta que uma regressão infinita de causas eficientes é logicamente impossível, pois implicaria uma série de eventos sem um começo, o que contradiz a própria natureza da causalidade.
    • Falácia do Apelo Especial: O narrador acusa Tomás de Aquino de cometer a “falácia do apelo especial,” mas isso é inconsistente. Tomás não exclui a necessidade de causas eficientes para outros fenômenos; ele simplesmente identifica a necessidade de um Primeiro Causador para explicar a origem da cadeia causal.
    • Falta de Alternativa: O narrador sugere que o universo poderia ser “causalmente fechado,” mas novamente não fornece evidências ou argumentos convincentes para essa alternativa.

4. Terceira Via: Necessidade (Terceira Via)

Afirmação do Narrador:

“A terceira via procedente do possível e do necessário é a seguinte vemos Que certas coisas podem ser e não ser podendo ser geradas e corrompidas ora impossível é existirem sempre todos os seres de tal natureza pois o que pode não ser há algum tempo não foi e ele diz assim logo nem todos os seres são possíveis mas é forçoso que algum dentre eles seja necessário ora tudo que é necessário ou tem de Fora a causa da sua necessidade ou não a tem mas não é possível proceder ao infinito nos seres necessários que tem a causa da própria necessidade como também o não é nas causas eficientes Como já se provou Não provou de uma como eu já te mostrei por onde é forçoso admitir Um Ser por si necessário é forçoso admitir Um Ser por si necessário não tendo de Fora a causa da sua necessidade antes sendo a causa da necessidade dos outros e a tal ser todos chamam Deus.”

Refutação:

  • Interpretação Correta da Terceira Via: A Terceira Via argumenta que, embora muitos seres sejam contingentes (podem existir ou não), deve haver algo necessário (que não depende de outra causa) para explicar a existência desses seres contingentes.
  • Crítica ao Narrador:
    • Necessidade Metafísica: O narrador confunde a ideia de “necessidade metafísica” com a ideia de “necessidade física.” Tomás de Aquino está discutindo a necessidade ontológica, não meramente a necessidade causal.
    • Falácia da Composição: O narrador acusa Tomás de Aquino de cometer a “falácia da composição,” mas isso é equivocado. Tomás não argumenta que todas as partes necessárias formam um todo necessário; ele argumenta que a existência de seres contingentes implica a existência de algo necessário.
    • Falta de Alternativa: O narrador sugere que o universo poderia ser “necessariamente existente,” mas não oferece evidências ou argumentos para essa alternativa. Além disso, ele ignora a distinção entre necessidade física e necessidade ontológica.

5. Quarta Via: Graus de Perfeição (Quarta Via)

Afirmação do Narrador:

“A quarta via procede dos graus que se encontram nas coisas assim nela se encontra em proporção maior e menor o bem a verdade a nobreza e outros atributos semelhantes ora o que é maximamente Tal em um gênero é causa de tudo que esse gênero compreende assim o fogo maximamente cálido é causa de todos os cálidos como no mesmo lugar se diz logo há um ser causa do ser e da Bondade e de qualquer perfeição em tudo quanto existe e chama-se Deus.”

Refutação:

  • Interpretação Correta da Quarta Via: A Quarta Via argumenta que, embora existam diferentes graus de perfeição (como bondade, sabedoria, etc.), deve haver algo que seja a plenitude máxima dessas perfeições. Esse Ser Pleno é identificado como Deus.
  • Crítica ao Narrador:
    • Graus de Perfeição: O narrador acusa Tomás de Aquino de cometer a “falácia da generalização apressada,” mas isso é incorreto. Tomás não generaliza indiscriminadamente; ele argumenta que a existência de diferentes graus de perfeição implica a existência de algo que é a plenitude dessas perfeições.
    • Referência a Deus na Bíblia: O narrador critica a ideia de que o Ser Pleno seja identificado como o Deus da Bíblia, citando exemplos de crueldade e injustiça associados a esse Deus. No entanto, essa crítica é irrelevante para a validade da Quarta Via, que não depende de uma interpretação específica de Deus, mas sim da existência de algo que seja a plenitude das perfeições.
    • Falta de Alternativa: O narrador sugere que o universo poderia ser “ontologicamente necessário,” mas não oferece evidências ou argumentos para essa alternativa. Além disso, ele ignora a distinção entre necessidade ontológica e necessidade física.

6. Quinta Via: Desígnio (Quinta Via)

Afirmação do Narrador:

“A quinta procede do governo das coisas pois vemos que algumas como os corpos naturais que carecem de conhecimento operam em vista de um fim o que se conclui de operarem sempre ou frequentemente do mesmo modo para conseguirem O que é ótimo dde resulta que chegam ao fim não pelo Acaso Mas pela intenção mas os seres sem conhecimento não tendem ao fim sem serem dirigidos por um ente conhecedor e inteligente como a seta pelo arqueiro Logo há um ser inteligente pelo qual todas as as coisas naturais se ordenam ao fim e aqui chamamos Deus.”

Refutação:

  • Interpretação Correta da Quinta Via: A Quinta Via argumenta que a ordem e finalidade observadas no universo sugerem a existência de um Inteligente Diretor, que é Deus.
  • Crítica ao Narrador:
    • Desígnio Natural: O narrador acusa Tomás de Aquino de cometer a “falácia do Deus das lacunas,” mas isso é equivocado. Tomás não argumenta que Deus preenche lacunas de conhecimento; ele argumenta que a ordem natural do universo implica a existência de um Inteligente Diretor.
    • Teoria do Caos: O narrador sugere que a ordem pode surgir do caos, mas isso não refuta a necessidade de um Inteligente Diretor. A teoria do caos explica processos aleatórios, mas não elimina a possibilidade de um propósito subjacente.
    • Falta de Alternativa: O narrador sugere que o universo poderia ser “ontologicamente necessário,” mas não oferece evidências ou argumentos para essa alternativa. Além disso, ele ignora a distinção entre necessidade ontológica e necessidade física.

7. Conclusão Geral

Afirmação do Narrador:

“Então você vai ver que ele simplesmente não sabe e explicar de onde viria a ideia da organização assume que tem uma inteligência tal e essa inteligência só pode ser Deus é E para variar Não provou coisa alguma a única coisa que o Tomás aquo conseguiu provar aqui é que se alguém quer acreditar em Deus ou em qualquer outra mitologia qualquer desculpa serve Mas é só você dar uma pensad minha aí você vai ver que simplesmente tem um monte de erros inconsistências de falácias e acabou elas só vão convencer aquelas pessoas que querem acreditar nisso então você já sabe né se alguém vier com a conversinha de que Deus já foi provado com argumentos pela filosofia Tomás dequino cinco vias manda esse vídeo pra pessoa nem precisa esperar Manda agora.”

Refutação:

  • Critérios de Validade: O narrador sugere que as Cinco Vias são inválidas porque Tomás de Aquino não “provou” a existência de Deus. No entanto, a validade de um argumento filosófico não depende de provar conclusões absolutas, mas de estabelecer ligações lógicas consistentes entre premissas e conclusões.
  • Contexto Filosófico: As Cinco Vias foram desenvolvidas em um contexto medieval onde a razão e a fé eram vistas como complementares. O objetivo de Tomás de Aquino não era convencer ateus radicais, mas proporcionar fundamentos racionais para a crença em Deus.
  • Falta de Alternativas Convincíveis: O narrador refuta as Cinco Vias, mas não oferece alternativas convincentes para explicar fenômenos como o movimento, a causalidade, a necessidade ou a ordem natural do universo.

Conclusão Final

O vídeo apresenta uma crítica superficial às Cinco Vias de Tomás de Aquino, baseada em interpretações equivocadas e generalizações falhas. Embora o narrador tente refutar cada via individualmente, suas objeções frequentemente ignoram o contexto histórico, a lógica subjacente dos argumentos e as distinções importantes feitas por Tomás de Aquino. Uma análise mais rigorosa revela que as Cinco Vias permanecem relevantes como contribuição significativa à discussão filosófica sobre a existência de Deus.

Poderá ver o vídeo no youtube Aqui

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